Discurso durante a 61ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Reflexão sobre o Dia Mundial do Meio Ambiente. Apelo para a necessidade de combate ao desmatamento no País e para a importância da garantia do desenvolvimento nacional sustentável.

Autor
Jorge Kajuru (PSB - Partido Socialista Brasileiro/GO)
Nome completo: Jorge Kajuru Reis da Costa Nasser
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
Data Comemorativa, Meio Ambiente:
  • Reflexão sobre o Dia Mundial do Meio Ambiente. Apelo para a necessidade de combate ao desmatamento no País e para a importância da garantia do desenvolvimento nacional sustentável.
Publicação
Publicação no DSF de 06/06/2023 - Página 8
Assuntos
Honorífico > Data Comemorativa
Meio Ambiente
Indexação
  • COMEMORAÇÃO, DATA INTERNACIONAL, MEIO AMBIENTE, IMPORTANCIA, PRESERVAÇÃO, FLORESTA, BIOMA, CERRADO, CAATINGA, MATA ATLANTICA, PAMPA, PANTANAL MATO-GROSSENSE, Amazônia Legal, COMBATE, INVASÃO TERRITORIAL, TERRAS INDIGENAS, GARIMPEIRO, REDUÇÃO, QUEIMADA, DESMATAMENTO.

    O SR. JORGE KAJURU (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSB - GO. Para discursar.) – Bom, primeiro, Deus e saúde a todos e todas que estão na galeria. Não tenho visão suficiente, mas o assessor do Girão, que a tem, disse que só tem mulher bonita. Portanto, um poema a vocês: "O meu coração diz tudo que preciso. Basta o [...] sorriso [de vocês] e eu serei feliz". Muito obrigado.

    Meu amigo pessoal e querido, Senador Mecias de Jesus, que chegou, como sempre, para presidir a sessão; meu amigo também pessoal, irmão Eduardo Girão; do mesmo modo me refiro ao Senador Izalci Lucas, futuro Governador do Distrito Federal, embora ele agora esteja bem próximo desse lusco-fusco chamado... É Ibaneis o nome dele? Eu esqueço o nome dele de tão inexpressivo que ele é.

    Mas, brasileiros e brasileiras, minhas únicas vossas excelências, hoje é 5 de junho. O tema nesta tribuna só podia ser um, relativo à data. O Dia Mundial do Meio Ambiente foi criado pelas Organizações das Nações Unidas em 1974 e, no correr de 49 anos, a discussão sobre a preservação do meio ambiente foi cada vez mais ganhando protagonismo, por razões óbvias: a ameaça causada pelo próprio homem à sua sobrevivência, devido ao acúmulo de atividades predatórias que colocam em risco os recursos naturais do planeta Terra.

    Acredito que, a esta altura, o aquecimento global tenha superado a onda dos negacionismos. Poucos duvidam de que o aumento progressivo das temperaturas médias de oceanos e da atmosfera é uma realidade, intensificada pelo aumento dos gases de efeito estufa decorrentes do uso de combustíveis fósseis, da emissão de fábricas e de atividade pecuária – isso entre outras coisas. O aquecimento traz consequências sobre a fauna e a flora, causa desequilíbrios ecológicos e nos presenteia com fenômenos meteorológicos extremos, cada vez mais frequentes. Tivemos um exemplo recente: o dilúvio que se abateu em fevereiro sobre o litoral norte paulista, onde morei.

    Os cientistas apontam uma saída: mudar a maneira de produzir e de consumir e, principalmente, criar um novo tipo de relação com a natureza, não poupando esforços para preservar o meio ambiente.

    Assim, o Dia Mundial do Meio Ambiente é uma ótima oportunidade para refletirmos sobre o nosso futuro. Não podemos, Senador Girão, esquecer que, na luta pela sobrevivência do planeta Terra, o Brasil possui importância ímpar, por ser o país com a maior biodiversidade do mundo, abrigando mais de 150 mil espécies animais e vegetais nos biomas terrestres e nos ecossistemas aquáticos.

    O Brasil contém seis biomas de características distintas: a Caatinga, o Cerrado, a Mata Atlântica, o Pampa, o Pantanal e a Amazônia – esse último, simplesmente a maior reserva de diversidade biológica do mundo. A riqueza está aqui. Uma benção da natureza que deve ser usada a nosso favor. O Brasil precisa fazer valer a sua condição de potência climática, e isso começa pelo dever de casa. Já passou da hora de o país reduzir o desmatamento, diminuir a incidência de queimadas, conter as invasões de terras indígenas por garimpeiros e madeireiros e aumentar a fiscalização para conter os crimes ambientais. Com a credibilidade resultante de ações concretas, teremos condições mais favoráveis para negociar nos fóruns internacionais de forma a finalmente tornar o nosso povo beneficiário de nossas riquezas.

    Concluindo, para tanto, o Executivo que tomou posse há seis meses não pode colocar em segundo plano o compromisso com o desenvolvimento sustentável. Já o Legislativo aqui, não pode se omitir de suas responsabilidades na hora de votar projetos e formular leis relativas ao meio ambiente.

    Acho, entretanto, que o compromisso com a sustentabilidade tem de ir além do poder público. Os brasileiros precisam se conscientizar de que a preservação do nosso meio ambiente é um ativo econômico que pode ajudar o país a superar a pobreza, fazer a economia crescer continuamente e sepultar de vez a nossa iníqua desigualdade social.

    É o que eu penso e o que eu poderia falar neste Dia Mundial do Meio Ambiente.

    Deus e saúde para a nossa pátria amada!

    Obrigado a todos que acompanham a TV Senado, a Rádio Senado, a Agência Senado e todas as redes sociais pelo mundo inteiro.

    Presidente da sessão, Mecias de Jesus, eu estive na semana passada no Tribunal de Contas da União, conversei com vários Ministros e fiquei muito feliz de ouvir de cada um deles – Ministro Walton, Ministro Anastasia – sobre o trabalho que tem sido feito pelo seu filho, tão querido por mim, Jhonatan, que era meu fã de carteirinha, no tempo da televisão, por causa do futebol, e aqui o conheci e aprendi a admirá-lo.

    Então, que, cada vez mais, o senhor tenha orgulho de seu filho, assim como o Izalci tem de seus netos, apaixonados por ele – dos filhos nem tanto, porque ele é muito distante dos filhos.

    Um beijo e obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 06/06/2023 - Página 8