Pronunciamento de Zenaide Maia em 21/09/2021
Discurso durante a 117ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal
Considerações sobre o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência e sobre os 30 anos da Lei de Cotas.
Indignação com comentários feitos pelo Ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner Rosário, na CPI da Pandemia.
- Autor
- Zenaide Maia (PROS - Partido Republicano da Ordem Social/RN)
- Nome completo: Zenaide Maia Calado Pereira dos Santos
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discurso
- Resumo por assunto
-
Homenagem,
Pessoas com Deficiência:
- Considerações sobre o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência e sobre os 30 anos da Lei de Cotas.
-
Combate a Epidemias e Pandemias,
Governo Federal,
Saúde Pública:
- Indignação com comentários feitos pelo Ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner Rosário, na CPI da Pandemia.
- Publicação
- Publicação no DSF de 22/09/2021 - Página 20
- Assuntos
- Honorífico > Homenagem
- Política Social > Proteção Social > Pessoas com Deficiência
- Política Social > Saúde > Combate a Epidemias e Pandemias
- Outros > Atuação do Estado > Governo Federal
- Política Social > Saúde > Saúde Pública
- Indexação
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- CRITICA, COMENTARIO, MINISTRO DE ESTADO, CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO (CGU), COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUERITO (CPI), PANDEMIA, NOVO CORONAVIRUS (COVID-19), PRESCRIÇÃO MEDICA, MEDICAMENTOS, AUSENCIA, EFICACIA, COMPROVAÇÃO.
- COMENTARIO, DIA NACIONAL, PESSOA COM DEFICIENCIA, ANIVERSARIO, LEI FEDERAL, COTA.
A SRA. ZENAIDE MAIA (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PROS - RN. Para discursar. Por videoconferência.) – Sr. Presidente, colegas Senadores, hoje, Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, quero lembrar que está completando 30 anos da Lei de Cotas, de 2% a 5% de vagas para pessoas com deficiência no trabalho.
O IBGE mostra que, depois de 30 anos, 4% da população brasileira que tem algum tipo de deficiência está empregada, muito pouco, apesar de termos uma legislação moderníssima. Mas ele mostra que a maior dificuldade é que, quando procuram emprego, o empregador olha primeiro para sua deficiência do que para suas habilidades. E mostra ao País que um país que não abraça, que não inclui as suas pessoas com deficiência, esse país é quem está deficiente.
Mas, Sr. Presidente, hoje, na CPI, eu vi algo... A que ponto chegou a intimidação pela Presidência da República. O Ministro da CGU disse, quando foi perguntado por que ele não estava... Se a CGU não investigou, nem está investigando a compra milionária de medicamentos sem eficácia terapêutica comprovada, porque, enquanto o Governo estava comprando cloroquina, hidroxicloroquina e outros medicamentos sem eficácia terapêutica, morriam milhares de brasileiros faltando oxigênio e medicamentos que a gente chama de kit entubação. É muito grave isso, gente.
Mas sabe qual foi a resposta do Ministro? Pela liberdade de escolha de os médicos prescreverem o que quiserem. Mais uma vez, posso me tornar repetitiva: médico só pode prescrever aquilo que a ciência já provou que tem eficácia, gente. Com essa conduta, aí agora eu entendi. O próprio Presidente da República usou até o Conselho Federal de Medicina para dizer que esses medicamentos... Insiste em dizer ao povo brasileiro que esses medicamentos são eficazes e que devem ser tomados precocemente. Não é verdade, gente. É vacina e condutas não medicamentosas.
Não é possível, porque o Ministro da CGU, que controla, que deveria fazer a prevenção disso, simplesmente joga para dizer que o médico pode prescrever o que quiser. Não é assim, gente. O curso de Medicina é um curso em que a gente estuda ciência. Aquilo, a gente bota em prática o que a ciência está mostrando. Então, campanhas educativas mostrando como as pessoas se defenderem e vacinando o braço.
Meus sentimentos aqui a quase 600 mil famílias que perderam seus entes queridos, e a grande maioria poderia ter sido evitada se o Governo Federal tivesse tido o controle dessa pandemia, fazendo o que a ciência indica e mostra.
Obrigada, Sr. Presidente.