Discurso durante a 123ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Discurso de despedida de S. Exa. do mandato de Senador da República.

Autor
Jean-Paul Prates (PT - Partido dos Trabalhadores/RN)
Nome completo: Jean Paul Terra Prates
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
Atividade Política:
  • Discurso de despedida de S. Exa. do mandato de Senador da República.
Aparteantes
Carlos Portinho, Carlos Viana, Chico Rodrigues, Confúcio Moura, Eduardo Girão, Eliziane Gama, Esperidião Amin, Fernando Bezerra Coelho, Izalci Lucas, Jayme Campos, Jorge Kajuru, Leila Barros, Luis Carlos Heinze, Mecias de Jesus, Nilda Gondim, Omar Aziz, Paulo Paim, Paulo Rocha, Rodrigo Pacheco, Rogério Carvalho, Rose de Freitas, Soraya Thronicke, Styvenson Valentim, Sérgio Petecão, Zenaide Maia.
Publicação
Publicação no DSF de 22/12/2022 - Página 15
Assunto
Outros > Atividade Política
Indexação
  • DISCURSO, DESPEDIDA, ORADOR, MANDATO, SENADOR, COMENTARIO, ATUAÇÃO PARLAMENTAR, SENADO, REPRESENTAÇÃO, PARTIDO DOS TRABALHADORES (PT), ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE (RN), REGISTRO, VIDA PUBLICA, PROFISSÃO, FAMILIA, AGRADECIMENTO, BANCADA.

    O SR. JEAN PAUL PRATES (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RN. Para discursar.) – Obrigado, Sr. Presidente, meus queridos amigos, queridas colegas e amigas desta 56ª Legislatura do Senado Federal, cidadãos, cidadãs do Brasil, em especial do meu Estado do Rio Grande do Norte.

    A transição de ciclos na nossa vida sempre requer planejamento, mudanças, remanejamentos e, inevitavelmente, despedidas. Em seguida, novos horizontes, novos desafios, novas equipes, novos amigos e parceiros. Eu encerro, em breve, a minha legislatura como Senador da República pelo Partido dos Trabalhadores do Estado do Rio Grande do Norte.

    A primeira coisa que nos vem à cabeça, Senador Kajuru, ao encerrar um ciclo de vida tão importante é: "Nossa, acabou! Vai começar uma nova vida, com novas pessoas, com novos objetivos, com nova rotina, novos companheiros de jornada". E, a depender do caso, isso pode parecer animador; porém, Senador Girão, às vezes, assustador. Da mesma forma quando eu cheguei a esta Casa e encontrei tantas figuras, Senador Fernando Bezerra, que eu conhecia somente da televisão e de acompanhar a política – uma delas V. Exa. –, referências importantes da política nacional.

    Nós aqui fazemos leis, fiscalizamos o Governo, referendamos nomeações de magistrados supremos, embaixadores, procuradores-gerais, reguladores. Investigamos escândalos, expressamos a voz de nossos estados junto aos Poderes da República e de outras nações. Somos 81 pessoas dentre 214 milhões de brasileiros e brasileiras selecionadas para as funções legislativas mais importantes do Brasil. Se fosse um vestibular, Presidente, a razão seria de mais de 2,6 milhões de candidatos por vaga, para estar aqui. Somos, sim, privilegiados por nos mandarem para cá e temos tantas responsabilidades que talvez ninguém, exceto cada um de nós, tenha verdadeira noção da complexidade, da diversidade e da alta repercussão e importância das nossas atuações debaixo dessa redoma.

    Eu tenho completa e profunda consciência disso. Eu tenho certeza em afirmar que cada colega dessa legislatura com quem convivi, independentemente de estar no mesmo campo que eu, ter mais ou menos a mesma experiência que eu, também tem, principalmente nos tempos tão especiais em que convivemos, nessa 56ª Legislatura.

    Nossa nova, recente, jovem democracia navegou por estreitos rochosos, sacudida por ondas autoritárias sob forte saraivada de ataques à nossa estabilidade institucional que desequilibraram a capacidade da sociedade de reagir diante de mentiras, de malfeitos, de nulidades, de atos encobertos por sigilo e muitas vezes apregoados como o apogeu da virtude. Navegamos entre crises de natureza econômica, social, sanitária, ambiental, sobretudo política, em questionamentos constantes sobre qual parte nos cabia na responsabilidade pelo que ocorreu e na busca de soluções. E não bastasse a premência de resistir a certos delírios obscurantistas, tivemos que travar peleja em meio a um momento e a procedimentos atípicos, por força da pandemia do covid-19.

    O Senado da República soube superar os obstáculos, esteve à altura do que a sociedade brasileira esperava e demandava desta Casa. Não houve vazio institucional em momento algum. Atuamos todos como Casa da moderação e da construção de soluções mitigatórias. Daqui saíram iniciativas que faltaram ou tardaram ao Executivo, quer por incompetência, quer por postura negacionista, a nosso ver deplorável.

    Daqui tiveram que sair auxílios financeiros, programas de financiamento, medidas sanitárias, providências logísticas, prioridades vacinais e até mesmo a essencial e básica lei de uso de máscaras, que eu tive a incumbência triste, Sr. Presidente, mas necessária de relatar. Tivemos que praticar um verdadeiro parlamentarismo por omissão, certas vezes, infelizmente devido à inércia e à insuficiência do Governo em agir diante da pandemia e de suas funestas consequências, perfeitamente previsíveis por vezes.

    Atuamos exemplarmente. Infelizmente, manteremos como marca indelével a lembrança da perda dos colegas e amigos que perderam a vida para a covid, os Senadores Olimpio, Arolde e Maranhão.

    Finalmente amanheceu, é manhã outra vez. Contornamos esse cabo das tormentas, e já se acendem as possibilidades que cada novo dia nos oferece.

    É verdade que temos muitas feridas a curar – a fome, que flagela tantos dos nossos compatriotas; o luto pelas vítimas da covid, que mal tivemos o tempo de superar; o desalento geral pela perda da qualidade de vida; as fraturas cinzeladas pelo ódio –, mas é evidente que navegamos uma forte corrente novamente impulsionada pela esperança. O pacto democrático prevaleceu.

    Se hoje podemos celebrar esse novo amanhecer, é porque houve resistência, e tive a felicidade de estar entre os que resistiram. Como Senador do Partido dos Trabalhadores, como Líder da Minoria no Senado, debati, lutei para preservar cada centímetro de terreno possível, para preservar cada trilha que nos permitisse voltar a essa caminhada.

    São muitos os sentimentos de reflexão que trago comigo neste encerramento de mandato, mas vou falar de dois deles.

    O primeiro é a satisfação de ter podido estar aqui nesta Casa desde que assumi, em 2019, a vaga deixada – ou antes ocupada – pela atual Governadora Fátima Bezerra, representando o estado que escolhi como minha terra, o Rio Grande do Norte, a que servi tanto – e ao seu povo – e tão bem. Considero que à altura do que esperavam.

    A bem da verdade, cheguei lá apenas como um profissional especialista na área de petróleo e gás há algumas décadas, mas fui descobrindo coisas. Fiz de lá o meu lar, e seu povo fez de mim um irmão, um filho. Encontrei dificuldades e incompreensões desde sempre, mas os resultados do trabalho abnegado, da criatividade realista, de cada projeto, de cada proposta em favor do desenvolvimento sustentável e do aprimoramento da qualidade de vida das pessoas foram me ajudando a superar cada resistência, cada obtusidade.

    Lá também encontrei o amor de minha companheira Muriele, mulher guerreira do Seridó, com quem iniciei um novo capítulo tão bonito da minha vida.

    Meus pais não puderam ver seu filho ascender ao Senado da República, mas eu espero deixar aos meus amadíssimos filhos lições cotidianas de amor à democracia e compromisso incondicional com aprimoramento do Brasil e do mundo que vamos legar a eles.

    A esse Rio Grande do Norte, que me acolheu tão bem, tenho a certeza de que retribui com absolutamente toda dedicação e foco, Senador Bezerra, nesses quatro anos de mandato.

    No meu mandato, destinei mais de R$137 milhões em emendas, contemplando todos os 167 municípios do estado, com destaque para contribuição no combate à pandemia como Parlamentar que mais destinou recursos para o combate à covid e que mais enviou recursos em geral para o Governo do Estado. Identificamos projetos inovadores de alto impacto social e assim dedicamos R$36 milhões para a saúde; R$10 milhões para a educação; R$13 milhões para a agricultura familiar, que, somados com outros R$3 milhões de perfuração de poços também da agricultura familiar, somaram R$16 milhões, que é o recorde histórico de destinação de recursos para agricultura familiar na história dos Parlamentares do Rio Grande do Norte; R$12 milhões para a área esportiva – vou falar já sobre isso –; e R$3 milhões, também inéditos, para assistência social, que vão significar a reforma de todos os Creas do Rio Grande do Norte.

    Tenho especial orgulho pelo projeto das Areninhas Potiguares. Aproveito para agradecer ao ex-Governador – e futuro colega desta Casa – Camilo, que nos legou este projeto das Areninhas lá do Ceará, Senador Girão, que nós literalmente copiamos e adaptamos para o Rio Grande do Norte, com o auxílio da Secretaria de Esportes do Ceará, que nos ajudou no mandato: cedeu pessoas, fomos lá, visitamos, trouxemos e adaptamos esse projeto. Isso vai entregar espaços de promoção de esportes, vida saudável, sociabilidade tão importantes para a nossa juventude em várias cidades.

    Também com muito orgulho, anunciei e estamos implementando o projeto das Escolas Solares – sobre o qual já falei com o Senador Kajuru, que vai reproduzi-lo também aqui para Goiás –, em parceria com o Senai do Rio Grande do Norte, o Instituto Senai de Inovação em Energias Renováveis do Rio Grande do Norte, que entregou infraestruturas para agregar produção de energia renovável como forma de abastecer as escolas e ensinar, ao mesmo tempo, sustentabilidade desde cedo. São basicamente laboratórios de ciências que geram energia para cobrir a conta de luz da escola.

    Entregamos projetos de apoio aos povos originários do estado, de fomento à mobilidade sustentável em cidades médias e pequenas, e de reforço do SUS pelo investimento na informatização de todas as UPAs de Natal, nossa capital.

    Sei que servi ao meu estado e ao meu povo, a quem pude conhecer tão bem na iniciativa Giro pelo RN, Senador Portinho, por meio do qual nós percorremos todo o estado a cada recesso parlamentar, exceto no ano do covid, consultando as pessoas, tirando dúvidas, ouvindo histórias, matando saudades e construindo sonhos.

    Cabem aqui agradecimentos eternos à minha líder, professora e companheira Fátima Bezerra, hoje destemidamente à frente do Governo do Estado do Rio Grande do Norte, reeleita em primeiro turno após um primeiro mandato cheio de desafios, e que nos proporciona tantas novas esperanças agora na sua iminente parceria com o Presidente Lula por anos iluminados e felizes à frente.

    Muita gratidão também aos demais membros da nossa Bancada do Rio Grande do Norte, em especial à minha amiga, querida companheira de luta Senadora Zenaide Maia, e também ao meu querido vizinho e hoje amigo Senador Styvenson Valentim. Talvez divirjamos em ideologias e posições, mas certamente cerramos fileiras para definir boas destinações de recursos e manter diálogos de alto nível sobre bons projetos para o nosso Rio Grande do Norte.

    Não posso deixar de mencionar a aliança sólida que construí com a minha superparceira na Câmara dos Deputados, a Deputada Natália Bonavides, com quem andei tanto e construímos – os dois juntos – pelo estado, por Natal e pelo Brasil; e a parceria com o Deputado Federal reeleito, e que desta vez será empossado, Fernando Mineiro, com projetos socioeconômicos já em concepção em todo o estado.

    Sr. Presidente, o segundo sentimento que me acompanha neste momento é o do dever cumprido na resistência, mas também no diálogo; na luta, mas também na construção de ações que balizam e definem a atividade parlamentar, qualquer que seja o lado em que estejamos. Denunciar a má política, ferina e venal implica também valorizar a boa política que encaminha as ideias a maturarem e se aprimorarem em trabalho conjunto e participativo.

    Em meio a toda a disputa política que caracterizou esse período, não faltei a apresentar projetos de relevância nacional entre 2019 e 2023. Dediquei a esse trabalho toda a capacidade técnica e política que trazia comigo e estudei muito, aprendi muito para cumprir essa missão.

    Meu compromisso sempre foi o da defesa do potencial local de geração e de distribuição de riqueza, da atração de investimentos racionais e saudáveis por meio do estabelecimento de marcos legais robustos e confiáveis e do fortalecimento das políticas de educação, cultura, ciência e tecnologia, tendentes a agregar à nossa sociedade o valor necessário para romper os ciclos geracionais de imobilidade e de pobreza.

    Ao mesmo tempo, nunca transigi na defesa incondicional do patrimônio construído pelo povo brasileiro. Lutei pela Eletrobras, lutei pela Petrobras com todas as ferramentas estratégicas para a promoção do nosso desenvolvimento, que representa um acúmulo de gerações ameaçado pela alienação desvalorizada em conjuntura inoportuna, sob urgências insustentáveis.

    Trabalhei por uma participação mais ativa do Estado em setores da economia vulneráveis à exploração desequilibrada de nossas riquezas.

    Em meus pronunciamentos, defendi uma perspectiva econômica progressista em consonância com a responsabilidade social e fiscal.

    Não por acaso, antes de ocupar este lugar no Senado, já havia trabalhado na regulação de setores de petróleo, energia renovável, biocombustíveis, infraestrutura nos Governos Fernando Henrique Cardoso, Lula I, Lula II, Dilma I. Além disso, já havia acumulado experiência na área na condição de Secretário de Estado de Energia e Assuntos Internacionais do Rio Grande do Norte, sob a saudosa liderança da então Governadora Wilma de Faria.

    À luz dessa vocação técnica e como representante de um estado profundamente dependente da chamada economia do mar, assumi a relatoria da Comissão Temporária Externa para o Acompanhamento das Ações de Enfrentamento às Manchas de Óleo do Litoral Brasileiro (Cteoleo). A votação final aprovou meu relatório, apontando o sistemático desmantelamento da estrutura de governança ambiental do Governo Federal.

    Da mesma forma, na condição de Relator da avaliação das políticas públicas relativas à implantação de redes móveis de quinta geração (5G) no Brasil, junto à Comissão de Ciência e Tecnologia, apresentamos importantes sugestões ao Poder Executivo para maior participação do Senado nas estratégias relacionadas à implantação da tecnologia, bem como em prol do aprimoramento dos leilões e contratos e da acessibilidade e abrangência dos serviços para todos os brasileiros e brasileiras.

    Na autoria das leis, procurei trazer a esta Casa projetos em que minhas credenciais acadêmicas e técnicas pudessem ensejar abertura de novos horizontes e ciclos econômicos para o Brasil, para o Nordeste e para o meu estado. Foi assim com o marco legal da energia do mar, para regular a titularidade e a outorga dos prismas marítimos para exploração de energia offshore; com a Lei do Hidrogênio, que viabilizará o uso de hidrogênio como fonte energética; e, mais recentemente, com o marco legal da captura e do armazenamento de carbono, que finalmente disciplinará a exploração dessas atividades e abrirá novas perspectivas para trocas ambientais e descarbonização do planeta em um país com enorme potencial para contribuir com esses processos.

    Tive ainda a oportunidade e a responsabilidade de relatar matérias desafiadoras. Entre elas, já mencionei a lei sobre o uso de máscaras, que, aliás, também promoveu regras para fomentar distanciamento social na contenção da pandemia; o chamado pacote dos combustíveis, com uma caixa de ferramentas para a administração federal poder atuar, de modo a aliviar a pressão da alta internacional dos preços dos combustíveis sobre a economia, especialmente sobre as famílias mais pobres; guardo especial carinho pela Lei das Ferrovias, que representou um verdadeiro marco no resgate de um modal de transporte crucial para o desenvolvimento do país – e gosto de pensar que a oportunidade de trabalhar a partir do texto do Senador José Serra representou um exemplo de composição de visões muito mais complementares do que divergentes e comprometidas, sobretudo, com uma visão melhor de país.

    O mesmo espírito de construção nos trouxe a relatoria de projetos de lei que continuarão sua trajetória nesta Casa, como o marco legal da mobilidade urbana sustentável, a Lei da Educação Digital, a Lei de Desenvolvimento Sustentável da Caatinga, a Lei de Desenvolvimento Sustentável do Cerrado, a Lei de Combate à Obsolescência Programada e de Direito ao Reparo e a Lei da Economia Circular do Plástico, entre outras.

    Todas essas iniciativas legislativas, Senador Confúcio, de nossa lavra ou nas quais trabalhamos vigorosamente para relatar em Comissões restarão à disposição dos que ficam, e eu estarei sempre por perto, a um chamado de vir contribuir no que puder para que se tornem leis efetivas que aprimorem o país.

    Por outro lado e afastando qualquer eventual crítica, não há como negar que o ponto alto desta legislatura foi, sem dúvida, a realização da CPI da covid-19. Os trabalhos da Comissão são considerados por economistas, jornalistas e juristas como um dos mais importantes da história recente do Congresso Nacional.

    A CPI da covid demonstrou cabalmente por que o Brasil apresentou quase cinco vezes mais mortes por covid do que a média mundial e apontou conflitos de interesse, tráficos de influência e cooptação e corrupção do poder público, que deverão ser objeto de escrutínio e combate imediato, independentemente da inércia intolerável daqueles cuja obrigação funcional por enquanto falhou.

    Seu relatório final é importante registro de memória e de provas, motivo pelo qual saúdo todos os membros da Comissão, nas pessoas de seu Presidente, Senador Omar Aziz, do Relator, Senador Renan Calheiros, bem como das Senadoras Simone Tebet, Eliziane Gama, Soraya Thronicke, ativas participantes da Bancada Feminina naquelas históricas reuniões.

    Por fim, no exercício da Liderança da Minoria no Senado, ocupei uma das posições políticas mais desafiadoras da minha trajetória parlamentar. Nessa versátil e delicada função, trabalhei com Lideranças de todas as cores partidárias, motivo pelo qual aproveito a oportunidade para deixar o meu respeitoso registro da liderança qualificada de dois Presidentes desta Casa, Davi Alcolumbre e Rodrigo Pacheco, e também do nosso substituto imediato e sempre pronto a responder a essas demandas, meu querido companheiro e amigo Veneziano Vital do Rêgo; e do trabalho dos Líderes governistas: Senador Fernando Bezerra Coelho e o Senador Carlos Portinho – meu companheiro carioca –, sempre interlocutores republicanos. Cito ainda o meu parceiro e Líder da Oposição, Senador Randolfe Rodrigues, assim como os Líderes parceiros na Câmara e no Congresso, Deputados Arlindo Chinaglia, Marcelo Freixo, Carlos Zarattini, Reginaldo Lopes e Alessandro Molon.

    Senhoras e senhores, Senadores e Senadoras, ao longo desses quatro anos, o grande motor propulsor e motivação maior da minha atuação foi certamente o Partido dos Trabalhadores. Quando me filiei em 2013, após ter militado na Juventude do PDT, de Leonel Brizola e Darcy Ribeiro, busquei o retorno à política partidária objetivando contribuir para evitar o esmorecimento da esquerda brasileira. O PT me recebeu inicialmente desconfiado – Wilmar sabe –, mas logo as convergências ficaram tão evidentes e potentes, efetivas, construtivas, visionárias, inovadoras que hoje me sinto totalmente dependente, Senador Confúcio, da energia da nossa militância, da forma participativa, democrática de decidir, dos caminhos que delineamos juntos para o futuro do Brasil.

    A todas as companheiras e companheiros do Partido dos Trabalhadores e trabalhadoras, na pessoa dos meus companheiros de bancada – o meu querido Líder Paulo Rocha, os Líderes Humberto Costa e Rogério Carvalho, os mestres Paulo Paim e Jaques Wagner, o meu amigo, destemido guerreiro, Fabiano Contarato, a quem se somarão os eleitos Wellington Dias, Camilo Santana, Teresa Leitão e Beto Faro –, a todos e todas, mais do que um agradecimento, quero manifestar nossa incomensurável disposição de que o próximo Governo Lula se converta em um clarão democrático que transforme o Brasil em um país mais próspero, pacífico e menos desigual.

    Para concluir, meus queridos amigos e amigas, não poderiam me escapar os agradecimentos efusivos não somente a todos os colegas Senadores e a todas as colegas Senadoras, mas também a todo esse corpo funcional da Casa – Zezinho representando –, aos terceirizados, às equipes de consultoria, de apoio às Comissões e ao Plenário, também a vocês da Rádio e da TV Senado, que levam a nossa voz e imagem pelo Brasil e pelo mundo afora – Sabóia também representando aqui o povo que nos ajuda tanto –, e à minha equipe nota mil, que está aqui pelo escurinho do Plenário, lá no fundo, que fez este mandato comigo, o tempo todo, em Brasília, em Natal, em Mossoró, no Seridó, no Mato Grande, no Vale do Açu, no Apodi, do Agreste ao Alto Oeste, do Trairi e Potengi aos litorais e à Região Metropolitana, andando por todo o Estado do Rio Grande do Norte. O estado é pequeno, mas dá trabalho, viu? Que pessoas maravilhosas vocês foram comigo desde aquela inexperiência do início até as maratonas exigentes dos tempos atuais! Foram quatro anos de exaustivos e tensos trabalhos, mas que só me agregaram experiências pessoais e coletivas de inestimável valor. Obrigado a todos e todas vocês.

    Vai começar uma nova vida para mim, um novo ciclo? Para mim, não. Quero dizer, Presidente, que pretendo continuar convivendo com cada um e cada uma de vocês, buscando conselhos, tentando ajudar nas demandas do Brasil trazidas por cada um e cada uma que ficarão por aqui representando e assessorando seus estados e o povo brasileiro. Para mim, Senador Fernando, será o mesmo ciclo, com os mesmos companheiros e companheiras de jornada que acrescentei até aqui à minha vida e que se somaram a tanta gente importante para mim no círculo familiar, pessoal e profissional. É tudo parte de um só contexto, Senador Kajuru, de uma só trajetória – aliás, falar em trajetória na sua frente é difícil, mas faz parte mesmo de uma trajetória só. Todas essas pessoas estão unidas por nós, por cada um de nós.

    Hoje não vou dar adeus, porque vou voltar sempre.

    Obrigado demais pela honra de ter servido ao Brasil com vocês nesta legislatura.

    Seremos todos sempre escrevedores do futuro.

    I'll be back. Volto já. (Palmas.)

    O SR. PRESIDENTE (Veneziano Vital do Rêgo. Bloco Parlamentar Unidos pelo Brasil/MDB - PB) – Senador Jean Paul, se V. Exa. puder nos atender, permaneça à tribuna em razão de uma lista considerável...

    O SR. JEAN PAUL PRATES (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RN) – Se eu aguentar.

    O SR. PRESIDENTE (Veneziano Vital do Rêgo. Bloco Parlamentar Unidos pelo Brasil/MDB - PB) – ... de amigos, de pessoas que passaram a ter, na nossa convivência, uma admiração – e, entre esses, eu próprio.

    Na lista de inscritos, nós temos, primeiro, o Senador Esperidião Amin e, em seguida, Senador Paulo Paim, Senador Omar Aziz, Senador Styvenson, Senador Portinho, Senador Líder Fernando Bezerra, Senador Confúcio, Senador Chico Rodrigues, Senador Girão.

(Intervenção fora do microfone.)

    O SR. PRESIDENTE (Veneziano Vital do Rêgo. Bloco Parlamentar Unidos pelo Brasil/MDB - PB) – Querido Senador Kajuru, em razão de ter erguido a mão o Senador Esperidião Amin e ter sido eu informado dessa inscrição, eu peço permissão a V. Exa. para passar...

    O SR. JORGE KAJURU (Bloco Parlamentar Juntos pelo Brasil/PODEMOS - GO) – A permissão está dada, porque hoje é aniversário dessa reserva moral e cultural do país, o catarinense Esperidião Amin. Por ele eu fico de joelhos.

    O SR. JEAN PAUL PRATES (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RN. Fora do microfone.) – Todas as homenagens.

    O SR. PRESIDENTE (Veneziano Vital do Rêgo. Bloco Parlamentar Unidos pelo Brasil/MDB - PB) – Senador Esperidião Amin, aproveitando inclusive esta oportunidade que nos é muito cara de lisonjeiramente cumprimentá-lo, nós assim o fazemos em nome da Mesa, do Presidente Rodrigo Pacheco, com desejos muito sinceros e efetivos de que V. Exa. possa ter uma longeva vida, com muita saúde, capacidade de trabalho, essa que é uma fulgurante mente que tanto colabora e ajuda no nosso dia a dia. Saúde e paz, Senador Esperidião Amin!

    V. Exa. tem a palavra, aparteando o nosso Senador Jean Paul Prates.

    O Sr. Esperidião Amin (Bloco Parlamentar Unidos pelo Brasil/PP - SC. Para apartear. Por videoconferência.) – A sua palavra de carinho e as tantas mensagens que recebi em nome de todos os companheiros eu quero agradecer.

    Vou ser muito conciso ao participar desta "despedida", entre aspas, do meu amigo Jean Paul Prates.

    Quero dizer que aprendi muito com o Jean Paul Prates. Ele é um homem de grande conhecimento e compartilha o conhecimento com muita didática e boa pedagogia. Por isso, eu quero reforçar aqui uma frase que ele proferiu: esteja sempre conosco, como amigo, como participante da luta pelas boas causas.

    Que Deus continue a iluminá-lo com a capacidade de coexistir construtivamente com aqueles que pensam, às vezes, um pouco diferente, mas que sabem do seu valor moral, intelectual, ético, eu repito, e, acima de tudo, com a sua competência para ajudar o nosso país!

    Um feliz Natal para você, Jean Paul! Claro que para todos os nossos companheiros, mas, em particular, para você um muito feliz 2023!

    Muito obrigado.

    O SR. PRESIDENTE (Veneziano Vital do Rêgo. Bloco Parlamentar Unidos pelo Brasil/MDB - PB) – Obrigado, Senador Esperidião Amin.

    Senador Paulo Paim e, em seguida, Senador Jorge Kajuru.

    Haveremos de sequenciar a lista de senhoras e senhores oradores.

    Senador Paim.

    O Sr. Paulo Paim (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RS. Para apartear. Por videoconferência.) – Com a mesma rapidez que o nosso aniversariante Esperidião Amin, Presidente Veneziano, eu quero primeiro, se me permite o meu amigo Jean Paul, fazer uma saudação à Kátia Abreu, amiga, parceira, Líder, trabalhamos juntos durante todo esse período em que aqui ela esteve; também ao Acir Gurgacz, com quem eu não pude falar, Presidente; ao Reguffe; ao Telmário Mota. Se não citei algum dos que eu não pude fazer aparte, sintam-se também contemplados com essa minha pequena fala.

    Meu amigo Jean Paul, permita que eu diga, com esses quase 40 anos de Congresso, que você, sem sombra de dúvida, se não é, será sempre, entre aqueles que vieram como suplente da nossa querida Governadora Fátima Bezerra e outros suplentes, um dos mais titulares da história. Você chegou como mestre e me chamava de mestre. Eu ficava todo bobo, porque o mestre é você, meu querido amigo. Desde que você chegou à bancada no primeiro momento, houve uma simpatia coletiva não só minha, mas de todos, pela forma de atuar, pela forma de falar, pela forma de encaminhar, tanto que ligeirinho, ligeirinho a bancada, por unanimidade, o escolheu como Líder dessa nossa Minoria. E assim você atuou como nosso Líder na Câmara, lá junto com os Deputados no Congresso, também como Líder da Minoria aqui no Senado. Eu sempre, toda vez que tinha que votar, perguntava ao meu Líder Paulo Rocha, mas perguntava a você também: "E aí, Jean Paul?". "Paim, estamos conversando. Vamos por aqui." Eu fico muito feliz de poder aqui dizer...

(Soa a campainha.)

    O Sr. Paulo Paim (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RS. Por videoconferência.) – ... você vai ser... Se dependesse dos bons ventos que sopram a seu favor, e não é desse ou daquele, nem vou usar nem o nome, mas todos nós gostaríamos de vê-lo ou como ministro – quem decide é o Presidente Lula – ou como presidente da Petrobras, porque nós precisamos de homens competentes, preparados, cada um na sua área. E, nessa área que eu estou falando, você dá aula, dá aula para o Brasil.

    Eu vi debates de situação e oposição em que você defendia os seus pontos de vista e eu ouvi de quem é Governo dizer: "Ele é muito preparado". Eu ouvi de quem não era Governo também dizer: "Realmente, ele é muito preparado".

    Jean Paul, eu só queria terminar dizendo que eu tenho muito orgulho...

(Soa a campainha.)

    O Sr. Paulo Paim (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RS. Por videoconferência.) – ... de dizer que aprendi muito com você e sou seu amigo. Claro que você não vai sair da vida pública. Você, com essa capacidade, com essa coragem, faz o bom debate, respeitoso, eu diria até carinhoso. Sabe aquele carinho que você sabe e diz "não"? Aquele "não" que o adversário diz: "Obrigado, Jean Paul, embora discordo pela sua forma de estabelecer essa conversa com os seus pares".

    Jean Paul, eu sei que já falei demais, todos querem falar. Um abraço! Permita-me que eu mande um beijo no coração, desse seu admirador Senador Paulo Paim.

    O SR. PRESIDENTE (Veneziano Vital do Rêgo. Bloco Parlamentar Unidos pelo Brasil/MDB - PB) – Obrigado, Senador Paulo Paim.

    Convido o Senador Jorge Kajuru.

    O Sr. Jorge Kajuru (Bloco Parlamentar Juntos pelo Brasil/PODEMOS - GO. Para apartear.) – Eu vou iniciar homenageando você, Jean Paul Prates, com uma frase de Aristóteles – abro aspas: "Nós somos o que fazemos repetidamente", Excelência.

    Portanto, não é um ato, mas um hábito. E Jean Paul tem o hábito de sempre fazer o melhor. E aqui você, em cada momento, mostrou o que é ser melhor, ser mais preparado, qualificado, correto, íntegro, ético.

    E aqui, ao lado de sua amada esposa, minha amiga, porque você me deu a chance de entrar no seio da sua família e ter amizade com a Muriele... A Muriele, que o acalenta, o acalma, que acolhe a sua alma, a sua alegria, o seu bom humor...

    Eu me lembro, para concluir, do que você mais ama na vida e que a gente ficou ouvindo um sábado todinho em sua casa: Chet Baker, Celia Cruz... Lulu Santos me faz lembrar a música dele que define você para mim, Lulu Santos e aquela música, Você me Faz Bem – e faz bem a todos nós aqui nesta Casa.

    O SR. JEAN PAUL PRATES (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RN) – Obrigado.

    O Sr. Jorge Kajuru (Bloco Parlamentar Juntos pelo Brasil/PODEMOS - GO) – Mas eu sei o tanto que você ama a música cubana. Eu vou aqui trazer O Vento, de Los Hermanos:

Posso ouvir o vento passar

Assistir à onda bater

Mas o estrago que faz

A vida é curta pra ver

Eu pensei

Que quando eu morrer

Vou acordar para o tempo

E para o tempo parar

Um século, um mês

Três vidas e mais

Um passo pra trás

Por que será?

Vou pensar

Como pode alguém sonhar

O que é impossível saber?

Não te dizer o que eu penso

Já é pensar em dizer

[...] [O que eu vi o vento levando]

Não sei mais

Sinto que é como sonhar

Que o esforço pra lembrar

É a vontade de esquecer

E isso por quê?

Diz mais

Se a gente já não sabe mais

Rir um do outro, meu bem

Então o que resta é chorar e, talvez

Se tem que durar

Vem renascido o amor

Bento de lágrimas

Um século, três

Se as vidas atrás

São parte de nós

E como será?

[...]

    O Vento, de Los Hermanos.

    Querido Jean Paul, falei aqui há alguns dias – brincando, mas era verdade – que eu seria inimigo do Presidente Lula se ele não tivesse a honestidade e a capacidade de saber escolher um homem como você para seguir no Governo de Lula.

(Soa a campainha.)

    O Sr. Jorge Kajuru (Bloco Parlamentar Juntos pelo Brasil/PODEMOS - GO) – Sei que não vou ser inimigo dele porque amanhã a gente terá a confirmação.

    Tudo que eu falei de ti aqui, para não perder o meu humor, eu falei num patrocínio da Petrobras! (Risos.)

    Obrigado, Jean Paul Prates.

    O SR. PRESIDENTE (Veneziano Vital do Rêgo. Bloco Parlamentar Unidos pelo Brasil/MDB - PB) – Senador Omar Aziz, V. Exa. tem a palavra para apartear o Senador Jean Paul Prates.

    O Sr. Omar Aziz (Bloco Parlamentar PSD/Republicanos/PSD - AM. Para apartear. Por videoconferência.) – Vou pedir a sua paciência, Presidente Veneziano. Quero cumprimentar as Senadoras e os Senadores.

    Eu não poderia, nesse último dia, na última sessão nossa, deixar de entrar para dizer o quanto vai fazer falta o Jean Paul, assim como outros companheiros e companheiras que estão saindo, que eu vou citar um a um agora porque não tive oportunidade de fazê-lo. Eu pouco entro para falar e nas vezes que entro as dificuldades são grandes, diferentemente do Girão, que ontem fez o... Quatrocentos discursos no ano, ele falou. (Risos.)

    Trezentos e poucos discursos.

    E o nosso querido amigo – é meu amigo pessoal –, o Kajuru... Até o citei hoje, numa entrevista que eu dava para o Datena, falando sobre segurança pública, o quanto o Kajuru é querido por mim, o quanto as diferenças políticas não nos fazem inimigos.

    Bem, Jean, você foi um gigante na colaboração da CPI da Covid, ao meu lado. Você foi uma pessoa que contribuiu muito para este país. Sempre sensato, equilibrado, sem alterar a voz, emitindo opiniões coerentes e pertinentes no momento em que nós perdíamos – e perdemos até hoje – muitas vidas. Você foi solidário a essas famílias. Você foi uma pessoa importante nesse processo.

    O Senado está perdendo – sem desmerecer nenhum Senador ou Senadora que virá nos lugares daqueles que estão saindo. A convivência fez a gente conhecer um pouco os homens e as mulheres que trabalharam nesses últimos anos com a gente. E a você, Jean, eu posso aqui afirmar que ninguém no Congresso Nacional chega perto do conhecimento que você tem em relação a petróleo e gás no país.

    O quão importante é uma pessoa como você, que tem relações com todos nós Senadores, independentemente de posições políticas...

(Soa a campainha.)

    O Sr. Omar Aziz (Bloco Parlamentar PSD/Republicanos/PSD - AM. Por videoconferência.) – ... cuja opinião todos respeitamos e com quem muitas vezes somos obrigados a concordar, porque você está certo em relação à matéria, o que é uma riqueza do Brasil. E todos nós queremos que ela seja explorada sustentavelmente, de norte a sul, de leste a oeste, aqui na Amazônia, principalmente. E seria falta de inteligência de qualquer governo, principalmente do governo a que você é aliado, você não ser aproveitado para contribuir com o seu pensamento e contribuir com a relação que você adquiriu nesses quatro anos dentro do Congresso, tanto no Senado como na Câmara.

    É unanimidade de todos nós dizer o quanto você conhece essa matéria. Aliás, conhece outras matérias tão bem quanto essa, mas nessa eu peguei muitas aulas de você. Você não tem aquele pensamento radical.

(Soa a campainha.)

    O Sr. Omar Aziz (Bloco Parlamentar PSD/Republicanos/PSD - AM. Por videoconferência.) – Você se modernizou, como é importante fazer a modernização em qualquer aspecto. Por isso, Jean, eu vou sentir muito a sua falta, do colega Senador, mas quero a presença do amigo Jean Paul o tempo todo, me auxiliando, ligando, dizendo o que é para ser feito, para que a gente possa fazer este Brasil um Brasil melhor, gerar emprego e renda.

    E aproveito, Presidente Veneziano, para dizer o quanto vou sentir falta – às vezes divergia, mas convergi muito mais do que divergi – do Fernando Bezerra, da minha querida amiga Simone Tebet, que foi uma gigante ao meu lado, na CPI, nossa candidata a Presidente, e teve um papel importante, representando a mulher nesse processo.

    Ao Presidente Fernando Collor, o meu abraço carinhoso. Conheço o Presidente desde a década de 80.

(Soa a campainha.)

    O Sr. Omar Aziz (Bloco Parlamentar PSD/Republicanos/PSD - AM. Por videoconferência.) – Um Senado que tem um ex-Presidente, um ex-Governador, Senador duas vezes não pode prescindir dos conselhos que uma pessoa dessa tenha ao longo da sua vida.

    Ao meu querido... A gente o chamava de pai, Jean Paul; os filhos de Otto e de Tasso Jereissati. O Tasso, com a sua experiência, o carinho com que ele me sempre me tratou, vai fazer uma falta enorme. O Senador Reguffe foi o primeiro amigo que eu fiz no Senado. Ele sempre votava "não". Pedir para ele votar "sim" era a maior dificuldade. Se convidassem o Papa para vir ao Brasil, talvez o Reguffe, se fosse secreto, ia votar "não". Mas eu conversava muito com ele, é meu amigo pessoal.

    Quero aqui dizer para essa querida mãezona que é a Rose de Freitas...

(Soa a campainha.)

    O Sr. Omar Aziz (Bloco Parlamentar PSD/Republicanos/PSD - AM. Por videoconferência.) – ... que trata a gente com carinho, uma pessoa brilhante, todos os pareceres que ela deu sempre foram coerentes, pensados, e sempre foi uma pessoa muito inteligente. Vai fazer muita falta o seu companheirismo.

    Roberto Rocha. Roberto Rocha não foi a derrota para o Senado... Roberto Rocha sofreu algo que todo pai que já teve a experiência que ele teve, como eu tive, de perder um filho, sabe que qualquer coisa vira brincadeira para a gente depois de uma perda que não tem volta. Roberto, meu carinho, minha solidariedade, que você continue esse companheiro, inteligente. Fez um belíssimo parecer na reforma tributária. Conversei com o Haddad outro dia e disse: "Chame o Roberto Rocha para conversar sobre a reforma tributária, porque ele é uma pessoa que pode auxiliar bastante a gente a avançar nessa questão".

(Soa a campainha.)

    O Sr. Omar Aziz (Bloco Parlamentar PSD/Republicanos/PSD - AM. Por videoconferência.) – Nilda Gondim. A Nilda dispensa comentários. É uma pessoa que esteve aí no Senado e, no pouco tempo em que esteve, foi uma amiga querida, carinhosa, e que Deus vá protegê-la o tempo todo.

    Meu querido amigo Elmano. Deus te abençoe, meu amigo. Que Deus possa te abençoar. Foste um grande representante do estado do Piauí. Você sabe que tem amigos.

    Ao Alvaro Dias. Nós tínhamos uma relação muito próxima. O Alvaro é, com certeza absoluta, o Senador mais elegante que o Senado tem. É a elegância em pessoa, tanto no trato como em se vestir. Alvaro, meu carinho, meu abraço.

    O Acir. Eu conheço o Acir há mais de 30 anos. Sempre trabalhou, conheço o irmão dele, conheço a família dele. Com certeza, Acir, o Senado vai te receber de portas abertas, ou qualquer outro cargo público que você possa exercer.

    O Lasier Martins. Meu amigo, gaúcho, aquela voz de locutor, que tinha suas posições e, muitas vezes, a gente divergia, mas respeitava.

(Soa a campainha.)

    O Sr. Omar Aziz (Bloco Parlamentar PSD/Republicanos/PSD - AM. Por videoconferência.) – Meu amigo José Serra, um dos homens mais preparados que o Senado já teve, não tenha dúvida disso, com posições que ele assumia, recebia críticas, perdia politicamente, mas não abria mão das suas posições.

    A Kátia. A Kátia é um amor de pessoa, aquela mulher com fibra, uma mulher destemida, uma mulher corajosa. Tenho certeza absoluta de que Tocantins perde muito com a saída dela, mas será uma companheira para o resto da vida.

    A Mailza Gomes vai para outra atividade, e tenho certeza de que essa atividade vai cumprir com toda a maestria, como cumpriu com o mandato de Senadora.

    Luiz do Carmo, amigo nosso de Goiás, querido.

    Paulo Rocha, Líder eterno, meu amigo aqui do vizinho Grão-Pará, Estado que é coirmão do Amazonas.

    Dário Berger, Santa Catarina vai perder um grande Senador. Homem de fibra, amigo, com postura firme. Tenho certeza de que você vai fazer muita falta.

    Maria do Carmo Alves, nossa Senadora do Sergipe, continue fazendo o trabalho social que você sempre fez, e é respeitada por isso. Eu tenho certeza de que teremos uma grande dama, uma grande mulher ajudando o povo de Sergipe.

    Pelo meu amigo Alexandre Silveira, vocês não têm noção de como temos respeito e carinho. O Alexandre vai continuar nos auxiliando, ajudando, tenho certeza.

    Para concluir, peço desculpa por ter falado todos os nomes. É porque eu não tinha me pronunciado antes.

    Quero dizer a você, Jean Paul, que não é pouco inteligente o Governo não aproveitar um quadro tão bom como você. Que Deus possa abençoar você e sua família! Que Deus possa fazer com que você continue contribuindo para o Brasil e para os brasileiros!

    Muito obrigado, Presidente Veneziano.

    O SR. PRESIDENTE (Veneziano Vital do Rêgo. Bloco Parlamentar Unidos pelo Brasil/MDB - PB) – Meus cumprimentos, Senador Omar Aziz.

    Convidamos já S. Exa. o companheiro de bancada potiguar, norte-rio-grandense, Senador Styvenson Valentim. Por gentileza.

    O Sr. Styvenson Valentim (Bloco Parlamentar Juntos pelo Brasil/PODEMOS - RN. Para apartear. Por videoconferência.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Senadores, é só para, antes de me referir ao Senador Jean Paul, aproveitar o argumento do Senador Carlos Portinho e deixar registrado o meu voto, também contrário, sem entrar no mérito da discussão da votação de ontem sobre os rendimentos dos Parlamentares.

    E, agora, me direcionando ao Senador Jean Paul, que, como bem disse no início da sua fala, da sua narrativa extensa de realizações pelo nosso Estado do Rio Grande do Norte... A gente tem que parabenizá-lo e agradecer por tudo que foi feito. Infelizmente, poucas ou algumas pessoas não querem enxergar o que o senhor disse. Durante esses quatro anos de mandato, o senhor desmoralizou aqueles que questionavam sua capacidade de estar no Senado, e o senhor sabe do que eu estou falando. Mesmo dizendo, no início, que era por não ser potiguar, como eu também não sou, mas defendemos a nossa terra, o nosso estado, o nosso povo tanto quanto quem aqui o é – e assim o faremos sempre.

    Mesmo estando em polos diferentes, mesmo tendo divergências, Senador Jean Paul, opiniões ou ideias contrárias, o senhor conquistou a minha atenção, a minha amizade, o meu carinho, o meu respeito, como conquistou também o de boa parte do Rio Grande do Norte, disso eu tenho certeza. Eu narrei para o senhor a minha lamentação pelo fato de o senhor não ter sido candidato ao Senado aqui pelo Estado do Rio Grande do Norte, mas hoje a gente sabe que coisas melhores estão por vir para o senhor. E quero dizer que a minha amizade, a minha atenção, o meu carinho, isso aí o senhor já tem, isso aí o senhor já conquistou. Espero um dia, e logo, poder dar um abraço pessoalmente.

    Estendo também, Sr. Presidente, a todos os Senadores, como fez o Senador Omar Aziz – por economia de tempo também –, a todos eles, os nossos agradecimentos. O país agradece a todos eles pelo trabalho que realizaram, e, em especial, ao meu Líder, Senador Alvaro Dias, com quem eu não pude falar por estar em viagem, estar em avião, em trânsito – a todos eles.

    Senador Jean Paul Prates, mais uma vez, onde o senhor estiver, que não vai ser por apadrinhamento político nem por ideologia nem por indicação, mas, sim, por competência, porque o senhor já mostrou no Senado e vai mostrar em qualquer lugar por onde o senhor passar... Meus parabéns!

    O SR. JEAN PAUL PRATES (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RN) – Obrigado, querido.

    O SR. PRESIDENTE (Veneziano Vital do Rêgo. Bloco Parlamentar Unidos pelo Brasil/MDB - PB) – Um abraço, Senador Styvenson.

    Senador Carlos Portinho.

    Em seguida à fala do Senador Portinho, o Senador Confúcio, o Senador Fernando Bezerra Coelho, o Senador Chico Rodrigues, o Senador Girão, o Senador Paulo Rocha, o Senador Rogério Carvalho, a Senadora Nilda, a Senadora Leila e o Senador Mecias.

    Senador Portinho, por gentileza.

    O Sr. Carlos Portinho (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - RJ. Para apartear.) – Muito obrigado, Presidente.

    É um dia de despedida para mim, pessoalmente. Eu fazia questão de vir aqui à tribuna, Senador Jean Paul, porque jogamos boas batalhas...

    O SR. JEAN PAUL PRATES (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RN) – Isso.

    O Sr. Carlos Portinho (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - RJ) – ... não em campos opostos – o nosso campo é o Brasil, o nosso campo é o nosso país –, mas de lados opostos, sem dúvida alguma. Mas temos muito em comum. Além de carioca, você é um fã do futebol, como eu, e também estamos em lados opostos, porque você é botafoguense enquanto eu sou flamenguista...

    O SR. JEAN PAUL PRATES (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RN) – Por favor, mantenha...

    O Sr. Carlos Portinho (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - RJ) – Mas sempre construímos, Jean – e esse é o recado que eu deixo a você e a quem nos assiste –, nós sempre construímos nas nossas diferenças. Sempre foram compreendidas as nossas diferenças. E essa compreensão nos permitiu construir soluções que fossem as mais comuns a nós.

    Eu tive a oportunidade de trabalhar com você a quatro mãos no projeto que o Senado, esta Casa aprovou da geração de energia offshore. Muitas vezes, o Relator e o autor pouco conversam sobre o projeto, não é? Às vezes o próprio Relator assume o texto e já o publica, às vezes mexe no texto sem consultar o autor – isso faz parte, somos independentes, somos instituições autônomas, como dizem –, mas o projeto da offshore, reconhecendo todo o seu conhecimento pleno sobre a matéria, para mim foi uma aula. Eu aprendi construindo com você. E nós – você como Líder do PT e da Minoria aqui no Senado e eu como Líder do Governo – construímos um projeto de Estado. E eu sempre digo isso para que todos se lembrem de como é possível, mesmo nas nossas diferenças, construirmos...

(Soa a campainha.)

    O Sr. Carlos Portinho (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - RJ) – ... projetos de Estado, projetos para o bem do nosso país. Eu quero agradecer a você, Jean.

    Eu aqui aprendo um pouco com cada um de vocês Senadores. Aprendi muito com o Líder Fernando Bezerra, disse a ele que esperava chegar próximo, pelo menos, da performance que ele teve como Líder do Governo, porque eu nunca igualaria certamente, e me esmerei no Senador Fernando Bezerra. E posso dizer, Senador Jean Paul, que me esmero, admiro, respeito você nas suas posições, nas suas opiniões. E tenho certeza de que a gente vai estar junto novamente, seja aqui ou no Rio de Janeiro ou para onde o caminho e o seu partido o levarem. E eu faço muito gosto. Espero que essa seja a melhor decisão do próximo Governo. Quero agradecer a você pela nossa parceria.

(Interrupção do som.)

    O SR. JEAN PAUL PRATES (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RN) – Obrigado.

(Soa a campainha.)

    O Sr. Carlos Portinho (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - RJ) – ... Sr. Presidente, porque eu não pude, também quero deixar o meu agradecimento – dentre as pessoas que me ensinam aqui dentro, com quem eu aprendo – ao Senador Fernando Collor. Eu não pude dele me despedir, mas queria tê-lo feito aqui da tribuna, com toda a admiração àquele em quem votei na primeira vez na minha vida – quando disse a ele, tanto ele quanto eu nos emocionamos por isso –, e por poder estar dividindo aqui, como também com o Senador Alvaro Dias, a Senadora Kátia Abreu, a Senadora Simone Tebet, pessoas da política, pessoas que a gente deve respeitar pela sua trajetória, assim como você, Jean Paul. Você merece todo o nosso respeito. E eu espero, como agora provavelmente estarei ao seu lado, mas não do seu lado, no lado da oposição, que eu tenha aprendido muito com você para poder exercer isso a partir do próximo ano.

    Muito obrigado, Jean Paul.

    O SR. PRESIDENTE (Veneziano Vital do Rêgo. Bloco Parlamentar Unidos pelo Brasil/MDB - PB) – Obrigado, Senador, Líder Carlos Portinho.

    Convido S. Exa. o querido Senador Confúcio Moura.

    O Sr. Confúcio Moura (Bloco Parlamentar Unidos pelo Brasil/MDB - RO. Para apartear.) – Sr. Presidente, Srs. Senadores e Senadoras presentes, nós já fizemos um esboço de despedida ao nosso querido Jean Paul Prates na Comissão de Educação, e ali nós deixamos já nossa opinião registrada.

    Primeiro, o Jean Paul é meu vizinho ali de parede e é, realmente, como vizinho, um vizinho espetacular. Realmente nos dá muito orgulho essa vizinhança. Quando eu preciso ou alguém vem me procurar, eu falo: "Olha, o meu gabinete é perto do de Jean Paul", porque aí ninguém erra, né? Vai lá e me acha.

    Então, é uma pessoa fantástica. É um líder! O líder é aquele cidadão que tem seguidores e não sabe por quê. A gente vai atrás dele, vai seguindo. Jean Paul é um desses. Então, os desafios que surgem para ele são desafios especiais, que saem dessa mediania de um Senador como eu e outros, esses que fazem essa clínica geral aqui no Senado; ele se destaca. E o que é que nos resta? Acompanhá-lo, admirá-lo, aplaudi-lo.

    Então, Jean Paul é um homem sem limites, no bom sentido. O limite dele do conhecimento nos atrai bastante. Os seus argumentos são muito fortes. O que ele relata é de um esplendor literário e também técnico muito bom.

    Eu desejo a ele muito sucesso! E desejo a ele que o próximo Governo, do PT, do Presidente Lula, o acolha como um dos melhores quadros disponíveis para ajudá-lo, porque aqui no Senado, em quatro anos, ele se revelou, foi uma revelação. Se fosse em uma Copa do Mundo, ele seria mais do que o Messi ou o Mbappé. (Risos.)

(Soa a campainha.)

    O SR. JEAN PAUL PRATES (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RN) – Merci, monsieur.

    O Sr. Confúcio Moura (Bloco Parlamentar Unidos pelo Brasil/MDB - RO) – É desse jeito.

    Meu abraço para você, Jean Paul. Desejo muita sorte para você!

    O SR. JEAN PAUL PRATES (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RN) – Obrigado.

    O Sr. Confúcio Moura (Bloco Parlamentar Unidos pelo Brasil/MDB - RO) – As portas do Brasil estão abertas, está bom?

    O SR. JEAN PAUL PRATES (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RN) – Muito obrigado.

    O Sr. Confúcio Moura (Bloco Parlamentar Unidos pelo Brasil/MDB - RO) – Boa sorte.

    O SR. PRESIDENTE (Veneziano Vital do Rêgo. Bloco Parlamentar Unidos pelo Brasil/MDB - PB) – Obrigado, Senador Confúcio Moura.

    Convidamos o Líder Fernando Bezerra Coelho. 

    O Sr. Fernando Bezerra Coelho (Bloco Parlamentar Unidos pelo Brasil/MDB - PE. Para apartear.) – Meu amigo, Senador Jean Paul Prates, fiz questão absoluta de vir ao seu discurso de despedida dessa tribuna do Senado Federal para trazer aqui um testemunho: testemunho da sua correção, testemunho da sua dedicação, testemunho do seu compromisso com o Rio Grande do Norte, com o Nordeste e com o Brasil.

    Ao longo desses quatro anos em que compartilhamos a convivência aqui no Senado, eu atuando na Liderança do Governo, e você atuando com muito brilho na Liderança da Minoria, na Liderança da Oposição, o seu jeito cordato, amigo, afável nunca permitiu que as nossas diferenças políticas e ideológicas pudessem interditar o bom debate. V. Exa. sempre foi um fomentador do diálogo e da construção.

    Queria compartilhar aqui, com os que nos acompanham pela TV Senado, pela Rádio Senado, pelas redes sociais, um momento importante em que eu tive a oportunidade de encaminhar uma solução para o Presidente da Casa sobre uma Comissão Especial para fazer a avaliação de uma crise hídrica que o Brasil enfrentou. Eu tive a oportunidade de poder sugerir ao Governo o nome para poder presidir essa Comissão. Havia uma certa resistência...

(Soa a campainha.)

    O Sr. Fernando Bezerra Coelho (Bloco Parlamentar Unidos pelo Brasil/MDB - PE) – ... a colocar numa Comissão que iria, de certa forma, avaliar a conduta e a performance de diversos ministérios envolvidos na questão... Por que é que eu estava a sugerir o Líder da Minoria? E eu tive absoluta convicção de que estava a indicar o quadro mais preparado do Senado Federal para poder fazer o debate que era necessário para que a gente pudesse estar melhor preparado, em eventos futuros, para contingências como aquela.

    Por isso, Jean Paul, eu sei que V. Exa. ainda tem um longo caminho pela frente. Aqui, no Senado Federal, V. Exa. mostrou o seu valor, a sua capacidade, e, no momento em que o novo Governo se instala...

(Soa a campainha.)

    O Sr. Fernando Bezerra Coelho (Bloco Parlamentar Unidos pelo Brasil/MDB - PE) – ... certamente, pela sua trajetória, pela sua caminhada, novas convocações lhe serão feitas, e os seus amigos, os seus admiradores estarão na torcida para que você possa emprestar o seu brilho e a sua capacidade, o seu conhecimento para que o Brasil possa encontrar caminhos de prosperidade, de equilíbrio, de solidariedade e de justiça social.

    Boa sorte, meu amigo. Que Deus lhe proteja!

    O SR. JEAN PAUL PRATES (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RN) – Obrigado.

    O SR. CARLOS VIANA (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - MG) – Solicito a minha inscrição, Presidente, por gentileza.

(O Sr. Veneziano Vital do Rêgo, 1º Vice-Presidente, deixa a cadeira da Presidência, que é ocupada pelo Sr. Rodrigo Pacheco, Presidente.)

    O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Pacheco. Bloco Parlamentar PSD/Republicanos/PSD - MG) – Perfeitamente, Senador Carlos Viana.

    Próximo inscrito, Senador Chico Rodrigues.

    O Sr. Chico Rodrigues (Bloco Parlamentar União Cristã/UNIÃO - RR. Para apartear.) – Meu caro companheiro e amigo, Senador Jean Paul Prates, na vida, talvez pelo estalo da sorte, nós encontramos, no nosso caminho, pessoas que marcam uma convivência, e aqui, no início de 2019, nas curvas sinuosas do Congresso, nós nos encontramos um certo dia, e, nesse primeiro momento, você, na verdade, já como que, no gesto silencioso, mas grandioso, conquistou a minha simpatia, a minha amizade, e fui identificando em você aquela pessoa em que a gente deposita um carinho enorme. Seu jeito jeitoso, a sua fala mansa, a sua sabedoria obviamente encanta todos nós. A sua paciência inclusive muitas vezes quando consultado, ao conduzir projetos de interesse do seu partido, mas que também tinha uma repercussão grande no nosso mandato em defender outras teses, você sempre, como um verdadeiro professor e equilibrista, você estendia a mão...

(Soa a campainha.)

    O Sr. Chico Rodrigues (Bloco Parlamentar União Cristã/UNIÃO - RR) – ... e no gesto extremamente fraterno, conseguia acomodar os interesses extremos. Isso faz parte da vida de poucos.

    Nós que somos políticos antigos, de carreira, nós vemos na verdade sempre, ao nos encontrarmos aqui nesta Casa, amigos como você, como nosso Presidente Rodrigo Pacheco, por quem temos um carinho enorme. São essas pessoas que, na verdade, fazem com que nós vejamos a grandeza de uma amizade sincera. E obviamente que o Brasil não pode prescindir da sua inteligência, da sua experiência, da sua sabedoria e, acima de tudo, do seu bom senso, que com certeza deverá em breve recepcioná-lo em funções...

(Soa a campainha.)

    O Sr. Chico Rodrigues (Bloco Parlamentar União Cristã/UNIÃO - RR) – ... em funções relevantes no novo Governo.

    Portanto, tenho certeza de que para onde os ventos sopram que você haverá de estar, você fará um trabalho brilhante por representar um segmento extremamente caro na vida nacional. Tenho certeza de que o conhecimento que você tem nesse assunto especificamente vai dar um ganho real gigantesco para a população brasileira.

    Vejo algumas pessoas, ao comentarem dessa possibilidade, dizer que o Jean Paul Prates será a pessoa certa no lugar certo. Portanto, amigo, eu tenho certeza de que a sua volta será breve a esta Casa, porque você, em quatro anos, fará um trabalho, que será inquestionável, pela população do Rio Grande do Norte.

    Portanto, que Deus o abençoe nessa nova jornada e conte com o amigo, companheiro e irmão camarada. Grande abraço.

(Soa a campainha.)

    O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Pacheco. Bloco Parlamentar PSD/Republicanos/PSD - MG) – Obrigado, Senador Chico Rodrigues.

    Senador Eduardo Girão.

    A SRA. ELIZIANE GAMA (Bloco Parlamentar União Cristã/CIDADANIA - MA) – Só quero me inscrever, Presidente, para apartear.

    O Sr. Eduardo Girão (Bloco Parlamentar Juntos pelo Brasil/PODEMOS - CE. Para apartear.) – Muitíssimo obrigado, Sr. Presidente.

    Com muito carinho, com muita honra, eu peço a permissão aqui para me despedir temporariamente, muito brevemente, acredito, do meu irmão, meu amigo, Senador Jean Paul Prates, que além de tudo que foi colocado aqui pelos colegas, de conhecimento... Ontem a gente estava conversando. É uma das pessoas que eu conheci que mais tem credibilidade, aprofunda-se no tema com relação à energia renovável e domina.

    Mas o seu grande trunfo, Senador Jean Paul, e que o senhor, no meu modo de entender, traz de muitas décadas, que a gente nem imagina, é o seu trato, é a sua abertura para o diálogo, sempre muito respeitoso; independentemente do assunto, se é espinhoso ou não, sempre coloca leveza. E para isso a gente tem que tirar o chapéu, porque, nos momentos em que a gente vive no Brasil, é uma dádiva o seu jeito de fazer política.

    Então, eu quero reconhecer isso e agradecer a oportunidade de ter convivido com o senhor durante quatro anos. Aprendi muito também. Somos vizinhos ali. Somos desportistas, torcedor do Alecrim...

    O SR. JEAN PAUL PRATES (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RN) – Dirigentes.

    O Sr. Eduardo Girão (Bloco Parlamentar Juntos pelo Brasil/PODEMOS - CE) – ... e do Botafogo, claro, mas... Já falei – viu, Muriele? – que um dia ele tem que pegar a Presidência lá do Alecrim. É, de novo, retomar para o negócio...

    E, olha, parabéns pelo seu trabalho. Muita gratidão mesmo estar ao seu lado...

(Soa a campainha.)

    O Sr. Eduardo Girão (Bloco Parlamentar Juntos pelo Brasil/PODEMOS - CE) – ... e que a vida o abençoe, porque você merece...

    O SR. JEAN PAUL PRATES (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RN) – Obrigado.

    O Sr. Eduardo Girão (Bloco Parlamentar Juntos pelo Brasil/PODEMOS - CE) – ... com tudo de bom. E que você possa continuar servindo ao Brasil, que você tanto ama, fazendo o bem, fazendo este país produzir, onde quer que você esteja.

    Estou torcendo por você e orando por você. Parabéns, meu amigo.

    Gratidão.

    O SR. JEAN PAUL PRATES (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RN) – Obrigado.

    O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Pacheco. Bloco Parlamentar PSD/Republicanos/PSD - MG) – Senador Paulo Rocha.

    O Sr. Paulo Rocha (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - PA. Para apartear.) – Kajuru, você se esqueceu de outra cantoria que ele gosta que é do Renato e Seus Blue Caps.

    Presidente e meu amigo e companheiro de jornadas, de luta, de histórias, companheiro Jean Paul... Presidente, fui eu que dei posse para o Senador Jean Paul aqui no Senado Federal. Foi no período de recesso: eu estava de plantão na sessão da Comissão de representação e dei posse ao companheiro Jean Paul.

    Kajuru, o Lula chegou lá numa roda, e ele foi se apresentar para o Lula: "Eu sou o Senador Jean Paul Prates". Aí o Lula virou para a turma ao redor e disse assim: "O PT está ficando chique, agora tem um Senador [porque todos os outros são Paulo, José, não sei o quê] Jean Paul Prates".

    Jean, você não sabe o quanto orgulho a nossa bancada tem – tu já se referiste a todos os companheiros e companheiras –, o orgulho que nós temos de você ser companheiro aqui de bancada. Você chegou, logo de pronto, sem nenhuma experiência de Parlamento, sem nenhuma experiência dessa vida aqui parlamentar, mas você já veio mostrando para que veio com essa sua competência, com essa sua capacidade, com a sua inteligência, mas principalmente com o compromisso pelo nosso país, por um país desenvolvido...

(Soa a campainha.)

    O Sr. Paulo Rocha (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - PA) – ... criando oportunidade para todos, criando oportunidades de desenvolvimento e crescimento com distribuição de renda, enfim, que é próprio da situação que vive o seu estado, o povo do seu estado.

    Então, o melhor representante do povo, o melhor Parlamentar é aquele que traz isso para dentro do Congresso Nacional e faz disso uma caixa de ressonância dos interesses do nosso povo e da nossa gente. E você faz isso com muita determinação e com muito compromisso também.

    Parabéns, companheiro!

    O SR. JEAN PAUL PRATES (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RN) – Obrigado, querido, obrigado!

    O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Pacheco. Bloco Parlamentar PSD/Republicanos/PSD - MG) – Senador Rogério Carvalho. (Pausa.)

    Senadora Nilda Gondim.

    A Sra. Nilda Gondim (Bloco Parlamentar Unidos pelo Brasil/MDB - PB. Para apartear.) – Meu querido Jean Paul, hoje eu estou falando não só como sua companheira na sua despedida, como já foi a minha, mas estou falando também como sua mãe adotiva, porque você me adotou – você me adotou.

    O que eu quero dizer, meu amigo, é que você conquistou o coração de todo mundo, independentemente de cor partidária. Por quê? Porque você é afável, educado, competente, professor. Aprendi muito com você. Você ensinou muita gente. Então, com referência à Petrobras, a ferrovias, enfim, a todas as formas de energias, você nos ensinou muito.

    Meu amigo, eu vou me despedir de você – não vou voltar –, mas sei que você vai voltar a esta Casa, porque esta Casa vai sentir muita falta de você, e tenho certeza de que você tem um lugarzinho reservado neste Governo de Lula, porque mais correto, leal, coerente, amigo, íntegro e trabalhador não tem.

    Um beijo bem grande no seu coração. Que Deus lhe abençoe!

    O SR. JEAN PAUL PRATES (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RN) – Obrigado, "mainha"!

    O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Pacheco. Bloco Parlamentar PSD/Republicanos/PSD - MG) – Senadora Leila Barros.

    A Sra. Leila Barros (PDT/PDT - DF. Para apartear. Por videoconferência.) – Obrigado, Sr. Presidente.

    Cumprimento o senhor e todas as Senadoras e Senadores nesta tarde.

    Bom, é muito tranquilo falar sobre Jean Paul, não é, Jean? Acho que foram quatro anos de uma convivência incrível. Todos aí já expressaram todo o seu conhecimento, toda a sua capacidade, o quadro qualificado que você é – aliás, um dos melhores aqui dentro do Senado –, mas é importante ressaltar o ser humano, o homem de alma pública, aquela pessoa que entende a missão, o Parlamentar que, de fato, entende a missão e que a incorporou com uma nobreza, com um compromisso raríssimo de se ver nos corredores do Congresso Nacional.

    Amigo, gratidão pelos dias de convívio, gratidão pelos conselhos, pelas trocas, pelos sorrisos, pelos momentos tensos que muitas vezes você soube contemporizar aqui dentro da Casa, e, de certa forma, quando surgiam as dúvidas, muitas vezes, a gente nem precisava procurá-lo. Você já olhava nos olhos da gente... "Estou precisando pegar essa daí para conversar". Então, Jean, obrigada por tudo!

    Eu tenho certeza de que o Governo Lula será muito inteligente, de que você será muito bem aproveitado neste Governo, e você dará toda essa sua paixão, toda essa sua capacidade, esse seu conhecimento em prol do país mais ainda. Tenho certeza de que você vai bombar nos próximos anos em todos os sentidos, dando tudo de si para o nosso país.

    Então, eu vou dizer até logo para você, meu irmão. Até logo, tá? Você mora aqui não só no meu coração, mas no de todos nós! Vai deixar uma saudade gigante, mas eu sei que é até logo.

    Sr. Presidente, eu queria aproveitar este momento de despedida do Senador Jean Paul para registrar...

(Soa a campainha.)

    A Sra. Leila Barros (PDT/PDT - DF. Por videoconferência.) – ... o meu voto contrário ao PL 2.438, que trata sobre os Ministros do STF. Eu também gostaria de pedir ao senhor para consignar o meu voto contrário ao PDL 471. Ontem, a votação foi muito rápida, momentos antes da suspensão da sessão. Então, eu gostaria de consignar o meu voto por não ter tido tempo de registrar e de me manifestar naquele momento.

    Obrigada, Sr. Presidente.

    O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Pacheco. Bloco Parlamentar PSD/Republicanos/PSD - MG) – Obrigado, Senadora Leila.

    Senador Rogério Carvalho.

    O Sr. Rogério Carvalho (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - SE. Para apartear.) – Sr. Presidente e caro Senador Jean Paul Prates, eu quero, primeiro, dizer que esta Casa deixa de contar com um cérebro extremamente privilegiado. Você deixa para todos nós o ensinamento de que não é possível fazer política com qualidade sem aprofundar sobre os diversos temas que estão em debate. Esta Casa, o Senado da República, como uma Casa política, permite àqueles que se dedicam aprenderem, ensinarem e construírem caminhos que podem efetivamente mudar o curso da história e o curso da vida de brasileiros e brasileiras.

    V. Exa., no período em que esteve aqui como Senador – não suplente, mas como Senador titular, porque o senhor foi Senador durante quatro anos, exerceu uma legislatura inteira –, deu esta contribuição: a contribuição daqueles que fazem da atividade política uma atividade de muita seriedade, de muito compromisso. E seriedade e compromisso na política pressupõem uma compreensão mais profunda dos problemas para os quais a gente tem que apontar soluções, seja sob a forma legislativa, seja no debate técnico, que, muitas vezes, ocorre para esclarecimento, para formação da opinião pública...

(Soa a campainha.)

    O Sr. Rogério Carvalho (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - SE) – Concluindo, esta também é uma Casa de formação de opinião. Quando a gente se manifesta aqui, quando a gente fala neste Plenário, a gente está formando opinião, a gente está marcando para os brasileiros e apontando caminhos.

    E V. Exa. cumpriu todas as tarefas que cabem a um Parlamentar de alto nível, que engrandece e que engrandeceu o Senado da República, esta que é a mais antiga instituição política em funcionamento no Brasil. Parabéns!

    Vai deixar muitas saudades a todos, sem contar a sua forma sempre muito elegante, muito educada, muito jeitosa para lidar com os diferentes, o que também é outra coisa que a gente precisa aprender. Aqui, a gente pode até ter adversário...

(Interrupção do som.)

(Soa a campainha.)

    O Sr. Rogério Carvalho (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - SE) – ... mas nunca podemos deixar de fazer o bom debate, dialogar e construir na divergência. Quando a gente constrói na divergência e com respeito, a gente tem uma produção mais ampla e mais capaz de dar conta da realidade.

    Portanto, eu queria parabenizá-lo pela contribuição que você deixa para o Brasil e para os brasileiros, através do Senado da República.

    Parabéns!

    O SR. JEAN PAUL PRATES (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RN) – Obrigado.

    O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Pacheco. Bloco Parlamentar PSD/Republicanos/PSD - MG) – Obrigado, Senador Rogério Carvalho.

    Com a palavra, Senador Jayme Campos.

    O Sr. Jayme Campos (Bloco Parlamentar União Cristã/UNIÃO - MT. Para apartear. Por videoconferência.) – Presidente, meu caro amigo Rodrigo Pacheco, Sras. e Srs. Senadores, eu não poderia deixar de manifestar aqui o meu apreço, o meu carinho e a admiração que eu tenho pelo Senador Jean Paul Prates, um verdadeiro mestre.

    V. Exa. talvez não saiba quantos discípulos ou admiradores que V. Exa. tem na Casa, com a sua forma educada, respeitosa, e, acima de tudo, tenho que deixar bem claro: aprendi muito com o senhor. Eu sempre o tenho encontrado todos os dias, quando estamos aí, e tenho dito que o senhor é nosso mestre.

    V. Exa. fez um trabalho exitoso em todos os seus projetos. Dentre eles, o Projeto 261, que eu quero destacar, que foi o novo marco regulatório em relação às ferrovias no Brasil, em que nós tivemos a oportunidade ímpar de aprimorarmos, com certeza, as concessões desse serviço público no Brasil.

    O último projeto que eu tive a primazia de relatar é de V. Exa., que é o 1.425 – correto? –, que é a exploração do ativo para o armazenamento do óxido de carbono. V. Exa. teve lucidez, sobretudo já pensando no futuro não é do Brasil, mas do mundo, do planeta. Fez um projeto que certamente vai ser exemplo para todos os países que certamente querem preservar o meio ambiente.

    Eu confesso, em público e uma vez mais aqui, que é pena que o Senado não vai ter a sua presença mais, na medida em que eu tenho a certeza de que o senhor vai ser aproveitado num relevante cargo no Governo Luiz Inácio Lula da Silva, até porque pessoas competentes é difícil de encontrar.

    Senador Paulo, como meu amigo, que eu considero V. Exa., pode ter certeza de que o senhor deixou marcas indeléveis nesta Casa, com o seu trabalho competente, pelo respeito que detém, ou seja, nutre por todos os seus colegas, Senadoras e Senadores, e, acima de tudo... Eu já sou praticamente quase um decano: duas vezes Senador da República nesta Casa – são poucos que têm dois mandatos –, mas aprendi muito com o senhor – aprendi muito!

    Eu tenho dito reiteradas vezes que, na convivência com o senhor, realmente nós aprendemos todos os dias aquilo que é melhor para o nosso Brasil, de forma que eu quero, nesta oportunidade, cumprimentá-lo, na certeza de que o senhor, esteja onde estiver, vai ter grandes amigos no Senado. A porta do meu gabinete será, com certeza, aberta todos os dias, e, se possível, quero recebê-lo pelo menos uma vez no ano. Eu sei que o senhor é um homem muito ocupado...

    Eu vejo, na sua pessoa, um dos homens mais competentes deste país. O senhor entende de ferrovia, o senhor entende do setor elétrico como ninguém aqui, o senhor entende do setor rodoviário, o setor de telefonia, enfim, o senhor é uma verdadeira enciclopédia ambulante deste país, que faz, com certeza, a diferença.

    Portanto, Senador Jean Paul, desejo muito sucesso, muitas felicidades... Que Deus abençoe, na Sua infinita bondade, o senhor e a sua família. Que tenha, na figura do Senador Jayme Campos, um grande amigo, hoje, amanhã e para sempre.

    Obrigado e que Deus abençoe o senhor.

    Muito obrigado.

    O SR. JEAN PAUL PRATES (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RN) – Obrigado.

    O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Pacheco. Bloco Parlamentar PSD/Republicanos/PSD - MG) – Obrigado, Senador Jayme Campos.

    Próximo inscrito, Senador Mecias de Jesus.

    O Sr. Mecias de Jesus (Bloco Parlamentar PSD/Republicanos/REPUBLICANOS - RR. Para apartear. Por videoconferência.) – Meu caro Senador Jean Paul Prates, eu não gostaria que este fosse o momento de despedida, porque me parece que eu o conheci ontem e, a cada dia, eu sinto mais vontade de ouvi-lo, porque, ouvindo-o, eu tenho certeza de que eu aprendo mais.

    Você é, sem dúvida nenhuma, um Senador que não só orgulha o Rio Grande do Norte, mas orgulha qualquer estado do Brasil, deste país.

    E eu posso lhe dizer que sou um dos discípulos que o Senador Jayme Campos acaba de falar – um dos discípulos seus, um dos seus admiradores. Certamente fiquei muito orgulhoso de sair aqui de Roraima para aprender muito com você. Você certamente fará falta ao Senado Federal, deixará saudades e fará falta ao Brasil. O Senado Federal se orgulha muito, e eu tenho muito orgulho de ter sido seu colega, de aprender com você e, claro, de ter sido testemunha da sua luta constante pelo Rio Grande do Norte e pelo nosso país.

    Eu lhe desejo boa sorte, e saiba que, por onde você estiver, deixa em Roraima um grande amigo, um amigo que lhe quer muito bem, pelo seu trato pessoal, seu jeito bom de viver, bom de conviver, um dos melhores professores que eu tive.

    Um abraço, amigo.

    O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Pacheco. Bloco Parlamentar PSD/Republicanos/PSD - MG) – Obrigado, Senador Mecias de Jesus.

    Com a palavra a Senadora Soraya Thronicke.

    A SRA. ELIZIANE GAMA (Bloco Parlamentar União Cristã/CIDADANIA - MA. Pela ordem.) – Presidente, eu queria só uma pergunta. Eu sei que o Jean Paul é muito querido, então acho que não sei se tem uns 80 inscritos para falar com ele. V. Exa. pode me dizer quantos estão inscritos, porque, caso tenha muitos ainda, eu vou rapidamente ali despachar.

    O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Pacheco. Bloco Parlamentar PSD/Republicanos/PSD - MG) – Nós temos, além da Senadora Soraya, mais três inscritos.

    A SRA. ELIZIANE GAMA (Bloco Parlamentar União Cristã/CIDADANIA - MA) – Aí venho eu.

    O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Pacheco. Bloco Parlamentar PSD/Republicanos/PSD - MG) – De Senadores. Se os Deputados quiserem falar, aí nós temos mais quatrocentos. (Risos.)

    A SRA. ELIZIANE GAMA (Bloco Parlamentar União Cristã/CIDADANIA - MA) – Aí vai ser o dia todo.

    O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Pacheco. Bloco Parlamentar PSD/Republicanos/PSD - MG) – Senadora Soraya.

    A Sra. Soraya Thronicke (Bloco Parlamentar União Cristã/UNIÃO - MS. Para apartear.) – Sr. Presidente, caros colegas, servidores, amigo Jean Paul Prates, é difícil a gente se despedir. Quero aqui saudar a Muriele também.

    Quero dizer o tanto que eu admiro você, admiro mesmo a sua capacidade, sua sabedoria, sua capacidade de articular, de juntar todas as peças – a sua habilidade, acima de tudo. E confesso que eu – a gente não imagina – acho que ele é o mais liberal do PT. É algo que eu não imaginava: um membro do Partido dos Trabalhadores liberal como você. Eu acredito que esse seja um belo adjetivo, ser liberal na economia. Eu vejo você assim. Então, por isso que nós nos demos tão bem. Quero agradecer por esse tempo de convívio.

    Lamento que você não tenha se candidatado. Lamento mesmo, mesmo, mesmo. Eu acho que o Rio Grande do Norte perde, mas eu tenho certeza de que você é indispensável para este próximo Governo. E isso me traz a tranquilidade de que, você estando no Governo, eu e o Brasil todo podemos ficar bastante tranquilos com a sua performance, que é das melhores.

    Você ainda está me devendo aquele... Nós vamos ainda comemorar esse período que passamos, com a Muriele.

    Enfim, sucesso na sua jornada.

    Também não quero me despedir, não.

(Soa a campainha.)

    A Sra. Soraya Thronicke (Bloco Parlamentar União Cristã/UNIÃO - MS) – É só um até breve. Está bem?

    Sucesso e parabéns mais uma vez!

    O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Pacheco. Bloco Parlamentar PSD/Republicanos/PSD - MG) – Obrigado, Senadora Soraya Thronicke

    Senador Carlos Viana.

    O Sr. Carlos Viana (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - MG. Para apartear.) – Obrigado, Sr. Presidente Rodrigo Pacheco.

    Eu também gostaria de que constasse o meu voto contrário ao projeto que dá aumentos aos servidores públicos, a nós, aos ministros. A meu ver, não é o momento. Eu gostaria de que, por gentileza, fosse constado, em ata, a minha negativa sobre esse assunto.

    Senador Jean Paul, na vida, há algumas coisas que, às vezes, me perguntam sobre o passado. Eu trabalho desde os 12 anos, tive várias experiências profissionais. Se há uma coisa na minha vida que eu agradeço a Deus é que eu só olho o passado para agradecer. Não há nenhuma das passagens da minha vida em que eu dissesse assim: eu gostaria de voltar lá atrás para fazer mais bem feito do que eu fiz, porque, durante o período em que eu estive vivendo aquela escolha que eu fiz, eu a vivi intensamente.

    É como hoje, aqui no Senado. Depois de 23 anos como jornalista, professor universitário e mais 12 anos de experiência fora, eu decidi entrar para a política, e aprouve a Deus e ao povo de Minas Gerais me trazer aqui para esta Casa, onde aprendo todos os dias. E vivo cada momento aqui com a alegria de que estou tentando fazer sempre o melhor. Se daqui a quatro anos eu estiver como V. Exa., como o senhor, me despedindo, pode ter certeza de que vou me despedir com a alegria de que cumpri o meu trabalho.

    Essa é a minha fala diante da sua escolha de não se candidatar e do seu tempo aqui.

    Eu sou testemunha de que, num primeiro contato, logo imaginei: caramba, PT, professor de universidade federal, vai ser duro a gente poder ter um diálogo aqui. Fui surpreendido. Nós tivemos grandes embates aqui pelo país, grandes embates no setor ferroviário, em que chegamos a conclusões tão importantes para leis modernas, como o nosso marco. Na questão do voo simples, em que tive o prazer de ser o Relator...

(Soa a campainha.)

    O Sr. Carlos Viana (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - MG) – ... V. Exa. colaborou, e muito, para que pudéssemos entregar um código aos brasileiros, a área da aviação muito mais moderna, menos burocratizada. Então, são surpresas, e eu fico muito feliz de dizer que o senhor é um grande companheiro.

    Não olhe para trás. O senhor tem um trabalho muito grande a fazer pelo Brasil neste momento em que a nação escolheu livremente um novo governo. E é hora de a gente, todos nós, torcer para que o Brasil continue crescendo e seja o melhor para todos. V. Exa. lá terá uma grande função e uma grande missão que será cumprida brilhantemente, como cumpriu aqui.

    Que Deus o abençoe!

    Muito obrigado, Senador Jean Paul.

    Obrigado, Sr. Presidente.

    O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Pacheco. Bloco Parlamentar PSD/Republicanos/PSD - MG) – Obrigado, Senador Carlos Viana.

    Senador Izalci Lucas.

    O Sr. Izalci Lucas (Bloco Parlamentar Juntos pelo Brasil/PSDB - DF. Para apartear.) – Presidente, fiz questão de vir aqui ao Plenário para, primeiro, manifestar a minha admiração pelo Senador Jean Paul.

    Eu, que sempre fui do PSDB, na Câmara Distrital, na Federal e agora no Senado, pude conviver com V. Exa., com a sua capacidade técnica. Eu sou muito técnico também. Aqui a coisa é muito mais política, mas o técnico sempre dá sustentação ao convencimento. E, de certa forma, nós tivemos a oportunidade de conviver não só aqui no Plenário, mas nas Comissões.

    V. Exa. foi Relator de vários projetos importantíssimos e, com muita competência, com profundidade, teve argumentos para convencer e se convencer também. E essa demonstração é porque, como a gente já está há algum tempo no Congresso, aqui na Câmara Federal principalmente, na qual eu fiquei dois mandatos, a gente tem muito embate ideológico, muito embate partidário. E, quando conheci V. Exa. aqui no Senado, eu fui até pensando: será que é mesmo, será?

    Então, Jean Paul, quero aqui dizer que o Senado perde muito com a sua saída. Você sempre nos convenceu de vários assuntos na área de transporte, na área de saneamento, na área de petróleo, em que V. Exa. é especialista. Espero que V. Exa. possa estar sempre aqui não só no Legislativo, mas também no Executivo, para a gente poder realmente valorizar o que temos aqui, a nossa capacidade da ciência e tecnologia. V. Exa., que presidiu agora, nos últimos meses, a Comissão de Ciência e Tecnologia, sabe da importância da ciência e da tecnologia. Eu tenho certeza de que V. Exa. influenciará muito na valorização da ciência...

(Soa a campainha.)

    O Sr. Izalci Lucas (Bloco Parlamentar Juntos pelo Brasil/PSDB - DF) – ... tecnologia, educação. A gente conta com isso.

    Nós temos o FNDCT agora recuperado no orçamento, mas é muito pouco ainda. V. Exa. acompanhou na Petrobras a pesquisa de águas profundas, a capacidade dos nossos pesquisadores, dos nossos institutos de pesquisa, que já estão há alguns anos sem financiamento. Então, V. Exa. contribuiu muito, e espero que possa contribuir mais ainda nessa área que V. Exa. domina e tem argumentos para convencer qualquer que seja o partido.

    Então, parabéns e até logo. Eu espero que V. Exa. esteja aqui com a gente discutindo, orientando e nos ajudando no que for melhor para o Brasil. Eu não sou daqueles que acham que quanto pior melhor; muito pelo contrário, ao que é bom para o Brasil, ao que é bom para a população nós somos favoráveis. Então, parabéns pela atuação de V. Exa.

    O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Pacheco. Bloco Parlamentar PSD/Republicanos/PSD - MG) – Senadora Eliziane Gama.

    A Sra. Eliziane Gama (Bloco Parlamentar União Cristã/CIDADANIA - MA. Para apartear.) – Presidente, quero cumprimentar V. Exa., os colegas Parlamentares e cumprimentar este grande homem que é o Jean Paul Prates.

    Quero cumprimentar também a Muriele, que está aqui acompanhando este momento muito emocionante. Eu tive a honra de conhecê-la. Precisamos ainda conversar mais, porque, aliás, eu soube que ela tem uma história de vida muito parecida com a minha história de vida.

    O SR. JEAN PAUL PRATES (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RN) – Exato.

    A Sra. Eliziane Gama (Bloco Parlamentar União Cristã/CIDADANIA - MA) – Então, com toda certeza, tivemos uma empatia logo no primeiro momento, depois tive essa informação e compreendi até por que logo a empatia.

    Jean Paul, na verdade eu quero falar com você aqui, como eu já falei na Comissão de Agricultura, quando nós tivemos a oportunidade ali também de conversar um pouco com você. E a Leila lembrou isso muito bem: todos os colegas que já passaram aqui aparteando destacaram aquilo que o Brasil inteiro conhece, que é a sua capacidade técnica, que é o seu profundo conhecimento em várias áreas, notadamente na área de petróleo e gás, em que foi para nós e continuará sendo para nós um verdadeiro professor. Aliás, V. Exa. me deu uma aula nessa área, quando estávamos juntos em Londres. Participávamos de encontro em Harvard, e, em um determinado momento, eu pedi para que você me desse informações acerca dessa área, e você me deu com muita pedagogia, inclusive como professor que é. Portanto, passei a ter informações profundas a esse respeito.

    Mas queria destacar que, para além do nosso trabalho profissional, para além do nosso conhecimento intelectual e da nossa formação técnica, nós precisamos ser boas pessoas, nós precisamos ter a alma boa. E essa alma, como eu disse para sua esposa, passa pela empatia, e eu acho que uma das coisas mais importantes na vida – eu sempre digo isso – é quando idosos nos olham com muito carinho, quando as crianças e adolescentes nos olham com muito carinho. E, Muriele, eu tive a oportunidade de partilhar com o Jean Paul um voo. Naquele momento, no voo, eu não vinha com meu esposo, mas vinha com os meus filhos, e foi impressionante o carinho deles com o Jean Paul!

(Soa a campainha.)

    A Sra. Eliziane Gama (Bloco Parlamentar União Cristã/CIDADANIA - MA) – Em alguns momentos, eles chegavam para mim, quando precisavam de alguma coisa, e diziam: "Mãe, peça pro tio, o tio resolve pra gente". (Risos.) Então, sempre – numa viagem longa, aliás – eles vinham para mim: "Mãe, peça pro tio; cadê o tio?". Quando o Jean ficava longe da gente eles já o procuravam. Ou seja, a empatia com crianças, a empatia com adolescentes significa que você tem uma alma muito boa, que você tem na verdade princípios muito fortes.

    E eu quero lhe dizer, Jean, que é isso que o faz ser o homem que você é, é isso que o faz ser a pessoa que marcou esse tempo aqui no Congresso Nacional, como nosso colega de Parlamento, como grande Senador que é. E vai continuar conosco, seja onde você estiver, se presidindo a Petrobras, que é o que todos nós desejamos aqui no Congresso Nacional e o que muita gente no Brasil inteiro na verdade espera, se como ministro, se como profissional, enfim, onde você estiver não há dúvida nenhuma de que você dará a contribuição que o Brasil precisa. Você dará...

(Interrupção do som.)

(Soa a campainha.)

    A Sra. Eliziane Gama (Bloco Parlamentar União Cristã/CIDADANIA - MA) – Para finalizar, Presidente.

    V. Exa. dará a contribuição que o nosso tempo precisa, que a nossa época precisa, que a nossa geração precisa, que o momento político necessita. Nós estamos agora com o Presidente Lula nesse novo e grande desafio de reposicionar o Brasil, de botar o Brasil nos trilhos, de olhar o Brasil do ponto de vista da economia, do ponto de vista da geração de emprego e renda, de olhar o Brasil do ponto de vista das pessoas, das famílias mais vulneráveis, e V. Exa. tem toda a condição de dar essa contribuição.

    Parabéns a você! Muito sucesso nos seus novos empreendimentos! Felicidade a você, a sua esposa e a seus filhos, e que vocês continuem com esse sentimento, que é um sentimento de unidade, é um sentimento que contagia a todos nós.

    Muito obrigada.

    O SR. JEAN PAUL PRATES (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RN) – Obrigado, querida Senadora. Obrigado.

    O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Pacheco. Bloco Parlamentar PSD/Republicanos/PSD - MG) – Obrigado, Senadora Eliziane Gama.

    Senadora Zenaide Maia.

    A Sra. Zenaide Maia (Bloco Parlamentar PSD/Republicanos/PSD - RN. Para apartear. Por videoconferência.) – Sr. Presidente, colegas Senadores e meu amigo Jean Paul Prates, tudo que falou... Eu conheci Jean, a gente na campanha para o Governo de Fátima Bezerra. Então, Jean é aquele técnico... Eu sabia que ele tinha um conhecimento técnico, que Jean sempre trabalhou relacionado a energia e à Petrobras. E a gente começou aquela luta para eleger a Profa. Fátima Bezerra, e no início eu não sabia nem que Jean era o suplente da Fátima. (Risos.) Mas a gente estava lá.

    Um resumo de tudo que foi dito aí: Jean é um técnico, mas com espírito coletivo, e uma luta que ele tem... Jean logo soube a responsabilidade social que a gente tinha cada vez que se ia aprovar um projeto. E sabia, foi se conscientizando também da necessidade... De repente esse técnico, na rua, junto com a população, se adaptou com a maior facilidade, como foi dito aqui. Aqui no interior, Presidente e colegas, a gente diz assim: "Fulano é como um gato: onde jogar ele cai em pé", e cumpre o seu dever.

    Então, Jean, Muriele, minha amiga, o que eu desejo aí é muita saúde, grandes realizações. Realmente, quando os colegas falam da perda desse técnico... Realmente você pode fazer a parte política, mas, como falou o Senador Izalci, o respaldo técnico é quando termina a gente vendo isso aí.

    Jean, você vai fazer falta ao Senado Federal, com certeza. Mas você vai ter grandes realizações na sua vida, viu?

(Soa a campainha.)

    A Sra. Zenaide Maia (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PROS - RN. Por videoconferência.) – Não tenha dúvida disso. Você tem as duas coisas: conhecimento técnico e sensibilidade política e responsabilidade social.

    Parabéns aí. Isso é só um até logo, com certeza. E como você está aqui, no estado, e vai estar aí, em Brasília... Muitas vezes está aí Muriele, para quem não sabe, viu? Essa mulher é maravilhosa! (Risos.) (Falha no áudio.) ... é um acolhimento grande.

    Felicidade, meu amigo, na sua nova jornada!

    O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Pacheco. Bloco Parlamentar PSD/Republicanos/PSD - MG) – Obrigado, Senadora Zenaide Maia.

    Senadora Rose de Freitas.

    A Sra. Rose de Freitas (Bloco Parlamentar Unidos pelo Brasil/MDB - ES. Para apartear.) – Sr. Presidente, hoje obrigatoriamente – já me curei da covid – não podia deixar de estar aqui. Eu me lembro de uma retórica política em que as pessoas falavam assim: "Eu fui eleito para ser oposição". Eu nunca a entendia, porque, na verdade, a gente disputa, quando é cargo majoritário, para vencer. Não venceu... Você não foi eleito para ser oposição, para fiscalizar, mas para trabalhar. Você, na verdade, Senador Jean Paul, se transformou... No Parlamento, no oitavo mandato em que estou, eu conheci pouquíssimas pessoas com o seu jeito, a sua maneira de edificar as coisas.

    E eu me lembro de que... Se passarmos pelos exemplos do que você fez nesta Casa, com certeza tem um que ficará: o trabalho da sua última relatoria, que era um campo minado, uma controvérsia. O ministro dizia que não conseguia se entender com você. Eu falei: "Então o senhor não vai se entender com ninguém, porque o campo do Jean Paul, Senador Jean Paul, é o da edificação". (Risos.)

    Quantas vezes a gente, num tumulto político, procurava quem quisesse dialogar, quem quisesse construir um meio de campo, quem quisesse unir as pontas, e era sempre Jean Paul.

    Muitas vezes as pessoas diziam: "Ele não é do PT, não. Ele é uma pessoa...". (Risos.)

    Porque, na verdade, é a velha retórica de que eu fui eleito para ser oposição. E, na verdade, nesse tempo de agora, as pessoas que mais permanecem na política com uma marca indelével na capacidade de advogar e construir são aquelas que, de verdade, querem fazer.

    Então, fica o exemplo da sua última relatoria, mas fica o exemplo do amigo. Nós aqui somos companheiros, todos nós. Mas tem uns que são mais companheiros. Tem um que, quando vê você atravessar uma dificuldade, estende a mão para dizer assim: "Eu acho que por aqui dá para a gente ir juntos". E essa expressão "ir juntos" é o seu lema.

    É chegar a algum lugar, e quanto mais pessoas estiverem, quanto mais teses, quanto mais construtiva for essa caminhada...

(Soa a campainha.)

    A Sra. Rose de Freitas (Bloco Parlamentar Unidos pelo Brasil/MDB - ES) – ... mais ela tem a cara do Senador Jean Paul.

    Eu não pude estar com a Kátia ou com os nossos outros companheiros, mas eu estava indo fazer uma tomografia e disse: "Olha, ela pode esperar", mas o meu abraço em você não pode esperar. Eu quero que você leve o abraço de uma Senadora que se espelhou em você várias vezes para tentar mediar conflitos, e nunca ninguém o fez tão bem quanto você fez.

    Para onde você vai, mais ou menos a gente sabe, ou não sabe, mas não é para lugar nenhum. Você vai para onde puder contribuir com o Brasil. Tenho certeza de que vai fazer melhor do que todos que por lá passaram, seja onde for.

    Eu quero te dar um abraço afetuoso, de longe, de quem teve covid...

(Interrupção do som.)

(Soa a campainha.)

    A Sra. Rose de Freitas (Bloco Parlamentar Unidos pelo Brasil/MDB - ES) – ... dizendo que essa sua estrada é uma estrada que mostra a boa política, a coisa mais razoável da vida, que é fazer política e trazer junto a razão e o coração.

    Muito obrigada por nós termos atravessado essa estrada por um período. Eu fiquei até com raiva do povo do Rio Grande do Norte. Eu não entendia por que você não era candidato a Senador, por que você não está aqui nesta quadra, mas sei que você, em qualquer lugar, estará da melhor maneira, como sempre esteve.

    Querido, você é uma pessoa formidável, que a gente raramente encontra na política. Meu abraço e minha amizade!

    O SR. JEAN PAUL PRATES (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RN. Fora do microfone.) – Obrigado.

    O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Pacheco. Bloco Parlamentar PSD/Republicanos/PSD - MG) – Obrigado, Senadora Rose de Freitas.

    Senador Luis Carlos Heinze.

    O Sr. Luis Carlos Heinze (Bloco Parlamentar Unidos pelo Brasil/PP - RS. Para apartear.) – Sr. Presidente, colegas Senadoras, Senadores, Senador Jean Paul Prates, homem que é do Rio Grande também, do Rio Grande do Norte e do Rio Grande do Sul, conhece as lagoas lá do nosso litoral, tem familiaridade. (Risos.)

    Quero lhe parabenizar, Senador, pelo seu mandato, pelo seu trabalho.

    Duas matérias extremamente importantes para o Brasil – uma delas é o novo marco ferroviário, que deu uma nova roupagem ao projeto que já tínhamos aqui para que as ferrovias pudessem prosperar no nosso país – têm o seu dedo, têm o seu trabalho. Da mesma forma, as usinas offshore, que também têm um potencial fantástico.

    Senador Rodrigo Pacheco, eu estava fazendo uma colocação. Nós temos Itaipu, uma megausina, 14GW. Só nas usinas offshore, mais de 1.700GW para o Brasil. Do seu Rio Grande do Norte ao meu Rio Grande do Sul, há esse potencial fantástico. Só na nossa Lagoa Mirim, Lagoa dos Patos, que V. Exa. conhece, 30GW a 40GW de energia. É o novo Brasil, o novo mundo.

    Nessa questão energética, o Senador Jean Paul é autor desse projeto. Falava agora com o Zé Vitor, que está com um projeto pronto na linha que nós conversamos ontem. Então, é importante. É um novo marco para esse setor, extremamente importante. Esse é o Brasil que nós queremos. Não há país no mundo com esse potencial, da cana-de-açúcar, o álcool, que chegou lá nos anos 70, do etanol, do nosso biodiesel, eólica, solar, hídrica, e o próprio petróleo, que nós temos aqui. Então, o Brasil é ímpar, e V. Exa. colaborou.

    Parabéns ao seu trabalho. Embora estejamos em campos opostos, eu lhe admiro. Tenho certeza de que fez um belo trabalho aqui, representando o seu Estado do Rio Grande do Norte. Parabéns!

    Obrigado.

    O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Pacheco. Bloco Parlamentar PSD/Republicanos/PSD - MG) – Senador Sérgio Petecão.

    O Sr. Sérgio Petecão (Bloco Parlamentar PSD/Republicanos/PSD - AC. Para apartear.) – Querido Senador Jean, se V. Exa. apertasse mais um pouquinho, eu teria chorado; eu e muita gente. (Risos.)

    Isso mostra o seu carinho, a sua amizade.

    Eu estou aqui no segundo mandato, quase 16 anos de mandato. Faz tempo que eu não vejo vários amigos se manifestando de forma tão carinhosa, mas é porque você merece, meu vizinho, meu amigo, meu parceiro. Comemos alguns churrascos ali na área. Não tinha para onde ir, descia e...

    Jean, quero desejar boa sorte, sucesso. Sei que você é um amigo muito competente. Com certeza, vai ajudar, e ajudar muito, o nosso país. Sucesso, irmão!

    Boa sorte!

    O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Pacheco. Bloco Parlamentar PSD/Republicanos/PSD - MG. Para apartear.) – Obrigado, Senador Sérgio Petecão.

    Eu gostaria, como Presidente do Senado, como colega Senador do Senador Jean Paul Prates e como amigo também, porque assim eu o considero, render todas as homenagens ao Senador Jean Paul Prates. É muito importante que o povo do Estado do Rio Grande do Norte saiba que, ao longo desse tempo, teve no Senado uma bancada muito aguerrida e muito valorosa e que tem na figura do Senador Jean Paul Prates alguém muito especial, com uma capacidade política que foi reveladora para o Senado Federal, para todos os que com ele aqui conviveram, e uma capacidade técnica e de compreensão de temas nacionais que, de fato, o distinguem, o diferenciam.

    Eu o acompanhei, Senador Jean Paul Prates, nesses quatro anos de convivência. V. Exa. se aprofundou em temas da mais alta complexidade. E, com a capacidade que tem, que angariou com a experiência na iniciativa privada, trouxe para o Senado Federal, de fato, aquilo de que nós precisávamos: alguém em quem pudéssemos depositar as soluções técnicas, a resolução de conflitos, de dificuldades e aquilo que, no final das contas, era o melhor para a sociedade brasileira.

    Foram inúmeros os projetos de sua autoria e de sua relatoria. Eu destaco um projeto muito importante, de autoria do Senador José Serra, que V. Exa. assumiu como Relator e conseguiu fazer vingar, aprovar aqui no Senado e, depois, na Câmara, que se tornou uma realidade, que é o marco legal das ferrovias no Brasil. V. Exa. se dedicou muito a esse tema, que foi aprovado já agora, na nossa gestão como Presidente do Senado. É um grande serviço, um grande legado que V. Exa. deixa para nação brasileira, de fato, essa possibilidade de um modal de transporte absolutamente inteligente, eficaz. Isso se deve muito à sua capacidade de aglutinação e de solução de diversos temas que ali precisavam ser resolvidos.

    Há um outro tema que eu quero destacar, em que o Senador Jean Paul Prates foi imprescindível. Num momento de ápice do preço dos combustíveis no Brasil, a sociedade brasileira, alarmada com o preço da gasolina, com o preço do diesel, na iminência de um colapso, de dificuldades enormes para a sociedade e de aumento da inflação – porque o aumento do óleo diesel, do combustível, de um modo geral, acaba pressionando muito a inflação –, o Senador Jean Paul Prates assumiu a responsabilidade. Numa construção coletiva, tendo S. Exa. como protagonista, conseguiu dar as soluções devidas para que se pudesse ter a redução do preço dos combustíveis no Brasil – e isso sendo Líder da Minoria, um Senador de oposição ao Governo. E o que mais me chamou atenção de fato: alguém que, sendo do Partido dos Trabalhadores, Líder da Minoria, se ombreava ao Governo atual para poder dar solução para a sociedade brasileira, que é o que a sociedade espera da política: que nós possamos apartar diferenças político-partidárias e buscar convergir para um denominador comum. Foram diversas vezes que ele recebeu elogios da equipe do Ministério da Economia, com a sua capacidade técnica de dar solução àquilo que devia ser feito para aqueles temas todos para os quais nós precisávamos dar solução.

    Eu, então, fico muito feliz, como Presidente, de ter podido confiar a ele essas missões e de ele ter se desincumbido da forma mais exemplar, competente, eficiente que um Senador podia fazer.

    Então, Senador Jean Paul Prates, esses são só alguns exemplos, porque, além desse seu trabalho em termos práticos que V. Exa. representou para soluções de problemas nacionais através do seu mandato de Senador, há também a figura humana que é extraordinária. De fato, é absolutamente verdadeiro tudo quanto foi dito aqui em relação à forma como o Senador Jean Paul Prates tratou todos os seus colegas, como ele é carismático, cativante. De fato, mereceu todas essas manifestações aqui de apreço, de apoio e de reconhecimento, com votos de muita alegria na sua vida privada, na sua vida pública. E, por certo, V. Exa. finda, daqui a alguns dias, o seu mandato de Senador da República pelo Estado do Rio Grande do Norte, que haverá de se orgulhar de V. Exa., e certamente iniciará uma nova missão, que é uma missão que será muito proveitosa para a sociedade brasileira. E a sociedade brasileira pode ter plena confiança na capacidade, na competência, na decência, na honestidade do Senador Jean Paul Prates, o nosso colega que se despede hoje da tribuna do Senado Federal.

    Aproveito para cumprimentar a Muriele, que há dois anos me recebeu na sua casa lá no Rio Grande do Norte, juntamente com o Jean Paul Prates. Eu, na minha saga para a Presidência do Senado, recebi um carinho muito especial de vocês e guardo isso na memória e guardo isso no coração, como um gesto de muita fraternidade, muito amoroso e que merece todo o meu reconhecimento. Então, a alegria de também receber hoje no Senado Federal a Muriele.

    Senador Jean Paul, muito boa sorte! Conte com a sua Casa, o Senado Federal! Não se esqueça da sua Casa, o Senado Federal, porque todos aqui, sem exceção, têm muito apreço e admiração por V. Exa.

    V. Exa. tem a palavra para concluir.

    O SR. JEAN PAUL PRATES (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RN) – Obrigado, Presidente.

    Certamente, não me esquecerei nem da Casa nem do seu Presidente. E, desde já, apelo a todos que renovemos o mandato do nosso Presidente, porque é um Presidente que confia na nossa capacidade, independentemente, inclusive, da ideologia, do lado que estiver, é um Presidente que preza a liturgia do cargo. E isso vai fazer muita falta na próxima legislatura se deixarmos acontecer.

    Presidente, eu tenho muita gratidão e muito reconhecimento pela sua confiança em mim. Sei que desenvolvemos também um relacionamento pessoal bom, mas isso não é suficiente, isso é aquele negócio que sempre dizem: é bom para tomar chope, mas nem sempre é bom para trabalhar juntos. As pessoas criteriosas escolhem bem as pessoas com quem trabalham. E V. Exa. me deu muitas oportunidades. Eu lhe agradeço por demais, assim como ao Presidente Davi Alcolumbre, como disse aqui no meu discurso, pela coordenação desses trabalhos, que é muito difícil.

    Muitas vezes eu sentei nesse lugarzinho aí para apreciar a dinâmica desse processo, um processo que não é fácil, porque não é só aqui: é aqui no meio, é fora, é no gabinete, é com vários movimentos. V. Exa. se comprometeu e cumpriu uma coisa muito importante para o Partido dos Trabalhadores que foi receber movimentos sociais e representantes da sociedade sempre que grandes assuntos setoriais, cruciais para a cultura, para o relacionamento social, para os programas sociais estivessem em jogo nesta Casa. E recebeu – sou testemunha disso – cada um desses movimentos, cada uma dessas associações, entidades, coletivos. Isso é muito importante para o Brasil. Essa é uma prática que tem que ser espalhada para todas as Assembleias Legislativas, para todas as Câmaras Municipais. Enfim, o Presidente de uma Casa Legislativa é um verdadeiro receptáculo inicial, Senador Girão, de vários anseios das populações diversas que este país tem.

    Eu queria repassar rapidamente cada uma das pessoas que falou, mas, enfim, muito rapidamente mesmo, para não tomar a tarde toda.

    Quero agradecer aos Senadores Amin e Paim, que são na verdade ícones para nós todos. Acredito que ninguém, nenhum de nós quando chegou aqui imaginava poder conviver com pessoas que já estão na política há tanto tempo, com tanta experiência, a nos ensinar, e de repente o Senador Paim vem me chamar de mestre. Na verdade, eu é que o chamo de mestre e chamo de mestre o Amin também.

    Kajuru, meu amigo querido, com essa comunicação maravilhosa, que eu quero aprender com você sempre. Vamos só reparar aquela história do charuto, que ficou chata aqui, em que você falou que o meu charuto não tem qualidade. Pelo amor de Deus! Eu estou aqui reparando. (Risos.)

    Omar, meu amigo e herói nacional Omar Aziz, não sinta falta porque eu vou estar aqui sempre. Como disse e farei no final aqui também, vou voltar sempre para estar com vocês.

    Meu amigo Styvenson, obrigado pelo reconhecimento. É coletivo, é mútuo esse sentimento nosso de sermos inicialmente chamados no nosso estado de forasteiros e tudo mais ou de outsiders da política, e, de repente, cada um à sua forma, cada um com o seu eleitorado, com a sua forma de fazer política, estar conquistando e ter a confiança do povo do Rio Grande do Norte. Eu agradeço muito as suas palavras.

    Meu querido Portinho, meu querido amigo, construímos realmente juntos aqui muita coisa e vamos construir mais ainda.

    Senador Confúcio. As palavras do Senador Confúcio foram emocionantes, essa questão dos seguidores sem saber, porque eu não sei nem se tenho seguidores, mas ele diz que sim. Então, realmente, que palavras! Que palavras!

    Fernando Bezerra Coelho, uma referência para todos nós, uma liderança quase profissional, sempre a serviço do país, sempre com a sua capacidade de composição, de convencimento, enfim.

    Chico, nosso amigo Chico, el venezolano, vamos juntos tratar de muitos assuntos lá dos nossos povos unidos, próximos, da Venezuela em Roraima.

    Girão, sem palavras, meu amigo, dirigente do Fortaleza, vitoriosíssimo! Nem se compara com as vitórias do Alecrim, mas um dia a gente chega lá, né? A gente chega lá.

    Paulo Rocha, meu Líder, meu mestre, sem palavras para agradecer, Paulo, a sua liderança, a sua capacidade de me ensinar, não é?

    Vocês falam que eu tenho muita calma, muita paciência, mas muitas vezes foi o Paulo Rocha que me segurou. Porque tem horas em que dá vontade mesmo de estourar, e o Paulo vem: "Não, calma aí. Eu estou aqui há muito tempo e tal", e conta uma história lá do tempo do Lula, dele, aí acalma a gente.

    Mainha! Está aí ainda, Mainha? Eu te amo, Mainha! Eu não vou falar mais nada – só isso!

    Leila também. Leila manda comigo, trocamos áudio longos, longuíssimos. Leila adora áudios grandes, mas é um prazer ouvir. O Kajuru sabe, prolixa. É prolixa, não é? Pois é. E é analista do Kajuru também, mas enfim...

    Rogério, meu querido colega também, com quem eu aprendi muito. Ele falou aqui uma coisa que realmente resume o que eu penso: a Casa, esta Casa, a todos vocês que fazem parte dela, inclusive os que nos assessoram, o Rogério diz que a Casa permite melhorar o Brasil, a Casa nos dá todas as condições, Senadora Rose, para trabalhar perfeitamente no que queremos, no que achamos que é correto, cada um da sua forma, mas, com certeza, esta Casa permite que a gente melhore o Brasil e dá vez a formas de opinião e de dialogar na divergência, como ele colocou.

    Senador Jayme, mestre querido, decano, conseguiu aprender o meu nome no último dia. (Risos.)

    Mas, finalmente, um grande gestor, intuitivo, pessoa que me ensinou muito nesse marco das ferrovias também, com o seu grande estado e com a sua capacidade de visão, como eu disse, intuitiva aqui, das coisas.

    Mecias, meu amigo. Eu fiquei espantado, Kajuru, porque ele me disse que é um discípulo meu. Agora você vê o cara ter um discípulo Mecias. Ainda bem que é com "c". Mas, meu amigo, muitos abraços a você.

    Soraya, querida, minha amiga aqui também. Aprendemos a nos respeitar e a conviver lá na CPI da Covid, acompanhando lá, pelo monitor, os Galãs Feios e o Meteoro, que eu apresentei à Soraya, e ela passou a conviver ali com a gente, com a crítica muito bem-humorada de todo aquele processo que precisava de leveza. Todo aquele processo era tão pesado que havia necessidade, às vezes, de aligeirar um pouco a questão, e nós passamos ali tempos de muita luta, mas de muita leveza também por conta disso.

    Carlos Viana, mineiro, meu professor das questões evangélicas, muito obrigado pelo seu livro, que eu tenho como base para mim também, que me deu de presente. A partir dali o tenho como referência também, dialogando sobre esses assuntos importantes...

(Soa a campainha.)

    O SR. JEAN PAUL PRATES (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RN) – ... em cada momento dos nossos diálogos.

    O Senador Izalci, que salienta sempre essa questão da capacidade técnica. Ele também é um técnico, tem elevadíssimo nível de discussão. Fizemos várias coisas juntos nas Comissões. Com certeza, assumo aqui o compromisso com ele também em relação a ciência e tecnologia, a cláusula de ciência e tecnologia, que eu mesmo tive a oportunidade de redigir em 1997, nos contratos de concessão no Brasil, na área de petróleo.

    Senadora Eliziane, todo o carinho aos seus filhos e a certeza também de que vou trabalhar pela geração dos nossos filhos, com muito amor, com muita dedicação, tanto quanto V. Exa.

    Senadora Zenaide, que assistiu, é testemunha da minha transformação em político de rua, de roçados, de redes, coisa que não era, Senadora, e finalmente passei a ser. Acho que consegui entrar nesse novo diapasão na minha vida.

    Senadora Rose, minha querida vizinha de gabinete, nós somos realmente, como você disse, companheiros – seremos sempre companheiros. Já a admirava muito, há muito tempo. Nós nos conhecemos há muito mais tempo do que talvez imagine, porque eu estive consigo lá para os idos de 2001, 2002, como Deputada, Líder talvez, na época, do MDB, se não me engano, discutindo processos relativos ao petróleo, já a lei do petróleo, a construção da ANP.

    Mas, de lá para cá, me lembro também, me recordo de um momento muito emocionante para mim, que foi quando a Senadora Rose, forte com o é, sentiu-se mal lá na CMO, por conta de uma pressão muito grande que estava rolando, e a gente teve oportunidade de abraçá-la, juntamente com a Senadora Simone Tebet e outros, e dizer: "Fique, Rose, fique na sala, vá lá dentro e enfrente a situação!". Ela não precisaria disso, porque normalmente ela já o faz naturalmente, mas naquele momento acho que o corpo falou mais alto, dificuldade, e ela entrou, ganhou uma energia nova, foi lá e enfrentou a questão. Não me lembro exatamente qual era, mas eu sei que era coisa muito complicada que a abateu naquele momento.

    Por fim, Senador Heinze, muito obrigado pelas suas referências, pelas suas palavras também, apesar, como disse, em campos opostos. Mas jamais estaremos aqui na seara dos inimigos; somos adversários, jamais... Ainda mais da terra do meu pai, como lhe disse sempre. E caminhei ali por Camaquã e Tapes, ladeando a Lagoa dos Patos. Meu pai era de Cruz Alta, mas já, na minha fase de Rio Grande do Sul, estive ali por Camaquã e Tapes, e sei perfeitamente como o vento sopra ali. Tenho certeza de que o Rio Grande do Sul, como o Rio Grande do Norte, fará grande uso da energia eólica offshore.

    Enfim, acho que já completei todos aqui. Queria dizer mais uma vez: eu não vou embora, não vou dizer adeus, Presidente Rodrigo, querido Roberto, querido Weverton; não vou, porque eu sei que serei convidado para falar aqui de novo, em alguma hora, ou, quem sabe, o povo me convoque. Então, é um até logo e uma colocação à disposição de todos vocês, todas vocês, para estarmos sempre juntos, sempre construindo coisas boas para o nosso país e, sabe-se lá, vamos nos encontrar muito mais do que a gente pensa.

    Muito obrigado a todos e todas. Muito obrigado, Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 22/12/2022 - Página 15