Pronunciamento de Zenaide Maia em 22/08/2023
Discurso durante a 110ª Sessão Especial, no Senado Federal
Sessão Especial destinada a celebrar os 10 anos do Programa Jovem Senador.
- Autor
- Zenaide Maia (PSD - Partido Social Democrático/RN)
- Nome completo: Zenaide Maia Calado Pereira dos Santos
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discurso
- Resumo por assunto
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Atuação do Senado Federal,
Homenagem:
- Sessão Especial destinada a celebrar os 10 anos do Programa Jovem Senador.
- Publicação
- Publicação no DSF de 23/08/2023 - Página 19
- Assuntos
- Outros > Atuação do Estado > Atuação do Senado Federal
- Honorífico > Homenagem
- Matérias referenciadas
- Indexação
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- SESSÃO ESPECIAL, COMEMORAÇÃO, PROGRAMA JOVEM SENADOR, SENADO, PARTICIPAÇÃO, JUVENTUDE, PROCESSO LEGISLATIVO, COMENTARIO, ATUAÇÃO, MULHER, EVENTO, DIREITO A IGUALDADE.
A SRA. ZENAIDE MAIA (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSD - RN. Para discursar.) – Bom dia a todos e a todas aqui presentes.
Quero aqui cumprimentar o meu amigo, que está presidindo esta sessão, o Sr. Senador Paulo Paim; a nossa Diretora-Geral do Senado Federal, Sra. Ilana Trombka; o Consultor-Geral do Senado Federal, o Sr. Danilo Augusto Barboza de Aguiar; a Secretária-Geral da Mesa Adjunta do Senado Federal, Sra. Sabrina Silva Nascimento; a Diretora da Secretaria de Comunicação Social do Senado, a Sra. Erica Ceolin; e o Presidente da Mesa Jovem, o Sr. Pedro Manoel de Souza Silva Neto.
Minhas amigas e meus amigos, pensem como meus olhos brilham quando vejo jovens, homens e mulheres, se conscientizando de que as decisões da vida são políticas. Isso é algo importantíssimo!
Hoje, este Senado e nós, Senadoras e Senadores, devemos mais ouvir que falar. É a vez do povo que dirige os rumos de nossa nação. E nada melhor do que ouvir, acolher e entender o que pensam, sonham, querem os adolescentes e jovens que, hoje, estão aqui nos visitando e vão se tornar as lideranças do nosso país amanhã. E eu até sempre digo que o jovem não pode ser só o amanhã; ele já tem que ser hoje – ouviu, Paulo Paim?
Esses meninos e meninas que nos visitam hoje, nesse lindo Projeto Jovem Senador, podem estar sentados nessas cadeiras amanhã, podem também ocupar a Presidência deste Senado, a Presidência da República, o comando de grandes empresas ou escolher profissões em que estarão atendendo, quem sabe, a nós mesmos que estamos aqui hoje e a nossos netos e bisnetos.
Neste ano, temos 20 jovens Senadoras e 7 jovens Senadores, algo que me alegra e que me mostra que, apesar de fazer menos de cem anos que nós mulheres pudemos votar e ser votadas, nos dez anos de edições do programa Jovem Senador, seis Presidentes mulheres foram eleitas. Vocês servem de exemplo e isso é a prova viva de que, onde depende de educação... A gente sabe que, na nossa educação também, até para aprender a ler e escrever, foi difícil deixarem a gente fazer isso. Hoje, no país, a gente pode dizer que naquilo que depende de processo seletivo nós mulheres avançamos muito, mas naqueles lugares de poderes decisivos a gente ainda está bem distante. Fico feliz aqui de ver que nesta mesa estão três mulheres, comigo, quatro mulheres, então a gente está em pé da igualdade, eu acho, mais ou menos.
Só quatro vieram de capitais – isso é importante também saber –, os demais são estudantes de municípios do interior, incluindo Florânia, do meu Rio Grande do Norte, no RN, que fica a 220km de Natal, aproximadamente.
Quero aqui saudar e dar meu abraço fraterno e cheio de admiração à jovem Caelis Eduarda Silvério da Silva, primeira colocada estadual do Rio Grande do Norte no programa Jovem Senador, em 2023. Caelis é aluna da Escola Estadual Teônia Amaral, do Município de Florânia – também lembro aqui que Vitória, que é da Bahia, foi eleita Presidente este ano –, homenagem que se estenda à Profa. Judileide Silva Morais de Azevedo e ao Diretor Ivanaldo Guedes da Silva. Isso prova o quê, gente? Que o que a gente precisa mesmo é de uma educação pública de qualidade.
O que a gente tem que mostrar é que o Estado brasileiro tem que interiorizar a educação pública, porque todos nós sabemos que a educação pública de qualidade em tempo integral é a única – não é só a única, mas é a maior – prevenção da violência. Nisso a gente não está inventando o oito. Os países que quiseram se desenvolver – lembrando aqui –, mesmo aqueles que não têm esse olhar humano e social, para se desenvolverem também economicamente precisam de uma educação pública de qualidade. E vocês, jovens, não tenho dúvida de que são multiplicadores disso.
Saibam que derrotamos ditaduras pavorosas neste país e reconquistamos nosso direito de dar opinião sem sermos presos, torturados ou mortos. Que a democracia é o melhor terreno para semear direitos...
(Soa a campainha.)
A SRA. ZENAIDE MAIA (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSD - RN) – ... igualdade, justiça social e desenvolvimento sustentável.
Eu sou integrante da Comissão de Direitos Humanos do Senado, que é o colegiado que primeiro analisa os projetos de lei propostos por Jovens Senadores. Então, aproveito para dizer a vocês, meus amigos e minhas jovens amigas – quem sabe futuros Parlamentares –: bebam desse aprendizado nesta Casa, saibam que o Congresso Nacional é a Casa de vocês e que estamos aqui para lutar pela dignidade do nosso povo, por mais difícil que seja, acreditando na política, em meio a tantos escândalos.
A geração de vocês tem desafios enormes. Eu costumo dizer que, por mais que se tenha um bom governo, é sempre possível fazer mais, e é esse pensamento que nos alavanca, que nos leva além.
Mas eu queria fazer um apelo aqui, como já se encerrou o meu tempo, e dizer o seguinte: o que vocês e a gente mais ouvimos neste país, muitas vezes, é "Eu não tenho nada a ver com política". Acho que todas e todos aqui já ouviram isso. Como não temos nada a ver se são decisões políticas que dizem qual vai ser o nosso salário, qual vai ser a nossa carga horária de trabalho, qual vai ser a nossa idade para nos aposentarmos? E, se tudo isso não bastar, como não temos nada a ver se é uma decisão política que diz os valores, os recursos que vão para a nossa educação pública, para a nossa saúde pública, evitando que as pessoas morram de mortes evitáveis, e para a nossa segurança pública?
Então, amigas e amigos, familiares de todo o Brasil, precisamos, sim, mulheres e homens, participar de todas as decisões que definem nossa vida, e sem a democracia a gente não tem nada disso.
Muitíssimo obrigada, Paulo. (Palmas.)