Presidência durante a 82ª Sessão Especial, no Senado Federal

Sessão Especial destinada a comemorar a passagem dos 65 anos de existência da organização internacional ”Nova Acrópole”.

Autor
Eduardo Girão (PODEMOS - Podemos/CE)
Nome completo: Luis Eduardo Grangeiro Girão
Casa
Senado Federal
Tipo
Presidência
Resumo por assunto
Homenagem:
  • Sessão Especial destinada a comemorar a passagem dos 65 anos de existência da organização internacional ”Nova Acrópole”.
Publicação
Publicação no DSF de 16/07/2022 - Página 19
Assunto
Honorífico > Homenagem
Matérias referenciadas
Indexação
  • SESSÃO ESPECIAL, COMEMORAÇÃO, PASSAGEM, ANIVERSARIO DE FUNDAÇÃO, INSTITUIÇÃO BENEFICENTE, PROMOÇÃO, FILOSOFIA, CULTURA, SEDE, PAIS ESTRANGEIRO, BELGICA, COMENTARIO, VALORES, NATUREZA SOCIAL, ORADOR, ALUNO, ENTIDADE, CITAÇÃO, MARTIN LUTHER KING.

    O SR. PRESIDENTE (Eduardo Girão. Bloco Parlamentar Juntos pelo Brasil/PODEMOS - CE) – Muitíssimo obrigado, Sr. Luciano Mendes Bezerra, Professor na Universidade de Brasília (UnB) e aluno, há quinze anos, da Nova Acrópole.

    Quem aqui é aluno da Nova Acrópole? (Pausa.)

    Todo mundo aqui! Olha que bonito! Mostrem aí, pessoal. Que bacana! Obrigado. Que bacana!

    Esse amor, essa conexão que vocês têm com a Nova Acrópole é contagiante, porque o bem contagia; o mal contamina, não é? Eu fico muito feliz com esse carinho todo.

    Vocês notam que a atmosfera daqui ainda está impregnada de uma harmonia, de uma leveza com a orquestra, com as crianças que aqui estavam? Que coisa linda, não é? Fica uma atmosfera diferente, uma energia completamente diferente, porque esta aqui é uma Casa em que a gente... (Risos.)

    A gente tem desafios grandes aqui. Muitas vezes a motivação são outros tipos de interesse, e não apenas o bem comum. A gente sabe dos desafios aqui. Mas é um processo. A natureza não dá saltos.

    Eu vejo política – sabendo das minhas inúmeras limitações e imperfeições – como uma missão de vida. É um sacerdócio, não é? É você poder fazer o bem através de políticas públicas; é você poder multiplicar isso para milhões de brasileiros, de irmãos nossos. É algo muito sublime, muito sublime.

    Nesta Casa também, e isso faz parte da evolução humana, longe de querer julgar, a gente tem desafios, aprendizados diários. O poder fascina, ele deixa... É muito complicado, porque não é apenas o poder; é o dinheiro, que é hoje um grande problema da humanidade também, que vem junto com isso tudo; o sexo, o vício muito grande em pornografia que a gente está tendo no Brasil hoje e é algo que a gente precisa enfrentar, despertar as pessoas; há muita gente aprisionada com isso. Aí vêm drogas, vêm fugas. A pressão é muito grande, a pressão é muito grande. E há a responsabilidade de você representar o seu estado, de representar os seus conterrâneos. É um desafio que eu acho que é de todos os Senadores aqui – não cabe a nós julgar. E é um peso muito grande também saber que a vida de muita gente depende de uma atitude nossa aqui. Então, isso fica no consciente ou no inconsciente; isso fica.

    Por isso que eu sempre peço orações, orações para as autoridades, para quem está deliberando aqui. Passa por votação aqui tudo que vocês possam imaginar. Votamos bilhões e bilhões. Ontem, na promulgação da PEC aqui, foram quarenta e tantos bilhões emergenciais. E nós temos aqui lobbies poderosos atuando também no Congresso Nacional: lobby para legalizar a maconha, a droga; lobby para legalizar o jogo de azar, a jogatina; lobby para legalizar o aborto. Tudo isso são indústrias poderosíssimas. E acham que o interesse é de cada um de nós? De jeito nenhum! São outros interesses maiores aí. E não interessa se abrem porta para a corrupção, para a lavagem de dinheiro, se vão levar as pessoas para o suicídio, se vão destruir família. Então, a gente precisa estar orando e vigiando o tempo todo aqui para fazer as nossas atividades.

    Eu aproveito para pedir a oração de vocês, independente da religião, tenham ou não tenham. Às vezes, é um pensamento positivo para quem não professa nenhuma religião. E olha que país fantástico é o Brasil, que está hoje tendo a grande oportunidade de celebrar os 65 anos da Nova Acrópole! Nós somos a maior nação católica do mundo, a maior nação espírita do mundo e uma das maiores – eu acho que a segunda, passando para a primeira – nações evangélicas do mundo.

    Aqui há um sincretismo religioso, as culturas afrodescendentes, e todo mundo se dá bem. É um país fantástico. É um país que tem um agronegócio gigantesco – é o que está segurando as pontas –, um povo trabalhador, empresários criativos. O brasileiro se adapta bem. A gente tem tudo para dar certo.

    Eu me coloco à disposição – com todas as limitações e imperfeições – da nova Acrópole. Quem sabe um dia a gente possa levar... Porque eu sei que tem gente da Nova Acrópole em todo lugar, tem gente do bem em todo lugar, tem em todas as instituições, em posições estratégicas. E aí é a mão de Deus que vai colocando.

    Então, o poder de transformação é muito grande. Eu sempre gosto de falar de pacifistas e humanistas. O Martin Luther King diz o seguinte: "O que me incomoda não é o grito dos violentos, mas o silêncio dos bons". Então, essas pessoas que estão estrategicamente nas instituições, essa ousadia dessas pessoas é muito importante, no bem, às vezes indo contra uma maré, indo contra um politicamente correto, mas é importante se posicionar.

    Quem sabe um dia, a partir do Senado ou da Câmara, a gente possa implantar políticas públicas nas escolas, para fazer justamente esse resgate da filosofia clássica; a gente possa resgatar esses valores desses grandes pensadores, desses grandes humanistas; a gente possa levar os princípios, os valores, e construir mais rapidamente – eu sei que a natureza não dá saltos, mas a nossa vontade é a de ter o mais rapidamente – uma possibilidade de despertar de uma sociedade mais justa, mais fraterna, nessa reconstrução que nós estamos sendo chamados a fazer. Então, quem sabe um dia a gente possa ter isso, porque dinheiro não falta na educação do Brasil. Isto eu posso dizer para você: dinheiro não falta. O Fundeb aí... É muito dinheiro e nós aumentamos agora, no ano passado. Então, o que precisa é de gestão, o que precisa é de valores humanos na educação. Aí é uma repaginada, mas essa consciência vai chegar a quem decide, em algum momento.

    Eu peço desculpas a vocês, sou um pouco prolixo às vezes, peço paciência, mas eu acho que é o entusiasmo dessa turma aqui, que contagia.

    Imediatamente, para a gente sequenciar, concedo a palavra à Sra. Luiza de Marilac Fernandes Koshino, Secretária do projeto Criança para o Bem. Fique à vontade. Quem quiser falar da tribuna do lado direito, da tribuna do lado esquerdo, ou daí, fique também à vontade.

(Soa a campainha.)

    O SR. PRESIDENTE (Eduardo Girão. Bloco Parlamentar Juntos pelo Brasil/PODEMOS - CE) – Olha, o pessoal tem que dar uma toleranciazinha para mim, já estão cortando a palavra. (Risos.)

    Desculpa, gente. Às vezes é automático, viu, Luciano? Aliás, sempre é automático.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 16/07/2022 - Página 19