Discurso durante a 52ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Lamento pelo suposto descaso com que o Governo Federal e parte do Congresso Nacional têm tido com a população brasileira, em contraste com políticas de isenções fiscais em benefício de setores mais favorecidos do País.

Autor
Zenaide Maia (PROS - Partido Republicano da Ordem Social/RN)
Nome completo: Zenaide Maia Calado Pereira dos Santos
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
Atuação do Congresso Nacional, Governo Federal, Proteção Social:
  • Lamento pelo suposto descaso com que o Governo Federal e parte do Congresso Nacional têm tido com a população brasileira, em contraste com políticas de isenções fiscais em benefício de setores mais favorecidos do País.
Publicação
Publicação no DSF de 18/05/2022 - Página 63
Assuntos
Outros > Atuação do Estado > Atuação do Congresso Nacional
Outros > Atuação do Estado > Governo Federal
Política Social > Proteção Social
Matérias referenciadas
Indexação
  • CRITICA, AUSENCIA, ATUAÇÃO, GOVERNO FEDERAL, CONGRESSO NACIONAL, APOIO, POPULAÇÃO, CRIAÇÃO, EMPREGO, POBREZA, FOME, INFLAÇÃO, DIFERENÇA, POLITICA, ISENÇÃO FISCAL, BENEFICIO, GRUPO, SETOR, FAVORECIMENTO, ENFASE, EMPRESA, TRANSPORTE AEREO, INDUSTRIA FARMACEUTICA.
  • CRITICA, JUROS, BANCOS, ISENÇÃO FISCAL, CONTRADIÇÃO, MICROEMPRESA, PEQUENA EMPRESA, AGRICULTURA FAMILIAR.

    A SRA. ZENAIDE MAIA (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PROS - RN. Para discursar. Por videoconferência.) – Sr. Presidente, colegas Senadores, eu queria seguir aqui com aquilo que falou o meu colega Confúcio. É muito triste a gente ver a tolerância que o Governo e grande parte do Congresso aqui estão tendo com a fome do povo brasileiro, mesmo a gente sendo o segundo maior produtor exportador de alimentos. Há tolerância com o desemprego, mesmo a gente sabendo que só se diminui o desemprego se o Estado brasileiro investir na geração de emprego e renda com infraestrutura. Há tolerância com a extorsão que é feita ao povo brasileiro, com a inflação altíssima feita pelos bancos, gente, cobrando até 400% de juros ao ano. Há extorsão feita ao povo brasileiro pelas companhias aéreas, como a gente está vendo aqui; isenção fiscal e, mesmo assim, querem cobrar as bagagens. Há extorsão pela indústria farmacêutica, é uma coisa visível; eu sou médica, e, há seis meses, Senadora Rose, comprava-se uma caixa de luvas de procedimento por R$29,90, e, hoje, é R$162! E há tolerância com o desmatamento e o massacre dos povos indígenas.

    A gente sabe que poderia ter soluções não rápidas, não fáceis, mas o que não pode é a gente sentar aqui, fazendo isenções fiscais para quem já tem uma concentração de renda e deixando as pessoas com fome, sem teto. É muito triste ver isso. E eu acho que, quando a tolerância chega nesse nível...

(Soa a campainha.)

    A SRA. ZENAIDE MAIA (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PROS - RN. Por videoconferência.) – ... é muito grande. Isso é criminoso, gente. O que se está fazendo com a maioria do povo brasileiro não está fácil para ninguém. Para isso não se precisa nem de IBGE para dar estatística.

    Permitir que os bancos façam o que estão fazendo e se continuam fazendo isenções fiscais... Os únicos planos e projetos que vêm deste Governo e do Ministério da Economia são isenção fiscal dos grandes, porque, quando é para micro e pequena empresa, agricultura familiar, a gente aqui tem dificuldade de aprovar projetos, apesar de saber que quem alimenta 70% dos brasileiros é a agricultura familiar e saber que quem mais emprega neste país chamam-se micro e pequenas empresas.

    Obrigada, Sr. Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 18/05/2022 - Página 63