Pela ordem durante a 106ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Voto de pesar pelo falecimento de Léa Lucas Garcia de Aguiar, ex-esposa do Ex-Senador da República, Abdias do Nascimento.

Autor
Paulo Paim (PT - Partido dos Trabalhadores/RS)
Nome completo: Paulo Renato Paim
Casa
Senado Federal
Tipo
Pela ordem
Resumo por assunto
Homenagem:
  • Voto de pesar pelo falecimento de Léa Lucas Garcia de Aguiar, ex-esposa do Ex-Senador da República, Abdias do Nascimento.
Publicação
Publicação no DSF de 17/08/2023 - Página 35
Assunto
Honorífico > Homenagem
Indexação
  • VOTO DE PESAR, MORTE, ESPOSA, EX-SENADOR, ABDIAS DO NASCIMENTO.

    O SR. PAULO PAIM (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RS. Pela ordem.) – Obrigado, Presidente Veneziano.

    Eu apenas quero apresentar, rapidamente, um requerimento nos seguintes moldes:

    Sr. Presidente, requeiro, nos termos do art. 221, I, do Regimento Interno do Senado Federal, a inserção em ata de voto de pesar pelo falecimento de Léa Lucas Garcia de Aguiar, ex-esposa do grande Abdias do Nascimento, Senador da República. E, claro, que aqui eu solicito a apresentação de condolências à família e ao mundo artístico.

    Justificativa, Sr. Presidente.

    Diva do teatro negro brasileiro, uma das maiores atrizes brasileiras de todos os tempos, Léa Lucas Garcia de Aguiar nasceu no Rio de Janeiro e faleceu lá em Gramado, no meu Rio Grande do Sul, no dia 15 de agosto de 2023. Estava já com 90 anos. Iniciou no teatro aos 16. Trabalhou em teatro, televisão, cinema, venceu barreiras e se consolidou no meio artístico nacional e internacional. Foi indicada ao prêmio de melhor interpretação feminina no Festival de Cannes, em 1957, por sua atuação no filme Orfeu Negro, vencedor do Oscar de melhor filme estrangeiro. Uma das primeiras atrizes negras da televisão brasileira, com mais de cem produções de cinema e teatro, que teve no currículo incluídos quatro troféus Kikito, de Gramado. Agora, seria homenageada novamente, com mais de 90 anos, no Festival de Cinema de Gramado, com o troféu Oscarito, pelo conjunto da obra.

    Conforme sua biografia, tornou-se atriz em um momento da história em que esse não era um trabalho comum para mulheres negras. Filha de Stella Lucas Garcia e José dos Santos Garcia, passou a morar com seus avós aos 11 anos, quando sua mãe morreu. Desde jovem, demonstrou o desejo de se envolver com o universo artístico, mas em outro campo: queria cursar Letras para ser escritora. Foi casada, como eu disse, com Abdias do Nascimento, poeta, político, Senador, ativista dos direitos humanos, um lutador, um marco para a população negra.

    Léa Garcia – e aqui eu termino, Sr. Presidente –, companheira de causas nobres, de boas lutas contra todo tipo de discriminação e racismo, lutadora pelos direitos humanos e pela vida. É este o voto de pesar.

    Agradeço a tolerância mais uma vez de V. Exa.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 17/08/2023 - Página 35