Presidência durante a 99ª Sessão para Comparecimento de Autoridade, no Senado Federal

Agradecimento ao Presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto, por sua atuação, após a edição da Resolução 5.013 do Conselho Monetário Nacional, para viabilizar financiamentos para as áreas de indústria, comércio e serviços. Comentários sobre a redução da taxa Selic.

Autor
Vanderlan Cardoso (PSD - Partido Social Democrático/GO)
Nome completo: Vanderlan Vieira Cardoso
Casa
Senado Federal
Tipo
Presidência
Resumo por assunto
Economia e Desenvolvimento, Finanças Públicas, Fiscalização e Controle da Atividade Econômica:
  • Agradecimento ao Presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto, por sua atuação, após a edição da Resolução 5.013 do Conselho Monetário Nacional, para viabilizar financiamentos para as áreas de indústria, comércio e serviços. Comentários sobre a redução da taxa Selic.
Publicação
Publicação no DSF de 11/08/2023 - Página 49
Assuntos
Economia e Desenvolvimento
Economia e Desenvolvimento > Finanças Públicas
Economia e Desenvolvimento > Fiscalização e Controle da Atividade Econômica
Indexação
  • AGRADECIMENTO, PRESIDENTE, BANCO CENTRAL DO BRASIL (BACEN), ROBERTO CAMPOS NETO, RESOLUÇÃO, CONSELHO MONETARIO NACIONAL (CMN), FINANCIAMENTO, INDUSTRIA, COMERCIO, SERVIÇO, FUNDO CONSTITUCIONAL DE FINANCIAMENTO DO CENTRO-OESTE (FCO), FUNDO CONSTITUCIONAL DE FINANCIAMENTO DO NORTE (FNO), FUNDO CONSTITUCIONAL DE FINANCIAMENTO DO NORDESTE (FNE), COMENTARIO, REDUÇÃO, TAXA SELIC.

    O SR. PRESIDENTE (Vanderlan Cardoso. Bloco Parlamentar PSD/Republicanos/PSD - GO) – Obrigado, Senador Cleitinho.

    Presidente, nós encerramos esse bloco. Tem outros Senadores e Senadoras inscritos, mas estão ausentes. Antes de passar a palavra para V. Exa., eu quero fazer aqui algumas considerações, porque, em seguida, nós vamos terminar essa arguição pública, mas eu não posso deixar aqui, como Presidente da CAE, de mencionar as inúmeras vezes em que nós o convidamos, ou, às vezes, até mesmo por ligações telefônicas, para tirar várias dúvidas, e V. Exa. sempre nos atendeu – e não somente a mim, mas a toda aquela Comissão, Senadoras e Senadores –, e a forma educada com que V. Exa. trata todos nós.

    Mas eu quero deixar aqui, Senador Rogerio Marinho, Senador Chico Rodrigues, que este é o momento, Damares, de a gente também agradecer, como fez V. Exa.

    Nós temos aí os nossos fundos constitucionais – Norte, Nordeste, Centro-Oeste –, e a nossa indústria, comércio e área de serviços têm um tratamento totalmente diferenciado do agro. No agro, com muita competência, quando se contratava um financiamento, ele já tinha a única opção de ter juros pré-fixados, ou seja, no dia do contrato, assinou a primeira prestação, vai até o final. Já na área de serviços, do comércio e da indústria, era o pós-fixado. E, quando os juros disparam – como foi o caso da Selic –, muita gente quebra. Muita gente fechou as portas.

    Ao levar ao Presidente do Banco Central essa preocupação, e já com uma resolução pelo MDR, do Senador Rogerio, para que essas três áreas – indústria, comércio e serviço – tivessem o mesmo tratamento, ou seja, o empresário que fosse ao FCO, FNO ou FNE pleitear os financiamentos poderia escolher no pós ou no pré-fixado – eu fui o coordenador desse grupo de trabalho, tive a ajuda de Parlamentares do Nordeste, do Norte e do Centro-Oeste –, ali nós conseguimos, através da resolução do Conselho Monetário Nacional, a Resolução 5.013. E aqui eu quero deixar meu agradecimento, porque não fosse com o apoio de V. Exa., nós não teríamos conseguido e hoje esses fundos constitucionais estariam com sérios problemas. Creio que, com a redução dos juros, isso será melhor ainda, porque hoje os juros ainda estão altos.

    Então, Presidente, nós como Parlamentares, quando chegamos às nossas bases ultimamente, até mesmo as crianças, jovenzinho de 14, 15 anos – já contei isso para V. Exa. –, Senadora Damares, de tanto discutir juros, de tanto pôr culpa no Presidente do Banco Central... Era discussão em qualquer reunião, mas essa me marcou porque um jovem de 14 anos, quando a gente estava na reunião, chegou para mim, depois de a gente falar, e disse: "Olha, Senador, nós queremos saber o seguinte: quando é que vocês vão conseguir baixar os juros? Isso é o que importa para nós". Eu falei: "Mas por que lhe interessa a baixa dos juros? Você está fazendo algum financiamento?". "Não, meu pai está me dando um computador, mas disse que só vai dar depois que baixarem os juros". Então, virou uma discussão nacional.

    Esse jovem aí e muitas pessoas que não têm, às vezes, a idade que a gente tem – já vou passando 60 anos – não se lembram, Presidente, da época dos planos que nós passamos, Plano Sarney, Plano Bresser, confisco de poupança, inflação de 80% ao ano. Então, nós que temos essa idade aí sofremos muito e temos pavor de inflação.

    Então, nós só temos, Presidente, a lhe agradecer porque o senhor conduziu isso de uma forma correta – e com muita pressão. Imagino na época de eleição, porque muitos chegavam para nós: "Por que essa taxa de juros não baixa?". Aí V. Exa. conduziu porque tinha os números nas mãos. E, agora, nós estamos colhendo os frutos dessa política da baixa de juros, que o senhor segurou aí a duras penas, mas com consistência, com os pés no chão. Eu quero aqui, presidindo esta sessão hoje, lhe agradecer – sei que nós temos aí alguns pontos a ajustar e vamos ajustar esses pontos, eu sou muito otimista – por isso.

    Tem aqui outras anotações que eu fiz em forma de agradecimento, mas devido ao horário...

    E vejo aqui, Presidente, que a Senadora Margareth chegou – quer usar da palavra, Senadora? A senhora está inscrita –; em seguida, a sua resposta.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 11/08/2023 - Página 49