Fala da Presidência durante a 105ª Sessão Especial, no Senado Federal

Abertura de Sessão Especial destinada a comemorar o Dia do Médico.

Autor
Izalci Lucas (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/DF)
Nome completo: Izalci Lucas Ferreira
Casa
Senado Federal
Tipo
Fala da Presidência
Resumo por assunto
Homenagem:
  • Abertura de Sessão Especial destinada a comemorar o Dia do Médico.
Publicação
Publicação no DSF de 01/11/2022 - Página 7
Assunto
Honorífico > Homenagem
Matérias referenciadas
Indexação
  • ABERTURA, SESSÃO ESPECIAL, DESTINAÇÃO, HOMENAGEM, COMEMORAÇÃO, DATA, DIA NACIONAL, PROFISSÃO, MEDICO.
  • IMPORTANCIA, EXERCICIO PROFISSIONAL, PROFISSÃO, MEDICO, ASSISTENCIA MEDICA, POPULAÇÃO.
  • COMENTARIO, ATUAÇÃO, MEDICO, COMBATE, PANDEMIA, NOVO CORONAVIRUS (COVID-19).
  • COMENTARIO, ESFORÇO, GOVERNO, DISTRITO FEDERAL (DF), DESTINAÇÃO, RECURSOS, EQUIPAMENTOS, HOSPITAL, CRIAÇÃO, PLATAFORMA, PROCESSAMENTO DE DADOS, SISTEMA UNICO DE SAUDE (SUS), UNIFICAÇÃO, INFORMAÇÕES, ATENDIMENTO, PACIENTE, SAUDE PUBLICA.

    O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar Juntos pelo Brasil/PSDB - DF. Fala da Presidência.) – Declaro aberta a sessão.

    Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.

    A presente sessão especial semipresencial foi convocada nos termos do Ato da Comissão Diretora nº 8, de 2021, que regulamenta o funcionamento das sessões e reuniões remotas e semipresenciais do Senado Federal e a utilização do Sistema de Deliberação Remota, e também em atendimento ao Requerimento 648, de 2022, de autoria desta Presidência e de outros Senadores, aprovado pelo Plenário do Senado Federal.

    A sessão é destinada a comemorar o Dia do Médico.

    A Presidência informa que esta sessão terá a participação dos seguintes convidados: o Sr. José Hiran da Silva Gallo, Presidente do Conselho Federal de Medicina; a Sra. Marcela Augusta Montandon Gonçalves, Presidente do Conselho Regional de Medicina do DF; a Sra. Adenalva Lima de Souza, Diretora do Instituto de Cardiologia e Transplantes do Distrito Federal; a Sra. Marta David Rocha de Moura, Diretora da Escola Superior de Ciências da Saúde (Escs); o Sr. Gustavo dos Santos Fernandes, Diretor Nacional de Oncologia da Rede Dasa; o Sr. Rodolfo Alves Paulo de Souza, oftalmologista; o Sr. Sidney Mendonça, cardiologista e Superintendente da Região Leste da Secretaria de Saúde do DF; o Sr. Ivan Paulo Rego de Souza, Superintendente da Região Norte da Secretaria de Saúde do DF; a Sra. Raquel Medeiros, endocrinologista e gestora pública; o Sr. Ulysses Rodrigues de Castro, psiquiatra; a Sra. Danielle do Brasil, obstetra; o Sr. Paulo Giovanni Pinheiro Cortez, infectologista; e o Sr. Gutemberg Fialho, nosso Presidente do Sindicato dos Médicos do Distrito Federal e da Federação Nacional dos Médicos.

    Convido, para compor a mesa, o Presidente do Conselho Federal de Medicina, Sr. José Hiran da Silva Gallo. (Palmas.)

    Convido também a Sra. Marcela Augusta Montandon Gonçalves, Presidente do Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal. (Palmas.)

    Convido também a Sra. Adenalva Lima de Souza, Diretora do Instituto de Cardiologia e Transplantes do Distrito Federal. (Palmas.)

    Convido também a Sra. Marta David Rocha de Moura, Diretora da Escola Superior de Ciências da Saúde (Escs). (Palmas.)

    Convido o Sr. Rodolfo Alves Paulo de Souza, Oftalmologista. (Palmas.)

    Convido também o nosso Presidente do Sindicato dos Médicos do Distrito Federal e também da Federação Nacional dos Médicos, Sr. Gutemberg Fialho. (Palmas.)

    Convido também o Sr. Gustavo dos Santos Fernandez, Diretor Nacional de Oncologia da Rede Dasa. (Palmas.)

    Convido a todos para, em posição de respeito, acompanharmos o Hino Nacional, que será executado pelo dueto da Banda do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal.

(Procede-se à execução do Hino Nacional.) (Palmas.)

    O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar Juntos pelo Brasil/PSDB - DF) – Assistiremos, agora, a um vídeo institucional.

(Procede-se à exibição de vídeo.) (Palmas.)

    O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar Juntos pelo Brasil/PSDB - DF. Para discursar - Presidente.) – Bem, quero cumprimentar aqui a Sra. Marta David Rocha de Moura, que é a nossa Diretora da Escola Superior de Ciências da Saúde, o nosso Presidente do Conselho Federal de Medicina, Sr. José Hiran da Silva Gallo, a Presidente do Conselho Regional de Medicina daqui do Distrito Federal, Sra. Marcela Augusta, o Presidente da Federação Nacional dos Médicos e Presidente do Sindicato dos Médicos daqui do Distrito Federal, Sr. Gutemberg Fialho, a Diretora do Instituto de Cardiologia e Transplantes do Distrito Federal, Adenalva Lima de Souza, o Diretor Nacional da Oncologia, Sr. Gustavo dos Santos Fernandes, o médico oftalmologista da Secretaria de Saúde daqui do DF, Dr. Rodolfo Alves Paulo de Sousa, e também os nossos convidados especiais Sr. Sidney Sotero Mendonça, Superintendente da Região Leste, a Sra. Raquel Medeiros, médica endocrinologista, clínica geral e gestora pública, a médica ginecologista obstetra e especialista em medicina fetal Sra. Danielle Brasil de Figueiredo, o médico infectologista Sr. Paulo Giovanni Pinheiro Cortez, o médico psiquiatra Sr. Ulysses Rodrigues de Castro, o representante do Hospital DF Star, médico cardiologista Sr. João Poeys, agradeço, e os cumprimento também ao nosso dueto do Corpo de Bombeiros daqui do Distrito Federal, com o Capitão Bernardo no violão e o Sargento Samuel no saxofone, e cumprimento todos os médicos, médicas, nossos alunos, professores, nossos convidados, cumprimento todos os médicos do Brasil e, de uma forma especial, os nossos Senadores aqui, meus amigos Nelsinho Trad, que também é médico, Rogério Carvalho, também médico, Senadores aqui desta Casa.

    Bem, nesta segunda-feira, comemoramos aqui, no Senado Federal, o Dia do Médico, que foi celebrado no último dia 18.

    Eu não poderia começar esta minha fala sem falar que, a partir do ano que vem, teremos um novo governo, um novo tempo para nós legisladores. Entretanto, na vida, nos hospitais, nas doenças e nas dores não há novo tempo; há o tempo que vivemos.

    Senhoras e senhores, em primeiro lugar, nesta sessão, eu quero recordar a participação do eminente Dr. José de Jesus Peixoto Camargo, Diretor da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, na sessão especial em homenagem ao Dia do Médico que realizamos aqui em 2019. Eram outros tempos, eu sei, mas foi marcante.

    Ele nos apresentou um momento profundamente difícil na vida de qualquer médico – a perda de um paciente – e como isso o afetou profundamente, momento em que ele revelou querer apenas sair do hospital para poder chorar.

    Esse episódio tocante nos leva a perguntar: o que é ser médico? A pergunta não é meramente retórica. Ser médico é fazer uma escolha com grandes implicações pessoais. Em primeiro lugar, é um curso que exige enorme entrega pessoal. São seis anos apenas na graduação. Depois, a escolha de uma especialidade requer muitos outros anos de dedicação. Uma residência exige outros dois, três ou até mesmo cinco anos de estudo.

    Além disso, a medicina moderna está em contínua evolução e demanda permanente atualização dos profissionais. O médico, enfim, nunca deixa de ser um estudante: conhecer, aperfeiçoar-se e aprender fazem parte permanente da vida de quem escolhe a medicina como profissão.

    Todavia, ser médico vai muito além, é uma escolha que implica muitas renúncias pessoais. Doença não tem hora marcada; a qualquer momento o inesperado se faz presente. É uma emergência, é um acidente, é algo que tumultua o roteiro da vida com consequências incalculáveis.

    Ser médico é, ainda, ser uma espécie de oráculo, é saber que as suas palavras têm peso e têm consequências, é saber que as pessoas o ouvem com atenção, com expectativa, é sentir toda a ansiedade de pessoas que esperam uma resposta e uma orientação.

    Ser médico é também saber que o sofrimento é parte da existência humana e que nossa vida não é eterna; é saber que um caso nunca é apenas um caso, é uma pessoa que tem pais, filhos, cônjuges, irmãos e amigos; é saber que muitas vezes, por mais preparado que seja o médico, pouco pode ser feito.

    Ser médico é entender também que há momentos de profunda alegria; é, por exemplo, quando colabora para trazer uma vida nova ao mundo, o momento do nascimento.

    Ser médico é compartilhar a felicidade quando um paciente se cura de uma moléstia grave. Ser médico é compreender, da maneira mais profunda, o sentimento da palavra "empatia".

    Meus amigos e minhas amigas, ser médico é compreender que, tanto quanto o remédio, a palavra tem imenso poder de cura. Como bem disse o médico e psicoterapeuta suíço Carl Jung, "conheça todas as teorias, domine todas as técnicas, mas, ao tocar uma alma humana, seja apenas outra alma humana".

    Ser médico é, enfim, pôr em prática em cada momento do dia o Juramento de Hipócrates; é, nas palavras do médico grego, aplicar todos os meios para o bem do paciente segundo o poder e o entendimento disponíveis e, ainda segundo ele, conservar imaculada a sua vida e a sua arte.

    Senhoras e senhores, estamos nos aproximando do fim do ano de 2022. Há quase três anos a pandemia da covid-19 começava a se espalhar como fogo por todo o planeta. O mundo não estava preparado para tal calamidade. As pesquisas tiveram que ser feitas a toque de caixa para encontrar a vacina que poderia parar a evolução da contaminação pelo vírus. Vieram as vacinas e os cuidados, mas é certo que perdemos muitas vidas, entre elas muitas mortes de médicos e de demais profissionais da saúde. O desafio que enfrentaram e os sacrifícios que fizeram foram de tal tamanho que merecem aqui, na data de hoje, o nosso imenso respeito e admiração.

    Senhoras e senhores, Senadores e Senadoras, médicos e profissionais da saúde aqui do DF e do Brasil, reafirmo a minha compreensão, a minha admiração e o meu respeito por todos, dando-lhes conta do meu trabalho de apoio para que, no dia a dia, possam ter equipamentos e a infraestrutura necessária para o atendimento à população, especialmente aquela mais necessitada, que depende do serviço público de saúde.

    Nesse sentido, o trabalho que realizamos foi intenso aqui no DF. Conseguimos destinar recursos para equipamentos importantes em todos os hospitais, destravar os recursos destinados ao Hospital do Câncer, bem como apoiamos junto ao Governo do Distrito Federal, junto ao Governo Federal, o projeto e recurso para criação da plataforma Datasus, que tem como finalidade proporcionar a unificação de informações de pacientes atendidos pela rede de saúde pública de todo o país, com a participação de estados e municípios. Isso os senhores e as senhoras sabem que não só agiliza o atendimento, mas sobretudo salva vidas.

    E ainda é luta de que não desistimos a execução por parte do GDF da implantação do laboratório de simulação realística da Escola Superior de Ciências da Saúde, aqui do Distrito Federal, cujos recursos foram realocados à emergência a alguns hospitais, mas certamente o GDF vai cumprir o acordo de fazer, tão logo seja possível, a compra desse laboratório tão importante para capacitação dos nossos futuros médicos.

    Senhoras e senhores, são muitas batalhas, são muitas demandas, mas estamos aqui para fazer o que o país precisa. Por isso, faço um agradecimento especial a cada um dos médicos e das médicas do nosso país. Saibam que esta Casa e meu gabinete estão sempre abertos para ouvir todos os profissionais brasileiros da área, bem como entidade de classe. A covid-19 foi superada por vocês médicos e profissionais da saúde, que lutaram e acreditaram em dias melhores, mas agora são outros os muitos desafios que temos pela frente. Por isso, eu encerro este meu pronunciamento com as palavras do médico norte-americano James Little, que disse: "A primeira qualificação para um médico é a esperança".

    Obrigado a todos pela presença e parabéns a todos os médicos e médicas deste país. (Palmas.)

    Quero registrar também a presença do meu cardiologista, Dr. Osório. (Palmas.)

    Assistiremos agora a uma contação de história apresentada pela Sra. Nyedja Gennari.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 01/11/2022 - Página 7