Pronunciamento de Eduardo Girão em 13/06/2023
Discurso durante a 65ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal
Indignação com a atuação de parlamentares da base do Governo na CPMI destinada a investigar os atos de 8 de janeiro pela não aprovação de diversos requerimentos de autoria de membros da oposição.
- Autor
- Eduardo Girão (NOVO - Partido Novo/CE)
- Nome completo: Luis Eduardo Grangeiro Girão
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discurso
- Resumo por assunto
-
Atuação do Congresso Nacional,
Domínio e Bens Públicos,
Movimento Social:
- Indignação com a atuação de parlamentares da base do Governo na CPMI destinada a investigar os atos de 8 de janeiro pela não aprovação de diversos requerimentos de autoria de membros da oposição.
- Aparteantes
- Cleitinho, Jorge Kajuru, Magno Malta.
- Publicação
- Publicação no DSF de 14/06/2023 - Página 47
- Assuntos
- Outros > Atuação do Estado > Atuação do Congresso Nacional
- Administração Pública > Domínio e Bens Públicos
- Outros > Movimento Social
- Indexação
-
- CRITICA, ATUAÇÃO PARLAMENTAR, MEMBROS, CONGRESSO NACIONAL, BASE, GOVERNO, REFERENCIA, COMISSÃO PARLAMENTAR MISTA DE INQUERITO, OBJETIVO, INVESTIGAÇÃO, ATO, MOVIMENTO SOCIAL, DESTRUIÇÃO, PATRIMONIO PUBLICO, LOCAL, BRASILIA (DF), REGISTRO, AUSENCIA, APROVAÇÃO, REQUERIMENTO, AUTORIA, CONGRESSISTA, OPOSIÇÃO.
O SR. EDUARDO GIRÃO (Bloco Parlamentar Vanguarda/NOVO - CE. Para discursar.) – Paz e bem, meu querido irmão, Senador Wellington Fagundes, presidindo esta sessão nesta terça-feira.
Sras. Senadoras, Srs. Senadores, funcionários desta Casa, assessores, profissionais do pool de comunicação da Casa revisora da República, e especialmente você, minha irmã, meu irmão, brasileiro que está acompanhando esta sessão, durante este final de semana, eu preparei vários discursos: sobre o Foro de São Paulo, que vai acontecer aqui; sobre a indicação do Cristiano Zanin – e várias outras situações aqui –; sobre aquelas coincidências entre o Arthur Lira, o STF, o Lula, o Dallagnol, da semana passada, aquela sequência de fatos...
Mas, eu tomo a liberdade, Sr. Presidente, com muita indignação, de mudar completamente o pronunciamento que eu iria fazer aqui, para reportar à cidadã e ao cidadão brasileiro o que aconteceu na CPMI agora há pouco. Uma CPMI que era esperada com ansiedade pelas pessoas de bem, que ansiavam saber exatamente o que aconteceu no dia 8 de janeiro, que ficou marcado na nossa história por aquele triste episódio, mas saber a verdade do que aconteceu.
E, hoje, se antes alguém tinha dúvida do sequestro do Governo Lula, desse instrumento legítimo da oposição, da Minoria hoje, ninguém pode ter mais nenhum tipo de dúvida sobre o que aconteceu, porque o Governo ocupou, invadiu uma CPMI cujos integrantes não assinaram, não queriam de jeito nenhum. Tanto é que a grande mídia brasileira, Parlamentares, denunciaram o assédio para que eles retirassem a assinatura dessa Comissão Parlamentar de Inquérito para não investigar o que aconteceu no dia 8. Segundo eles, foram ofertadas dezenas de milhões de reais do Orçamento do Governo Federal, cargos federais aos montes, para que esses Parlamentares enterrassem a CPI, retirando as assinaturas.
Aí o que foi que aconteceu? Aquelas imagens da CNN vazaram, mostrando, inclusive, o General do Lula recebendo os invasores como se tivesse recebendo amigos em casa e a sua equipe oferecendo até água!
E não deixaram a gente, hoje, na CPMI, votar e aprovar uma série de requerimentos que iriam elucidar a verdade. Quando o Governo viu que não tinha jeito, que a CPMI ia acontecer, foi lá e tomou a CPMI, com a sua força, com o seu poder! E a gente sabe que este Governo é craque em cooptação, em acomodar partido, em trazer, lotear os ministérios...
Claro! Quem vai pagar a conta é você, brasileiro, dessa farra! Ele não pensa, um minuto, em economizar nada, só em gastar, gastar, gastar, gastar! Os nossos filhos e netos vão pagar essa conta até antes disso. Coitados. É o Governo da irresponsabilidade fiscal.
Senador Cleitinho, o que nós testemunhamos, hoje, nessa CPMI, foi uma vergonha nacional, porque ficou muito claro o teatro, o circo que querem fazer dessa CPMI. Eles querem fazer uma investigação seletiva, só do que interessa, e nós, da oposição, que iniciamos essa CPMI, que fomos lutar por ela, com o povo brasileiro junto, tivemos nossos requerimentos, praticamente, todos rejeitados, mas nós aprovamos os deles! Por quê? Uma prova de que a gente quer a verdade!
Olha, eu não entendo, sinceramente, Presidente, como é que o Governo se presta a esse papel feio, medroso, querendo blindar integrantes deste Governo Lula, um Governo da vingança, um Governo da gastança!
Rapaz, eu vou dizer uma coisa para vocês, do fundo do coração, o que aconteceu, hoje, vale a pena o brasileiro pegar e assistir a essa CPMI, que começou um pouco atrasada, às 9h40, quase às 10h, e foi até agora há pouco.
Senador Cleitinho, eu vou lhe conceder um aparte, mas eu preciso reportar para o brasileiro digno, sedento de justiça, que foi uma vergonha, que se botou na testa e carimbou que este Governo, realmente, sequestrou a CPI e não quer investigar o que aconteceu!
Eu não sei até quando nós vamos ter redes sociais, porque este Governo é a favor de censura... Eles não têm nada de democráticos. Está aí, receberam o Maduro na semana retrasada. Não precisa dizer mais nada do espírito deste Governo! Mas, enquanto a gente tiver rede social, o que nos resta, Senador Cleitinho, é mostrar para a população isso, aqui da tribuna – é isso que eu vim fazer; eu mudei o meu discurso todo que eu tinha preparado aqui!
Rapaz, o que aconteceu hoje foi gravíssimo! Eles não quiseram deixar votar um requerimento meu e de vários colegas sabe para quê? Para que a gente visse as imagens do circuito interno lá do Ministério da Justiça, onde o Flávio Dino estava. Por quê? Será que é porque saíram notícias de que a Força de Segurança Nacional estava lá, no estacionamento, e não foi acionada para bloquear a invasão?
Foi muito fácil tudo que aconteceu no dia 8. Eu, que sou Parlamentar, que estou aqui servindo ao Senado Federal – eu não sei se aconteceu com vocês, colegas Senadores, funcionários desta Casa –, eu tive dificuldade para entrar aqui durante o ano passado todo. Tinha que fazer volta para entrar. Chegava ali na frente, e não conseguia, era um monte de barra de ferro. Mas no dia 8 foi tudo muito fácil. Será que ninguém liga uma coisa à outra? Não vão deixar a gente investigar as omissões, eventuais omissões, do Governo Federal, que recebeu com dois dias de antecedência o relatório da Agência Brasileira de Inteligência, 48 alertas, 48 agências mostrando que o objetivo dos manifestantes seria, sim, quebrar, depredar tudo, aqui no Senado, na Câmara, no Palácio do Planalto e no STF? Ora, se foi revelado pelo Senador Espiridião Amin, que teve acesso a esse relatório, que eles também não deixam a gente ver o establishment... Foi revelado pelo Esperidião Amin que até o STF sabia. Mas o Governo Lula não quer que a gente veja as imagens lá do Ministério da Justiça, não quer que a gente tenha acesso àquele plano de voo misterioso do Presidente Lula naquele fatídico dia. Estava preparada aquela viagem ou foi um "agá" para não estar aqui na hora, para correr?
Uma série de outros requerimentos da Oposição foi negada. E repito: nós, da Oposição, votamos tudo, para chamar o pessoal do Governo Bolsonaro, para pegar informação... Tudo nós votamos. Aí, o Governo Lula, que se diz vítima dessa CPMI...
Sempre se alardeou "eu fui a vítima", "eu sou democrata", "era um golpe"... Golpe foi o que a gente viu hoje na CPMI, porque não estão querendo que a gente vá fundo na investigação. Por quê, Governo Lula? Por que isso? Ficou evidente o que aconteceu.
Hoje é uma data histórica triste, mas o brasileiro... Pelo menos aqui, da tribuna, fica nos anais desta Casa a denúncia que eu estou fazendo de que o Governo não deixou a gente se aprofundar com requerimento simples, para a gente poder ver, independentemente de quem seja – direita, esquerda, centro, contra governo, a favor de governo... Nós votamos tudo!
E o Governo não era vítima? Por que é que ele não quer investigar? Tem rabo preso? É isso que querem esconder de você? Ele não é vítima?
Agora, dos "terroristas", que eles dizem, querem investigar tudo, aprova tudo. Essa história não bate.
Que a verdade prevaleça nesta Casa, prevaleça no Brasil! E a gente sabe que a justiça divina não falha, absolutamente.
Nós vamos continuar no nosso papel – Senador Cleitinho, já lhe passo a palavra agora –, mas é um dia sobre o qual o brasileiro precisa receber, porque hoje foi frustrado nos seus anseios legítimos de saber o que é que aconteceu, de fato, naquele dia.
Senador Cleitinho, o aparte do senhor, se o Presidente permitir.
O Sr. Cleitinho (Bloco Parlamentar Aliança/REPUBLICANOS - MG. Para apartear.) – Sr. Presidente, boa tarde a todos.
Senador Girão, eu quero ser bem breve aqui. Eu estava lá presente. Uma das situações que eu não estou conseguindo entender é o que passa na cabeça dessa base governista, que não queria a CPMI e falava para todo canto que não queria, que não precisava, depois resolveu falar que queria a CPMI. Nós vamos mostrar quem que quebrou, quem que fez isso, quem que fez aquilo. Agora, estão sempre falando que é um ato antidemocrático, que foi um ato contra a democracia, que o dia 8 ia entrar para a história... Aí, na hora que se chega para investigar, não quer que investigue. Eu não consigo entender.
Eles, que falam que são inocentes, é a mesma coisa... Eu quero desenhar para a população brasileira; desenhar, eu vou desenhar: chegam à minha casa e roubam dentro da minha casa, invadem a minha casa e quebram a minha casa, Girão. Aí, a polícia chega. Na hora em que a polícia chega, pede as filmagens, e eu falo: "Não vou dar as filmagens não". "Deixa eu entrar dentro da sua casa para saber o que está acontecendo, Cleitinho". "Não quero". Aí me pede o meu telefone, a Polícia Federal pede meu telefone. "Não vou te dar meu telefone". "Mas você não é inocente, Cleitinho? A gente tem que pegar os culpados". Aí chega aqui hoje um monte de requerimentos, todos votando contra para poder investigar.
Então, assim, eu não consigo entender o que se passa nessa base governista, nessa base que fala que foi um ato antidemocrático, que tem que pegar todo mundo... Então vamos pegar todo mundo! Vamos pegar todo mundo! Vamos pegar quem financiou, vamos pegar quem quebrou, vamos pegar quem foi omisso...
Agora, o que é que acontece? A essa base governista, que eu sempre vejo falando que é do povo, que representa o povo, eu só queria lembrar a eles, para tocar o coração deles, que eu estive lá na Colmeia, estive lá nos presídios... Eu comprovei a questão daqueles ônibus que foram liberados agora, que estavam apreendidos, mas tem pessoas lá que nem chegaram – estão presas ainda, o próprio Magno Malta já relatou isso –, que nem chegaram a vir aqui. Esses inocentes estão pagando pelos pecadores. E esse pessoal não é povo não? E essa base governista, que fala que representa o povo, que defende o povo, não vai defender esse povo não, que é o patrão, que é o patrão de todos nós?
Então, assim, eu não estou conseguindo entender o que é que está passando na cabeça deles. Quem não deve não tem que temer nada, tem que deixar a CPI investigar todos e convocar todos, inclusive esse G. Dias.
Olha como é que são as coisas neste país aqui, viu, população brasileira: aqui, para os amigos, pode tudo; para a Oposição, para quem discorda, é o rigor da lei. Aí, para o Bolsonaro...
O pessoal que estava com o Bolsonaro lá, que cuidava do Bolsonaro, foi preso por questão de falsificar a vacina. Está errado. Falsificou vacina, Girão. Mas, aí, esse Ministro – ex-Ministro –, que era da segurança do Lula... Era, quer dizer, de confiança do Lula, também falsificou um relatório, e não aconteceu nada com ele! Ele, para mim, tem que ser o primeiro a ser convocado aqui. Inclusive, vamos convocar mais: o ex-Ministro do GSI, que era do Bolsonaro, e inclusive o do Temer. Vamos equilibrar, para a gente saber se isso aqui virou uma... Se pode entrar o que quiser e fazer o que quiser.
Porque eu vou te falar aqui uma coisa que aconteceu comigo: no ano passado, eu ainda não era Senador, eu era Deputado, e eu estava aqui – foi antes da campanha...
(Soa a campainha.)
O Sr. Cleitinho (Bloco Parlamentar Aliança/REPUBLICANOS - MG) – ... e peguei e fui fazer um vídeo aqui, falando sobre a questão dos preços. Aí eu entrei com gás, gás de cozinha, com um litro de gasolina... De repente, em questão de segundos – de minutos –, chegou um monte de polícia ali para tentar me prender, achando que eu era terrorista. Quer dizer: tem segurança aqui, pô! Aí, no dia 8, quando já estava todo mundo sabendo o que poderia acontecer – está aí nos relatórios –, cadê esse povo? Isso é omissão, pô! Entendeu?
Então, vamos levar este país a sério aqui, uai!
Eu sou extremamente justo, eu peço sempre a Deus para me fazer um coração justo, ser justo. Então, quem quebrou mesmo tem que pagar, quem financiou e quem motivou tem que pagar, mas quem foi omisso e deixou isso acontecer também tem que pagar.
Muito obrigado.
O SR. EDUARDO GIRÃO (Bloco Parlamentar Vanguarda/NOVO - CE) – É isso, Cleitinho. Eu peço ao Presidente que inclua todo esse aparte ao nosso pronunciamento.
E, para encerrar, eu queria dizer o seguinte: cadê essa turma dos direitos humanos, que sempre levanta essa bandeira? Sumiu! É tudo agá! O bom disso tudo, sabem o que é? É que está caindo a máscara!
Cadê a turma dos direitos humanos, Senador Magno Malta, que não foi à Colmeia? Cadê aqueles Parlamentares que não vão à Papuda, mas, na época em que tinha quebra-quebra aqui, anteriormente, em alguns anos passados, estavam lá na primeira fila para tirar os seus conhecidos?
Crianças e idosos foram todos levados lá para o pátio, quase uma coisa de campo de concentração, rapaz! Coisa feia! A gente precisa ouvir esse povo. Tem gente que estava lá pedindo esmola e foi presa, não estava nem aqui... Tem gente que chegou depois...
Eu estou indo também à Papuda e à Colmeia na sexta-feira.
Agora, Senador Magno Malta, Senador Cleitinho, Senador Wellington Fagundes, eu quero fazer uma pergunta para os senhores, se me permitir o Presidente. Se não souberem a resposta, tudo bem. Os senhores sabem quantos dos Parlamentares que estão naquela CPMI assinaram a CPMI? Sabem quantos por cento de Senadores e Deputados que estão lá, para fazer essa investigação, quiseram essa Comissão? Sabem quantos?
Sabe, Senador Magno Malta?
O SR. MAGNO MALTA (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - ES) – Eu sei os que assinaram.
O SR. EDUARDO GIRÃO (Bloco Parlamentar Vanguarda/NOVO - CE) – O senhor sabe os que assinaram.
Senador Cleitinho, tem ideia?
Senador Wellington?
O SR. MAGNO MALTA (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - ES) – Wellington sabe os nomes. Pode perguntar, que ele fala.
O SR. EDUARDO GIRÃO (Bloco Parlamentar Vanguarda/NOVO - CE) – Eu vou dizer uma coisa aqui nesta Casa: 60%, mais da metade, não assinaram e estão lá.
Não é estranho isso? Estão lá para quê? Para blindar quem? Cinquenta e três por cento de Deputados e Senadores não assinaram.
Agora tem um número mais escandaloso. Com todo respeito aos maranhenses, que são um povo que eu amo, de um estado que eu acho lindíssimo, um povo honrado, trabalhador, mas não é estranho que seis, meia dúzia de Parlamentares do Maranhão estejam nessa Comissão que só tem 30? Não é estranho demais que seja o dobro dos representantes de São Paulo, que é o estado mais populoso do Brasil, que só tem três Parlamentares? O Maranhão tem o dobro! É por quê? Porque é a terra do Flávio Dino? Do Ministro?
Senador Magno Malta, o senhor está pedindo um aparte?
O SR. MAGNO MALTA (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - ES) – Estou.
O SR. EDUARDO GIRÃO (Bloco Parlamentar Vanguarda/NOVO - CE) – Se o Presidente autorizar, está concedido.
O Sr. Magno Malta (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - ES. Para apartear.) – Ele autoriza, porque só estamos nós três no Plenário.
Povo do Brasil todo, não tem ninguém aqui não. Só o Senador Wellington, que está ali, eu, Cleitinho e Girão. Só nós quatro. Para vocês que estão em casa achando que está cheio aqui, não está nada! Só nós quatro.
Quem está ouvindo pelo rádio, só tem quatro aqui, viu?
Senador Girão, vou contar uma história de direitos humanos.
Sequestraram Abilio Diniz. O Brasil se comoveu, porque Abilio Diniz... Não é porque é rico, mas é um gerador de honra. Um sujeito que gera emprego gera honra, gera dignidade.
Foi sequestrado, sofreu no cativeiro... Eu não tenho nem como dimensionar o psicológico, o emocional de alguém que é sequestrado.
Os sequestradores foram soltos, e Lula fala, após sair da cadeia, em um dos seus belos discursos das suas retóricas inteligentíssimas – e lúcido –, que por aqueles meninos ele intercedeu a Fernando Henrique Cardoso, que é outro esquerdista, mentiroso... Criou a Senad (Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas), Senador Cleitinho. Fernando Henrique.
Tem alguém ali atrás mandando recado e dizendo que estou falando que só tem quatro.
Só tem quatro mesmo, viu? (Pausa.)
Só tem quatro.
E ele foi lá por aqueles meninos, os meninos traquinas que sequestraram Abilio Diniz.
Ele disse que intercedeu a Fernando Henrique para que este soltasse aqueles meninos. Eram jovens, fizeram aquilo de bobeira, nem tinham maldade... Aí, os meninos fizeram uma greve de fome, e Suplicy foi para a porta do presídio participar da greve de fome, por causa dos direitos humanos.
Os meninos foram soltos sem serem chamados nem de sequestradores, nem de terroristas, só meninos que estavam brincando.
Os meninos gostaram da brincadeira. Um era chileno. Ele voltou do Chile e participou do sequestro de Olivetto, do publicitário Olivetto, refrescando a memória de quem se lembra dos sequestros.
Direitos humanos para bandido, audiência de custódia para bandido, vagabundo!
Direitos humanos, da esquerda... É como se os humanos não tivessem direito! Vagabundo travestido de criança, 17, 15, 16, 14 anos, que mata um jornalista queimado dentro de um pneu... Homens travestidos de criança são tratados como crianças, como se não soubessem o crime que fizeram.
Estou cansado de dizer, Senador Cleitinho, que criança não confunde chupeta com escopeta. Esses são os direitos humanos deles.
E aí eu pergunto a uma figura, por quem tenho o maior respeito – até porque fiz um ofício e mandei protocolar para ele –, ao Senador Paim, Presidente da Comissão de Direitos Humanos, a qual nos pertencemos, o convidando para tirar uma Comissão para ele ir junto à Papuda, Senador Cleitinho, para ele ir junto à Colmeia, porque até bandido tem direito a visita...
Veja como essa coisa é ideológica! Veja como é...
O SR. EDUARDO GIRÃO (Bloco Parlamentar Vanguarda/NOVO - CE) – Mas tem que pedir autorização ao Ministro Alexandre de Moraes.
O Sr. Magno Malta (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - ES) – É. Ele que peça. Ele peça.
Eu tenho visitado. Eu estava na Colmeia ontem. Quinta-feira eu estava na Papuda e estou voltando.
Isso é misericórdia. Isso é espírito sacerdotal, espírito samaritano. Direitos humanos que estão no pacto dos direitos humanos de São José da Costa Rica. Vale para quem é de esquerda e vale para quem é de direita. Ou vale até para um ateu.
Mas veja que não é uma mudança de governo, saiu Bolsonaro, entrou Lula. Não. É mudança de regime.
Esta semana o Brasil vai experimentar, Senador Wellington, o Foro de São Paulo. Vão estar aqui os maiores ditadores da América Latina. A volta de Maduro, o representante de Cuba e o da Nicarágua – facínora. Maduro, o narcopresidente, representante de Cuba e o Foro de São Paulo, criado pelo Lula e pelo Fidel Castro.
O Brasil vai receber, vai hospedar, vai pagar... Eles vão tomar uísque com o nosso dinheiro, vão tomar vinho com o nosso dinheiro, vão planejar como nos amordaçar, como tirar a nossa liberdade, como fechar o cerco...
E este país, que é rico, este país, que tem terras agricultáveis no planeta... Ninguém tem igual. Ninguém tem água igual no planeta. Nós nos tornaremos um cercadinho dependente de cesta básica.
Essa humilhação faz parte desse projeto, que não é de governo, mas é um projeto para humilhar, viver nababescamente.
A cúpula e Lula, palavras dele... Se quiserem, eu posso botar para ele mesmo falar aqui. Aliás, eu tenho um vídeo de... Se tiver aqui, eu vou passar a palavra para ele.
Ele disse que o regime ideal é o chinês, que ele ama e que vai seguir, porque esse regime tem um partido forte, e esse partido forte manda, e o povo obedece – manda, e o povo obedece.
Ô meu Deus... Eu queria passar a palavra para Ciro Gomes, falando sobre o Governo Lula. São dois vídeos. Em um ele faz a profecia – foi antes –, e no segundo, agora, ele confirma a profecia.
(Intervenção fora do microfone.)
O Sr. Magno Malta (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - ES) – Depois eu vou passar a palavra para ele.
V. Exa. estava falando sobre a CPMI e falando sobre direitos humanos.
Onde estão os direitos humanos da Câmara? Onde estão as mulheres "mexeu com uma, mexeu com todas"? A maioria absoluta daquelas que lá estão, Senador Wellington, estão acima de 50 anos.
E lá tem mulheres do seu Estado, e elas perguntam – e os homens também: Cadê o Senador fulano? Cadê o Senador Pacheco? As meninas perguntam. Cadê o Senador Davi Alcolumbre? Cadê o Senador fulano? Cadê a Senadora fulana?
Eu fico calado. Eu falo: "Eu só posso falar por mim". Só falo por mim! Cada um responda por si. O Cleitinho é freguês lá, Senador. Elas sempre perguntam pelos outros. Dá para você responder pelos outros? Não! Nem eu, mas dão nome, ouviu?
E digo uma coisa aos senhores: eles estão todos acordados, elas estão todas acordadas. Tomaram de assalto a CPI. Eles não queriam nenhuma... Eles queriam investigação no dia seguinte, só foi vazar o G. Dias que eles impediram e blindaram de todo jeito hoje, de todas as maneiras, de uma forma até mal-educada, porque é muito importante que a gente tenha esse fair play. É coisa do esporte isto: fair play. É verdade que aqui não é esporte!
Nós fizemos algumas concessões – agora, me arrependo, porque não deveríamos ter feito – achando que teriam bom senso para que todos nós tivéssemos a investigação, para responder à sociedade brasileira. O que teve foi vandalismo. Vândalo paga. Nenhum ato de terrorismo. Ato de terrorismo quem pratica é o MST.
Terrorismo é praticado por Cesare Battisti. E eu tenho uma foto enorme onde tem Ivan Valente, Chico Alencar, Senador Randolfe e Senador Nery abraçados a Cesare Battisti dentro do Supremo, quando o Supremo decidiu que ele era inocente, com a palavra abalizada do seu advogado, que se tornou Ministro do Supremo em seguida. E eu fico com um comichão, com uma vontade de trazer aquele banner para cá. Uma hora dessas, eu trago! Uma hora dessas, eu trago!
Você vai conversar, e eles dizem: "Não, não tem conversa. O Governo já decidiu que é assim. Nós vamos atropelar. Pode botar para votar o que quiser, a gente derruba. Nós vamos atropelar. O Governo decidiu que é assim". E é assim mesmo! É uma ditadura!
Meu sonho é que essa CPMI seja o único elo que falte para essa corrente para que não fechemos esse cerco ideológico no país.
Desculpe o meu aparte ser tão grande dentro do pronunciamento de V. Exa...
(Soa a campainha.)
O Sr. Magno Malta (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - ES) – Eu, como Segundo-Vice-Presidente – acho que por obra e graça de Deus –, hoje tive a oportunidade de ficar ali. O Presidente saiu, passou para o Vice, o Vice também tinha reunião, o Senador Cid passou para mim, e eu dirigi a sessão por um tempo, quando todo mundo pôde falar, pôde mostrar seus vídeos. O Regimento Interno é omisso – o Regimento da Comissão e da Comissão como um todo. Fui orientado, mas tive o cuidado de ligar para o Presidente Arthur Maia para não ter narrativa e dizer: "Olhe, você mandou seguir a lista. Tem um Senador querendo exibir um vídeo de três minutos". Ele disse: "O Regimento é omisso. Você é o Presidente. Decida". E eu decidi: "Pode mostrar o vídeo". E todo mundo teve a palavra, todos os Deputados falaram.
(Soa a campainha.)
O Sr. Magno Malta (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - ES) – Nós recebemos como resposta um gesto muito educado: a base do Governo se levantou, foi embora, virou as costas e nos deixou falando sozinhos. Se nós tivéssemos feito isso, eles já teriam corrido ao Ministério Público Federal para nos denunciar por discriminação, dizendo que nós os discriminamos! Eles viraram as costas e foram embora, porque nós ficamos lá.
Sabe o que um disse? "Eu vou embora para não ouvir bolsonaristas."
Aonde nós chegamos?! Aonde nós chegamos?!
A vontade enorme é de parar, é de desistir, mas e as próximas gerações?! Desistir como?! Parar como?! E as próximas gerações?! Há duas gerações perdidas no país, colaboraremos para que haja a terceira?!
(Soa a campainha.)
O Sr. Magno Malta (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - ES) – A terceira são nossos netos, nossos tataranetos! Num país de terras agricultáveis, nós pediremos ao Governo e dependeremos de cestas básicas!
"Magno, maneire!" Eu escuto isso todo dia. "Os homens estão de olho você." "Você vai ser cassado." "Efeito dominó." "Vão te prender." Eu estou aqui, eu topo qualquer negócio! Agora minha boca ninguém vai calar: cala a boca já morreu, quem manda na minha boca sou eu!
É efeito dominó! Já caiu Daniel Silveira, é um cadáver que está no colo de Lira! Ele vai dormir com esse cadáver e vai acordar com ele! O segundo é Dallagnol! Está no colo deles! Vai dormir e acordar com eles! Dois anos de mandato do Lira, dois cadáveres! O terceiro será o Moro...
(Soa a campainha.)
O Sr. Magno Malta (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - ES) – O quarto será eu, ou o quinto será V. Exa.! Ou Cleitinho! Estamos todos na mira, calem todos!
Agora, se acharem que eu vou botar o galho dentro – "eu vou botar o galho dentro, que eu vou calar" –, não, ninguém vai me fazer correr! Ninguém! Serei o mesmo!
Daqui a pouco, vai ter a sabatina do Dr. Zanin. Respeito o cidadão que estudou, advogado... Qualquer pessoa tem direito a advogado e a contratar o advogado que quiser. Indicação é um privilégio do Presidente da República. Nós não podemos desindicar ninguém. Ele indicou. Agora a lei não diz que eu não posso sabatinar. E a lei pra mim é um TCC. Você, quando você faz um curso, quando você vai se formar, tem um TCC, não tem? A banca vai examiná-lo.
(Interrupção do som.)
(Soa a campainha.)
O Sr. Magno Malta (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - ES) – Já vou encerrar. Muito obrigado, Sr. Presidente. Desculpe ter passado de dois minutos. Eu vou encerrar.
Você faz o TCC para ver se você vai se formar ou não, mas professor nenhum recebe para o cara fazer o TCC primeiro para ele, para depois repetir na frente da banca.
Estão me perguntando: "Você vai receber o Dr. Zanin?". Não vou, não. Não vou, não! "Você vai votar a favor dele?" Não! Sou contra a presença de advogado numa Corte Suprema, porque um homem nunca será separado das suas convicções. Um homem bota a capa nas costas com as convicções que ele tem enquanto é civil. Eu sabatinei todos que lá estão, menos o Ministro Gilmar Mendes. E a todos eu repeti esta frase: "Não se separa um homem das suas convicções".
Para o Ministro Fachin, eu repeti com mais força, porque eu dizia que ele era advogado militante e mostrava tudo.
(Soa a campainha.)
O Sr. Magno Malta (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - ES) – Ele disse: "Não, Senador. Quando o homem é aprovado e põe a toga nas costas, é um recomeço de vida. Tudo muda". Eu disse: "Não, não, Doutor". Ele foi defendido por Alvaro Dias e por Gleisi, com unhas e dentes. Não foi o PT, não. Foi o Alvaro Dias, que era o Líder do PSDB. Eu disse: "Doutor, um homem nunca se separará das suas convicções".
Vejam as convicções dele, todas em prática. Pegou os crimes do Lula e jogou no lixo, por um erro processual, porque a primeira instância seria em Brasília e foi lá. Não é que a fita voltou atrás, e tudo se desfez.
Um homem não será separado... Um advogado será sempre um advogado. A Suprema Corte precisa ter homens e mulheres para lá aprovados que tenham decidido, que tenham sido juízes por um tempo da sua vida...
(Interrupção do som.)
(Soa a campainha.)
O Sr. Magno Malta (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - ES) – ... defender uma parte ou defender ideologicamente.
Esse cidadão Dr. Zanin nunca terá de mim aqui um discurso para tocar na sua honra e que doa no coração da sua família, porque a gente tem família, a gente tem filho. Ele tem filho, ele tem família. E não sou eu, não sou eu... De mim, como ser humano, todo o respeito do mundo, embora não vá recebê-lo e também vá votar contra na sabatina dele, até porque entendo que as pautas que eu defendo... Ainda que haja concordância na inquirição – e todos concordaram na inquirição –, quando um homem põe aquela capa preta nas costas, acredite em mim, ele se sente suplente de Deus.
O SR. EDUARDO GIRÃO (Bloco Parlamentar Vanguarda/NOVO - CE) – Muito obrigado, Sr. Senador Magno Malta pelo aparte.
Eu peço ao Presidente que inclua o pronunciamento na íntegra...
(Soa a campainha.)
O SR. EDUARDO GIRÃO (Bloco Parlamentar Vanguarda/NOVO - CE) – ... em minha fala.
Para concluir, Sr. Presidente, eu quero dizer...
Senador Magno Malta, eu também voto contra o Zanin. Não é nada contra a pessoa dele, mas isso fere de morte o princípio da impessoalidade, é um conflito de interesses que não tem solução. E eu vou efetivamente fazer esse voto público, como sempre fiz aqui.
O que eu queria falar é sobre um aspecto colocado pelo senhor: o da discriminação. O que aconteceu hoje – eu não estava lá, eu já tinha saído –, quando se consolidou o sequestro da CPMI hoje, votando contra os requerimentos da oposição, que estava querendo a investigação, e o Governo Lula, os integrantes Parlamentares que ocuparam, que invadiram...
(Interrupção do som.)
(Soa a campainha.)
O SR. EDUARDO GIRÃO (Bloco Parlamentar Vanguarda/NOVO - CE) – Embora nós da oposição tenhamos votado a favor de tudo para investigar tudo – dos requerimentos dos governistas votamos também a favor –, eles blindaram hoje, descaradamente, como eu falei no discurso aqui.
Agora, essa retirada deles durante a CPMI é ridícula! Levantar-se e ir embora... Isso não se faz, porque a regra da boa convivência é o respeito, mas isso não me deixa nenhum tipo, Senador Magno Malta... Isso, para mim, não é nenhuma novidade, não, até porque nós tivemos, neste final de semana, lá em São Paulo, o Ministro Silvio Almeida, Ministro dos Direitos Humanos, de que a gente tanto falou aqui, que participou da parada do orgulho gay... E sabem o que ele falou lá? Ele defendeu o direito...
(Interrupção do som.)
(Soa a campainha.)
O SR. EDUARDO GIRÃO (Bloco Parlamentar Vanguarda/NOVO - CE) – Esta foi a manchete: o Ministro Silvio Almeida foi à parada do orgulho gay e defendeu o direito de existir. Ele defendeu o direito de existir! O.k., mas por que ele não defende o direito das crianças de existirem também, de nascerem?! Muito pelo contrário. Ele mostrou uma intolerância muito grande quando eu fui presenteá-lo com um símbolo mundial pró-vida, que é uma criança com 11 semanas de gestação, um bebezinho, um bonequinho de borracha.
Aliás, o brasileiro está convidado, semana que vem, em Brasília, próxima terça-feira, dia 20, para a Marcha Nacional pela Vida, que acontece aqui há mais de dez anos. E essa vai ser a maior de todas as marchas pela vida, contra o aborto, porque a aborto... Está em curso...
Último minuto, eu prometo, Sr. Presidente.
(Soa a campainha.)
O SR. EDUARDO GIRÃO (Bloco Parlamentar Vanguarda/NOVO - CE) – Está em curso a legalização do assassinato de crianças! Como diz o Dr. Ives Gandra Martins, grande jurista, talvez um dos maiores da nação, é um homicídio intrauterino, que elimina a vida do bebê e devasta a saúde da mulher. Cadê os defensores das mulheres, pois elas ficam com consequências psicológicas, mentais, emocionais para o resto da existência?! E nós estamos, hoje, com o STF querendo pautar o aborto! Já não bastando a divisão que está no país, essa é a prioridade do nosso STF!
E a gente precisa participar dessa marcha. Está todo o Brasil convidado no dia 20.
O Sr. Magno Malta (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - ES) – Senador Girão, eles não querem aprovar o Dr. Zanin. O que eles fizeram com a pauta? Ou não prestaram atenção ou é má-fé. Botaram em pauta: aborto, legalização de droga e marco temporal e mais a sabatina dele.
(Soa a campainha.)
O Sr. Magno Malta (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - ES) – Ora, tem Senadores na base do Governo que não são de esquerda, não! Eles são contra o aborto, são contra a legalização de droga. E o marco temporal, então? São contra! Botaram tudo no mesmo dia ou para afrontar ou por burrice! Tudo no mesmo dia em que indicou o Dr. Zanin. Ou é para afrontar ou é por burrice. Se eles aprovarem o marco temporal, o Dr. Zanin não vai ser aprovado por aqueles que estão na base do Governo, não! Se o Supremo vier com esta história – eu já ouvi de Senadores da base, que não são de esquerda – de legalização de droga e aborto, eles vão votar contra. Isso é má-fé ou é burrice! Qualquer um dos dois que eles estiverem fazendo, eu não tenho nada a ver com isso, mas botar tudo de uma vez só é querer afrontar.
O Sr. Jorge Kajuru (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSB - GO. Para apartear.) – Eu só queria pedir a palavra, porque, senão, fica uma tabelinha de Pelé e Coutinho entre vocês dois. Eu só não sei quem é o Pelé de ambos. E também não sei quem é o Coutinho de ambos.
Rapidamente...
(Interrupção do som.)
(Soa a campainha.)
O Sr. Jorge Kajuru (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSB - GO) – ... Girão se lembra. Foi Alvaro Dias quem me convenceu a votar no nome do indicado de Bolsonaro, o evangélico André Mendonça, que, aliás, está fazendo um trabalho extraordinário, para mim, no Supremo Tribunal Federal. Ao contrário do Kassio Nunes, que, para mim, é uma decepção.
O Sr. Magno Malta (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - ES. Fora do microfone.) – Não está nada.
O Sr. Jorge Kajuru (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSB - GO) – Claro, Magno, eu sei a sua opinião e a respeito, eu sei que você vai dizer que o André não está fazendo um bom trabalho.
Agora, vou votar a favor do Zanin pelos 40 anos... Para mim, quem não tem gratidão não tem caráter. O Presidente Lula mostra que tem gratidão, que tem caráter por tudo o que representa na vida do Presidente Lula o preparado, o simples... Ontem, o nosso amigo Alvaro Dias esteve com ele pessoalmente e com o Ministro do STJ. O Alvaro ficou impressionado com a simplicidade e com o preparo do Zanin. Portanto, vou votar favorável a ele.
Agora, eu queria colocar aqui... Eu conversei com o Magno, que até disse que vai apresentar uma emenda. E o Presidente...
(Interrupção do som.)
(Soa a campainha.)
O Sr. Jorge Kajuru (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSB - GO) – O meu amigo pessoal, mineiro, Cleitinho, que preside a sessão, diz que vai acompanhar – tenho certeza de que Girão também – o meu projeto que está engavetado. É simples o meu projeto. No meu projeto, limite da idade de cada Ministro do Supremo, mínimo, 55 anos, e término, 75 anos, não pode passar; tempo de mandato, 12 anos; e tira do Presidente da República a decisão monocrática de ele escolher o Ministro do Supremo.
O Sr. Magno Malta (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - ES) – Eu faço uma emenda...
O Sr. Jorge Kajuru (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSB - GO) – Para mim, a gente teria um conselho nacional formado por gente ilibada moral e juridicamente, e, depois, viria para a nossa posição aqui na sabatina. Esse é um projeto que deveria ser votado.
O Sr. Magno Malta (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - ES) – A minha emenda são oito anos...
O Sr. Jorge Kajuru (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSB - GO) – Você me contou já.
O Sr. Magno Malta (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - ES) – ... podendo renovar por mais oito anos, porque a palavra "podendo"...
O Sr. Jorge Kajuru (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSB - GO) – Eu, inclusive, a aceitaria.
O Sr. Magno Malta (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - ES) – ... põe o cara respeitando a Constituição, porque ele vai querer voltar para mais oito anos.
O Sr. Jorge Kajuru (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSB - GO) – Eu a aceitaria, se fosse o Relator, só que haverá um outro Relator em relação a esse projeto...
(Interrupção do som.)