Pronunciamento de Jorge Kajuru em 30/06/2022
Discurso durante a 76ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal
Defesa do Presidente da República, Jair Bolsonaro, no caso em que o ex-Presidente da Caixa Econômica Pedro Guimarães foi acusado de assédio sexual e moral.
Lamento pela Comissão Mista de Orçamento (CMO) ter aprovado o Projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2023, o Projeto de Lei do Congresso Nacional nº 5, de 2022, em que torna impositiva a execução das emendas do Relator-Geral do Orçamento, conhecidas por orçamento secreto.
- Autor
- Jorge Kajuru (PODEMOS - Podemos/GO)
- Nome completo: Jorge Kajuru Reis da Costa Nasser
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discurso
- Resumo por assunto
-
Governo Federal,
Imprensa,
Mulheres:
- Defesa do Presidente da República, Jair Bolsonaro, no caso em que o ex-Presidente da Caixa Econômica Pedro Guimarães foi acusado de assédio sexual e moral.
-
Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias:
- Lamento pela Comissão Mista de Orçamento (CMO) ter aprovado o Projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2023, o Projeto de Lei do Congresso Nacional nº 5, de 2022, em que torna impositiva a execução das emendas do Relator-Geral do Orçamento, conhecidas por orçamento secreto.
- Publicação
- Publicação no DSF de 01/07/2022 - Página 9
- Assuntos
- Outros > Atuação do Estado > Governo Federal
- Outros > Imprensa
- Política Social > Proteção Social > Mulheres
- Orçamento Público > Diretrizes Orçamentárias > Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias
- Matérias referenciadas
- Indexação
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- CRITICA, ATUAÇÃO, PARTE, IMPRENSA, IMPUTAÇÃO, CULPA, JAIR BOLSONARO, PRESIDENTE DA REPUBLICA, ACUSAÇÃO, PEDRO GUIMARÃES, PRESIDENTE, CAIXA ECONOMICA FEDERAL (CEF), CRIME, ASSEDIO SEXUAL.
- COMENTARIO, EDITORIAL, PUBLICAÇÃO, JORNAL, O ESTADO DE S. PAULO, CRITICA, JAIR BOLSONARO, PRESIDENTE DA REPUBLICA, ENTREGA, RESPONSABILIDADE, ELABORAÇÃO, ORÇAMENTO, GRUPO, DEPUTADOS, CAMARA DOS DEPUTADOS, LIDERANÇA, ARTHUR LIRA, RESULTADO, APROVAÇÃO, PROJETO, LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTARIAS (LDO), IMPOSIÇÃO, EXECUÇÃO, EMENDA DE RELATOR.
O SR. JORGE KAJURU (Bloco Parlamentar Juntos pelo Brasil/PODEMOS - GO. Para discursar.) – Brasileiros e brasileiras, minhas únicas vossas excelências, em dois tempos, meu pronunciamento.
O primeiro: lamentar que parte da imprensa brasileira chegou à definição deplorável, a meu ver, de culpar o Presidente da República Jair Bolsonaro pelo crime cometido pelo ex-Presidente da Caixa Econômica, Pedro Guimarães, no assédio sexual abismal. Oras, se o Presidente Jair Bolsonaro, no convívio com o Presidente da Caixa, soubesse desse seu vício, é evidente que ele teria sido demitido muito tempo atrás.
O segundo tempo agora: quero apresentar aqui – não é a minha opinião, mas entendo que exige uma reflexão de todos nós – um editorial publicado hoje, 30 de junho, pelo jornal O Estado de S. Paulo, com o título: "A verdadeira herança maldita".
Começo com a transcrição do primeiro parágrafo, abro aspas:
Quem suceder a Jair Bolsonaro na Presidência da República encontrará um rastro de destruição em áreas essenciais da administração pública federal, como economia, saúde, educação, cultura, relações exteriores e meio ambiente. Mas poucos legados do atual mandatário terão sido tão nefastos para o futuro próximo do País quanto a entrega, pelo Poder Executivo, da responsabilidade que lhe cabe na gestão do Orçamento a um grupo de parlamentares oportunistas, que viram na debilidade moral, política e administrativa de Bolsonaro o ensejo para cobrarem do presidente um alto preço por sua permanência no cargo, malgrado a miríade de crimes de responsabilidade que ele cometeu e segue cometendo.
Fecho aspas. Opinião do jornal O Estado de S. Paulo para a reflexão do Congresso Nacional e da opinião pública brasileira.
O editorial coloca o Presidente da Câmara dos Deputados como figura de proa na arquitetura e na execução desse arranjo inconstitucional, constata que poucos políticos detiveram tanto poder em suas mãos na história recente do país como Arthur Lira e afirma que ele manobra para conservar não apenas o orçamento secreto, mas, sobretudo, o seu papel central no esquema, seja quem for o vencedor da eleição presidencial em outubro.
O objetivo do Presidente da Câmara, segundo o centenário jornal paulista, é transformar o orçamento secreto em impositivo, o que, aliás, já foi aprovado ontem na Comissão Mista de Orçamento.
Faço questão de destacar para os colegas e meus eleitores goianos que apresentei destaque para suprimir tal impositividade, o que rejeitado foi pelo Relator da LDO. Ainda na CMO, foi definido que as indicações do orçamento secreto, em 2023, terão de contar com as assinaturas do Presidente da Comissão, Deputado Celso Sabino...
(Soa a campainha.)
O SR. JORGE KAJURU (Bloco Parlamentar Juntos pelo Brasil/PODEMOS - GO) – ... e do Relator-Geral, Senador Marcelo Castro. Antes, valia apenas a assinatura do Relator-Geral. Por que a mudança? Deixo a pergunta no ar.
E, concluo, o Congresso precisa validar o que foi aprovado na CMO e tudo indica, infelizmente, que assim será feito, ou seja, vamos seguir com o orçamento secreto agora com uma nova roupagem, além dos Parlamentares – e, por favor, me incluam fora dessa –, Prefeitos e Governadores também poderão fazer indicações.
Para concluir, encerro o trecho final do editorial na opinião do jornal O Estado de S. Paulo de hoje, para que cada um aqui tenha a sua conclusão. Abro aspas:
O próximo Presidente da República haverá de empreender um grande esforço para recuperar o controle do orçamento que foi perdido durante...
(Soa a campainha.)
O SR. JORGE KAJURU (Bloco Parlamentar Juntos pelo Brasil/PODEMOS - GO) –
... o Governo de Jair Bolsonaro. E recuperar esse controle não apenas para cumprir a transparência inscrita na Constituição, razão fundamental por si só e já ordenada pelo Supremo Tribunal Federal, mas para também reconciliar o orçamento com as grandes prioridades nacionais, que são muito distintas dos interesses paroquiais dos parlamentares que hoje se esbaldam com recursos públicos, sem prestar contas a ninguém. [Fecho aspas].
Opinião do jornal O Estado de S. Paulo.
Obrigado, Presidente Rodrigo Pacheco.
Desculpe-me se passei um pouco do tempo.