Pronunciamento de Zequinha Marinho em 06/06/2023
Discurso durante a 62ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal
Homenagem aos missionários, homens e mulheres, que se dedicam a levar o Evangelho de Cristo pelo mundo. Registro dos 112 anos da Assembleia de Deus no Brasil.
- Autor
- Zequinha Marinho (PODEMOS - Podemos/PA)
- Nome completo: José da Cruz Marinho
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discurso
- Resumo por assunto
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Religião:
- Homenagem aos missionários, homens e mulheres, que se dedicam a levar o Evangelho de Cristo pelo mundo. Registro dos 112 anos da Assembleia de Deus no Brasil.
- Publicação
- Publicação no DSF de 07/06/2023 - Página 50
- Assunto
- Outros > Religião
- Indexação
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- COMENTARIO, ATUAÇÃO, MISSIONARIO, CRISTÃO, EXTERIOR, DIVULGAÇÃO, RELIGIÃO.
- COMEMORAÇÃO, ANIVERSARIO DE FUNDAÇÃO, IGREJA EVANGELICA, LOCALIDADE, BRASIL.
O SR. ZEQUINHA MARINHO (Bloco Parlamentar Juntos pelo Brasil/PODEMOS - PA. Para discursar.) – Muito obrigado, Presidente.
Eu quero aqui fazer menção a um grande evento que aconteceu no último domingo, um grande evento de intercessão pelos nossos missionários e, acima de tudo, pela Igreja cristã perseguida mundo afora.
Nesse último domingo aconteceu um dos maiores eventos de intercessão e de apoio aos missionários. Foi o dia de lembrarmos da Igreja perseguida, quando oramos por aqueles que dedicam suas vidas, renunciam ao conforto da família e, em várias nações, é motivo de morte, assassinato, apenas por professar sua fé ou ter um exemplar da Bíblia sagrada na sua casa. São impedidos inclusive de festejar alguma data religiosa.
Tivemos notícias de que uma criança de dois anos e também seus familiares receberam prisão perpétua, após ser encontrado em sua residência um exemplar da Bíblia. Parece um conto de terror, mas não é. Trata-se de governos autoritários, que não aceitam a fé em Cristo ou até mesmo em outras religiões.
Faço menção ao que está escrito no livro de Êxodo, capítulo 20, versículo 13, onde temos um dos dez mandamentos, que diz o seguinte: Não matarás. Mas muitos missionários morrem no deserto, trancados em contêineres, sem alimentos, sem água e sujeitando-se à morte, por também não aceitarem negar sua fé.
Por outro lado, sociedades e nações foram firmadas em conceitos milenares, e o respeito ao próximo é um fiel exemplo dessas regras comuns.
O nosso coração, Presidente, ama missões. Desde criança, somos envolvidos em doar, orar e enviar obreiros para cumprir o ministério sagrado de pregar a toda criatura. Isso é o amor de Deus colocado em prática.
Missionários são pessoas zelosas que, por onde andam, ajudam a sociedade a se organizar, fortalecem bons vínculos familiares e colaboram para tantos programas sociais. E, ainda assim, morrem, são perseguidos e condenados em pleno Século XXI, mundo afora.
É com reverência e respeito às causas missionárias que lembro desses detalhes em Plenário, hoje, aqui no Senado Federal.
Agradeço a Deus pela liberdade religiosa em nosso país e espero que tenhamos juízo suficiente para impedir que as futuras gerações deixem de ter o privilégio e a condição de conhecerem a Palavra de Deus, de entenderem que Jesus Cristo é o único caminho.
Um balanço que temos feito com relação à perseguição à causa missionária, mundo afora, nos assusta ainda. Em pleno Século XXI, a gente não esperava contar com tanta intolerância, Presidente, mas é lamentável, quando se fala de um mundo que respeita o próximo, um mundo que respeita direitos humanos, um mundo civilizado, que ainda se tenha tanta aversão ao nome de Deus, à religião, à prática do culto sagrado; aversão ao ensino do Evangelho – Evangelho que é poder de Deus, Evangelho que muda, que transforma... É lamentável que vejamos isso acontecer ainda hoje.
Neste momento, repito minha homenagem a todos os nossos valorosos e bravos homens e mulheres que saíram do Brasil e partiram mundo afora para levar o Evangelho de Cristo.
Neste mês, Presidente, a Assembleia de Deus completa, no Brasil, 112 anos. E a Assembleia de Deus é fruto da obra missionária. Quando nossos irmãos suecos estavam nos Estados Unidos e receberam uma visão divina e uma ordem para procurar o Estado do Pará, não sabiam onde ficava, foi a maior luta para acharem, no mapa, o Pará, e quando acharam viram que, realmente, Deus os tinha dirigido a um determinado lugar. Chegaram no Pará em 1910, sem saber uma palavra em português. Foi muita luta para sobreviver e, em 1911, fundaram a maior igreja evangélica pentecostal da América do Sul, passando todo tipo de dificuldades.
Mas a Bíblia diz que aqueles que semeiam com lágrimas segarão com alegria. E hoje o Evangelho de Cristo tem avançado Brasil afora. E estamos em quase todos os países do mundo. Ali, com um pequeno ou um grande, ou um médio trabalho, mas estamos presentes. E a esses homens e mulheres corajosos, muitos brasileiros que se aventuraram mundo afora com o coração cheio de ardor missionário para pregar a palavra de Deus, para levar o Evangelho, é que a gente homenageia ou homenageou, domingo passado, nesse grande evento de interseção por esses bravos homens de Deus e mulheres de Deus que mundo afora arriscam suas vidas, às vezes as perdem; mas se levantam outros corajosos para manter a chama do Evangelho viva.
Portanto, minha gratidão a Deus pela vida de todos, e a V. Exa. pela palavra que nos concede nessa oportunidade para lembrar aqui, na tribuna do Senado Federal, dessa gente tão querida, que ama tanto o seu próximo a ponto de sacrificar sua própria vida.
Muito obrigado.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Girão. Bloco Parlamentar Vanguarda/NOVO - CE) – Muitíssimo obrigado, Senador Zequinha Marinho.
Eu digo até para o senhor que a história desses missionários que chegaram à sua terra e semearam o Evangelho por todo o Brasil merece um filme, a história é digna de um filme. Eu já falei com algumas lideranças sobre esse assunto. E eu acho que vai acabar acontecendo.
O SR. ZEQUINHA MARINHO (Bloco Parlamentar Democracia/PODEMOS - PA. Fora do microfone.) – É uma boa ideia.