Discurso durante a 91ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Preocupação com a situação de crianças e adolescentes que perderam pais e mães em decorrência da Covid-19, os denominados órfãos da pandemia.

Autor
Zenaide Maia (PROS - Partido Republicano da Ordem Social/RN)
Nome completo: Zenaide Maia Calado Pereira dos Santos
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
Crianças e Adolescentes:
  • Preocupação com a situação de crianças e adolescentes que perderam pais e mães em decorrência da Covid-19, os denominados órfãos da pandemia.
Publicação
Publicação no DSF de 18/08/2021 - Página 32
Assunto
Política Social > Proteção Social > Crianças e Adolescentes
Indexação
  • PREOCUPAÇÃO, CRIANÇA, ADOLESCENTE, ORFÃO, PERDA, MORTE, PAI, MÃE, PANDEMIA, NOVO CORONAVIRUS (COVID-19), DESTAQUE, PESSOA COM DEFICIENCIA.

    A SRA. ZENAIDE MAIA (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PROS - RN. Para discursar. Por videoconferência.) – Sr. Presidente, colegas Senadores, temos um órfão a cada cinco minutos neste País pela covid. São 131 mil crianças e adolescentes que já perderam o pai, a mãe, os avós ou o responsável por sua criação de março do ano passado até abril deste ano. São os órfãos da covid. E eu me perguntaria aqui diante de um projeto de lei como esse, colegas Senadores: quantos órfãos têm deficiência?

    Cerca de 88 mil perderam o pai; 26 mil perderam a mãe; 17 mil perderam avós ou responsáveis pela criação. O Governo Federal precisa dar atenção a esses órfãos da covid. É uma questão de humanidade, gente! São seres humanos, não podem ser descartados.

    Nós, aqui no Congresso, também precisamos apoiar essas crianças e adolescentes. É o momento de reforçarmos as políticas de proteção social, evitando que esses meninos e meninas se tornem mais vulneráveis, que é o que acontece quando a orfandade acontece nas famílias de mais baixa renda, gente, quando quem morre é quem mantém a família financeiramente.

    Temos 570 mil mortos pela covid no Brasil. Cada um representa uma ausência irreparável. O Brasil não pode, nós não podemos fechar os olhos para quem, nessa tragédia, ficou sem pai, sem mãe ou sem um responsável.

    Uma coisa que eu queria dizer para os colegas Senadores: a economia não pode comandar a política. Precisa-se ter uma política econômica, mas comandada pela política. Quando a economia comanda, vai faltar o social, vai faltar o humano, e nós precisamos, aqui no Congresso Nacional, ter esse olhar diferenciado. Temos um Ministério da Economia, mas ele tem que ser comando pelo Congresso, pelos Poderes, que vão ver esse lado social, a defesa da vida, da vida de todos, não só a vida dos seres humanos, mas a vida do meio ambiente também.

    Por isso, Sr. Presidente, neste Senado, temos que ter um olhar fraterno para essa quantidade de órfãos e órfãs, dos quais a gente não tem ainda um levantamento: quantos deles, Senadora Nilda, Senadora Leila, Senadora Soraya Thronicke, são jovens e adolescentes com deficiência?

    Obrigada, Sr. Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 18/08/2021 - Página 32