Pela ordem durante a 87ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Pela ordem sobre o Projeto de Resolução do Senado (PRS) n° 53, de 2020, que "Modifica a denominação da Liderança do PSD para Espaço Arolde de Oliveira".

Autor
Rose de Freitas (MDB - Movimento Democrático Brasileiro/ES)
Nome completo: Rosilda de Freitas
Casa
Senado Federal
Tipo
Pela ordem
Resumo por assunto
Homenagem:
  • Pela ordem sobre o Projeto de Resolução do Senado (PRS) n° 53, de 2020, que "Modifica a denominação da Liderança do PSD para Espaço Arolde de Oliveira".
Publicação
Publicação no DSF de 11/08/2021 - Página 58
Assunto
Honorífico > Homenagem
Matérias referenciadas
Indexação
  • DISCUSSÃO, PROJETO DE RESOLUÇÃO DO SENADO (PRS), CRIAÇÃO, RESOLUÇÃO, HOMENAGEM, SENADOR, AROLDE DE OLIVEIRA, DENOMINAÇÃO, ESPAÇO, LIDERANÇA, PARTIDO POLITICO, PARTIDO SOCIAL DEMOCRATICO (PSD), AMBITO, EDIFICIO, SENADO.

    A SRA. ROSE DE FREITAS (Bloco Parlamentar Unidos pelo Brasil/MDB - ES. Pela ordem. Por videoconferência.) – Um minutinho, por favor. Alô?

    Não é alô não, gente!

    O SR. PRESIDENTE (Marcos Rogério. Bloco Parlamentar Vanguarda/DEM - RO) – Sra. Presidente.

    A SRA. ROSE DE FREITAS (Bloco Parlamentar Unidos pelo Brasil/MDB - ES) – Deixe-me tentar, porque, todas as vezes em que eu tento entrar, eu não tenho conseguido. Agora estou falando alô, gente! É assim.

    O SR. PRESIDENTE (Marcos Rogério. Bloco Parlamentar Vanguarda/DEM - RO) – V. Exa. tem a palavra.

    A SRA. ROSE DE FREITAS (Bloco Parlamentar Unidos pelo Brasil/MDB - ES) – Muito obrigada.

    Primeiro, quero saudar todos os meus colegas, parabenizando novamente a Senadora Leila pelo marco que ela construiu, com uma linguagem... Ela verbalizou um sentimento nacional e nós só temos que nos unir e apoiá-la em todas as atitudes que ela tomar em relação à estruturação da política de esporte de que este País carece tanto. Então, novamente, Leila, meus parabéns!

    E quero dizer que, assim, eu gostava muito de ler. O meu tempo não tem sobrado quase, mas um dos autores que eu gostava muito de ler era Jorge Luis Borges. E Jorge Luis Borges escreveu tanta coisa... Quando ele ficou cego, que foi ser diretor da Biblioteca Nacional... Toda a história dele é muito linda! Mas, uma vez, numa viagem, ele perdeu a mãe dele e, com a morte da mãe dele, ele percebeu que não tinha, nunca, à mãe dele, que cuidou dele durante todo o tempo, dedicado a ela um livro, feito uma dedicatória para ela. E ele escreveu um poema chamado Arrependimento. Eu penso nisso até hoje. Por isso que eu gosto muito de homenagear as pessoas em vida.

    Ele explica o poema, quando a imprensa lhe pergunta, ele explica, dizendo assim: "Nós devíamos nos tratar a todos como se todos já estivéssemos mortos", porque, depois que a pessoa vai, nós ficamos com esse sentimento que nós estamos agora, diante da história bonita do Arolde de Oliveira, que sofreu também seus percalços. Mas que eu acho que o Carlos Portinho, sentado hoje o substituindo, vai lhe render muitas homenagens durante essa vida.

    O que eu queria dizer? Ele era um homem com a sua história, com a sua luta, com a sua dedicação. Fui companheira dele, por muitos mandatos, como Deputada Federal.

    Então, quando o PSD – e eu gosto muito disso, Senador Otto –, quando abre uma sala para dizer que ali vai guardar todas as memórias dele, vai ser um encontro afetivo com ele. Toda vez em que você disser "Me encontre na sala Arolde de Oliveira" vai estar ressuscitando todos os feitos dele e vai ter a história dele pregada na parede para quem não o conheceu.

    E também me lembro de uma coisa engraçada: quando fui candidata à Senadora, uma pessoa com o nome do meu filho, chamado Gabriel, jornalista, virou e disse assim: "Poxa, a senhora já teve sete mandatos. A senhora tem que se candidatar outra vez?" E eu lembrei do Pedro Simon. Se a gente pudesse se desfazer da história das pessoas, é lógico que eu colocaria um jovem no meu lugar, muito jovem, para que ele pudesse ter uma caminhada muito bonita.

    Arolde de Oliveira era imprescindível, com a sua honestidade, com o seu compromisso, com a sua história. Então, ao PSD eu rendo as minhas homenagens – ouviu, Carlos Portinho? –, as minhas homenagens, porque é um partido... Gostaria que o MDB tivesse feito isso com o José Maranhão, mas, ao fazer com o nosso querido Arolde, eu estendo esse carinho, que vocês fazem com essa homenagem, a todos os outros que nós não podemos homenagear.

    E eu queria dizer a você, Carlos Portinho, jovem Senador, talentoso Senador, que a sua trajetória é gloriosa por trazer com você o compromisso da história de outrem que cumpriu tão dedicadamente, tão suavemente, tão responsavelmente a sua trajetória na política. Não foi um aventureiro, não foi um passageiro; foi permanentemente um cidadão brasileiro.

    Então, ao PSD os meus parabéns; a você, Portinho, essa história na sua alma, nas suas palavras, sua eterna fonte de inspiração. Pode acreditar que Deus iluminou sua vida não na saída dele, mas na herança que ele te deixa com tantos compromissos a favor deste País. Eu acredito em você sim, muito. Nunca tivemos oportunidade de conversar, mas acredito muito em você. Vamos divergir muito pela vida, mas somos construtores dela.

    Portanto, os meus parabéns ao Otto, ao PSD. Eu parabenizo todos e digo que vale a pena ver Jorge Luis Borges, principalmente um livro dele chamado O Aleph, que é o encontro de todas as coisas em uma só coisa. Neste momento, nós estamos encontrando aqui a nossa cabeça, o nosso raciocínio, a nossa homenagem a esse homem fantástico que foi o Arolde. Ele se foi na vida, mas está nos inspirando até hoje.

    Muito obrigada.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 11/08/2021 - Página 58