Discurso durante a 31ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Saudações ao Dia do Jornalista, celebrado no dia 7 de abril.

Elogio à decisão do Ministro Jesuíno Rissato, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que negou pedido de suspensão do júri popular que julgará o assassinato do jornalista goiano Valério Luiz.

Autor
Jorge Kajuru (PODEMOS - Podemos/GO)
Nome completo: Jorge Kajuru Reis da Costa Nasser
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
Homenagem, Imprensa:
  • Saudações ao Dia do Jornalista, celebrado no dia 7 de abril.
Atuação do Judiciário, Imprensa:
  • Elogio à decisão do Ministro Jesuíno Rissato, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que negou pedido de suspensão do júri popular que julgará o assassinato do jornalista goiano Valério Luiz.
Publicação
Publicação no DSF de 08/04/2022 - Página 22
Assuntos
Honorífico > Homenagem
Outros > Imprensa
Outros > Atuação do Estado > Atuação do Judiciário
Indexação
  • SAUDAÇÃO, DIA NACIONAL, COMEMORAÇÃO, HOMENAGEM, JORNALISTA.
  • ELOGIO, DECISÃO JUDICIAL, MINISTRO, SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ), NEGAÇÃO, PEDIDO, SUSPENSÃO, TRIBUNAL DO JURI, JULGAMENTO, HOMICIDIO, JORNALISTA, RADIALISTA, GOIANIA (GO).

    O SR. JORGE KAJURU (Bloco Parlamentar Juntos pelo Brasil/PODEMOS - GO. Para discursar.) – Brasileiros e brasileiras, meus únicos patrões, aqui está seu empregado público Jorge Kajuru de volta a esta importante tribuna do Senado. Aqui tantos amigos presentes, amigas.

    Leila, ninguém lembrou, minha irmã, que hoje é Dia do Jornalista. Olha como nós, Presidente Rodrigo Pacheco, temos uma profissão difícil, Dia do Jornalista.

    O meu assunto hoje dói. Dia do Jornalista, e o assunto é justiça. Começo elogiando a decisão tomada pelo Ministro Jesuíno Rissato, do STJ, na última segunda-feira, que negou pedido de suspensão do júri popular da morte do jornalista goiano Valério Luiz, um caso extremo de violência física, amparado em abuso de poder financeiro, que chocou Goiás e repercutiu em todo o Brasil.

    A defesa do milionário cartorário Maurício Sampaio, apontado como responsável, não quer que seja analisado no júri popular se ele, Maurício Sampaio, cometeu o crime, tratando-se de uma questão chamada de qualificadora, que pode aumentar a pena do condenado.

    Isso foi negado pelo Desembargador Ivo Fávaro, do Tribunal de Justiça de Goiás, há menos de duas semanas. Houve o recurso ao Superior Tribunal de Justiça, que também indeferiu o pedido da defesa de Maurício Sampaio.

    Assim, esperamos que finalmente aconteça o júri popular, agendado pelo Juiz Lourival Machado da Costa para o próximo dia 2 de maio.

    Vale lembrar que, em julho, o assassinato do jornalista goiano Valério Luiz vai completar dez anos. Uma década. Pasmem, senhoras e senhores. As manobras protelatórias não se justificam mais, sobretudo porque o Supremo Tribunal Federal, em julgamento de recurso, corroborou, em fevereiro de 2018, a decisão, no assassinato, para ir a júri popular.

    Valério Luiz era meu amigo pessoal. Eu o conheci desde criança em Goiânia. Ele foi executado aos 49 anos, em plena luz do dia. Levou seis tiros na porta da emissora de rádio onde trabalhava em Goiânia.

    As investigações da Polícia Civil conduziram que o crime foi motivado pelas críticas jornalísticas dele, desferidas contra o então dirigente de futebol Maurício Sampaio, em Goiânia.

    As audiências de instrução do processo começaram, no Tribunal de Justiça de Goiás, em maio de 2013, ou seja, se o julgamento se der no dia 2 de maio, agora, todo o trâmite jurídico estará completando nove anos.

(Soa a campainha.)

    O SR. JORGE KAJURU (Bloco Parlamentar Juntos pelo Brasil/PODEMOS - GO) – Concluindo, Presidente.

    Infelizmente, um triste exemplo de morosidade da Justiça brasileira.

    Já é chegada a hora de se respeitar a decisão do STF, tomada há mais de 4 anos, e se colocar fim às enviesadas manobras processuais de Maurício Sampaio e seus advogados bem remunerados, com o único objetivo de protelar o caso, tumultuando o andamento da Justiça.

    Termino esperando que, em maio, o responsável pela morte de Valério Luiz – neste Dia do Jornalista –, seja obrigado a encarar, diante dos jurados, as inúmeras provas contidas nos autos.

    Termino aplaudindo a incansável luta do filho de Valério, Valério Filho, advogado...

(Soa a campainha.)

    O SR. JORGE KAJURU (Bloco Parlamentar Juntos pelo Brasil/PODEMOS - GO) – ... guerreiro, que não deixou, um dia sequer, de ficar atento a tudo, de cobrar e de esperar prevalecer a justiça.

    Como é Dia do Jornalista eu, Jorge Kajuru – e tenho tantos nomes, pelos meus 40 anos de carreira na televisão brasileira – cito um, infelizmente falecido, um jornalista, para mim, inigualável e insubstituível: Paulo Francis. Paulo Francis dizia: "O melhor jornalista é aquele que mantém distância cética de todos os poderes". E eu obedeço a essa frase.

    Obrigado, Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 08/04/2022 - Página 22