Discurso durante a 78ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Balanço da trajetória política de S. Exa. no Senado Federal, com ênfase nas ações de enfrentamento à pandemia de Covid-19.

Anúncio do afastamento do exercício do cargo para concorrer ao governo do Estado do Maranhão nas próximas eleições.

Autor
Weverton (PDT - Partido Democrático Trabalhista/MA)
Nome completo: Weverton Rocha Marques de Sousa
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
Atividade Política, Combate a Epidemias e Pandemias, Saúde Suplementar:
  • Balanço da trajetória política de S. Exa. no Senado Federal, com ênfase nas ações de enfrentamento à pandemia de Covid-19.
Atividade Política, Eleições:
  • Anúncio do afastamento do exercício do cargo para concorrer ao governo do Estado do Maranhão nas próximas eleições.
Aparteantes
Davi Alcolumbre, Roberto Rocha.
Publicação
Publicação no DSF de 07/07/2022 - Página 18
Assuntos
Outros > Atividade Política
Política Social > Saúde > Combate a Epidemias e Pandemias
Política Social > Saúde > Saúde Suplementar
Jurídico > Direito Eleitoral > Eleições
Indexação
  • EXPOSIÇÃO, ATUAÇÃO PARLAMENTAR, ATIVIDADE POLITICA, ORADOR, SENADO, REFERENCIA, PROJETO DE LEI, PROIBIÇÃO, DESLIGAMENTO, SERVIÇO PUBLICO, AGUA, ENERGIA ELETRICA, FIM DE SEMANA, IMPLANTAÇÃO, HOSPITAL, TRATAMENTO MEDICO, CANCER, MULHER, ATUAÇÃO, COMBATE, PANDEMIA, NOVO CORONAVIRUS (COVID-19), DECRETO LEGISLATIVO, EMERGENCIA, PAGAMENTO, AUXILIO EMERGENCIAL, DESPEJO, ALUGUEL, RESIDENCIA, GARANTIA, AUTONOMIA, ESTADOS, SUSPENSÃO, CONCURSO DE PROVAS, EXAME NACIONAL DO ENSINO MEDIO (ENEM), ADIAMENTO, ELEIÇÕES, AUXILIO BRASIL, REFORMA, PREVIDENCIA SOCIAL, PROFESSOR, TRABALHADOR RURAL, PISO SALARIAL, AGENTE COMUNITARIO DE SAUDE, ENDEMIA, ENFERMEIRO, ANISTIA, DIVIDA, PRODUTOR RURAL, INUNDAÇÃO.
  • ANUNCIO, AFASTAMENTO, CARGO, SENADOR, DISPUTA, ELEIÇÕES, GOVERNADOR, ESTADO DO MARANHÃO (MA), ENFASE, COMBATE, POBREZA, FOME, CRIAÇÃO, EMPREGO, RENDA, EMPREENDEDORISMO, QUALIFICAÇÃO, EDUCAÇÃO PROFISSIONAL, JUVENTUDE, REDUÇÃO, TRIBUTOS, IMPOSTO SOBRE CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E SERVIÇOS (ICMS), ABASTECIMENTO, AGUA, SANEAMENTO BASICO, PAVIMENTAÇÃO, VIA TERRESTRE, INCENTIVO, TURISMO, EXPLORAÇÃO, GAS NATURAL.

    O SR. WEVERTON (PDT/PDT - MA. Para discursar.) – Primeiramente, eu gostaria de agradecer a Deus, a todos que fizeram parte dessa jornada como Senador, aos pares do Senado, aos meus companheiros de partido, o PDT, e todos os partidos aliados e, sobretudo, ao povo do Maranhão que, com quase 2 milhões de votos, permitiu que eu estivesse aqui.

    Depois de dois mandatos como Deputado Federal, cheguei ao Senado Federal com o sonho de fazer a diferença e o compromisso de representar bem o meu Estado, mantendo coerência com meus ideais e propósitos. Seja como Deputado Federal, seja como Senador, sempre tive um lado, o lado do trabalhador. E por ter esse lado, considero uma das maiores vitórias do meu mandato de Senador a aprovação, logo no primeiro ano, da lei da proibição do corte de energia e água em véspera de feriados, sextas-feiras e finais de semana.

    Só quem conta com dinheiro para chegar ao final do mês sabe o valor dessa lei. Muitas famílias atrasam a conta de energia não porque querem, mas porque falta dinheiro. Então, precisam ter ao menos a chance de conseguir o valor necessário para pagar e evitar o corte, sem passar o final de semana sem luz, sem geladeira, sem condições mínimas.

    Outro motivo de orgulho e gratidão neste meu mandato é a implantação do Hospital de Amor, em Imperatriz, que hoje, com uma unidade fixa e duas carretas itinerantes, salva a vida de mulheres por meio da prevenção em vários municípios. De fevereiro a julho, a nossa unidade fixa realizou 3.827 atendimentos, incluindo exames de mamografia e Papanicolau, e as carretas realizaram 5.469 atendimentos. Foram feitos ainda 383 ultrassons, 77 biópsias e 70 colposcopias.

    Também tenho a honra de ter participado ativamente da articulação junto da bancada federal da construção do Hospital Dr. Antônio Dino, em Pinheiro, que em outubro deve começar a fazer atendimento ambulatorial e, quando estiver funcionando plenamente, irá realizar mais de 80 mil atendimentos por ano, beneficiando 40 municípios da Baixada Maranhense.

    No segundo ano de mandato, em 2020, a humanidade enfrentou um desafio gigante que foi a pandemia da covid-19. O Senado foi célere e atuante: fomos o primeiro Parlamento do mundo a implantar a modalidade remota para garantir a realização das sessões, mantendo Parlamentares na segurança sanitária demandada pelo momento, ao mesmo tempo que apresentávamos respostas rápidas para a necessidade das pessoas.

    O meu mandato foi colocado à disposição do combate à pandemia de covid-19, com prioridade para salvar vidas e ajudar as que mais precisam. Como um dos Senadores mais jovens e fora do grupo de risco, junto com o então Presidente Davi Alcolumbre e, depois, com o Vice-Presidente Anastasia, passei os primeiros meses atuando presencialmente na estrutura montada no Prodasen. De tanto estar presente, cheguei até a ser tratado como Vice-Presidente por vários veículos de comunicação. Foram meses assustadores e muito intensos. Acredito que, junto com todos desta Casa, cumpri um trabalho relevante de cooperar com o meu país para retomar esse momento mais difícil.

    Foi com honra e extremo senso de dever que recebi a tarefa de ser Relator do primeiro ato do Congresso nesse momento tão difícil. Fui o Relator do decreto de emergência, em função da covid-19, uma medida que possibilitou uma série de iniciativas, entre elas o pagamento do auxílio emergencial de R$600. Sem ele, milhares de pessoas não teriam como se manter quando tudo estava fechado.

    Mesmo remotamente, tivemos uma produção intensa no Senado e fiz parte diretamente de conquistas que considero fundamentais para garantir a tranquilidade para o povo brasileiro, como: a aprovação do projeto de suspensão do pagamento de empréstimos consignados durante a pandemia; a proibição da realização de despejos de inquilinos, em um momento em que nos sentíamos inseguros até em sair de casa; e a proibição de cortar a energia das casas em qualquer dia, nos meses mais duros da pandemia.

    Assinei, como membro do PDT Nacional e então Líder do partido aqui nesta Casa, ações judiciais, como a que garantiu a autonomia para os estados e para os municípios para tomar providências contra a covid-19; a representação no TCU para suspender as provas do Enem/2020, considerando desiguais aos estudantes de escolas públicas, que estavam com aulas suspensas. Tive a honra de receber a tarefa de conduzir a relatoria do adiamento das eleições municipais de 2020, feita com diálogo e com orientação de especialistas, representantes do Judiciário e da sociedade civil. Chegamos a um relatório que tornou possível a democracia ser preservada, com a realização das eleições ainda em 2020, mas em um momento de redução de casos de covid-19.

    Em todas as situações, nossa luta foi sempre a favor do trabalhador, dos que mais precisam. Foi por isso que eu votei pela aprovação do Auxílio Brasil, que renovava o benefício do Bolsa Família, projeto esse relatado pelo meu colega de estado Senador Roberto Rocha. Apresentei, naquele momento, uma emenda de R$600 – infelizmente, não foi acatada. Mas felizmente agora esse valor está sendo atualizado para R$600, uma ação necessária porque sabemos que, com a inflação voltando e a pobreza aumentando, não é possível sustentar as famílias com tão pouco. Na votação da reforma da previdência, lutei para evitar maiores perdas dos direitos dos trabalhadores. Lutei para aprovar as emendas protegendo grupos que trabalham com tanta dificuldade, como professores e trabalhadores rurais. Trabalhei para a aprovação do piso nacional dos agentes comunitários de saúde e combate a endemias e pelo piso dos enfermeiros, profissionais que prestam diariamente um serviço de maior relevância para a população, assim como lutei para manter o reajuste de vencimento dos professores, o que já aconteceu em várias partes do Brasil, em várias cidades do Maranhão, e, infelizmente, no Governo ainda não.

    Sou autor do projeto de lei em tramitação que anistia a dívida dos agricultores atingidos pelas enchentes. Votei favoravelmente à medida provisória que vai facilitar o crédito a agricultores atingidos pela pandemia e à aprovação da emenda que proporcionará aos assentados a obtenção do título da terra, sem precisar pagar no cartório.

    Abrindo aspas para a questão das enchentes, o Maranhão viveu um dos momentos mais difíceis este ano. E, desde já, o Maranhão agradece a visita institucional que o Presidente desta Casa e do Congresso Nacional, Presidente Rodrigo, fez, a Imperatriz, olhando de perto o sofrimento das pessoas, daquelas famílias que, muitas vezes, só tinham aquilo dentro de casa e perderam tudo. E lá estava V. Exa., juntamente com o Senador Roberto e toda a comitiva, representando o Congresso e levando ajuda concreta para diminuir o sofrimento daquelas famílias.

    Agora, eu deixo o Senado para concorrer ao Governo do Maranhão. Eu me afasto para concorrer numa das missões mais difíceis da minha vida, porque eu sinto que posso contribuir muito mais e reduzir... (Pausa.) (Palmas.)

    ... e reduzir muito mais a dívida social, que precisa ser quitada, em respeito à nossa população.

    É de tirar o sono saber que 57% dos maranhenses vivem com renda familiar abaixo de R$500 e que a pobreza alcança 72% da população, só da Baixada Maranhense. Não dá para segurar esta situação de pobreza em que vive o nosso estado.

    Quero dizer a vocês que, quando eu for Governador, a partir do primeiro dia, eu vou começar isso com muito trabalho, criatividade e ousadia.

    A fome vem batendo de forma muito forte nas famílias maranhenses e brasileiras. Apesar disso, levantamento da Confederação Nacional dos Municípios diz que 205 mil famílias no Maranhão estão à espera do Auxílio Brasil, o antigo Bolsa Família.

    Não é uma realidade com a qual eu possa ou queira me acostumar. Há, em mim, uma inquietação muito grande, um desejo forte de mudar esta realidade. O povo do meu estado merece respeito, merece sua esperança redobrada, merece uma verdadeira chance de mudança. Abro aspas, porque eu falei muito em mudança há sete anos, mas não deu certo, e eu não tenho jamais compromisso com o erro; eu não tenho compromisso com vaidades. Peço desculpas ao meu estado... (Palmas.)

    ... e temos condição de recomeçar agora, novamente.

    Há um ditado que diz o seguinte: saco vazio não segura em pé. Meu primeiro desafio será deixar as pessoas de pé, com comida na mesa. Faremos isso com um programa imediato de segurança alimentar, que chegue à população que mais precisa, um programa econômico arrojado de geração de emprego e renda.

    Agora há pouco, eu chamei o Senador Vanderlan, que tem negócios lá no Maranhão e que conhece o potencial daquele estado. Eu falava para o Senador Vanderlan que, quando eu for Governador, no primeiro dia, ele vai receber um telefonema para dizer que a empresa dele, a indústria dele é bem-vinda no Maranhão, não só a do Goiás, mas as de todo o Brasil e do mundo, porque, lá, nós queremos empresários, queremos comerciantes que se sintam parte do desenvolvimento do estado e, claro, com desenvolvimento concreto, gerando riqueza através da renda, da distribuição justa de renda para as nossas famílias.

    Isso inclui política de atração de empresas e estímulo ao empreendedorismo. O Maranhão tem potencialidades regionais que precisam ser identificadas e estimuladas para atrair esses investimentos de que eu estou falando. Ao mesmo tempo, um trabalho intenso de qualificação profissional de jovens e adultos para preparar os nossos maranhenses para os melhores postos de trabalho.

    Vamos discutir a política de impostos, com a redução do ICMS sobre a cesta básica e estímulo a pequenas e médias empresas.

    Quero enfrentar, de modo imediato e enérgico, questões muito sérias que fazem parte das condições básicas de vida, como abastecimento de água e saneamento básico, lá no meu Estado. Cerca de 1,1 milhão de maranhenses vivem sem banheiro em casa; quase metade, 47,5%, da nossa população mora em ruas que não têm pavimento, exposta à poeira, em tempos secos, e à lama, em tempos de chuva.

    Não dá para aceitar que o Maranhão seja o estado mais empobrecido do Brasil, quando nosso estado tem uma localização privilegiada na geografia do mundo, tem rios perenes, clima bom e solo fértil e, principalmente, tem um povo trabalhador. Tem a Base de Alcântara, em todas as regiões a cultura, e o turismo tem como ser estimulado. Uma das maiores reservas de gás natural do Brasil está lá dentro do Maranhão, isso quer dizer que energia limpa e mais barata pode ser um atrativo fundamental para as nossas empresas.

    Isso não pode continuar. Como Governador, eu vou buscar exemplos que funcionam e investimentos dentro e fora do país para gerar empregos, garantir água na torneira, sistema de saneamento básico, banheiros em casa e ruas pavimentadas.

    Meu compromisso com o Maranhão sempre foi trabalhar sério, com dedicação e afinco para mudar essa realidade. Fiz esse compromisso como Senador e sinto que agora preciso e posso dar um passo a mais, por isso coloquei meu nome para Governador do meu estado. Não farei isso sozinho, ninguém o faz.

    O meu desafio será liderar a união de todas as forças políticas, empresariais e movimentos sociais para buscar soluções para mudar essa realidade com urgência. Estamos formando uma frente ampla de partidos, representações e organizações da sociedade civil, onde todos estão sendo convidados a dar as mãos e trabalhar juntos pelo Maranhão. Vamos governar o Maranhão sem disputas políticas e ideológicas, porque, com essas disputas, só quem perde é o povo.

    Faremos um governo de diálogo porque, no meio das discussões políticas e ideológicas que contribuíram para fazer do Maranhão o estado mais pobre do país, eu escolhi, Sr. Presidente, ficar ao lado das pessoas que estão sem trabalho, enfrentando dificuldades. Os outros é que mudaram de lado.

    Mas quero deixar claro que o principal membro dessa frente ampla que eu estou liderando é o povo do meu estado, é o povo do Maranhão. Nossos principais parceiros são as famílias maranhenses. Chega de governo que inventa programa e manda para as cidades. As prioridades serão definidas pelas famílias e o meu governo trabalhará para resolver essas demandas.

    Eu, que sou filho de uma professora e de um técnico agrícola, quero chegar ao governo para representar a minha gente e para garantir que os meninos e meninas do Maranhão tenham oportunidade de lutar por seus sonhos também. Quero que as famílias tenham comida na mesa e os adultos tenham emprego e renda para que possam ser o que eles quiserem. Eu quero ser governador para trabalhar para que todos os maranhenses tenham um presente melhor e um futuro mais feliz.

    Eu quero aqui, Sr. Presidente, agradecer à minha esposa, Samya; à Catarina, que está nos assistindo, minha filha mais velha; ao Miguel e ao Gabriel; a toda a minha família, que deu total apoio, está dando total apoio na construção desse sonho que, como eu tenho dito lá no Maranhão, não é um sonho meu, não é pessoal. Se fosse pessoal, o mandato desta Legislatura terminaria em 30 de janeiro e 2027, e eu ficaria, com certeza, no ar condicionado de Brasília, nas missões que nós temos, que são importantes, para acúmulo e para a contribuição do Legislativo nas relações institucionais que nós construímos com os outros países, e estaria, como se fala lá no nosso estado, debaixo da sombra. Mas eu resolvi escolher este lado, que é o lado da minha origem, o lado da luta, desta luta de que eu jamais, jamais, irei recuar.

    Quero agradecer aqui ao Presidente da Famem, Erlanio Xavier... (Palmas.)

    ... que, de todas as formas – Presidente da Federação dos Prefeitos do Maranhão –, faz uma gestão diferenciada em Igarapé Grande. Eu desafio qualquer um do mundo, que esteja me assistindo agora, ir a Igarapé Grande ver a administração do PDT, do Prefeito Erlanio e ver a diferença do que era antes e depois do Erlanio. Referência dentro do Ministério Público, dentro do Judiciário e dentro do Palácio dos Leões. (Palmas.)

    Neste momento, ele, que não se rendeu a ameaças, que não se rendeu a nenhum tipo de chantagem, passou a ter defeitos. Já chegam aos nossos ouvidos denúncias anônimas, e eu quero deixar aqui registrado, no Senado Federal, que não tentem intimidar os nossos prefeitos e achar que o Maranhão está na época ainda do nosso saudoso Rui Barbosa. (Palmas.)

    O Rui Barbosa, naquela época, teve a coragem de enfrentar ainda o seu General Floriano Peixoto. Ele não se calava. Com seus discursos longos, mas sempre do lado da democracia, ele vinha para cá mostrar o quanto era importante a democracia. E a democracia não pode ser vista através da ditadura das ideias.

    O Palácio dos Leões, no Maranhão, tem que entender que quem elege o seu Governador é o povo. E nós jamais iremos deixar que eles tentem intimidar quem quer que seja que diga não àquele projeto que se tornou, infelizmente, um projeto de poder. Poder pelo poder.

    Eu quero agradecer a Bancada Federal do Maranhão aqui, em nome do Coordenador da Bancada, Deputado Federal Cleber Verde, do Republicanos; do Deputado Federal Gil Cutrim, do Republicanos; do Deputado Federal Juscelino Filho, do União Brasil; de todos os Deputados que estão conosco, nos apoiando, e que não estiveram aqui neste momento.

    Vejo aqui o pai do Deputado Paulo Marinho Jr, ex-Deputado Federal, e todos os Deputados que não estão aqui neste momento nos apoiando.

    Quero agradecer o gesto dessa frente ampla que se formou no Maranhão. Muitos diziam que o Weverton sairia isolado e que esse projeto, o palácio, iria nos matar no primeiro turno, e isso fez com que muitos se unissem e essa união passou a ser pelo Maranhão.

    Aqui, a exemplo, eu e o Senador Roberth, unidos hoje num único propósito, o propósito de ajudar a gerar emprego e levar de verdade o desenvolvimento para o Maranhão. (Palmas.)

    Eu e o Roberth temos um compromisso – para encerrar, Sr. Presidente – e esse compromisso passa por qualquer tipo de diferença pessoal. Eu tenho dito aos meus Prefeitos e ao povo do Maranhão: "O Governador do estado, líder desse processo, é o Senador Weverton". Eu sou o responsável por dialogar com a bancada que eu ajudarei a eleger, federal, com o Senador que eu ajudarei a eleger e com os meus Deputados Estaduais. Eu estarei de forma humilde, mas correta e séria, dialogando com os meus Prefeitos – Prefeito Luciano Genésio, Prefeito Fernando Pessoa e todos os prefeitos que estão aqui. Estarei respeitando a municipalidade e com isso fazendo com que nós possamos respirar novos ares.

    Concluo agora, de verdade, agradecendo a V. Exa. e a esse amigo que a vida me deu, irmão, Davi Alcolumbre. Aqui todos sabem que eu sou um Parlamentar que veio e faz parte do bloco de oposição. Muitos aqui, da oposição, quando precisam resolver um problema, meu Líder Randolfe, meu Líder Jean, minha Líder Leila – que não está aqui presente, ela disse que já estava chegando –, Kajuru, todos vocês, muitas das vezes, brincavam dizendo:" Weverton, embaixador da oposição, vai conversar com a Mesa e conversar com o Governo". E quando o Governo, muitas das vezes, precisou e precisa dialogar com a oposição para votar matérias importantes, em muitas delas eu fui destacado para também ser o embaixador do diálogo, o embaixador das soluções que foram construídas de formas maduras.

    Então, em nome de vocês, meu colega, Senador Rogério, com quem eu aprendi a conviver, todos, eu quero de verdade me despedir, despedir-me nesse momento em que estarei indo para uma guerra, como eu comecei na minha fala, uma das mais difíceis da minha vida. Mas eu estou em paz, com o espirito leve, pedindo a Deus, à minha mãe evangélica, a meus irmãos... Eu fui criado dentro da Assembleia de Deus, lá no São Cristóvão. Hoje, com a educação e com o perfil que nós sempre tivemos, cristão, sabemos o quanto é importante a família, e a ela eu tenho me dedicado e sei o quanto eu sou importante para fazer as lutas a favor da sociedade. E aqui todos sabem o quanto eu tenho me dedicado para ajudar a construir essa agenda.

    Por isso, Maranhão, eu me despeço temporariamente de vocês porque eu espero, em novembro, meu Prof. Esperidião, voltar aqui para me despedir definitivamente e ir para o Maranhão fazer o melhor governo que aquele estado já pôde ver. (Palmas.)

    Dr. Roberth Bringel, esse sonho começou na varanda da sua casa, em Santa Inês, um ano, dois anos antes das eleições de 2018, dezembro de 2016. Lá algumas famílias se reuniram, alguns líderes políticos, menos de 20 pessoas, e nós sonhamos todo esse sonho. E V. Exa., ex-Prefeito duas vezes da cidade estratégica de Santa Inês, que está em festa, o Vale do Pindaré, pela primeira vez na história terá um Senador da República, e olhem só do porte do Roberth Bringel. (Palmas.)

    Ele, ao lado da sua esposa, Dra. Vianey, não mediram esforços para construirmos esse grande projeto.

    Enquanto muitos não acreditavam, eu, como Deputado Federal, Presidente Pacheco, seu colega, na época, Deputado, muitos não acreditavam – as pesquisas me colocavam em quinto lugar – nós encaramos aquele projeto e está aqui: eleito e mais votado da história do Maranhão, com quase dois milhões de votos. Quis Deus me dar hoje a oportunidade, a saúde, o vigor e, acima de tudo, o conhecimento que eu tenho hoje, aqui em Brasília e no Brasil, para lutar e defender o meu estado.

    Tenho certeza, Roberto, de que juntos nós vamos construir uma nova história e, a partir de 2023, nós iremos colocar em prática todas essas ideias que estão vindo de baixo para cima. Eu não estou fazendo plano de governo por plano de governo; será acordo de territórios. Esses acordos, com curto, médio e longo prazo, dialogados, com metas definidas.

    Só vamos mudar o Maranhão se mudarmos, de verdade, a governança daquele estado; se cortarmos, de verdade, na carne; se tirarmos as luxúrias; se tirarmos os desperdícios que estão lá, a exemplo da representação que eu apresentei no Ministério Público, agora, para cancelar aquele escárnio de quase R$10 milhões – pasmem, senhores! – para coquetel e coffee break, em pleno mês de julho e até dezembro, R$10 milhões, no Palácio dos Leões, enquanto o nosso povo está passando fome. Isso aqui é só um exemplo para eu não consumir mais o tempo de V. Exas.

    Sigamos firmes! E a todos que perguntavam se este foguete dava ré, está aqui a confirmação: no dia 29 de julho, estaremos na maior convenção da história do Maranhão, no Estádio Municipal Nhozinho Santos. Cada um de vocês que está me assistindo no Maranhão faça sua caravana e vá lá mostrar que foguete não dá ré!

    Muito obrigado, Presidente. (Palmas.)

(Soa a campainha.)

    O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Pacheco. Bloco Parlamentar PSD/Republicanos/PSD - MG) – Eu cumprimento o Senador Weverton pelo seu pronunciamento, pela sua decisão difícil de se licenciar para se dedicar a uma causa pública no seu estado.

    Quero dar, de fato, meu testemunho, Senador Weverton, como Presidente do Senado, da sua qualidade, da sua dedicação, do seu espírito público, já conhecidos desde os tempos que fomos colegas, como V. Exa. bem lembrou, na Câmara dos Deputados. V. Exa., com muito mais brilhantismo do que eu, muito mais eloquência do que eu. Fomos lá colegas na Câmara dos Deputados e chegamos juntos ao Senado Federal.

    E o Senador Weverton tem uma característica de ser solucionador de problemas. Nos temas mais difíceis, nos temas mais sensíveis, nos dilemas, às vezes, havidos, no âmbito da Presidência do Senado, na própria pauta do Plenário do Senado, o Senador Weverton é sempre uma voz a ser ouvida de lucidez, de cabimento de soluções, seja como Relator, seja como autor de proposições, seja como um colaborador desta Casa de mais alto nível.

    Então, assim como falei em relação ao Senador Sérgio Petecão, que o antecedeu na tribuna, V. Exa. fará muita falta neste período em que estará fora do Senado Federal, para este propósito de uma pré-candidatura e, depois, de uma candidatura ao Governo do seu estado. E observo, já das vezes que tratei com V. Exa. a respeito desse seu projeto e quando estive, inclusive, na cidade de Imperatriz, acompanhando V. Exa., acompanhando o Senador Roberto Rocha, e lá visitamos lugares em que há, efetivamente, uma realidade difícil, ruim, de demanda, junto ao poder público, que foi reveladora a sua capacidade de se sensibilizar, verdadeiramente, com os problemas do seu povo. E isso se revela no seu pronunciamento hoje.

    Todos aqui observaram que V. Exa. citou os projetos dos quais foi autor, os projetos dos quais foi Relator, o seu trabalho ao longo do Senado, fez uma bela homenagem à sua família, à Samya, aos seus filhos, Miguel e Gabriel, à sua filha, Catarina, aos seus pais, aos seus amigos, aos seus correligionários, ao Presidente da associação, se emocionando, em alguns momentos, ao falar da família e dos amigos, o que é muito louvável e até muito natural para quem tem sensibilidade, mas eu observo que, no seu pronunciamento, além de se emocionar ao falar da sua família e dos seus amigos do Maranhão, V. Exa. se emocionou quando falou da fome das pessoas do seu estado. E o mesmo choro de V. Exa. quando se refere à fome dessas pessoas é o choro de 33 milhões de pessoas no Brasil que passam fome. E o choro de um pai que passa fome e que vê o filho passando fome é um sofrimento dobrado, é um sofrimento duplicado, qualificado, encorpado.

    De modo que o nosso papel de fato como homens públicos, no Senado, na Câmara dos Deputados, em um governo de estado, em uma prefeitura, é, de fato, ter atenção às prioridades. E não foi por outra razão que nós votamos recentemente essa proposta de emenda à Constituição por vezes criticada por determinados segmentos, especialmente do mercado, por alguns setores com críticas à flexibilização do teto de gastos públicos, mas foi absolutamente necessário, assim como aconteceu em 2020, em 2021, em que houve a ressalva ao teto de gastos públicos, que eu sempre reputei algo que constitui uma conquista nacional, uma expressão pura de responsabilidade fiscal. Nós o fizemos em 2020 em grande monta em função da pandemia, nós o fizemos em 2021 para o auxílio emergencial, inclusive com uma alteração constitucional, e fizemos novamente agora, porque, de fato, nós não temos que nos preocupar se isso é proveitoso ou não para um lado ou para o outro de uma disputa eleitoral. Nós temos, de fato, que colocar comida na mesa das pessoas do Brasil, e isso se dá, infelizmente ainda, com a ajuda social neste momento em que se tem uma enorme dificuldade no Brasil e em que identificamos medidas sociais diretas para a população.

    Por isso, além da emoção que norteou o seu pronunciamento, um dos melhores que já vi da tribuna, feito por V. Exa. hoje, em relação a sua família, aos seus amigos, a essa sua causa, me chamou muito a atenção a sua sensibilidade em relação aos seus concidadãos do Maranhão, um estado ainda que sofre com muita pobreza, com muitas dificuldades, com muita deficiência, quando fala de pessoas famintas que esperam o mínimo de decência da política que possa dar a elas algum alento. E V. Exa. tem essa missão, esse propósito.

    De modo que, em nome da Presidência do Senado e em nome dos seus colegas Senadores e Senadoras, nós desejamos a V. Exa. muito boa sorte nessa jornada. Sentiremos a falta de V. Exa., que se fará agora substituir pelo Dr. Roberth Bringel Martins, que, em instantes, assumirá o seu lugar e tratará de cuidar com muito zelo dessa vaga preciosa que é a vaga de Senador do Senador Weverton, que honra o Estado do Maranhão e todos os seus colegas Senadores e Senadoras.

    Parabéns, Senador Weverton! (Palmas.)

    Senador Roberto Rocha.

    O Sr. Roberto Rocha (Bloco Parlamentar Vanguarda/PTB - MA. Para apartear.) – Sr. Presidente, Sr. Senador Weverton, permitam-me este momento, porque vim a Brasília exclusivamente para este momento, momento em que V. Exa. tira licença do mandato de Senador, outorgado por nossos conterrâneos, para poder dá-lo a outro maranhense ilustre que é o nosso amigo, companheiro Roberth Bringel.

    Aprendi que três coisas unem os homens: o sangue, a amizade e o interesse. O que nos une neste momento político dessa encruzilhada histórica do Maranhão é o interesse de vermos o Maranhão melhor, esse é o sonho que nos move.

    Há oito anos, sonhamos o mesmo sonho. E qual não foi a nossa surpresa ao verificar que aquele sonho prometido virou um pesadelo? O Maranhão, que é um estado rico, tem o povo mais empobrecido do país, ou seja, o Maranhão não pode ser chamado de pobre, ao contrário, é empobrecido, porém injusto e desigual e com muitos pobres.

    A maior pobreza que tem no nosso estado é a pobreza de espírito público. Só conheço uma forma, Senador Weverton, de combater a pobreza: é gerando riqueza. Quem faz diferente, alimentando a pobreza, na realidade, quer dela tirar proveito político, porque uma das maneiras mais fáceis de controlar as pessoas é exatamente pelo estômago. E tem gente que não quer cuidar das pessoas, mas quer controlar as pessoas.

    Eu espero sinceramente que a gente possa tocar o coração e a mente das pessoas do Maranhão para que deem mais uma chance. E nós sabemos que política para nós, para todos que estamos aqui, é uma espécie de sacerdócio também. Eu sou Senador, como V. Exa., e, como V. Exa., poderia ser candidato ao Governo, mas aí eu me pergunto: qual é a melhor forma de, na política, punir um? É premiar o outro, não precisa perseguir ninguém. Como é que você pode premiar com um mandato de Senador aquele que puniu o povo do Maranhão? E quem poderia, digamos, estabelecer um bom debate sobre a realidade do Maranhão? Esse que já está no mandato. Então, eu me associo a V. Exa. e a outros companheiros que estão lutando por um Maranhão melhor para, como candidato a Senador, estabelecer um bom debate, que já não é justo por natureza, porque o julgamento será de um, pelos oito anos do Executivo, e de outro, pelos oito anos do Legislativo.

(Soa a campainha.)

    O Sr. Roberto Rocha (Bloco Parlamentar Vanguarda/PTB - MA) – O julgamento, na realidade, não é das pessoas. É como eu disse: o que nos une não são os nossos interesses, o que nos une e que faz a gente até se emocionar são os nossos verdadeiros adversários. E quem são eles? Os números do Maranhão, os indicadores econômicos, sociais e tributários, que já eram os piores do Brasil, muito ruins! Pois pioraram todos! Então, é uma situação quase que de calamidade a que está sendo vivida no Maranhão.

    Eu cumprimento V. Exa. pelo desprendimento, pela grandeza, pelo altruísmo de renunciar ao conforto de um mandato de Senador da República – vejam: são 81 em 210 milhões –, para poder...

(Soa a campainha.)

    O Sr. Roberto Rocha (Bloco Parlamentar Vanguarda/PTB - MA) – ... se submeter ao julgamento do povo e ter a possibilidade de desemborcar o nosso estado.

    Eu espero em Deus que possa ter a oportunidade de caminharmos juntos, ressalvadas todas as nossas diferenças – diferenças de mundo, de Brasil, de Maranhão –, para que a gente possa focar na direção correta e verdadeiramente, juntos, tirar o Maranhão desse atoleiro econômico e social em que ele se encontra atualmente.

    Parabéns!

    E boa sorte ao nosso companheiro Roberth Bringel! (Palmas.)

    O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Pacheco. Bloco Parlamentar PSD/Republicanos/PSD - MG) – Muito obrigado, Senador Roberto Rocha.

    Senador Weverton, ontem, nós tivemos uma sessão do Congresso Nacional. Nessa sessão do Congresso Nacional, alguns vetos foram derrubados. E um dos vetos derrubados foi o de um projeto que V. Exa. relatou, que é o da advocacia, muito importante para a Ordem dos Advogados do Brasil. Aliás, a Ordem dos Advogados do Brasil, entidade da qual eu sou egresso, tem V. Exa. em alta conta. Os advogados do Maranhão devem reconhecer isso por certo. E ontem nós aperfeiçoamos um projeto em que V. Exa. foi... Aperfeiçoamos não, já estava aperfeiçoado; definimos pela derrubada do veto. E foi uma decisão do Congresso Nacional sobre a relatoria de V. Exa.

    E, nesse sentido, quero pedir licença para saudar o Presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Seção de Minas Gerais, Dr. Sérgio Leonardo, que está aqui presente no Plenário do Senado Federal; e também o Presidente da Caixa de Assistência dos Advogados em Minas Gerais, Dr. Gustavo Chalfun. Ambos estão acompanhados pelo ex-Presidente da Ordem Dr. Luís Cláudio Chaves, que é hoje o nosso Diretor Jurídico da Presidência do Senado Federal.

    Portanto, com esse registro da presença dos advogados, de líderes da advocacia de Minas Gerais e do Brasil, quero também fazer esse reconhecimento a V. Exa., pela sua dedicação à causa dos advogados e da Justiça brasileira.

    E também quero reiterar tudo quanto dito pelo Senador Roberto Rocha em relação a V. Exa.

    Com a palavra o Presidente Davi Alcolumbre.

    O Sr. Davi Alcolumbre (Bloco Parlamentar União Cristã/UNIÃO - AP. Para apartear.) – Obrigado, Presidente Rodrigo Pacheco.

    Queria cumprimentar todos os convidados que estão aqui hoje participando deste dia histórico tanto na vida pessoal do Senador Sérgio Petecão como também na vida da Senadora Maria das Vitórias e na vida pessoal desse nordestino que eu aprendi a admirar, por quem tenho muito carinho, que é o Senador Weverton. E também naturalmente se dará um dia histórico na vida do nosso querido Senador Roberth Bringel.

    Quero registrar, Presidente Rodrigo Pacheco, com muita satisfação, a presença no Plenário do Senado Federal do nosso querido Deputado Federal e Presidente Nacional do nosso partido, Senador Velloso, o nosso querido Deputado Luciano Bivar. Seja muito bem-vindo, Presidente, que está acompanhado da nossa querida Presidente Nacional do União Brasil Mulher, a nossa Senadora Soraya Thronicke. E tenho certeza absoluta de que a presença do Presidente Bivar aqui também é sinal de respeito e de apoio à ascensão ao mandato de Senador da República do Senador Roberth Bringel, já que ele integrará as fileiras do nosso partido, partido que eu tenho a honra e o privilégio de liderar no Senado Federal, como Líder da nossa bancada, e que é também filiado ao União Brasil. E, por isso, Presidente Bivar, muito obrigado pela sua presença. Isso é um gesto também de respeito ao fortalecimento do partido. Com certeza absoluta, é um dia muito importante do ponto de vista partidário para o fortalecimento da nossa agremiação, agremiação que V. Exa. preside no país e que eu tenho condição de liderar no Senado Federal, apoiado por todos os Senadores que estão conosco na nossa bancada.

    Senador Weverton, V. Exa. chegou ao Senado Federal, e, nesse mesmo período, eu coloquei o meu nome à disposição para disputar a eleição para Presidente do Senado. E eu conversava com todos os Senadores que foram eleitos, buscando, lógico, o apoio, apresentando propostas e buscando a oportunidade de representar o Senado como Presidente desta Casa lá em 2019. Conseguimos vencer a eleição para Presidente do Senado. E, no último dia, no dia da votação, eu lembro perfeitamente as palavras do Senador Weverton para mim. Dra. Samya, eu tenho muito orgulho de me tornar um grande amigo do Senador Weverton. Ele disse para mim: "Eu sou de grupo. Eu desejo muita sorte, muito sucesso para você na sua empreitada, mas eu só tenho uma palavra. Eu não vou conseguir acompanhá-lo nessa eleição para a Presidência do Senado". E tem coisas, Weverton, que marcam na vida da gente: honestidade, sinceridade e verdade. A gente vive dias tão difíceis nesse ambiente da política, com conflitos institucionais, confusão de toda ordem, e ter a oportunidade de ter uma palavra de franqueza é muito mais forte do que ter uma palavra apenas para satisfazer um desejo.

    E hoje estamos aqui, quatro anos depois, quatro anos de um mandato muito combativo de V. Exa. Eu tive a oportunidade de presidir esta Casa por dois anos, e V. Exa. me ajudou demais na Mesa Diretora do Senado Federal: participava de todas as reuniões, nos ajudava com conselhos, com observações, tentando, da melhor maneira possível, contribuir com a administração do Senado Federal.

    Eu aproveito, Presidente Rodrigo Pacheco, para fazer esta fala aqui hoje de agradecimento a este cidadão brasileiro, a este homem público, a este nordestino que acredita e tem convicções. A fala do Weverton aqui hoje é a fala de um ser humano que tem coração. Eu tenho certeza de que todos os maranhenses têm muito orgulho, Weverton, do que você tem representado nesta Casa, aquele povo tão sofrido. Eu quero dar o meu testemunho, como ex-Presidente da Casa. Eu me tornei um amigo leal e pessoal de V. Exa. e da sua família. Então, em meu nome e em nome da minha família, dos seus amigos, eu quero testemunhar para o povo do Maranhão o carinho extraordinário que nós conseguimos construir com as suas atitudes, com o seu modo de ser. A gente não é obrigado a concordar com todas as pessoas, a gente não é obrigado a pensar igual às pessoas, mas a lealdade de propósitos e de franquezas está estampada na sua biografia, na sua história. E o Maranhão conhece V. Exa.

    Estou falando como um amapaense que teve muito orgulho das suas contribuições e do que você representa para o Senado.

    Eu quero lhe dizer, do fundo do meu coração, que, se fosse para fazermos uma avaliação do ponto de vista da grandeza institucional de V. Exa., eu ia pedir para V. Exa.: fique no Senado ajudando-nos, fique na Casa!

    Vossa Excelência construiu a aprovação de matérias extraordinárias para o país. Em todos os embates, em todos os debates, V. Exa. estava lá para colaborar, a favor da matéria ou contrário à matéria, sempre buscando engrandecer o processo legislativo. E eu tenho certeza absoluta de que isso é um testemunho do coração de quem vivenciou, e vivencia, nos últimos sete anos e meio, o mandato de Senador e a oportunidade única de presidir esta Casa. Só sete brasileiros vivos tiveram a oportunidade de presidir o Senado Federal, e eu sou um desses.

    E, mesmo não tendo o apoio, na eleição, de V. Exa., eu tive o apoio incondicional nos dois anos em que fui Presidente nesta Casa em todas as agendas. Até nas agendas em que V. Exa. tinha posição contrária, publicamente, claramente, mas V. Exa. nos ajudava a liderar o processo, fosse para aperfeiçoar a matéria, ou fosse para, com a sua posição firme e altiva, defender o seu ponto de vista. Isso é extraordinário na vida pública, e eu acho que é para isto que nós estamos aqui: para cada um ter a oportunidade de defender, no Parlamento, suas palavras, suas manifestações e seus votos livres, tentando, é lógico, é evidente, ao fim e ao cabo... O processo eleitoral resulta num processo de votação, e aqueles que têm voto conseguem aprovar aquelas matérias contra aqueles que não tiveram os votos necessários. Isso é o processo legislativo. Isso é o que nós estamos vivendo aqui.

    Então, se fosse por uma questão pessoal, eu concordaria com o que V. Exa. falou na sua fala e eu quero fazer esse testemunho para o povo do Maranhão. Eu acompanhei os últimos 365 dias do seu sonho de se tornar pré-candidato a Governador do Estado de V. Exa. Eu acompanhei muitos episódios e eu via um homem resiliente, de cabeça erguida, tendo a coragem que muitos não tiveram de enfrentar esse grande desafio, um dos maiores desafios da sua vida pública. Eu vi vários amigos seus ao seu lado e eu quero lhe dizer que sou um deles, assim como o Presidente Rodrigo Pacheco, que estamos ao seu lado, porque conhecemos o seu coração e nele confiamos.

    E é por isso que eu quero aproveitar esta oportunidade, Weverton, para te dizer que eu também estou num processo no Amapá. Teremos uma convenção, pré-campanha e disputarei a reeleição como pré-candidato ao Senado pelo Amapá, mas eu quero comunicar ao Maranhão que eu tenho convicção de que nós estamos do lado certo. Eu vou estar lá no Maranhão, no dia 29, com muito orgulho, vou estar ao seu lado, lhe dando um abraço, lhe prestigiando nesse dia... (Palmas.) ... participando da convenção de V. Exa. e, a partir daquele dia, será, assim, o hoje pré-candidato; a partir do dia 29, será candidato a Governador do Maranhão.

    E eu quero ir lá no Maranhão falar para os maranhenses quem é o Weverton. Eu conheço o Weverton. Eu sei que o Weverton está se dando integralmente para esse projeto e também é um grande desafio, porque, como disse, seria muito cômodo não resistir às pressões, e V. Exa. resistiu a todas e, a todo instante, de cabeça erguida.

    Então, é por isso que eu me orgulho, inclusive, da emoção de V. Exa. porque um Senador da República não é uma máquina; ele é um ser humano, ele tem sentimentos, ele tem angústias, ele sofre também.

    E eu sei que o seu choro é um choro de sonhos, de sonhar em fazer do Maranhão o Estado que V. Exa. vai fazer e terá o nosso apoio aqui no Senado Federal. Que Deus te abençoe nessa caminhada.

    Viva Weverton! Viva o Maranhão! Viva o Brasil! (Palmas.)

    O SR. WEVERTON (PDT/PDT - MA) – Presidente, eu queria agradecer por todas as palavras aqui, no dia de hoje.

    Sem dúvida, à OAB eu quero também publicamente deixar aqui minha gratidão pelo reconhecimento ao que nós construímos aqui na lei que alterou a Lei da Advocacia no Brasil. Recebi, do Presidente Beto e do Conselho Federal da Ordem, aqui, em Brasília, o diploma de homenagem a esse trabalho que nós ajudamos a construir, claro, com a liderança aqui de V. Exa.

    Quero, de verdade, agradecer a todo o meu gabinete, a todos os assessores e assessoras, que contribuem diuturnamente para a ajudar na construção do nosso mandato.

    Quero cumprimentar a todos os Vereadores do Brasil, em especial, do meu Maranhão, aqui, na pessoa do Vereador Álvaro Dias. (Pausa.)

    Está vendo como eu estou preparado para ser Governador, Bivar? Cuidar de menino e... Vereador Álvaro Dias, sabemos que é muito nobre a função de um Vereador, porque a vida acontece de verdade nos municípios, com vocês que são legisladores municipais. Então, eu quero aqui, de verdade, cumprimentar a todos os Vereadores.

    Quero dizer, Presidente Bivar, que você está recebendo um Senador da República, o Senador Roberth Bringel... Eu falava lá atrás da Senadora Soraya que eu tenho certeza de que, com o espírito público dele, ele vai ajudar muito a Bancada do União Brasil, aqui liderada pelo Senador Davi e por V. Exa.

    Quero dizer que ontem, para concluir mesmo, foi um dos dias muito importantes da minha vida e da minha honra com o desagravo que eu tive no Jornal Nacional. Eu, Kajuru, ainda quando era Deputado Federal, no primeiro mandato, em 2012, saiu uma matéria no Jornal Nacional dizendo que eu tinha virado réu no Supremo Tribunal Federal.

    De lá para cá, você imagina, dez anos, todo tempo, depois de ter virado réu, de ter virado bandido, de ter sido julgado e tudo que você imaginar na vida, eu aguentei calado esses dez anos, nunca falei desse inquérito. E agora a Justiça do Maranhão anulou, pelas razões óbvias que eu sempre sustentei no processo, fruto de pura perseguição política de quando eu era Secretário do Jackson Lago, que foi cassado lá no Maranhão, e agora, encerrado, ontem, no Jornal Nacional, o mesmo apresentador que na época tinha dito que eu virei réu anuncia o fechamento e o encerramento dessa questão. (Palmas.)

    Então, dez anos se passaram e nós estivemos aqui duros, meu amigo, meu irmão Davi. Duros porque não é fácil. Principalmente, nos dias de hoje, quando a fake sai muito rápido nas redes sociais. E fake é o que nós vamos enfrentar de verdade não só nos temas, mas também no dia a dia, meu amigo Girão, na campanha objetiva do dia a dia.

    Por isso eu quero, de verdade, pedir às famílias maranhenses que nós não percamos, de forma alguma, as esperanças, porque eu tenho certeza que o Maranhão pode e tem tudo para ser mais feliz.

    Muito obrigado. (Palmas.)

    O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Pacheco. Bloco Parlamentar PSD/Republicanos/PSD - MG) – Obrigado, Senador Weverton.

    O Maranhão tem o Vereador Álvaro Dias.

    Está presente o Vereador Álvaro Dias? (Pausa.)

    Nós também temos um Alvaro Dias aqui, e é muito competente viu!

    O SR. WEVERTON (PDT/PDT - MA) – Ó, meu Deus, é Álvaro Pires!

    O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Pacheco. Bloco Parlamentar PSD/Republicanos/PSD - MG) – É Pires, não é? É Álvaro Pires.

    O SR. DAVI ALCOLUMBRE (Bloco Parlamentar União Cristã/UNIÃO - AP) – É tanta pressão do Alvaro Dias que você fica com ele na cabeça direto, Weverton.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 07/07/2022 - Página 18