Discurso durante a 143ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Considerações sobre os desdobramentos advindos da CPI da Pandemia durante o período de seis meses de investigação. Críticas à atuação do Presidente da República quanto ao enfrentamento da pandemia.

Cumprimentos ao Senador Rodrigo Pacheco, por sua filiação ao Partido Político PSD.

Autor
Jorge Kajuru (PODEMOS - Podemos/GO)
Nome completo: Jorge Kajuru Reis da Costa Nasser
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
Atuação do Senado Federal, Combate a Epidemias e Pandemias, Governo Federal, Saúde Pública:
  • Considerações sobre os desdobramentos advindos da CPI da Pandemia durante o período de seis meses de investigação. Críticas à atuação do Presidente da República quanto ao enfrentamento da pandemia.
Atividade Política, Eleições e Partidos Políticos, Homenagem:
  • Cumprimentos ao Senador Rodrigo Pacheco, por sua filiação ao Partido Político PSD.
Publicação
Publicação no DSF de 28/10/2021 - Página 12
Assuntos
Outros > Atuação do Estado > Atuação do Senado Federal
Política Social > Saúde > Combate a Epidemias e Pandemias
Outros > Atuação do Estado > Governo Federal
Política Social > Saúde > Saúde Pública
Outros > Atividade Política
Outros > Eleições e Partidos Políticos
Honorífico > Homenagem
Indexação
  • COMENTARIO, RESULTADO, INVESTIGAÇÃO, COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUERITO (CPI), SENADO, PANDEMIA, NOVO CORONAVIRUS (COVID-19), CRITICA, ATUAÇÃO, JAIR BOLSONARO, PRESIDENTE DA REPUBLICA, COMBATE, DOENÇA, INDICIAMENTO.
  • SAUDAÇÃO, SENADOR, RODRIGO PACHECO, PRESIDENTE, SENADO, FILIAÇÃO PARTIDARIA, PARTIDO SOCIAL DEMOCRATICO (PSD).

    O SR. JORGE KAJURU (Bloco Parlamentar PODEMOS/PSDB/PSL/PODEMOS - GO. Para discursar.) – Brasileiros e brasileiras, minhas únicas vossas excelências, seu empregado público Jorge Kajuru volta a esta tribuna porque não poderia deixar de falar sobre a CPI da covid-19, que ontem concluiu sua missão, até pelo fato de ser eu um dos responsáveis, ao lado do amigo e exemplo ético Alessandro Vieira, pela sua instalação, conseguida graças ao nosso mandado de segurança que encaminhamos ao Supremo Tribunal Federal.

    Em seis meses, a CPI cumpriu o seu objetivo. Organizou os fatos registrados no País ao longo da pandemia do novo coronavírus e deixou evidentes os erros decorrentes do negacionismo, da má-fé e também da incompetência, que resultaram em milhares de mortes de brasileiros que poderiam ter sido evitadas.

    Tais equívocos contribuíram para o Brasil se tornar o segundo país do mundo no número de óbitos, atrás apenas dos Estados Unidos. Não tenho dúvida de que seria pior se não tivéssemos a CPI, que desempenhou um papel fundamental, levou aos brasileiros informações que fizeram deslanchar a vacinação, o que o Governo central sempre buscou retardar, à espera de uma improvável imunidade coletiva, estimulada pela contaminação em massa.

    À medida que a vacinação avança, os números de casos e de mortes caem – é a regra da ciência. Com 52% da população totalmente imunizada, torço para que os brasileiros sigam no caminho da racionalidade para logo chegarmos aos 80%, o índice defendido pelos especialistas para a superação da pandemia. Difícil prever os desdobramentos da Comissão Parlamentar de Inquérito, sobretudo como vão se comportar as instituições encarregadas de avaliar o relatório e investigar, ou não, os fatos graves que ela, detalhadamente, revelou.

    Acredito, por fim, em relação ao primeiro dia da CPI até o último dia, ontem – me dirijo ao primeiro indiciado no relatório da CPI –, que a investigação tem de ser simples, afinal ele é réu confesso, assumiu o negacionismo desde que qualificou a pandemia de gripezinha lá atrás até a recente defesa do chamado tratamento precoce – imaginem onde! – na abertura da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas.

    Por coincidência – será que é isso mesmo? Pergunto –, ele chegou ao ápice da irresponsabilidade perto de a CPI concluir o seu trabalho: insinuou, publicamente, que a vacina contra a covid-19 pode provocar aids.

    Meu Deus! Inacreditável!

    Jair Messias Bolsonaro prestou, de novo, macabra homenagem às famílias enlutadas pela covid-19 e, mais uma vez, assumiu o crime contra a saúde pública. Um Chefe de Estado nefando, réprobo, perverso, que faz jus ao indiciamento por esse e outros crimes.

    Que a justiça seja feita.

    Presidente Rodrigo Pacheco, permita-me, em tempo – serei rápido –, olhar para o senhor e dizer que, a partir de hoje, na sua vida pública, o seu novo partido, o PSD, saiba recebê-lo e saiba dar valor a um homem público reconhecido hoje, em todo o Brasil, pelo seu trabalho, mesmo sendo o primeiro ano aqui no Senado Federal.

    Parabéns!

    Deus e saúde, siga em frente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 28/10/2021 - Página 12