Pronunciamento de Nilda Gondim em 19/10/2021
Discurso durante a 136ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal
Considerações acerca da violência contra a mulher e apelo ao Governo Federal e aos Estados pela criação de um projeto de segurança mais rigoroso para coibir a prática que atinge, em média, 505 mulheres por dia no País.
- Autor
- Nilda Gondim (MDB - Movimento Democrático Brasileiro/PB)
- Nome completo: Ozanilda Gondim Vital do Rego
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discurso
- Resumo por assunto
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Mulheres:
- Considerações acerca da violência contra a mulher e apelo ao Governo Federal e aos Estados pela criação de um projeto de segurança mais rigoroso para coibir a prática que atinge, em média, 505 mulheres por dia no País.
- Publicação
- Publicação no DSF de 20/10/2021 - Página 46
- Assunto
- Política Social > Proteção Social > Mulheres
- Matérias referenciadas
- Indexação
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- PREOCUPAÇÃO, VIOLENCIA, MULHER, COBRANÇA, GOVERNO FEDERAL, ESTADOS, APRESENTAÇÃO, PROJETO, SEGURANÇA, PREVENÇÃO, ERRADICAÇÃO, REGISTRO, DADOS, ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS (ONU), SECRETARIO GERAL, REPARAÇÃO, DESIGUALDADE SOCIAL, DISCRIMINAÇÃO, GENERO.
A SRA. NILDA GONDIM (Bloco Parlamentar Unidos pelo Brasil/MDB - PB. Para discursar.) – Sr. Presidente, eu vou ser breve, mas eu preciso realmente fazer um comentário a respeito de um assunto importante, que hoje foi notadamente falado ao meio-dia, na Globo.
A violência contra a mulher compromete a mulher vítima de preconceito, agressão, envolve a família e todo o seu circunstancial, além de prejudicar a Nação, causando um prejuízo financeiro imensurável.
O Governo Federal e os Estados precisam se alertar, apresentar um projeto de segurança mais rigoroso e adotar mecanismos que coíbam a prática reiterada da violência contra a mulher, com uma média de 505 agressões diárias no País.
Caros colegas, o Secretário-Geral da ONU, António Guterres, instou todos os governos a fazer da prevenção e da reparação de atos de violência contra mulheres e meninas uma parte fundamental de seus planos nacionais de resposta à covid-19: "A violência contra mulheres e meninas é um problema generalizado em uma situação normal. É a consequência de relações desiguais de poder entre os sexos e a discriminação contra mulheres e meninas, que é exacerbada por conflitos e crises humanitárias, pobreza, tensões econômicas e, ocasionalmente, consumo nocivo de álcool ou outras drogas".
Numa situação normal, o problema da violência de gênero já é grave. Na situação em que estamos, de pandemia mundial, o problema é aumentado e agravado exponencialmente.
O custo dessa violência é muito caro para o Brasil...
(Soa a campainha.)
A SRA. NILDA GONDIM (Bloco Parlamentar Unidos pelo Brasil/MDB - PB) – ... pois, em média, as vítimas ficam 18 dias sob licença médica, impactando elevados dispêndios para os serviços de atendimento, incluindo a saúde, a segurança, a Justiça e os serviços ligados à assistência social.
Portanto, somente um plano rigoroso de combate e, principalmente, de prevenção e erradicação da violência contra as mulheres poderá reduzir os altos custos advindos da inação ou da ineficácia da ação dos governos até o momento.
É o momento de unirmos esforços, nas três esferas de governo, em todos os níveis – municipal, estadual e federal –, pois, somente com a união de todos, haveremos de alcançar o objetivo comum da luta pela erradicação da violência contra a mulher.
Era o que eu tinha a dizer, Sr. Presidente.
Muito obrigada.