Pela ordem durante a 64ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Preocupação com o desaparecimento do jornalista Dom Phillips e do indigenista Bruno Pereira no Amazonas. Agradecimentos ao Exército, à Marinha, à Polícia Federal e ao Ministério Público pela diligência na busca dos desaparecidos.

Autor
Mara Gabrilli (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/SP)
Nome completo: Mara Cristina Gabrilli
Casa
Senado Federal
Tipo
Pela ordem
Resumo por assunto
Direitos Humanos e Minorias:
  • Preocupação com o desaparecimento do jornalista Dom Phillips e do indigenista Bruno Pereira no Amazonas. Agradecimentos ao Exército, à Marinha, à Polícia Federal e ao Ministério Público pela diligência na busca dos desaparecidos.
Publicação
Publicação no DSF de 08/06/2022 - Página 10
Assunto
Política Social > Proteção Social > Direitos Humanos e Minorias
Indexação
  • PREOCUPAÇÃO, DESAPARECIMENTO, DOM PHILLIPS, JORNALISTA, BRUNO PEREIRA, SERVIDOR, FUNDAÇÃO NACIONAL DO INDIO (FUNAI), ESTADO DO AMAZONAS (AM).
  • AGRADECIMENTO, MOBILIZAÇÃO, EXERCITO, MARINHA, POLICIA FEDERAL, MINISTERIO PUBLICO, DILIGENCIA, BUSCA, DESAPARECIMENTO, SOLICITAÇÃO, PRESIDENTE DA REPUBLICA, JAIR BOLSONARO, ATUAÇÃO.

    A SRA. MARA GABRILLI (Bloco Parlamentar Juntos pelo Brasil/PSDB - SP. Pela ordem. Por videoconferência.) – Obrigada, Sr. Presidente, colegas Senadores.

    É com muita tristeza e preocupação que eu venho me pronunciar hoje sobre o sumiço do Bruno Pereira, ex-servidor da Funai, e do Dom Phillips, jornalista inglês, colaborador do The Guardian, que estão desaparecidos desde domingo na Floresta Amazônica.

    Eu não conhecia pessoalmente o indigenista Bruno, mas tenho uma relação bastante próxima com o Dom. Ele já me entrevistou em algumas oportunidades, inclusive, me acompanhando em agendas em comunidades da Grande São Paulo, pois ele sempre realizou uma cobertura do Brasil e dos brasileiros com muito afinco – e isso há mais de 15 anos. O Dom é um apaixonado pelo Brasil e é casado com uma brasileira. Embora tenhamos fé, esperança de que eles ainda possam ser encontrados com vida, tenho também preocupação, porque sabemos da realidade daquela região, que convive diariamente com o tráfico de drogas, com garimpeiros, caçadores, pescadores ilegais, e eles estão cada vez mais abusivos e agindo com violência contra as comunidades ribeirinhas, indígenas, diante do enfraquecimento e do desmonte da fiscalização daquele local.

    Eu conversei com meus amigos, Senadores Plínio Valério, Eduardo Braga, Omar Aziz, que são da região e os nossos Senadores pelo Amazonas. Eles estão cientes de tudo que está acontecendo e ajudando da forma que podem nessas buscas. Eu conversei também com autoridades do Exército brasileiro, com o Diretor da Polícia Federal, com o Prefeito de Atalaia do Norte, porque eles vinham da comunidade ribeirinha de São Rafael para Atalaia do Norte, onde os dois deveriam ter chegado. E tem muita gente envolvida nessas buscas pelo Bruno e pelo Dom.

    Eu quero agradecer a mobilização do Exército, da Marinha, da Polícia Federal, do Ministério Público Federal, que estão atuando nessas buscas, e pedir, pedir encarecidamente, ao Governo Federal que se envolva profundamente nesse caso. A gente não está falando só da vida de dois homens dedicados, de uma cidade em comoção, mas também da nossa imagem internacional. Quanto mais o Governo se envolver, tentar esclarecer esse caso e proteger os povos indígenas, mais valorizaremos a Amazônia, um patrimônio sem igual no mundo, do qual todos nós dependemos e lutamos para manter. E ao Presidente Bolsonaro, que, no início da tarde, concedeu uma entrevista dizendo que o desaparecimento do jornalista foi uma aventura não recomendada, eu queria explicar, Presidente Bolsonaro, que isso não foi uma aventura, não era uma aventura, mas, sim, o trabalho de pessoas corajosas e do Dom, que está escrevendo um livro sobre a Floresta Amazônica, junto com um indigenista que conhece toda a região e trabalha muito para protegê-la. Eu repito, Presidente Bolsonaro, isso não era uma aventura. Aventura é a gente pensar que todos os países estão imaginando que o Brasil é um país de governança aventureira, que o Brasil é um país que não tem lei, que não tem norma, que não cuida do seu povo, que não cuida da sua terra e que é governado na aventurança. Por isso, eu lhe peço, encarecidamente, Presidente Bolsonaro: envolva-se, pessoalmente, nessa busca. Isso só vai fazer ajudar o Brasil, a imagem do Brasil e, eventualmente, conseguirmos encontrar o jornalista Dom Phillips e o indigenista Bruno Araújo Pereira.

    Muito obrigada, Sr. Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 08/06/2022 - Página 10