Presidência durante a 82ª Sessão Especial, no Senado Federal

Sessão Especial destinada a comemorar a passagem dos 65 anos de existência da organização internacional ”Nova Acrópole”.

Autor
Styvenson Valentim (PODEMOS - Podemos/RN)
Nome completo: Eann Styvenson Valentim Mendes
Casa
Senado Federal
Tipo
Presidência
Resumo por assunto
Homenagem:
  • Sessão Especial destinada a comemorar a passagem dos 65 anos de existência da organização internacional ”Nova Acrópole”.
Publicação
Publicação no DSF de 16/07/2022 - Página 28
Assunto
Honorífico > Homenagem
Matérias referenciadas
Indexação
  • SESSÃO ESPECIAL, COMEMORAÇÃO, PASSAGEM, ANIVERSARIO DE FUNDAÇÃO, INSTITUIÇÃO BENEFICENTE, PROMOÇÃO, FILOSOFIA, CULTURA, SEDE, PAIS ESTRANGEIRO, BELGICA, COMENTARIO, VALORES, ENTIDADE, EXPERIENCIA, ORADOR.

    O SR. PRESIDENTE (Styvenson Valentim. Bloco Parlamentar Juntos pelo Brasil/PODEMOS - RN) – Eu que agradeço, Senador Eduardo Girão. Faço das suas palavras as minhas.

    Sempre com essa visão. Para quem não conhece o Senador Eduardo Girão, ele traz sempre essas pautas para o Senado, sessões especiais como esta. Especial que eu digo, Profa. Lúcia – acompanho a senhora pelas redes sociais, pela internet –, como o Professor acabou de citar, parafraseando Roma, o Senado romano, a responsabilidade de devolver o que as pessoas aplicaram em cada Senador desta nobre Casa é muito pesada, ainda mais para um jovem Senador como eu, de primeiro mandato, de vir de um estado no qual a política ainda é uma dificuldade democrática. Eu digo isso porque nem todos podem participar, infelizmente. Eu tenho que dizer isso para as pessoas.

    Nem todos que estão me assistindo, Eduardo Girão, o senhor sabe perfeitamente bem, conhecem a essência da democracia, à qual, falando para vocês todos que estudam filosofia, talvez, não pertence a maioria da classe brasileira.

    Então, vir da forma que eu vim e surgi, para estar aqui com essa responsabilidade de representar um estado e o povo brasileiro em suas defesas, resolvendo problemas, Profa. Lúcia – desculpe o equívoco do nome... Quando eu escuto a senhora falar que, para todos os problemas, a solução é à vontade, eu falo isso de coração, porque hoje eu enfrento uma grande decisão que eu tenho que tomar na minha vida, que é enfrentar um grande problema de mudar do Legislativo para o Executivo para, de fato, dar às pessoas o que é a essência da política: levar a felicidade para elas se sentirem representadas, porque, muitas vezes, elas não sentem isso.

    Eu acho que o Senador Eduardo Girão, quando me chamou, eu estava resolvendo problemas, com a vontade e com a responsabilidade que me deram, do meu estado, e, muitas vezes, a gente não consegue enxergar isso ou, talvez, como nas palavras que tanto usam aqui neste Plenário, a criminalização da política se dá por algumas ou por certas pessoas que, infelizmente, ocupam alguns cargos de poder neste país.

    A primeira vez que eu entrei neste Plenário foi sinestésica. Está na visão, está no cheiro, está no tato o poder que isso representa. Esse poder, não o individual, mas um poder para a resolução. É daí que vem essa responsabilidade para com as pessoas que, lá fora, esperam as nossas respostas. E esta Casa, por onde passam tantos problemas, dá respostas.

    Eu preciso dizer que, muitas vezes, me desencanta, desestimula, mas aí vem, Professora, a vontade: a vontade de fazer diferente, a vontade de não ser diferente dos outros, mas de apresentar uma diferença.

    Então, Senador Eduardo Girão, parabéns pela sessão. Eu iria usar poucas palavras, apesar de ainda ter muito mais coisas para falar em relação ao que eu consigo enxergar e ouvir até agora da política. O momento que o nosso país vive é delicado. Estamos passando por um momento agora de pré-eleição e já estamos acompanhando violências, que até então não existiam no nosso país, políticas.

    Nós precisamos nos unir para resolver. Eu acho que qualquer dos lados, ideológico ou partidário, todos os lados devem, sim, resolver os problemas das pessoas lá fora: segurança, alimentação – e nosso país voltou a despontar entre os países que hoje sofrem com essa mazela –, emprego, educação, principalmente, o que a Nova Acrópole faz de forma voluntária.

    A essência do voluntarismo precisa ser estimulada no nosso país. As pessoas sempre querem um retorno, uma remuneração. É difícil a gente estender a mão e ser solidário. A gente sempre acha que está sendo explorado, sempre acha que vai ser usado por aquela outra pessoa. E distinguir isso, no cargo que a gente ocupa, que nós ocupamos, Senador Girão, é bem difícil, porque tudo que nos cerca parece que tem essa finalidade ou esse propósito.

    O Senador Girão me deu a missão de concluir esta sessão especial pelos 65 anos da Nova Acrópole, mas, antes, quero mandar um beijo para a minha namorada, Luísa, que está em Natal assistindo, aluna da Nova Acrópole em Natal, Morro Branco – e, agora, há a nova sede na Zona Norte, em Natal.

    Um beijo, Luísa! (Risos.)

    Ela muda realmente a vida das pessoas. Se nós começarmos a ouvir, Girão, a aprender e a praticar, certamente concluiremos que isso deveria estar sendo ensinado desde a origem das nossas vidas.

    Encontrar um ser humano ético na sociedade é raro hoje – ético na essência. Desviam-se por tudo: pelo poder, pelo dinheiro, pelas oportunidades e por uma cultura que a gente aplica, ainda hoje, na vida dos nossos filhos, das nossas crianças, a esperteza. Elogia-se e se trata de forma vangloriosa o jeitinho brasileiro. Não deveria ser assim.

    Parece muito difícil, hoje, viver em um país onde se obedeçam às regras; onde até para fazer uma fila é uma dificuldade; em que não se fraude uma previdência, um auxílio emergencial de pessoas que precisam, mas talvez não tinham acesso a ele naquele momento porque não tinham uma internet, e outras que não necessitariam estariam tendo o auxílio, fazendo aquilo sem pensar no próximo. Como tirar esse egoísmo de cada ser humano para que se pense no coletivo é um desafio. E eu citei só alguns casos individuais de pessoas que tanto cobram daqui de dentro retidão, pessoas que vão agora para uma eleição, e não têm consciência política – eu não falo da consciência política de um voto, mas consciência de quem ela vai colocar aqui dentro, se ela mesmo...

    Em cada cadeira em que os senhores estão se sentando, ou, pelo menos, na minha, tem 750 mil votos – só a minha, de um estado pequeno! E quando eu falo isso, senhores e senhoras, é porque é complicado a gente ser cobrado por uma população que a gente enxerga – não são todos, não é uma maioria – que desvia vacina em pandemia; que utiliza os bens públicos de forma particular; que utiliza o poder que lhe foi conferido em benefício próprio; que tira recursos da saúde, da educação – o que mata muito mais do que as guerras que a gente enxerga hoje em qualquer lugar do mundo!

    Eu sei, eu tenho certeza – e assisti a essa palestra da senhora pela internet – de que a história não narra quantos soldados venceram, o nome dos soldados que venceram a batalha; é sempre o do general. Mas, como o Eduardo Girão citou, cada nome de quem faz isso funcionar de verdade – esta Casa –, que são os nossos auxiliares, que estão aqui bem antes da gente, é que deveria ir para a história, porque muitas vezes é quem dá a vida numa guerra ou para que isso funcione, mas, muitas vezes, não é reconhecido. Talvez seja essa falta de reconhecimento que distancie a gente dessa humanidade que é tratar o próximo com tanta igualdade, como rezam os princípios constitucionais aos quais nós estamos presos, os princípios morais, éticos, que talvez não sejam obedecidos. Onde é que nos perdemos?

    Ocupar uma cadeira como esta, professor, é de uma responsabilidade imensa. E passar por uma mudança – e eu penso e repenso em mudar – é maior ainda, porque a cobrança é sempre maior. Não é uma crítica; é como eu vejo as coisas – e eu respeito quem vê diferente –, é o que eu sinto quando eu vejo a população que tanto clama por um serviço público que não tem porque, infelizmente, alguém que deveria fazê-lo politicamente não o fez, porque pensou nele primeiro. E esse ciclo nunca acaba.

    Eu vou tentar ler a lista toda, porque são muitos nomes. A lista é longa, grande.

    Sra. Cleia Bezerra, vou iniciar, aqui de Brasília, da Nova Acrópole Brasília; Sr. Luis Fernando Vieira, também aqui de Brasília; Cornélio Almeida Neto.

    Se eu não citar alguém ou é por problema de visão – pareço novo, mas estou com problema de visão – ou porque também talvez não tenha tanto tempo disponível para ler esses nomes todos. Mas sintam-se lembrados, da mesma forma como aquele soldado. Quando Júlio César foi, viu e venceu, só se lembram dele, mas não se lembram de quem morreu. Não é isso, professor? (Risos.)

    Em Cartago? Acho que é isso.

    Inez Maria Lopes, de São José dos Campos.

    Olha, gente, São José dos Campos! Eu vou citando aqui. Se eu não repetir a cidade é porque é de São José dos Campos, viu?

    Professora, a senhora está com a visão melhor que a minha?

    A SRA. LUZIA HELENA ECHENIQUE – Não.

    O SR. PRESIDENTE (Styvenson Valentim. Bloco Parlamentar Juntos pelo Brasil/PODEMOS - RN) – Não? Então, está bem.

    Sr. Godoy Lopes; Eliane de Oliveira, de Florianópolis, Santa Catarina; Sales – gente, a letrinha está muito pequena! –; Sandro dos Santos, de Florianópolis também; Rafael Moreira de Oliveira, aqui do Distrito Federal, de Taguatinga.

    Tem muita gente daqui, do Distrito Federal. Deixe-me citar aqui uma de... Não tem ninguém de Natal? Gente, estou passando e procurando Natal.

    De Palmas, Tocantins, o Jorge Amâncio. Ele está aqui ainda? (Pausa.)

    Não?

    Rafael Costa.

    Pode ser assim, Senador Girão? Ou o senhor quer que eu me esforce para ler todos os nomes? Senão vou pedir ajuda aos professores aqui.

    Ana Beatriz, de Recife.

(Intervenção fora do microfone.)

    O SR. PRESIDENTE (Styvenson Valentim. Bloco Parlamentar Juntos pelo Brasil/PODEMOS - RN) – É sério? O senhor sabe o nome de cada aluno? (Pausa.) (Risos.)

    Impressionante!

    Vamos tentar o segundo agora?

    Vanderlei Arruda, do Espírito Santo, Vitória.

    Esse é o carinho que os professores têm pelos alunos. Incrível!

    Já pensou, Girão, lembrar o nome de cada eleitor? (Risos.)

    Cláudia Maria Matias, de Brasília.

    Eu parei para ver porque os senhores estão acertando

    Alexandre Coelho Batista.

    O SR. LUÍS CARLOS MARQUES FONSECA – Este é do Senado.

    O SR. PRESIDENTE (Styvenson Valentim. Bloco Parlamentar Juntos pelo Brasil/PODEMOS - RN) – Este é do Senado? Ele é daqui? (Pausa.)

    Ah, olha aqui. Está onde ele? (Pausa.)

    Gente, é muito nome! É incrível, porque estou pescando aqui e eles estão acertando.

    Vou pegar um bem de longe para ver se eles acertam.

    São poucos os momentos de descontração. Sempre é tenso aqui, não é, Girão? Sempre é tenso. Então, em momentos como este, a gente aproveita também para descontrair. Se os senhores e as senhoras soubessem a tensão que cada Parlamentar responsável, comprometido, sofre, aí os senhores entenderiam porque estou me divertindo aqui em cima. Isabella, de São Luís; Gustavo Lacombe; Indira; Sr. Rafael Henrique; Sr. Victor de Castro, da Bahia – agora engrenei –; Regina Vitória; Luiza Koshiro, de Brasília também.

    O senhor conhece minha namorada, lá de Natal? Ainda não, né? (Risos.)

    Mas ela vai vir para cá em setembro, para as olimpíadas, uma atividade esportiva.

    Eduardo Girão, eu sei que o senhor vai pedir a palavra...


Este texto não substitui o publicado no DSF de 16/07/2022 - Página 28