Fala da Presidência durante a 18ª Sessão Especial, no Senado Federal

Abertura da Sessão Especial destinada a comemorar o Dia Mundial do Rim.

Autor
Nelsinho Trad (PSD - Partido Social Democrático/MS)
Nome completo: Nelson Trad Filho
Casa
Senado Federal
Tipo
Fala da Presidência
Resumo por assunto
Data Comemorativa, Saúde Pública:
  • Abertura da Sessão Especial destinada a comemorar o Dia Mundial do Rim.
Publicação
Publicação no DSF de 15/03/2022 - Página 7
Assuntos
Honorífico > Data Comemorativa
Política Social > Saúde > Saúde Pública
Matérias referenciadas
Indexação
  • ABERTURA, SESSÃO ESPECIAL, DESTINAÇÃO, COMEMORAÇÃO, DIA INTERNACIONAL, ORGÃO HUMANO, FUNÇÃO, PURIFICAÇÃO, SANGUE, ENFASE, NECESSIDADE, DIAGNOSTICO, EXAME MEDICO, PREVENÇÃO, INICIO, TRATAMENTO MEDICO, DOENÇA RENAL.

    O SR. PRESIDENTE (Nelsinho Trad. Bloco Parlamentar PSD/Republicanos/PSD - MS. Fala da Presidência.) – Bom dia a todos!

    Abertura da sessão. Declaro aberta a sessão.

    Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.

    A presente sessão especial remota foi convocada nos termos do Ato da Comissão Diretora nº 8, de 2021, que regulamenta o funcionamento das sessões e reuniões remotas e semipresenciais no Senado Federal e a utilização do Sistema de Deliberação Remota; e em atendimento ao Requerimento nº 144, de 2022, de autoria da Senadora Mara Gabrilli e de outros Senadores – dentre eles este que vos fala, Senador Nelsinho Trad, médico urologista –, que foi aprovado pelo Plenário do Senado Federal.

    A sessão é destinada a comemorar o Dia Mundial do Rim.

    Na qualidade de Presidente desta manhã de trabalho, informo que esta sessão terá a participação dos seguintes convidados: Sr. Osvaldo Merege Vieira Neto, Presidente da Sociedade Brasileira de Nefrologia; Sr. Marcos Alexandre Vieira, Presidente da Associação Brasileira dos Centros de Diálise e Transplante; Sr. Sérgio Cleto, Coordenador da Associação Brasileira de Enfermagem em Nefrologia (Soben) e representa aqui o Coren do Estado de São Paulo; Sra. Maria de Lourdes da Silva Alves, Presidente da Federação Nacional das Associações de Pacientes Renais e Transplantados no Brasil (Fenapar); Sr. Alexandre Lenin, Presidente da Aliança Brasileira de Apoio à Saúde Renal (Abrasrenal); os Senadores que foram devidamente convidados, alguns deverão participar; dentre outros que, porventura, não estão aqui elencados pelo cerimonial mas que, se aparecerem, nós iremos registrar a presença.

    Convido agora a todos para, em posição de respeito, acompanharmos o Hino Nacional Brasileiro.

(Procede-se à execução do Hino Nacional.)

    O SR. PRESIDENTE (Nelsinho Trad. Bloco Parlamentar PSD/Republicanos/PSD - MS. Para discursar - Presidente.) – Agradecemos à toda a equipe técnica que trabalha aqui no chamado bunker do Senado, onde se fazem as transmissões das sessões e dos debates temáticos, via remota.

    O Dia Mundial do Rim tem como lema neste ano "Saúde dos Rins para Todos: Educando sobre a Saúde Renal".

    É preciso felicitar a escolha do tema, pois, como gestores e formuladores de políticas públicas, aprendemos cedo que a melhor forma de se utilizar sabiamente os poucos recursos da área da saúde é investir em políticas de prevenção e no cuidado com a população. É uma questão de economia e, portanto, de boa gestão dos recursos públicos, pois o Estado economizaria rubricas ao priorizar as intervenções simples e rotineiras que propiciariam a solução do problema médico no seu estágio inicial, sem gastar fortunas em intervenções complexas geralmente exigidas nos estágios avançados da doença, a exemplo de cirurgias e terapias medicamentosas caríssimas.

    A população também se sentiria mais acolhida e contemplada com a ênfase no tratamento precoce. A história clínica do paciente passaria a fazer parte da relação que estabelece com o Estado na perspectiva fundada do nosso Sistema Único de Saúde (SUS), que compreende a saúde como um dos direitos e garantias fundamentais da nossa Constituição, portanto como um direito assegurado a todos os cidadãos brasileiros.

    Os males dos rins possuem a particularidade de revelarem os sintomas de forma evidente no estágio avançado de evolução da doença. Assim, o acompanhamento médico no decorrer da história clínica do paciente constitui-se num aliado insuperável das melhores práticas no atendimento à saúde, pois o protocolo ajustado de acompanhamento do paciente poderia prevenir a doença antes que ela atingisse o seu estágio mais grave, permitindo assim intervenções mais precoces.

    Desafogar o SUS neste momento vai ao encontro da necessidade de aliviar a sobrecarga introduzida no atendimento do paciente com problemas de rins em decorrência da pandemia. Pesquisas têm revelado as sequelas da covid-19, particularmente severas no caso de pacientes que sofreram a forma mais grave da doença. Os rins aparecem em segundo lugar entre os órgãos mais afetados. Nessa última onda da covid-19, a imprensa noticiou a carência de leitos de UTI com suporte a diálise. Seguramente a demanda da área médica alterou-se, sendo necessários ajustes finos para o enfrentamento da nova situação.

    Após o período mais dramático da crise, estávamos trilhando um caminho de recuperação. A situação do Brasil inspirava cuidados, porém os prognósticos para o futuro, que não se revelaram promissores, deterioram-se agora pela conjuntura da guerra no cenário internacional instaurada pelo conflito Rússia-Ucrânia. Destarte, devemos garantir que, na saída da crise, nessa conjuntura delicada, o Estado tenha ação decisiva para que as sequelas da covid-19 não se transformem em mais um gravame ao povo brasileiro, fortemente estressado pelas provocações de tão alongado fenômeno.

    Elogiamos aqui e registramos a iniciativa da Senadora Mara Gabrilli, de São Paulo, que teve a iniciativa oportuna, como sempre faz nas suas matérias, de convocar esta sessão especial sobre tema de relevante interesse público.

    Muito obrigado.

    Vamos passar à lista de oradores. Como nós temos aqui um número um pouco elevado de oradores, eu peço a todos, para que todos possam fazer uma participação tranquila e racional, que se atenham ao tempo de cinco minutos, prorrogáveis pelo tempo necessário para a sua conclusão.

    A gente tem uma programação aqui que alerta quando faltam 15 segundos, não é isso?

    Perfeito.

    De pronto, vamos ouvir o Dr. Osvaldo Merege Vieira Neto, Presidente da Sociedade Brasileira de Nefrologia, pelo tempo de cinco minutos.

    Com a palavra o Dr. Osvaldo.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 15/03/2022 - Página 7