O SR. PRESIDENTE (Magno Malta. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - ES. Para discursar - Presidente.) – Bem, neste momento, após ouvir o Presidente da convenção, o jovem pregador Abdalla... Eu me lembro de que eu era muito jovem também quando comecei a pregar. Esta é uma expressão de que todos gostam: jovem pregador, e há uma música também do Padre Zezinho que fala do jovem pregador.

    Eu tenho dito desta tribuna que a injustiça que se pratica hoje no país há de se tornar um adubo, a justiça se converterá em adubo para florescer – e vai florescer! Quando a Bíblia diz: "Rogai [...] ao Senhor da seara [para] que mande obreiros", essa injustiça fará florescer. Pessoas com sentimento de justiça, pregadores, assaltados por um sentimento de vida e de valores, com coragem, de forma destemida, estão colocando as suas energias e a sua juventude a serviço do reino de Deus.

    Ele é geração Calebe. Você é geração Calebe, você é geração Josué. Eu já sou geração Moisés; nós somos geração Moisés, nós já estamos subindo a montanha.

    Penso que, por isso, jovem pregador... Meu amigo ali, Pastor Edmilson Braga, que é geração Moisés – Abraão, não; Matusalém também é muito difícil para ele... (Risos.)

    É geração Moisés, Pastor Adair. Nós somos geração Moisés.

    Penso que, quando Moisés manda os espias virem a terra, ele não tinha razão nenhuma de mandar dois meninos irem juntos, dois adolescentes irem juntos, mas mandou assim mesmo. Penso até que havia alguma desconfiança naqueles anciãos, porque para que aqueles dois meninos lá? Eles até acham a terra muito boa, mas viram algo que eles não esperavam: tinha gente lá dentro – muito grande, muito gigante. E, quando você vê algo muito gigante, uma proposta que não lhe é... Se você não é sufista e olha uma onda, essa proposta não é para você. A onda é muito grande. Nós estamos vivendo diante de uma onda muito grande e ficamos nos perguntando: "Nós não somos surfistas aqui no Brasil. Como é que essa onda toda veio? Vai nos engolir". Eles voltam, e aí a minha imaginação começa a voar. Moisés reúne todo mundo e fala: "Como é que foi lá?". Aí o mais ancião, o relator do GT (Grupo de Trabalho) – Batista gosta disso – diz...

(Intervenção fora do microfone.)

    O SR. PRESIDENTE (Magno Malta. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - ES) – É por isso que eu sei dessas coisas.

    Continuando, um diz: "A terra é boa, é como Deus falou. É Canaã mesmo". O ancião pergunta: "E você?". Ele responde: "Também. É boa, boa, muito boa a terra." E o outro fala: "Mas tem um problema. Lá está cheio de gigantes. Nós não podemos enfrentar. É grande demais, é uma loucura. E a terra é deles". Aí pergunta para Calebe, o menino: "O que é que você viu?". Ele falou: "Nada do que eles viram". E o relator diz assim: "Está me desrespeitando? Eu sou um ancião. A minha idade, a caminhada que eu fiz... Olha, eu vou comunicar seu pai". E perguntou para o outro, Josué, que falou: "Não, eu fico como o relator, Calebe. Também não vi nada". E perguntou: "Mas como não viu nada? Eles estão mentindo?". Responderam: "Não, eles viram, mas eles viram o que nós não vimos. Eles viram gigantes, mas nós vimos Deus". Por isso, os meninos entraram na terra. Quem vê gigante vai ter que subir a montanha, porque só entra na terra quem vê Deus.

    Então, o que o Brasil está vivendo... Eu estou na tribuna do Senado da República, eu estou na Presidência do Senado da República. Essa geração Calebe e essa geração Josué são vocês; alguns de nós somos geração Moisés. Vocês, de fato, de forma ousada, estão colocando suas energias e disposição e crendo na sua vocação, porque quem não tem vocação e vai para um ministério comete uma grande loucura, porque lidar com gente não é coisa fácil. E a loucura de aceitar essa proposta é porque, de fato, abriu mão de tanta coisa em nome de aceitar essa vocação.

    Então, como o jovem, há os jovens, há uma geração de Calebe e Josué também na vida pública brasileira, mas é preciso que tenham conteúdo na palavra, conteúdo de palavra. O Brasil não precisa de nada mais, nada menos do que acreditar dessa forma – dessa forma –, para que essas crianças aí tenham um futuro conforme o entendimento do nosso presente.

    Eu quero parabenizar a todos. O que vimos aqui foi uma série de sermões que falaram ao nosso coração – nós estamos ao vivo –, ao coração do Brasil. Eu tenho recebido aqui... Eu fico vendo aqui que o país inteiro está assistindo a esse momento absolutamente importante, quando se comemoram esses 120 anos dos Batistas do Estado do Espírito Santo, e a essa palavra tão assertiva, fechando esse momento do nosso Presidente da Convenção Batista do Estado do Espírito Santo, geração Calebe, geração Josué, como você, você. Você é geração Calebe, geração Josué, é quem briga, é quem encara, é quem não dá um passo atrás, é quem vai adiante, é quem de fato está escolhido para poder entrar na terra.

    Eu quero comunicar que esses Pastores que estão aqui, neste momento, assistindo estudaram no Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil. Um deles está aqui, o Pastor Paulo Lomba, que lá está e que hoje me assessora aqui. (Palmas.)

    Ele já foi Presidente da Convenção Batista aqui do Distrito Federal.

    Pastor Aldemir, lá na Bahia; Pastor Eli Fernandes, em São Paulo; Antônio Malta, lá em Guarapari, seu amigo; Pastor Daniel, lá em Itororó, na Bahia; Pastor Delio Nery, em Itabuna; Pastor Antônio Alcântara, em Itagibá; João Félix, na Paraíba; Raimundo Goodgloves, também na Bahia; Marcos Vila Flor, aqui em Brasília, que também já pertenceu a essa convenção; Pedro Serafim, lá em Pernambuco; Jonas Vitorino, lá em Mato Grosso; Paulo Lomba, que eu tenho o prazer de ter comigo na minha equipe; Pastor José Lima, em Teixeira de Freitas, na Bahia; Pastor Judson, em Salvador... Se eu fosse ler o nome de todo mundo que está mandando mensagem e dizendo que está, de fato, sendo abençoado... Passa muito mais de uma sessão comemorativa, pois se reveste de uma importância...

    Não se esqueçam nunca mais do dia 22 de setembro de 2023. Adiante nós veremos o que Deus fez, porque a história deste dia será contada, até porque, na era da internet, nós não perderemos mais um detalhe, ainda que se passem cem anos, ou até que você seja avô dos filhos dessas suas crianças hoje, que são uma dádiva. Hoje, elas são um presente de Deus para você, mas o neto é a sensação da nossa continuidade. Só quem tem um neto sabe dessa sensação de continuidade.

    Quero, antes de passar ao segundo momento, registrar uma mensagem que recebi aqui do Presidente do Tribunal de Contas, Presidente Bruno Dantas, que está vendo pelo YouTube e mandando cumprimentar os Batistas do Estado do Espírito Santo.

    O Ministro Antonio Carlos, Ministro do Superior Tribunal de Justiça, está vendo também pelo YouTube e pediu que eu pudesse cumprimentar os Batistas do Estado do Espírito Santo; e o Dr. Silva Neto, advogado aqui em Brasília e Batista do Rio de Janeiro, está acompanhando também.

    Quero cumprimentar o Presidente Rodrigo Pacheco, que prontamente... São muitos os pedidos de sessão solene e não tem data em que caiba tudo dentro da semana, porque a semana de atividades é muito grande.

    São muitos pedidos, e, prontamente, o ofício foi aceito por ele para que nós estivéssemos aqui hoje. E aprouve Deus que fosse esta data, porque foram três datas propostas. Ontem eu estava pensando: por que o dia 22? E o dia 22, de 2023, é emblemático – um dia emblemático! Por que tanta criança apareceu aqui? Um dia emblemático! Que este dia dos 120 anos dos Batistas fique guardado como o dia da luta em favor da vida! (Palmas.)

    Foi ainda nesta semana que nós aprovamos na Comissão de Direitos Humanos, o que não é uma coisa fácil, pois lá tem Senadores ideológicos, aguerridos – ideológicos e aguerridos. E nós aprovamos o Dia do Nascituro. Então, vejam essa movimentação do céu em torno desse momento de absoluta importância.

    Por isso, o agradecimento – e mais que isso –, do Pastor Abdalla e do Pastor Bravim, que agradeceram ao Presidente Pacheco e disseram que os Batistas estão orando por ele.

    Meu querido Pastor Adair, eu quero pedir ao Brasil, agora, ao vivo, que ore pelo Presidente Pacheco. Essa situação não é fácil, porque, constitucionalmente, a responsabilidade é desta Casa. Nós vivemos um conflito dos Poderes no Brasil, de atropelamentos, e ele precisa se posicionar. À medida que ele vai se posicionando, pode adquirir amigos pelo caminho, mas adquire muito mais adversários. Precisa de oração, porque, nesta semana, em relação à proposta de emenda à Constituição sobre a legalização das drogas, o Supremo se posicionou contra. Aliás, o Senado requer aquilo que é seu de direito para legislar e diz ao Supremo: "Não, isso não é problema de vocês, não cabe a vocês".

    Lamento, com muita tristeza – é uma sessão solene, mas a minha tristeza me leva a isto –, que, nos últimos 15 dias, o Presidente antigo – hoje não mais –, Ministro Fux, dando uma entrevista, disse: "Quando chegamos à nossa posição, nós não devemos mais satisfação a ninguém". Como não deve satisfação a ninguém? Onze homens decidem a vida de mais de 200 milhões de brasileiros?

    Então, o nosso papel, como igreja... É o que diz a Palavra: "Não temais!". Dizia o jovem Calebe aqui que Nero era Imperador. César era Imperador, e Jesus disse: "Só dê a ele o que é dele; o que não é dele não dê". É a mesma palavra: "Não temais! Não temais!".

    Diante da adversidade, a palavra para Moisés foi: "Dizei ao povo que marche". Pare de reclamar, pode marchar. Eu estou dizendo: pode marchar.

    Então, o Presidente desta Casa precisa de oração, Brasil; precisa de oração, de sustentação de oração neste momento difícil da vida do país, para que esta Casa, de forma constitucional, assuma o seu papel.

    Por isso a minha gratidão ao Presidente Pacheco por ter-nos concedido essa data, e ele jamais saberá explicar o porquê dessa data e não as outras datas; nem eu, que só entendi ontem à noite o porquê. Só entendi quando entrei no Plenário e vi duas crianças ali. Minha mente, minha alma começou a ligar as coisas. Comecei a entender mais quando as crianças começaram a chegar. Quando eu vi esse lado do Senado, com pessoas sentadas que foram laçadas, algemadas pelo submundo das drogas, um mundo espiritual nocivo, e decididas a mudar de vida, entendi o porquê Deus me deu a oportunidade de ir para o Estado do Espírito Santo em 1982 e ser acolhido por aquele povo. Essa data é absolutamente importante. Por isso, fica esse pedido de oração, porque lá na frente a história que nós estamos contando agora, lá de trás, certamente outros contarão a história a partir deste dia, do emblema deste dia, dia 22 de setembro de 2023.

    Neste momento, eu quero passar a entregar o certificado de honra ao mérito, em reconhecimento aos batistas do Estado do Espírito Santo, ao Presidente da Convenção e ao Vice-presidente da Convenção Batista, Pastor Raphael Henrique Abdalla.

(Procede-se à entrega do certificado ao Senhor Raphael Henrique Abdalla.) (Palmas.)

    O SR. PRESIDENTE (Magno Malta. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - ES) – Antes do encerramento desta sessão, convido a todos para que juntos, façamos uma oração de gratidão pela existência da convenção, pelo trabalho que desenvolve não só no Brasil, mas em todo o mundo.

    Eu vou convidar, e logo após assistiremos à apresentação, pelo coral da Cristolândia, do louvor Nada Além do Sangue. A Cristolândia é um importante programa da Junta de Missões Nacionais da Convenção Batista Brasileira.

    Eu queria, por nos honrar nesta sessão, convidar para fazer essa oração, nos 120 anos dos batistas, um assembleiano, até porque... Exatamente, saiu do nosso ventre, do nosso sótão, o Pastor Adair, que vem prestigiar os 120 anos dos batistas do Estado do Espírito Santo. (Palmas.)