Discurso durante a 103ª Sessão Especial, no Senado Federal

Sessão Especial destinada a comemorar o Dia do Professor.

Autor
Confúcio Moura (MDB - Movimento Democrático Brasileiro/RO)
Nome completo: Confúcio Aires Moura
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
Educação, Homenagem, Trabalho e Emprego:
  • Sessão Especial destinada a comemorar o Dia do Professor.
Publicação
Publicação no DSF de 22/10/2022 - Página 17
Assuntos
Política Social > Educação
Honorífico > Homenagem
Política Social > Trabalho e Emprego
Matérias referenciadas
Indexação
  • SESSÃO ESPECIAL, COMEMORAÇÃO, DIA NACIONAL, PROFESSOR, COMENTARIO, REDUÇÃO, QUANTIDADE, TRABALHADOR, EDUCAÇÃO, MOTIVO, AUSENCIA, VALORIZAÇÃO, CATEGORIA PROFISSIONAL, DEFESA, ALTERAÇÃO, ORÇAMENTO.

    O SR. CONFÚCIO MOURA (Bloco Parlamentar Unidos pelo Brasil/MDB - RO. Para discursar. Por videoconferência.) – Sr. Presidente, Sr. Ministro da Educação, Sr. Ilustre Secretário de Educação do Distrito Federal, diretores de escola, toda a equipe do Ministério da Educação presente, Dr. Marcelo, Diretor Presidente do FNDE, enfim, todos os professores brasileiros; uma referência muito especial aos professores do estado que represento aqui que é o Estado de Rondônia, com destaque para a cidade onde eu moro no Estado de Rondônia chamada Ariquemes, é uma satisfação participar desta sessão temática em homenagem ao Dia do Professor e aos professores brasileiros.

    Eu fiquei pensando aqui, no transcorrer desta sessão, o que eu poderia falar de importante.

    Eu tenho visto alguns noticiários e alguns artigos de jornais que apregoam um verdadeiro apagão de professores para os próximos anos: muitos professores já em idade avançada, outros no ponto de aposentadoria e outros professores demissionários.

    Certo é que há essa premonição de um verdadeiro apagão de professores no Brasil. Quais são as causas desse provável apagão de professores? É justamente a desvalorização da categoria, a necessidade premente de uma proteção dos professores, a formação modificada, ajustada para a realidade brasileira, de um novo professor, particularmente do novo professor que possa enfrentar as consequências da pandemia nas escolas, do desnivelamento dos meninos no aprendizado e a questão também do incentivo e da motivação para ser professor.

    Vamos começar lá na formação e dar um jeito orçamentário no Brasil. Cristovam Buarque falou muito – 16 anos –, aqui no Senado Federal, que o professor no mínimo poderia ganhar R$15 mil, naquela época dele aqui no Senado, que era o salário mínimo do professor para que ele pudesse ter atratividade, e os jovens do ensino médio, aqueles que optam por diversos outros cursos, realmente serem atraídos para o magistério. Também há a imensa penúria que o professor enfrenta, a dificuldade emocional do enfrentamento de uma sala de aula complexa, composta de uma diversidade econômica e social dos alunos, e esse professor fazer esse equilíbrio como se fosse um verdadeiro milagreiro para manter uma sala estabilizada, em que possa transmitir o conteúdo.

    O ensino à distância veio na pandemia, mas não preencheu e não substituiu o professor, jamais. Precisamos, então, aqui no Senado federal, nesses próximos anos, assim como todo mundo diz, gente... Se botassem aqui todos os Senadores pra falar, vocês ouviriam que a educação é prioridade. Todos falariam que a educação é prioridade, mas nós devemos enfrentar essa prioridade com realidade, com dinheiro orçamentário, para que os municípios possam remunerar melhor os professores, essa nova geração de professores, para que a gente possa ter realmente um avanço de qualidade educacional no Brasil.

    Fico muito satisfeito de participar deste evento aqui no Senado em homenagem aos professores, mas a gente tem esse compromisso, gente, essa realidade, essa penumbra pela frente, que nós temos que encarar para resolver. Não basta o discurso fácil. Não basta eu falar da minha professora maravilhosa lá do Tocantins, lá de Dianópolis, das freiras que me ensinaram, falar delas hoje. A gente tem que falar agora é do futuro. A gente tem que falar do novo professor, renovado, protegido, valorizado.

    Meu Presidente Izalci, são essas as minhas palavras francas.

    Eu gosto muito do Prof. Cristovam Buarque e de outros tantos Senadores dedicados à educação, como agora a Dorinha, como o Flávio Arns, que estava até pouquinha hora aqui participando, muitos Deputados queridos que têm trabalhado muito em defesa da educação.

    Eu me junto a você, Izalci, no seu esforço, para valer! Para valer, meu irmão!

    Eu quero ser liderado por você para esse enfrentamento desta realidade não só no discurso, mas no voto, na lei, no orçamento consagrado, para que, de fato, o professor seja verdadeiramente valorizado!

    Muito obrigado.

    Parabéns, heróis professores brasileiros, que realmente passaram essa transição da pandemia dando o seu jeito, como puderam, para levar o mínimo que podiam fazer para os alunos se manterem atentos e ligados às escolas.

    Muito obrigado.

    E parabéns a todos! (Palmas.)


Este texto não substitui o publicado no DSF de 22/10/2022 - Página 17