Pela ordem durante a 57ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Críticas à ausência de repercussão em casos de violência contra jornalistas de veículos de imprensa menos famosos.

Autor
Jorge Kajuru (PSB - Partido Socialista Brasileiro/GO)
Nome completo: Jorge Kajuru Reis da Costa Nasser
Casa
Senado Federal
Tipo
Pela ordem
Resumo por assunto
Imprensa:
  • Críticas à ausência de repercussão em casos de violência contra jornalistas de veículos de imprensa menos famosos.
Publicação
Publicação no DSF de 01/06/2023 - Página 58
Assunto
Outros > Imprensa
Indexação
  • CRITICA, AUSENCIA, REPUDIO, VIOLENCIA, JORNALISTA, JORNAL.

    O SR. JORGE KAJURU (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSB - GO. Pela ordem.) – Obrigado, Presidente.

    Bom, o que vou falar aqui, fora do microfone, já conversei com o Senador e amigo Magno Malta – e não me refiro a ele.

    Eu acompanho o Presidente nacional do meu partido histórico, o PSB, Carlos Siqueira. Sei que Miguel Arraes e Eduardo Campos também pensariam da mesma forma. Eu posso discordar do Presidente Lula, da forma como ele recebeu aquele cidadão – que, de maduro, para mim, não tem nada – e da forma como se referiu a ele. Esse é o meu direito. Respeitosamente eu posso discordar.

    Agora, sobre a questão da solidariedade, e eu aqui me dirijo a algumas mulheres presentes: Senadora Zenaide, Senadora Thelma, Senadora Augusta, Senadora Tereza, Senadora Damares, sei que essas mulheres vão compreender o que eu vou falar.

    Eu quero me referir à maioria desta Casa – você que está chegando agora aqui, Cleitinho.

    Quantas vezes mulheres jornalistas foram agredidas, neste país, de estados desconhecidos, de emissoras desconhecidas, e ninguém as defendeu aqui?

    Eu dou o exemplo do meu Estado de Goiás, onde um jornalista foi assassinado por um dirigente de futebol. Eu fui o único Parlamentar goiano a vir à tribuna – o Presidente Rodrigo Pacheco se lembra – e a trazê-lo – o Presidente me ajudou – ao Judiciário, para que houvesse justiça, e ele fosse preso. Já tem dez anos esse assassinato.

    Então, é muito fácil. Eu fui o primeiro a falar, hoje, 2h da tarde, sobre a Delis, que eu amo de paixão. É evidente que fui solidário a ela.

    Agora, é muito fácil você falar de uma jornalista do Jornal Nacional. Se ela fosse do jornal da A Gazeta – com todo o respeito ao Marcelo Castro – de Teresina, no Piauí, eu penso que ninguém seria solidário a ela.

    Então, por favor, tenhamos esse respeito para com tantos outros jornalistas do Brasil que são mortos, assassinados, e não só agredidos, e, nesta Casa, não há nenhuma defesa.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 01/06/2023 - Página 58