Discurso durante a 105ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Destaque ao lançamento do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC) pelo Governo Federal.

Elogios ao livro de Cristiano Silva sobre Roberto Carmona, repórter e comentarista esportivo.

Autor
Jorge Kajuru (PSB - Partido Socialista Brasileiro/GO)
Nome completo: Jorge Kajuru Reis da Costa Nasser
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
Governo Federal:
  • Destaque ao lançamento do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC) pelo Governo Federal.
Desporto e Lazer, Imprensa:
  • Elogios ao livro de Cristiano Silva sobre Roberto Carmona, repórter e comentarista esportivo.
Publicação
Publicação no DSF de 16/08/2023 - Página 47
Assuntos
Outros > Atuação do Estado > Governo Federal
Política Social > Desporto e Lazer
Outros > Imprensa
Indexação
  • ELOGIO, LANÇAMENTO, PROGRAMA DE ACELERAÇÃO DO CRESCIMENTO (PAC), GOVERNO FEDERAL, IMPORTANCIA, RECUPERAÇÃO, INCLUSÃO SOCIAL, GESTÃO, LUIZ INACIO LULA DA SILVA.
  • ELOGIO, LIVRO, AUTORIA, JORNALISTA, ESTADO DE GOIAS (GO), REFERENCIA, REPORTER, ESPORTE, TRABALHO, RADIO.

    O SR. JORGE KAJURU (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSB - GO. Para discursar.) – Abraço, amigo especial, voz digna da nossa Paraíba amada e dono de um português escorreito Veneziano Vital do Rêgo, presidindo, como sempre, a sessão e muito pontual.

    Eu falo português escorreito, porque, nesta tribuna, diante de Ruy Barbosa, eu não vou dizer o nome dele, não é nenhum dos atuais Senadores de Goiás, não. Mas um Senador de Goiás, no primeiro ano de mandato, em 2019, subiu nesta tribuna e disparou as seguintes preciosidades: ele falou "pobrema" e falou "o pessoal foram".

    O Tasso Jereissati e o Jaques Wagner vieram dizer para mim: "Kajuru, ele é de Goiás?". Eu falei: "Finge que não é!". Porque é duro – não é? – falar "pobrema" e "o pessoal foram"!

    Coitado do nosso Ruy Barbosa!

    Bem, brasileiros e brasileiras, minhas únicas vossas excelências, volto a esta tribuna, para variar, o primeiro a usar a palavra, porque o Novo PAC é um programa de aceleração do crescimento lançado na última sexta-feira pelo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A importância do programa pode ser medida por uma declaração marcante do Chefe do Executivo – abrem-se aspas: "Hoje começa o meu Governo" – fecham-se aspas. Assim enfatizou o Presidente Lula, explicando que, até agora, a grande preocupação foi a de reparar o que desandou nos últimos quatro anos de um governo desastroso, com a recuperação por parte do Governo Lula das várias políticas de inclusão social.

    Assim como os programas direcionados para reduzir as desigualdades, o Novo PAC significa a retomada de mais uma bandeira das gestões petistas anteriores – reconheçam ou não –, um indicativo essencial, num país em desenvolvimento, da necessidade de se priorizar os chamados projetos estruturantes.

    O primeiro PAC é de janeiro de 2007, que foi o início do segundo mandato de Lula. O segundo programa foi lançado em 2011, primeiro ano de Dilma Rousseff na Presidência da República. No Lula 3, o Novo PAC tem o foco voltado para questões ambientais e diretamente relacionado à transição ecológica. Inclui, ainda, novos eixos como a preocupação em levar internet de alta velocidade a todas as escolas públicas e unidades de saúde.

    Os projetos serão divididos em grandes áreas: transportes; infraestrutura urbana; água para todos; inclusão digital e conectividade; transição e segurança energética, infraestrutura social e defesa.

    O Executivo promete investimentos federais, senhoras e senhores, da ordem de R$371 bilhões ao longo de quatro anos. Mas o novo PAC deverá contar também com recursos das estatais, financiamentos de bancos públicos e privados por meio de concessões e PPPs, as parcerias público-privadas. Isso leva à expectativa de que, incluindo iniciativas da Petrobras, maior empresa do país, os investimentos atinjam – prestem atenção! – mais de R$1 trilhão em quatro anos. É muito dinheiro e grandes possibilidades de que sejam alavancados setores estratégicos da economia, com consequências positivas em vários níveis.

    O Governo Federal acredita, por exemplo, que o novo PAC pode gerar até 4,5 milhões de empregos diretos e indiretos – que saudades de isso acontecer! É bastante ambiciosa a meta do Programa de Aceleração do Crescimento, que, a meu ver, Presidente Veneziano, deveria começar pela finalização da metade das obras paradas dos PACs anteriores. Evitar a descontinuidade e a paralisação de obras será fundamental para firmar a credibilidade do Programa de Aceleração do Crescimento. Com o alicerce da credibilidade, o PAC, em nova versão, tem tudo para deslanchar, sobretudo com o Governo Federal mostrando o cuidado de revestir da mais absoluta transparência todo o processo de implantação do programa – concluo –, dotado de um vigor, para mim, capaz de mudar o futuro de nossa pátria amada.

    Deus e saúde a ela, a todos e todas aqui na Casa, na TV Senado, na Rádio Senado, na Agência Senado, nas redes sociais! Uma ótima semana para todos nós e vamos trabalhar!

    Rapidamente, para não passar do tempo, pois nunca passo – desculpem a modéstia, mas sou o mais disciplinado com o tempo aqui –, registro o livro de Roberto Carmona, um dos mais exímios repórteres esportivos do Brasil. Trabalhou simplesmente com Osmar Santos, na Rádio Globo, e comigo, quando comecei a carreira em São Paulo, com Fausto Silva, com Juarez Soares e outros.

    O livro de Roberto Carmona, falecido, lá no colo de Deus, é extraordinário. Acabei de ler ontem. Escrito por um jornalista que adoro, que é o goiano Cristiano Silva, o livro está na internet, à disposição de todos os ouvintes do romântico rádio brasileiro. Roberto Carmona, uma reserva moral da comunicação.

    Agradecidíssimo.

    O SR. PRESIDENTE (Veneziano Vital do Rêgo. Bloco Parlamentar Democracia/MDB - PB) – Nossos cumprimentos e o reconhecimento da Mesa ao que de fato não é imodéstia de V. Exa. pelo cumprimento rigoroso e disciplinado do tempo disponibilizado.

    E junto às suas palavras, Senador Jorge Kajuru, inclusive tinha preparado em momento oportuno, farei uso para lê-lo exatamente sobre esse tema que V. Exa. aborda. Na última sexta-feira, eu não tive a oportunidade de me fazer presente com obrigações em nosso estado – não sei se V. Exa. teve esta oportunidade –, que foi celebrar junto ao Presidente Luiz Inácio Lula da Silva e...

    O SR. JORGE KAJURU (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSB - GO) – No Rio, não é?

    O SR. PRESIDENTE (Veneziano Vital do Rêgo. Bloco Parlamentar Democracia/MDB - PB) – No Rio.

    E tantos outros companheiros, agentes públicos, agentes políticos, autoridades do estado e demais outros que lá se fizeram, chamados para conhecer essas demandas.

    O Presidente Lula quando afirma que agora, passados sete meses, tem a sensação que, de fato, fará aquilo que mais gosta, é exatamente ver desabrocharem iniciativas que estão inseridas no plano de aceleração do crescimento.

    Porque esses sete meses que já se permitiram ser frutuosos – os próprios resultados mostram isso, os novos encaminhamentos na economia, a nova dinâmica das relações institucionais, a nova recomposição de políticas outrora não vistas, principalmente quando nós aludimos a setores, segmentos da nossa sociedade que ficaram marginalizados, sem terem o direito e as oportunidades para fazer o bom debate político porque foram travados todos os canais de acesso como pelos ministérios que não se permitiam fazê-lo –, o Presidente lança o Plano de Aceleração do Crescimento com a participação de instituições estatais, fundamental para complementação desse valor que ultrapassa R$1,5 trilhão, computadas todas as fontes, e se farão de fato notáveis mudanças de cenários Brasil afora. E por que falo com esse carinho? Porque eu vivenciei essa realidade...

    O SR. JORGE KAJURU (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSB - GO) – Claro.

    O SR. PRESIDENTE (Veneziano Vital do Rêgo. Bloco Parlamentar Democracia/MDB - PB) – ... Senador Jorge Kajuru, quando eu fui Prefeito de Campina Grande. Em 2005, quando nós iniciávamos o nosso primeiro...

    O SR. JORGE KAJURU (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSB - GO) – E lá fez história como Prefeito.

    O SR. PRESIDENTE (Veneziano Vital do Rêgo. Bloco Parlamentar Democracia/MDB - PB) – Graças a Deus temos muito a mostrar. E algumas dessas obras que nós idealizamos e que nós realizamos em Campina durante oito anos tiveram a marca dessa parceria com o Presidente Lula no seu primeiro Governo, sequenciando-se no segundo, e sob a gestão da então Ministra Dilma Rousseff.

    Eu me recordo de que três grandes projetos de urbanização – e aí quando nós falamos sobre urbanização, incluímos saneamento, drenagem, pavimentação e até mesmo nos estendendo à construção de unidades residenciais e unidades escolares, que foram feitas –, me recordo muito bem e vibro dia após dia porque não há nada de que mais goze o gestor senão de poder ver o seu esforço compartilhado com todo um grupo de uma gestão e de outros parceiros, como foi o Presidente Lula à época, se permitir ver o saborear a alegria dos olhos estampados por tantas famílias que se beneficiaram como em São Januário.

    Recordo-me do novo bairro do Araxá, um bairro de inúmeras vulnerabilidades. Ontem mesmo eu tive a oportunidade de, em Campina, Senador Paulo Paim, já lhe convidando a ocupar a sua tão habitual, o seu tão habitual local de explanação, a tribuna, já ocupada pelo Senador Jorge Kajuru, ontem nós estávamos em uma dessas regiões, reabrindo o restaurante popular, que foi uma das marcas dos primeiros Governos do Presidente Lula e da Ministra – e depois Presidenta – Dilma Rousseff.

    Campina Grande viveu, à época, uma realidade onde eram servidas 7 mil refeições, 9 cozinhas comunitárias, dois restaurantes populares, servindo essas refeições com uma cadeia, Senador Paulo Paim – V. Exa. bem o sabe –, que beneficiava o agricultor familiar, cujas produções eram adquiridas. Nós tínhamos o Banco de Alimentos, nós tínhamos toda uma rede capaz de poder fazer, de fato, uma política de segurança alimentar, mas com um olhar mais amplo, que chegava até os agricultores familiares.

    Passamos um tempo, depois de oito anos nas gestões que nos sucederam esse programa não foi levado adiante, mas ontem a gestão atual – e aí eu quero saudar na Presidência o Prefeito Bruno Cunha Lima, que teve a disposição de reabrir essa primeira unidade. E hoje pela manhã, Senador Jorge Kajuru, como é o perfil daqueles que estão à frente dos ministérios, eu fui recebido em audiência pelo nosso companheiro, Senador Wellington Dias, exatamente para rogar ao Ministro Wellington Dias condições para que recursos sejam disponibilizados e as demais outras unidades que foram fechadas possam ser reabertas.

    Por que estou fazendo toda essa alusão? É porque também incluídos estavam, dentro desse grande projeto redentor à época – e não há como desconhecer, com essa mesma capacidade e com esse mesmo vigor redentor –, a atualidade do Plano de Aceleração do Crescimento, nele estando alguns projetos de suma importância para o nosso Estado da Paraíba.

    Então, eu quero abraçá-lo, saudá-lo, na condição também de Líder do Governo no Senado Federal, por fazer as menções congratulatórias à iniciativa do Presidente e de todos aqueles que elaboraram os projetos, saudando a todos os Governadores e todas as autoridades que apresentaram as suas demandas a pedido do Presidente Lula.

    O SR. JORGE KAJURU (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSB - GO. Pela ordem.) – Um aparte rápido.

    Presidente Veneziano Vital do Rêgo, como estamos em três aqui no Plenário, como sempre, Paim, eu o senhor – daqui a pouco chegam os demais que estão nos seus gabinetes, trabalhando evidentemente –, e Paim com a educação rara que tem passou e disse... Ah, Izalci, como sempre, também chega. Adora falar, mas nunca fala na nossa frente. Ele adoraria...

(Intervenção fora do microfone.)

    O SR. JORGE KAJURU (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSB - GO) – Brincadeira.

    Na sexta-feira, o Ministro Padilha compreendeu a minha ausência lá no Rio de Janeiro, e o senhor falou de um dia histórico, o programa PAC, que merece o reconhecimento de todo o Brasil do bem. Para não reconhecer você precisa ser ignorante ou fanático politicamente – graças a Deus, eu não sou nenhum dos dois, embora a ignorância seja a maior multinacional do mundo, infelizmente. Mas eu participei e quero comunicar aqui, e sei que principalmente o senhor e o Paulo Paim vão ficar felizes... Quem está na tribuna agora, é o Izalci?

    O SR. PRESIDENTE (Veneziano Vital do Rêgo. Bloco Parlamentar Democracia/MDB - PB) – Senador Izalci.

    O SR. JORGE KAJURU (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSB - GO) – Você tomou o lugar o Paim, Izalci? (Risos.)

(Intervenção fora do microfone.)

    O SR. JORGE KAJURU (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSB - GO) – Você não pode fazer isso como Paim! (Risos.)

    Só trocou. O Paim é tão educado que trocou com Izalci – mas o Izalci é sempre importante da tribuna.

    Mas penso que, mesmo não sendo da base do Governo, o Izalci, que é um homem coerente e independente, também vai ficar feliz com essa notícia. Eu participei de um dia histórico em São Miguel do Araguaia, onde estiveram 500 dos maiores produtores rurais do Brasil. E, por isso, o Ministro Padilha falou: "Kajuru, você tem que ficar ausente. Vai lá. " E fui o único político convidado, não de Goiás, o único político do Brasil convidado. E lá estive.

    E o Ministro Fávaro, que vem dando um show no Ministério da Agricultura, participou e fez uso da palavra, por videoconferência. Foi aplaudido de pé. Eu fiquei muito feliz do reconhecimento de empresários, de produtores rurais, do agro. E o principal deles que se chama Vinícius Ferreira disse o seguinte: "Nós somos Brasil, Senador Kajuru. Nós não somos Lula, Bolsonaro, fulano, beltrano. Nós queremos um Presidente que respeite o agro, que respeite os produtores rurais. E nós temos que reconhecer que foi o Governo Lula quem mais, na história deste país, investiu no agronegócio."

    Então, você ver o reconhecimento dessa classe em relação ao que representou Lula e ao que está fazendo Lula em seis meses de Governo, agora sete, o que não aconteceu nos quatro anos do Bolsonaro, sejamos sinceros, embora eu, independente também, mesmo Vice-Líder do Governo Lula, reconheça que a Ministra Tereza Cristina fez um trabalho extraordinário. Tenho admiração por ela e sou amigo pessoal dela, como de tantos outros Senadores bolsonaristas, que vão inclusive à minha casa, e eu não misturo as coisas.

    Agora, o que o Lula fez até agora para o agro está sendo reconhecido. O que o Ministro da Agricultura fez, o Plano Safra, foi motivo de aplauso, Presidente Veneziano; o investimento agora de quase meio bilhão de reais do Ministério da Agricultura; o financiamento, que era o único ponto positivo que aconteceu apenas em um ano de Governo Bolsonaro, o Lula já começou a fazer agora e vai ter em todo o seu Governo. Então você ver essa classe reconhecendo o que está acontecendo é para mim prazeroso. Por isso que eu fiquei muito feliz e achei que foi um dia histórico vivido por mim, que anteriormente levei 700 empresários, presencialmente, com o Vice-Presidente Alckmin e com Carlos Fávaro, que estava em Tóquio, no Japão, participando por videoconferência, conversando com os empresários. E ambos também aplaudidos de pé. Isso é importante dizer, porque infelizmente eu não li nenhuma notícia como essa na imprensa. É só dizer que o agro tem ódio do Governo Lula, que o agro tem problemas com o Governo Lula... Não, é só você conversar com os empresários. Eles reconhecem o que está acontecendo e não têm lado político esses empresários. Eles são patriotas.

    É isso que eu queria registrar.

    Muito obrigado


Este texto não substitui o publicado no DSF de 16/08/2023 - Página 47