Presidência durante a 90ª Sessão Deliberativa Extraordinária, no Senado Federal

Crítica ao Governo Federal e defesa da tercerização.

Autor
Eduardo Girão (NOVO - Partido Novo/CE)
Nome completo: Luis Eduardo Grangeiro Girão
Casa
Senado Federal
Tipo
Presidência
Resumo por assunto
Governo Federal, Trabalho e Emprego:
  • Crítica ao Governo Federal e defesa da tercerização.
Assuntos
Outros > Atuação do Estado > Governo Federal
Política Social > Trabalho e Emprego
Indexação
  • CRITICA, MINISTRO DE ESTADO, LUIZ MARINHO, MINISTERIO DO TRABALHO E EMPREGO (MTE), DEFESA, TERCEIRIZAÇÃO.

    O SR. PRESIDENTE (Eduardo Girão. Bloco Parlamentar Vanguarda/NOVO - CE) – Quem agradece somos nós, meu querido amigo Senador Laércio.

    Eu queria apenas fazer uma ponderação à sua fala, no sentido de parabenizá-lo por sua grandeza. O senhor demonstrou aqui uma humildade muito grande, e humildade tem força, diante de uma declaração tão equivocada do nosso Ministro sobre uma área que emprega quantos milhões hoje?

(Intervenção fora do microfone.)

    O SR. PRESIDENTE (Eduardo Girão. Bloco Parlamentar Vanguarda/NOVO - CE) – Doze milhões de brasileiros.

    O atual Ministro do Governo Lula compara a terceirização à escravidão, em pleno século XXI, e o senhor fez uma colocação que, para mim, expressa o caminho no momento que a gente vive: "Eu desculpo, vou buscar o diálogo, para que as pessoas possam compreender". Porque talvez uma declaração dessa, uma visão ideológica, possa fazer algum tipo de sentido, mas, na prática, o senhor trouxe exemplos, e eu sou testemunha disso, porque cresci dentro de empresa terceirizada. Cresci, desde pequeno.

    Meu primeiro trabalho, Senador Heinze, com sete anos – porque a empresa foi fundada pelo meu pai, que tem uma admiração muito grande pelo Senador Laércio, o Senador Laércio é pioneiro nessa área –, e eu ia passar as férias escolares, na época do telex, a entregar cartinha e tal... Comecei ali, em empresa de terceirização de limpeza e conservação. E olha o avanço gigantesco que nós tivemos ao longo desses anos! E o senhor deu um presente para este país.

    Eu acho que, por gerações e gerações, nós temos que ter gratidão ao trabalho – que não foi fácil – na Câmara dos Deputados, para construir aquele texto de uma legislação de vanguarda, mundial inclusive, e que garantiu – porque, o que se tinha... Lembra daqueles... O senhor falou aí daqueles calotes que se tinha, de empresa quebrando, porque era um setor – ainda tem muita coisa para evoluir, faz parte – em que algumas empresas recebiam dos seus contratantes e não repassavam o salário, FGTS não depositavam, uma série de coisas, e quebrava – o cara fazia mau uso do dinheiro –, e o funcionário que pagava a conta, coitado. E, a partir da lei capitaneada aqui, a lei de terceirização no Brasil, pelo Senador Laércio Oliveira, isso ficou amarrado, inclusive os impostos. O próprio contratante deduz e fica com responsabilidade, a empresa fica com responsabilidade.

    Então, são 12 milhões de empregos – é isso? Gente, 12 milhões de irmãos e irmãs com dignidade.

    A gente tem muito que agradecer. E conte comigo, tá? No que eu puder ajudar, no limite das minhas imperfeições e limitações, junto com o senhor, que é o nosso líder dessa área, para que a gente possa defender essas pessoas, e é geração de emprego, é renda e é oportunidade para muita gente no Brasil. Então, muita paz.

    Eu chamo agora o nosso penúltimo orador – o último serei eu, não é, Sabrina? –, o nosso Senador do Rio Grande do Sul, Luis Carlos Heinze, que vai fazer o seu pronunciamento, um irmão por quem tenho uma admiração profunda, aprendo muito com ele, desde o início da nossa legislatura.

    E nós vamos fazer uma ponte: depois que o senhor falar, eu vou falar. É o Ceará ligado pela BR-116 ao Rio Grande do Sul.

    Nada é por acaso. Na última sessão antes do recesso branco... E eu vou lhe dar a tolerância aqui, eu já tive a complacência, já até falei demais... Eu lhe passo a palavra agora.

    Muito obrigado.