O SR. WELLINGTON FAGUNDES (PL - MT. Para discursar. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Deputado Dr. Zacharias Calil, ao cumprimentar V.Exa., eu cumprimento todos os companheiros que estão nesta sessão.

    Cumprimento também o Dr. Donizetti e o nosso companheiro e amigo Luiz Henrique Mandetta. Estivemos juntos por vários mandatos, na condição de Deputados Federais, e também depois enquanto ele esteve à frente do Ministério da Saúde.

    Cumprimento ainda o meu amigo e companheiro, o Senador Marcos Rogério, do Estado de Rondônia, a nossa Senadora Nilda Gondim, e por seu intermédio todas as mulheres brasileiras, e o Deputado Hiran Gonçalves. Quero também trazer aqui a minha satisfação em participar de uma sessão em homenagem a um dia tão importante como este.

    Temos ouvido muito, principalmente do Ministro da Educação, que durante pandemia os protagonistas foram os profissionais da saúde e os médicos, nos hospitais. Sem dúvida nenhuma, eles foram os protagonistas. Agora nós temos um grande desafio: o pós-pandemia. Eu falo na condição de Relator do orçamento para a educação para o próximo ano.

    Plagiando o Ministro, nós queremos que os médicos continuem sendo protagonistas, mas queremos principalmente dar a possibilidade para os nossos alunos voltarem com segurança às escolas, tornando as nossas escolas, os nossos profissionais da educação e também os nossos professores nos protagonistas do pós-pandemia.

    Quero cumprimentar aqui todos os profissionais médicos pelo dia de hoje. Esta é uma data de origem cristã, em que se comemora também o Dia de São Lucas. Por isso, aqui as minhas palavras são mais do que nunca de agradecimento.

    Na condição de Relator da Comissão do Senado destinada a acompanhar as ações de enfrentamento da pandemia, também pudemos acompanhar a ação corajosa dos médicos ao lado de todos os profissionais da saúde nesta que é, sem dúvida nenhuma, a maior tragédia já sofrida pela humanidade, a pandemia da COVID-19.

    Por isso, o nosso agradecimento pelo exercício do conhecimento e da responsabilidade com as vidas e, evidentemente, pelo exercício do amor fraterno. Mesmo sem as ferramentas necessárias e adequadas, vocês médicos ocuparam, ao lado de enfermeiras, enfermeiros, técnicos e auxiliares, sempre a linha de frente nessa luta, trazendo, acima de tudo, conforto às pessoas.

    No entanto, infelizmente, muitos foram alcançados pelo vírus e não conseguiram sobreviver. Segundo o último dado do Conselho Federal de Medicina, desde 22 de março de 2020, quando foi divulgada a primeira morte de um médico brasileiro pelo coronavírus, até agora, 624 médicos perderam a vida. A esse dado sofrido também lamentavelmente se somam quase 700 profissionais da enfermagem.

    Por isso, presto aqui a minha homenagem às famílias de cada um dos que se foram, oferecendo-lhes a nossa solidariedade. Em nome do meu querido Estado de Mato Grosso, quero dizer: muito obrigado, de coração, a todos vocês profissionais da medicina! Eu falo de médico para médico, porque sou médico veterinário.

    Quero ainda cumprimentar os Senadores Confúcio Moura, Humberto Costa, Marcelo Castro, Nelsinho Trad, Otto Alencar, Rogério Carvalho e também a nossa Senadora Zenaide Maia, que são médicos. São companheiros Senadores que tanto nos têm ensinado com a sua experiência e com o seu trabalho. Quero estender também os meus cumprimentos a outros 36 médicos que estão na Câmara dos Deputados e o faço no nome do Deputado Dr. Luiz Antonio Teixeira Jr.

    Sr. Presidente, prometi ser breve, mas não posso deixar de registrar meus mais profundos agradecimentos aos médicos e profissionais da saúde aqui do meu Estado de Mato Grosso. Distante dos grandes centros, cada médico que aqui está sofre com a desigualdade na distribuição de profissionais médicos no nosso Estado. São 900 mil quilômetros quadrados. Temos uma população pequena ainda, mas a distância às vezes dificulta muito que o paciente possa chegar ao hospital. Nós temos aqui, no Mato Grosso, uma média de 1,91 médico por mil habitantes, ou seja, 25% a menos do que a média nacional, e isso não é culpa do profissional médico. Atribuo essa situação à própria demografia. Somos um Estado imenso, com 3,5 milhões de habitantes.

    Por isso mesmo, Sr. Presidente, é que eu estou numa cruzada em defesa da implantação de cursos de medicina nas nossas universidades. Na verdade, queremos formar um médico que, desde muito jovem, conheça a realidade de viver num Estado com todas as características de um Estado amazônida.

    Agora, Sr. Presidente, eu quero aqui encerrar as minhas palavras com a observação feita pelo médico inglês Edward Jenner, que administrou a primeira vacina para prevenção da varíola, que foi, na época, uma das doenças mais temidas da humanidade. Ele disse assim: ”A alegria que senti, na perspectiva diante de mim de ser um instrumento destinado a tirar do mundo uma das suas maiores calamidades, foi tão grande, tão expressiva que, algumas vezes, me encontrei em uma espécie de devaneio”.

    E agora, Sr. Presidente, encerrando, quero aqui fazer um convite a todos. No dia 29, nós estaremos em Salvador, na Bahia, com o Ministro da Ciência e Tecnologia, o Ministro Marcos Pontes, para aplicar no braço de brasileiros a primeira vacina em teste com tecnologia 100% brasileira. Aliás, eu tenho isso quase como obsessão. Fui autor de um projeto de lei permitindo que o nosso grandioso parque de indústria de saúde animal pudesse também fabricar vacinas para humanos contra a COVID-19. O projeto passou por unanimidade no Senado e na Câmara -- e eu quero aqui agradecer a todos pela aprovação --, já voltou ao Senado e foi sancionado pelo Presidente da República. Eu tenho certeza de que, até o final do ano, o Brasil terá vacina com tecnologia 100% nacional para ser aplicada no braço de todos os brasileiros e ainda ser exportada para o mundo.

    Parabéns a todos os profissionais da saúde, especialmente, é claro, os médicos brasileiros e também os médicos mundo afora. Desejo-lhes felicidades.

    Agradeço a oportunidade de participar desta homenagem. Muito obrigado.