Discurso durante a 114ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Leitura de carta de cidadão sobre a falta de médicos peritos na agência do INSS da cidade de Ariquemes, Estado de Rondônia (RO).

Autor
Confúcio Moura (MDB - Movimento Democrático Brasileiro/RO)
Nome completo: Confúcio Aires Moura
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
Regime Geral de Previdência Social:
  • Leitura de carta de cidadão sobre a falta de médicos peritos na agência do INSS da cidade de Ariquemes, Estado de Rondônia (RO).
Publicação
Publicação no DSF de 17/09/2021 - Página 22
Assunto
Política Social > Previdência Social > Regime Geral de Previdência Social
Indexação
  • LEITURA, CARTA, CIDADÃO, FALTA, MEDICO, PERITO, PERICIA MEDICA, AGENCIA, INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL (INSS), CIDADE, ARIQUEMES (RO), CRITICA, CRITERIOS, CALCULO, PAGAMENTO, BENEFICIO PREVIDENCIARIO.

    O SR. CONFÚCIO MOURA (Bloco Parlamentar Unidos pelo Brasil/MDB - RO. Para discursar. Por videoconferência.) – Sr. Presidente, eu não vou nem fazer discurso, não, eu vou fazer a leitura de uma carta.

    Recebi uma carta de um paciente lá de Alto Paraíso, Estado de Rondônia. Eu li a carta e falei: "Olha, está tão bem escrita, que eu não preciso fazer discurso". Eu vou ler a carta. É justamente, essa correspondência, do dia 10 passado, do Sr. Alessandro. Ele tem 40 anos de idade, nasceu e foi criado na cidade de Ariquemes, Estado de Rondônia. Abre aspas:

Venho aqui expor ao senhor também as dificuldades que a população tem enfrentado pela falta de médico perito do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

A manifestação que venho fazer não é apenas em benefício próprio, mas para todas as pessoas que estão precisando e vão precisar um dia do serviço do INSS da cidade de Ariquemes, Estado de Rondônia. [Eu acho que é no Brasil inteiro.]

Em Ariquemes, temos uma linda agência da Superintendência do INSS, mas não há profissional para realizar a perícia médica. Quem precisar tem que se deslocar para outra cidade.

Eu senti na própria pele por que os pacientes fraturados passam para conseguirem chegar a uma agência do INSS e serem submetidos a uma perícia médica. As condições clínicas que estou vivenciando me impulsionaram a relatar ao senhor [que sou eu, Confúcio Moura] o que está acontecendo em Ariquemes, pois em tal condição, é agravada a saúde dos que se deslocam para buscar atendimento em outra cidade.

A minha experiência não está sendo nada agradável. Sofri uma fratura de tornozelo bimaleolar. Fui submetido à cirurgia ortopédica, foi colocada placa, parafuso em minha perna. Minha recuperação estava indo muito bem, até eu precisar me deslocar para a capital de Porto Velho, para ser submetido a uma perícia médica.

O deslocamento até Porto Velho trouxe consequências graves a minha saúde, pois, no dia seguinte a quando cheguei de viagem da capital, comecei a sentir muita dor na panturrilha e febre. Após uma semana da viagem, foi constatada, num exame de ultrassom doppler, uma trombose venosa profunda. A possível causa da trombose pode estar relacionada a seis horas de viagem de ida e volta, com a perna inchada e para baixo, quando tive que ficar desse jeito, com essa perna para baixo e inchada.

Peço encarecidamente que cobre dos responsáveis – logicamente do INSS – para se posicionarem e resolverem esse grande problema. Precisamos de médicos peritos para atender as demandas referentes ao INSS na cidade de Ariquemes [eu acho que é em todo o País].

Minha profissão é enfermeiro. Já prestei assistência a muitos pacientes que sofreram fratura. Escutei muitas queixas de dor referida pelos mesmos. Trazer atendimento de perícias médicas para Ariquemes vai diminuir a dor de muitos pacientes fraturados.

Ressalto que os ônibus não dispõem de acessibilidade, e as vias de tráfego para cadeirantes não são favoráveis.

    Estou concluindo, Sr. Presidente, menos de um minuto.

Outra situação é o cálculo que é feito para pagar o auxílio-doença, que considero muito injusto. Sou contribuinte da Previdência Social desde o ano 2000, meu salário, na época, era de R$176. Foi aumentando de acordo com o aumento anual do salário mínimo e vim a ter uma remuneração melhor nos últimos dois anos. Mas, pelo que notei, não fez diferença, pois o cálculo para pagar o auxílio-doença é o resultado da soma de todas as contribuições com um acréscimo insignificante.

    Assim, eu encerro, Sr. Presidente, essa carta, não vou ler toda, mas é um clamor de um cidadão que fala por tantos outros brasileiros como ele que estão atravessando essas dificuldades por falta de peritos na sede das Superintendências do INSS no País, aqui referida a cidade de Ariquemes, Estados de Rondônia.

    Muito obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 17/09/2021 - Página 22