Comunicação inadiável durante a 26ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Destaque para o registro da inflação no mês corrente em 0,71%, seus impactos na economia e defesa da redução da taxa básica de juros no País.

Autor
Humberto Costa (PT - Partido dos Trabalhadores/PE)
Nome completo: Humberto Sérgio Costa Lima
Casa
Senado Federal
Tipo
Comunicação inadiável
Resumo por assunto
Finanças Públicas:
  • Destaque para o registro da inflação no mês corrente em 0,71%, seus impactos na economia e defesa da redução da taxa básica de juros no País.
Publicação
Publicação no DSF de 13/04/2023 - Página 16
Assunto
Economia e Desenvolvimento > Finanças Públicas
Indexação
  • COMENTARIO, REDUÇÃO, INFLAÇÃO, CRITICA, MANUTENÇÃO, TAXA SELIC, BANCO CENTRAL DO BRASIL (BACEN).

    O SR. HUMBERTO COSTA (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - PE. Para comunicação inadiável.) – Sr. Presidente, Sras. Senadoras, Srs. Senadores, pessoas que nos acompanham pela TV Senado, pela Rádio Senado, pelas redes sociais, gostaria de fazer um registro hoje de um importante fato econômico, político.

    Tivemos a divulgação da inflação do mês de março, no dia de ontem, 0,71%, abaixo do que era o esperado e menor em 12 meses, desde 2021. O próprio mercado recebeu com surpresa. A Bolsa subiu, o dólar caiu ao menor patamar em dez meses e a poupança teve um ganho, teve o maior ganho real em cinco anos. A cesta básica, foi identificado, está mais barata em 13 capitais, e o valor caiu em até 4,65%. A balança comercial teve o melhor março da série histórica e as vendas no comércio bateram recorde e tiveram o melhor janeiro em 23 anos.

    Naturalmente que essa constatação é muito importante e diz respeito às próprias condições econômicas que o Brasil tem, mas é também uma prova inconteste da positividade do ambiente no país desde a eleição do Presidente Lula. O Governo investe para fazer girar a roda da economia. O Bolsa Família injetará diretamente neste ano R$176 bilhões; e em infraestrutura, esse aporte será de R$23 bilhões, em 2023.

    Mas os juros, Sras. Senadoras e Srs. Senadores, precisam cair. A manutenção da taxa Selic em 13,75%, na avaliação não somente nossa, mas na avaliação de dezenas e dezenas de economistas respeitados no Brasil, é absurda e injustificável. O Brasil tem a maior taxa de juros do mundo, e os juros reais estão em 6,94%. A Selic neste patamar termina asfixiando os negócios e é um entrave ao crescimento do país. Essa fórmula deprime a economia, aumenta a dívida, encolhe o Produto Interno Bruto e só agrada aos rentistas. Com a taxa de juros alta, empréstimos ficam mais caros e empresas têm menos incentivos para investir e gerar empregos. A queda da Selic pode estimular o consumo e o investimento, gerando um ciclo virtuoso de crescimento econômico e geração de empregos.

    No atual patamar, a taxa básica de juros é absolutamente indefensável, é destrutiva para o país e precisa ser, urgentemente, reduzida, e o Banco Central, que, naturalmente, deve e precisa...

(Soa a campainha.)

    O SR. HUMBERTO COSTA (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - PE) – ... seguir no controle da inflação, não pode ser insensível a isso.

    Por isso, eu quero me somar a todos aqueles que neste momento têm cobrado do Banco Central uma atitude positiva, uma atitude que dê uma demonstração ao Brasil de que o Brasil pode retomar o crescimento e se desenvolver, mas, com essa taxa de juros, é absolutamente impraticável e impossível.

    Muito obrigado, Sr. Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 13/04/2023 - Página 16