Discurso durante a 117ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Considerações sobre o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência e sobre os 30 anos da Lei de Cotas.

Indignação com comentários feitos pelo Ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner Rosário, na CPI da Pandemia.

Autor
Zenaide Maia (PROS - Partido Republicano da Ordem Social/RN)
Nome completo: Zenaide Maia Calado Pereira dos Santos
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
Homenagem, Pessoas com Deficiência:
  • Considerações sobre o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência e sobre os 30 anos da Lei de Cotas.
Combate a Epidemias e Pandemias, Governo Federal, Saúde Pública:
  • Indignação com comentários feitos pelo Ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner Rosário, na CPI da Pandemia.
Publicação
Publicação no DSF de 22/09/2021 - Página 20
Assuntos
Honorífico > Homenagem
Política Social > Proteção Social > Pessoas com Deficiência
Política Social > Saúde > Combate a Epidemias e Pandemias
Outros > Atuação do Estado > Governo Federal
Política Social > Saúde > Saúde Pública
Indexação
  • CRITICA, COMENTARIO, MINISTRO DE ESTADO, CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO (CGU), COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUERITO (CPI), PANDEMIA, NOVO CORONAVIRUS (COVID-19), PRESCRIÇÃO MEDICA, MEDICAMENTOS, AUSENCIA, EFICACIA, COMPROVAÇÃO.
  • COMENTARIO, DIA NACIONAL, PESSOA COM DEFICIENCIA, ANIVERSARIO, LEI FEDERAL, COTA.

    A SRA. ZENAIDE MAIA (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PROS - RN. Para discursar. Por videoconferência.) – Sr. Presidente, colegas Senadores, hoje, Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, quero lembrar que está completando 30 anos da Lei de Cotas, de 2% a 5% de vagas para pessoas com deficiência no trabalho.

    O IBGE mostra que, depois de 30 anos, 4% da população brasileira que tem algum tipo de deficiência está empregada, muito pouco, apesar de termos uma legislação moderníssima. Mas ele mostra que a maior dificuldade é que, quando procuram emprego, o empregador olha primeiro para sua deficiência do que para suas habilidades. E mostra ao País que um país que não abraça, que não inclui as suas pessoas com deficiência, esse país é quem está deficiente.

    Mas, Sr. Presidente, hoje, na CPI, eu vi algo... A que ponto chegou a intimidação pela Presidência da República. O Ministro da CGU disse, quando foi perguntado por que ele não estava... Se a CGU não investigou, nem está investigando a compra milionária de medicamentos sem eficácia terapêutica comprovada, porque, enquanto o Governo estava comprando cloroquina, hidroxicloroquina e outros medicamentos sem eficácia terapêutica, morriam milhares de brasileiros faltando oxigênio e medicamentos que a gente chama de kit entubação. É muito grave isso, gente.

    Mas sabe qual foi a resposta do Ministro? Pela liberdade de escolha de os médicos prescreverem o que quiserem. Mais uma vez, posso me tornar repetitiva: médico só pode prescrever aquilo que a ciência já provou que tem eficácia, gente. Com essa conduta, aí agora eu entendi. O próprio Presidente da República usou até o Conselho Federal de Medicina para dizer que esses medicamentos... Insiste em dizer ao povo brasileiro que esses medicamentos são eficazes e que devem ser tomados precocemente. Não é verdade, gente. É vacina e condutas não medicamentosas.

    Não é possível, porque o Ministro da CGU, que controla, que deveria fazer a prevenção disso, simplesmente joga para dizer que o médico pode prescrever o que quiser. Não é assim, gente. O curso de Medicina é um curso em que a gente estuda ciência. Aquilo, a gente bota em prática o que a ciência está mostrando. Então, campanhas educativas mostrando como as pessoas se defenderem e vacinando o braço.

    Meus sentimentos aqui a quase 600 mil famílias que perderam seus entes queridos, e a grande maioria poderia ter sido evitada se o Governo Federal tivesse tido o controle dessa pandemia, fazendo o que a ciência indica e mostra.

    Obrigada, Sr. Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 22/09/2021 - Página 20