Discurso durante a 44ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Críticas ao Banco Central pelo aumento da SELIC, a taxa básica de juros.

Cumprimentos ao Presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco, pela atuação em defesa da democracia e do Estado democrático de direito.

Autor
Zenaide Maia (PROS - Partido Republicano da Ordem Social/RN)
Nome completo: Zenaide Maia Calado Pereira dos Santos
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
Economia e Desenvolvimento:
  • Críticas ao Banco Central pelo aumento da SELIC, a taxa básica de juros.
Atuação do Senado Federal, Defesa do Estado e das Instituições Democráticas:
  • Cumprimentos ao Presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco, pela atuação em defesa da democracia e do Estado democrático de direito.
Publicação
Publicação no DSF de 04/05/2022 - Página 22
Assuntos
Economia e Desenvolvimento
Outros > Atuação do Estado > Atuação do Senado Federal
Soberania, Defesa Nacional e Ordem Pública > Defesa do Estado e das Instituições Democráticas
Indexação
  • CRITICA, AUMENTO, TAXA SELIC, BANCO CENTRAL DO BRASIL (BACEN), DIVIDA PUBLICA, CORRELAÇÃO, ENDIVIDAMENTO, POPULAÇÃO, JUROS, INFLAÇÃO, LUCRO, BANCOS.
  • SAUDAÇÃO, PRESIDENTE, SENADO, SENADOR, RODRIGO PACHECO, DEFESA, DEMOCRACIA, ESTADO DEMOCRATICO.

    A SRA. ZENAIDE MAIA (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PROS - RN. Para discursar. Por videoconferência.) – Sr. Presidente, colegas Senadores, eu quero aqui parabenizar o Senador Jaques Wagner por essa PEC e todos os colegas que estão aprovando, mostrando que solidariedade e economia não são antônimos, podem se unir.

    Mas, Sr. Presidente eu queria falar aqui sobre juros. Mesmo com 77% das famílias brasileiras endividadas, como mostraram em abril, a diretoria do Banco Central insiste em aumentar as taxas de juros para conter uma inflação que se sabe que se não vai conter. É muito grave isso, porque o próprio Banco Central publicou que o aumento de 1% da taxa Selic gera 34,9 bilhões de gastos com juros anuais da dívida pública. Esse dinheiro sangra o orçamento público, esmagando a saúde e a educação, como a gente vê.

    Eu vejo, por exemplo, que mais grave ainda, Sr. Presidente, é que o Banco Central está mentindo para a sociedade e para todos nós. O que ele quer dizer é que aumentar os juros vai controlar uma inflação que existe no Brasil, decorrente de aumento de preço dos combustíveis, de energia elétrica e dos alimentos. Preço não se reduz quando o Branco Central aumenta os juros.

    As famílias brasileiras, gente, estão extorquidas por esses juros, porque ao mesmo tempo aumentam os juros dos cartões de crédito e dos cheques especiais que esse povo está usando, colegas Senadores, para pagar o botijão de gás, comprar seus alimentos e abastecer seus carros, quando ainda têm condições de fazer isso.

    Então, nós temos que ter esse olhar diferenciado. A gente não pode esperar essa política monetária que está aí, do rentismo, isso tudo para dar lucros exorbitantes a esses acionistas de bancos, em detrimento de toda uma sociedade, gente, porque a inflação faz com que não consigam mais comprar os alimentos nem o botijão de gás.

    Para finalizar, Sr. Presidente, eu quero parabenizar o senhor pela defesa da democracia, pela defesa dos Poderes institucionais. Isso, como falou o Senador Humberto Costa, o Senador Eduardo Braga, é uma missão nossa. A democracia e o Estado democrático de direito são coisas com as quais a gente tem que se preocupar, em primeiro lugar.

    Obrigada, Sr. Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 04/05/2022 - Página 22