Discurso durante a 83ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Defesa de um novo modelo de desenvolvimento regional sustentável para combater a desigualdade social na Amazônia, por meio de instrumentos econômicos que estimulem a bioeconomia local, o uso sustentável dos recursos naturais e o reforço da gestão dos órgãos ambientais.

Autor
Confúcio Moura (MDB - Movimento Democrático Brasileiro/RO)
Nome completo: Confúcio Aires Moura
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
Desenvolvimento Regional, Desenvolvimento Sustentável:
  • Defesa de um novo modelo de desenvolvimento regional sustentável para combater a desigualdade social na Amazônia, por meio de instrumentos econômicos que estimulem a bioeconomia local, o uso sustentável dos recursos naturais e o reforço da gestão dos órgãos ambientais.
Publicação
Publicação no DSF de 04/08/2022 - Página 46
Assuntos
Economia e Desenvolvimento > Desenvolvimento Regional
Meio Ambiente > Desenvolvimento Sustentável
Indexação
  • DEFESA, ALTERAÇÃO, MODELO, DESENVOLVIMENTO REGIONAL, DESENVOLVIMENTO SUSTENTAVEL, COMBATE, DESIGUALDADE SOCIAL, REGIÃO AMAZONICA, UTILIZAÇÃO, BIODIVERSIDADE, RECURSOS NATURAIS, REFORÇO, GESTÃO, ORGÃO PUBLICO, MEIO AMBIENTE, REFERENCIA, EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUARIA (EMBRAPA), UNIVERSIDADE, REFLORESTAMENTO, VILHENA (RO).

    O SR. CONFÚCIO MOURA (Bloco Parlamentar Unidos pelo Brasil/MDB - RO. Para discursar. Por videoconferência.) – Srs. Senadores e Senadoras, é uma satisfação falar com todos vocês e falar também para o povo brasileiro.

    O assunto, Sr. Presidente, é a Amazônia, que tem sido muito discutido nos últimos dias em razão do recente crime envolvendo aqueles dois, o ambientalista e aquele jornalista estrangeiro também.

    O brasileiro ainda não conhece a Amazônia e sabe muito pouco dos problemas daquela região, menos ainda das soluções que ela oferece. O cidadão brasileiro comum até ouve falar dos problemas da Amazônia, ouve falar do desmatamento, do garimpo ilegal, da pouca vigilância das fronteiras, dos crimes contra os índios. A imprensa, inclusive do exterior, faz o seu trabalho ao jogar luzes sobre questões que atormentam aquele pedaço do Brasil, mas a Amazônia, Sr. Presidente, é um patrimônio que ainda não foi calculado. Com certeza, é a maior riqueza que o Brasil tem hoje, fora minério, fora outras coisas que há no Nordeste, no Centro-Oeste, no Sudeste, fora os grãos, fora o leite, fora a carne... A Amazônia tem um patrimônio, ainda não dimensionado, extremamente importante.

    Além disso, Sr. Presidente, os holofotes mostram as soluções criativas que o povo da Amazônia tem implementado nos últimos anos, soluções muito ricas para a exploração dessas riquezas existentes na floresta e para transformar isso tudo em um processo industrializado para vender para o mundo os produtos, o que nós chamamos genericamente de bioeconomia. Isso é muito importante. Tem o Imazon, tem a Embrapa, tem os governos estaduais dos estados amazônicos, que têm profundo conhecimento.

    É uma região fantástica! Eu sou de lá, eu sou do Estado de Rondônia e sei que são admiráveis as riquezas existentes na floresta e na Região Amazônica.

    E nós temos realmente que concentrar, valorizar e procurar entender a grandeza da Amazônia. A gente fala da Amazônia como se fosse algo folclórico, distante, algo isolado, só vai lá índio, só tem regiões inóspitas, inacessíveis. Não é bem assim. Na Região Amazônica vivem mais de 24 milhões de brasileiros. E, por ironia do destino, Sr. Presidente, a Amazônia, com todas as suas riquezas potenciais, abriga a maior desigualdade brasileira, em todos os sentidos: educacional, de renda, da pobreza, da falta de saneamento básico. É a pobreza dentro da riqueza. Isso é um paradoxo realmente inaceitável!

    Esse assunto a gente deve veicular mais, falar mais, proteger mais, divulgar mais, encontrar soluções nossas. Até acho que se deveria ter uma Embrapa, com outro nome, só para a Amazônia, só para pesquisar a Amazônia, ou, então, se deveria dar força às instituições, às universidades, às instituições não governamentais existentes na Amazônia.

    Eu sou de lá, eu tenho muito orgulho daquela região, com muitos brasileiros produzindo grãos, produzindo soja, produzindo carne, enfim, muita riqueza. E podemos também, Sr. Presidente, reflorestar. Já existem na cidade de Vilhena alguns processos de reflorestamento muito interessantes, altamente rendosos. Então, eu sou um defensor da Amazônia, assim como no terreno também da educação, e a gente deve fomentar grandemente esse apoio aos estados e municípios da Amazônia.

    Essas são minhas palavras de engrandecimento, de exaltação da Amazônia brasileira.

    Era só isso, Sr. Presidente.

    Muito obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 04/08/2022 - Página 46