Fala da Presidência durante a 140ª Sessão Especial, no Senado Federal

Abertura da Sessão Especial destinada a comemorar o Dia do Professor.

Autor
Izalci Lucas (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/DF)
Nome completo: Izalci Lucas Ferreira
Casa
Senado Federal
Tipo
Fala da Presidência
Resumo por assunto
Data Comemorativa, Educação:
  • Abertura da Sessão Especial destinada a comemorar o Dia do Professor.
Publicação
Publicação no DSF de 23/10/2021 - Página 50
Assuntos
Honorífico > Data Comemorativa
Política Social > Educação
Matérias referenciadas
Indexação
  • ABERTURA, SESSÃO ESPECIAL, COMEMORAÇÃO, HOMENAGEM, DIA NACIONAL, PROFESSOR, ENFASE, ATUAÇÃO PARLAMENTAR, DEFESA, EDUCAÇÃO, DESTINAÇÃO, RECURSOS ORÇAMENTARIOS, EMENDA INDIVIDUAL, ESTABELECIMENTO DE ENSINO, DISTRITO FEDERAL (DF), RELATOR, REFORMA, ENSINO MEDIO.

    O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar PODEMOS/PSDB/PSL/PSDB - DF. Fala da Presidência.) – Declaro aberta a sessão.

    Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.

    A presente sessão especial remota foi convocada nos termos do Ato da Comissão Diretora nº 8, de 2021, que regulamenta o funcionamento das sessões e reuniões remotas e semipresenciais no Senado Federal e a utilização do Sistema de Deliberação Remota, em atendimento ao Requerimento nº 177, de 2021, de minha autoria e de outros Senadores, aprovado pelo Plenário do Senado Federal.

    A sessão é destinada a comemorar o Dia do Professor.

    A Presidência informa que esta sessão terá a participação dos seguintes convidados: Sra. Angelita Amarante Garcia, Diretora da Escola Regular de Ensino (Caseb); Sra. Maria Eduarda Silva Reis, Estudante do 8º ano do Centro de Ensino Fundamental (Caseb); Sra. Gicileide Ferreira de Oliveira, Diretora do Centro de Ensino Especial nº 01 do Guará (escola pública especializada para atender alunos com deficiência); Sra. Valquiria Theodoro, mãe e ativista pela educação especial; Sra. Maria das Graças de Freitas de Abreu, mãe de aluno do Centro de Ensino Especial do Guará; Sr. Igor Diolindo, aluno do 2º ano do ensino médio; Sr. Luis Carlos Loyola, Professor de Português e Robótica; Sr. Rodrigo de Paula, Diretor do Sindicato dos Professores em Estabelecimentos Particulares de Ensino do Distrito Federal (Sinproep) e Diretor Financeiro da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee); Sra. Ana Elisa Dumont de Oliveira Resende, Presidente do Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Distrito Federal (Sinepe/DF); Sra. Priscila Cruz, Presidente da organização Todos pela Educação; e Sra. Amábile Pacios, Vice-Presidente da Federação Nacional das Escolas Particulares de Educação (Fenepe) e Conselheira do Conselho Nacional de Educação (CNE/MEC).

    Convido a todos para, em posição de respeito, acompanharmos o Hino Nacional.

(Procede-se à execução do Hino Nacional.)

    O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar PODEMOS/PSDB/PSL/PSDB - DF) – Assistiremos agora a um vídeo institucional.

(Procede-se à exibição de vídeo.)

    O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar PODEMOS/PSDB/PSL/PSDB - DF) – Quero cumprimentar a todos os professores e professoras, todos os educadores deste País, e agradecer a presença de cada um dos nossos convidados.

    O escritor, jornalista e Professor Affonso Romano de Sant'Anna disse, certa vez, que "o professor pensa ensinar o que sabe, o que recolheu nos livros e da vida, mas o aluno aprende do professor não necessariamente o que o outro quer ensinar, mas aquilo que quer aprender". Por isso, o grande professor ensina, mas é, sobretudo, o mestre que inspira.

    Senhoras e senhores, neste momento é a lembrança de minha infância e juventude nas escolas as quais frequentei, nas duas cidades em que morei, que me inspiraram e que me inspiram: no início, em Araújos, Minas Gerais, e, depois, em Brasília, a nova Capital.

    Em ambas, tive uma educação primorosa em todos os aspectos, mas gostaria de destacar que isso só foi possível porque os professores eram mestres respeitados pela comunidade, pelos Governos e, sobretudo, pelos alunos. A gente ouvia, aprendia, e dali pensávamos e nos inspirávamos.

    Por isso, comecei minha vida como professor, lutei e luto pela educação desde sempre.

    Senhoras e senhores, não acordo nenhum dia sem pensar nisso, porque sei que tudo que construí foi pela educação.

    Além de professor na educação básica, eu me graduei no ensino superior, pós-graduação e me tornei contador, auditor e sempre professor. Dei aulas em escolas básicas e no ensino superior, mas o exemplo do respeito e da valorização da educação tem que vir de cima, dos Governos, que não o fazem.

    Infelizmente, o que vemos são professores tratados com violência física e moral, além de escolas malcuidadas e, quase sempre, sem infraestrutura adequada para dar a educação que nossas crianças e jovens precisam. A inversão de valores, neste País, é algo assustador. Como podemos exigir de nossas crianças e adolescentes que respeitem seus mestres se o Estado os trata como se bandidos fossem? Como podemos exigir de nossas crianças que amem suas escolas se o Governo as faz, quando as fazem, com cuspe e desmoronam a cada chuva que chega?

    Nessa última quarta-feira, dia 20 de outubro, eu tive uma grande tristeza ao ver a escola da Vila Planalto, tão esperada pela comunidade, ser inaugurada com uma construção malfeita e mal-acabada. Foram três anos de luta para reconstruirmos essa escola. Destinei recursos para a reconstrução e lutei para não perder a verba enviada. Conseguimos segurar, para fazer a escola tão esperada, mas parece que a construção não aguentou a primeira chuva. Isso é inadmissível! Isso é algo que não podemos aceitar jamais. É uma escola nova que foi inaugurada em janeiro deste ano. Para onde terá ido o dinheiro para construir a escola da Vila Planalto?

    Isso sem falar das antigas, porque reforma nenhuma foi feita, embora tenhamos destinado R$35 milhões para cuidar de tetos, banheiros, quadras, parte elétrica e hidráulica. Meus senhores e minhas senhoras, os recursos foram liberados ao GDF e, em razão da pandemia, as escolas não funcionaram. Por que não fizeram as reformas? Por que não aproveitaram esse tempo para reformar as escolas, para receber os alunos que tanto almejavam o retorno às aulas?

    Fiquei sabendo que outras escolas cancelaram as aulas em razão dos problemas estruturais pela chuva de terça-feira, não sei quantas. Na Asa Norte, a Infantil da 107 Norte foi inundada, e as mães tiveram que levar seus filhos para os seus locais de trabalho. Isso é um absurdo! Não estamos falando de calamidade pública, estamos falando de uma chuva forte, nada excepcional, mas com o descaso do GDF, isso virou algo maior do que poderia ter sido.

    Senhoras e senhores, tenho trabalhado incessantemente para mudar essa situação nessa quadra em que houve enfrentamento e para colocar a educação como prioridade máxima em nosso País. Destinei emendas para a construção de 15 creches em várias cidades do DF. Destinei R$35 milhões para reformas e equipamento de escolas. Fui o Relator da reforma do Ensino Médio, com a inclusão do ensino profissional e técnico nas escolas em todo o País. Fui o Relator do Fundeb permanente e com mais recursos para a educação básica. Tenho lutado pelos recursos na ciência e tecnologia, como banda larga nas escolas, para que o Brasil saia da sua condição de lanterna no desenvolvimento das nações.

    Minhas senhoras e meus senhores, temos cientistas de ponta, as melhores cabeças, mas que estão indo para outros países, porque aqui não são valorizados. E o que acontece é que acabamos por comprar produtos de fora que foram criados pelos nossos brasileiros.

    Hoje, neste Dia do Professor, quero dizer que a luta é grande e diária, mas que é nossa e somente nossa, que amamos o nosso País e seus filhos, acima de tudo.

    Quero aproveitar esta sessão para homenagear todos os nossos professores de ontem, de hoje e sempre.

    Em nome de todos, quero, aqui, homenagear, em Araújos, as minhas Professoras Ângela, do Grupo Escolar Ribeiro Pena, e a minha querida Maria da Conceição Santos, a querida São, que me ajudava nas tarefas da escola e ficou com a responsabilidade de cuidar de mim enquanto meus pais moravam na roça.

    Vivi em sua casa e fui cuidado e educado por essa família que me acolheu. Estudava, brincava e ia ao cinema. Foi com eles que vi, pela primeira vez, o cinema, a aventura na tela.

    Depois, no seminário de Itaúnas, onde prossegui os estudos, também tive grandes mestres, como o Padre Luiz, que era professor de canto e dava aulas magistrais sobre cultura e arte.

    Aqui, na Capital, tive outros grandes mestres. Um deles é o Professor Martinho de Souza Maia, que foi professor e diretor do Ginásio do Guará e que muito me ensinou.

    Além dele, tive o privilégio de ter excelentes professores no colégio Pré-Universitário, onde trabalhava e estudava. Em Física, tinha o Professor Aloisio Otávio Pacheco de Brito; em Matemática, Romenos Simão; em Biologia, Roberio Sulz Gonsalves; em Química, Pimentel; em Português, Armando, e em História, Fábio, que foi Secretário de Educação, todos grandes mestres inspiradores.

    E é nas pessoas das Professoras Ângela e São, do Professor Martinho e do corpo docente do Pré-Universitário que homenageio todos os professores e professoras do DF e do Brasil.

    Obrigado.

    E nós assistiremos, agora, a uma contação de história em homenagem ao Dia do Professor apresentada por Nyedja Gennari.

(Procede-se à exibição de vídeo.)

    O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar PODEMOS/PSDB/PSL/PSDB - DF) – Muito bem, Nyedja! Parabéns!

    Concedo a palavra à Sra. Amábile Pacios, Vice-Presidente da Federação Nacional das Escolas Particulares e também Conselheira do Conselho Nacional de Educação (CNE-MEC).

    Amábile. (Pausa.)

    Está sem áudio, Amábile. Está aberto aí. É, está sem som.

    Vou conceder a palavra à Sra. Priscila Cruz, Presidente da organização Todos pela Educação, até a Amábile ver a questão do áudio.

    Priscila.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 23/10/2021 - Página 50