Fala da Presidência durante a 147ª Sessão Especial, no Senado Federal

Abertura de Sessão Especial destinada a celebrar o Dia Mundial do Algodão.

Autor
Izalci Lucas (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/DF)
Nome completo: Izalci Lucas Ferreira
Casa
Senado Federal
Tipo
Fala da Presidência
Resumo por assunto
Data Comemorativa:
  • Abertura de Sessão Especial destinada a celebrar o Dia Mundial do Algodão.
Publicação
Publicação no DSF de 07/10/2023 - Página 7
Assunto
Honorífico > Data Comemorativa
Matérias referenciadas
Indexação
  • ABERTURA, SESSÃO ESPECIAL, DIA INTERNACIONAL, ALGODÃO.

    O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar Democracia/PSDB - DF. Fala da Presidência.) – Declaro aberta a sessão.

    Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.

    A presente sessão especial foi convocada em atendimento ao Requerimento nº 805, de 2023, de autoria da Senadora Tereza Cristina e de outros Senadores, aprovado pelo Plenário do Senado Federal.

    A sessão é destinada a comemorar o Dia Mundial do Algodão.

    Convido para compor a mesa o Sr. Cleber Oliveira Soares, Secretário-Executivo Adjunto do Ministério da Agricultura e Pecuária, representando aqui o Ministro Carlos Fávaro – podem aplaudir, não tem problema, não. (Palmas.)

    Convido também o Sr. Marcio Portocarrero, Diretor-Executivo da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa). (Palmas.)

    Convido também o Sr. Aristeu Chaves, representante da Associação Brasileira das Entidades de Assistência Técnica e Extensão Rural, Pesquisa Agropecuária e Regularização Fundiária (Asbraer). (Palmas.)

    Convido também o Sr. Alderi Emídio de Araújo, Diretor-Executivo de Governança e Gestão da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). (Palmas.)

    Convido também o Sr. Rafael Zavala, representante da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) Brasil. (Palmas.)

    Convido também a Sra. Ministra Andréia Rigueira, Coordenadora-Geral de Pacificação e Comunicação da Agência Brasileira de Cooperação (ABC). (Palmas.)

    Convido a todos para, em posição de respeito, acompanharmos o Hino Nacional.

(Procede-se à execução do Hino Nacional.) (Palmas.)

    O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar Democracia/PSDB - DF. Para discursar - Presidente.) – Quero cumprimentar aqui, representando o Presidente da Embrapa, o Diretor-Executivo de Governança e Gestão, o Sr. Alderi Emídio de Araújo; o Diretor-Executivo da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), o Sr. Marcio Portocarrero; o representante da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), o Sr. Rafael Zavala; representando a Agência Brasileira de Cooperação (ABC), a Coordenadora-Geral de Planejamento e Comunicação, a Sra. Ministra Andréia Cristina Rigueira; representando também a Associação Brasileira das Entidades de Assistência Técnica e Extensão Rural, Pesquisa Agropecuária e Regularização Fundiária (Asbraer), o Presidente da Empresa Paraibana de Pesquisa, Extensão Rural e Regularização Fundiária (Empaer), o Sr. Aristeu Chaves.

    Quero registrar a presença, representando aqui a Procuradoria-Geral da República, do Subprocurador-Geral da República, o Sr. Luiz Augusto Santos Lima, e registrar a presença também da Presidente da Associação dos Artesãos do Vale das Pirâmides, em Túcume, no Peru, a Sra. Rosa Marisa Asalde Ventura.

    Quero cumprimentar também os nossos alunos aqui dos ensinos fundamental e médio da Escola Estadual Ana Rocha, da cidade de Matutina, Minas Gerais, muito próximo da minha cidade. Sejam bem-vindos a esta Casa.

    Quero cumprimentar os convidados e demais autoridades.

    Estamos aqui hoje para celebrar o Dia Mundial do Algodão, comemorado anualmente em 7 de outubro pela Organização das Nações Unidas.

    Antes do reconhecimento oficial pela ONU, a data já era celebrada, desde 2019, por um grupo de quatro países da África subsaariana, que faz parte dos maiores produtores de algodão da região. Essa comemoração vem na hora certa para destacar a importância do algodão para a economia global, sobretudo por ser a fibra que mais impulsiona o setor agrícola, a economia mundial e que impacta mais de 100 milhões de famílias produtoras ao redor do planeta.

    Senhoras e senhores, muitos aqui em nosso país não sabem que o Brasil é o segundo maior exportador mundial do algodão, ficando apenas atrás dos Estados Unidos; é também o quarto maior produtor mundial, com um total de 41 bilhões do valor bruto de produção agropecuária alcançado em 2022; é ainda o sétimo maior consumidor. Somente entre 2019 e 2020, produzimos 2,9 milhões de toneladas de pluma. O algodão é cultivado em mais de 70 países e movimenta US$10 trilhões por ano.

    Quando falamos em algodão, remetemos nosso pensamento principalmente à indústria têxtil, que é enorme e uma das mais importantes para diversos países. Contudo, o algodão tem ainda várias outras possibilidades de exploração econômica. Para se ter uma ideia, o algodão é, por essência, um produto sustentável, gerando desperdício próximo de zero, pois quase tudo se aproveita: 46% de seus resíduos tornam-se alimento e ração para animais; 33% da fibra são usados na indústria têxtil e no vestuário; 27% da casca podem ser usados na produção de combustível, embalagens e fertilizantes. Óleo comestível e celulose são outros produtos derivados do algodão.

    Além disso, o algodão tem características que o faz ser a fibra natural mais utilizada no mundo, tanto na moda como na área de cama, mesa, banho, decoração, artesanato e insumos hospitalares. Isso porque a fibra de algodão é natural, é biodegradável, confortável e muito versátil. Quantas possibilidades o algodão nos oferece!

    Quando falamos a palavra algodão, sempre vêm à cabeça roupas, lençóis, tecidos, produtos farmacológicos, mas o uso do algodão também está em outros itens, como o óleo cru para o biodiesel; a maionese; a margarina; o óleo de cozinha; a vitamina E; e também antioxidantes, fonte tão falada do ômega 3.

    Mas o dinheiro também é feito do algodão. O dinheiro? Como assim? Pois é, a partir das fibras mais curtas retiradas próximas ao caroço do algodão, são produzidas as partes mais seguras das cédulas do real brasileiro.

    Você sabia que em todo o mundo só existem quatro empresas que fornecem a matéria-prima essencial para a fabricação do dinheiro, o papel? Pois é, uma delas, a Papel Salto, fica aqui no Brasil, no interior de São Paulo. Antes mesmo de virar dinheiro, esse papel é rigorosamente vigiado.

    Senhoras e senhores, o algodão brasileiro é, de fato, o nosso ouro branco, em razão do alto valor agregado desde a sua saída do campo até chegar às mãos do consumidor.

    E, para finalizar, eu quero aqui agradecer à nossa competente ex-Ministra da Agricultura e, hoje, minha dileta colega Senadora Tereza Cristina, representante do Mato Grosso aqui em nossa Casa, pela honra de representá-la nesta sessão tão especial em celebração ao Dia Mundial do Algodão.

    Eu agradeço a todos os convidados aqui presentes e a todos que nos assistem pelas redes sociais do Senado Federal. E viva o algodão brasileiro e todos aqueles que fazem do nosso ouro branco uma das maiores riquezas do país.

    Obrigado a todos. (Palmas.)

    Eu quero aqui também fazer a leitura do discurso da nossa querida Senadora Tereza Cristina, que não pôde estar aqui. É evidente que ela gostaria de estar aqui presidindo e, em função de compromissos lá no Mato Grosso, pediu que eu presidisse e, ao mesmo tempo, que também lesse a mensagem da nossa querida Senadora.

Meus colegas, Sras. e Srs. Senadores, autoridades presentes, querido Senador Izalci, que preside esta sessão, sempre muito atencioso comigo, meu muito obrigada! [Eu que agradeço a honra de estar presidindo aqui].

Minhas amigas e meus amigos produtores rurais, empreendedores do campo – e da cidade também, porque não há cidade sem campo –, amanhã, sábado, 7 de outubro, comemoramos o Dia Mundial do Algodão. E é por isso que hoje, nesta sexta-feira, faremos uma sessão em homenagem ao algodão, que está na história da humanidade há milênios.

E é impressionante como essa fibra, que é aproveitada desde os primórdios, de forma artesanal, rude, se transformou numa das culturas mais sustentáveis e tecnológicas não só no mundo, mas no Brasil especialmente.

Mais uma vez, o agronegócio brasileiro é exemplo para o mundo. Até na rastreabilidade do produto, algo que ainda é desafiador para outros setores do agro, somos invejáveis no caso do algodão.

Em produtividade, nem se fala, é algo consolidado. Quero lembrar aqui apenas um exemplo concreto, medido pela nossa tão fundamental Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, nossa querida Embrapa. Em 1976, a produção de algodão no Brasil ocupava uma área de 4 milhões de hectares, com produção de 1,2 milhão de toneladas. Ao longo de 43 anos, ocorreu uma inversão fantástica: em 2019, a área ocupada pelo plantio de algodão foi reduzida a 1,7 milhão de hectares, enquanto a produção alcançou 4,3 milhões de toneladas.

Hoje, Sras. e Srs. Senadores, o Brasil é o segundo maior exportador mundial de algodão, por ter um produto sustentável, rastreável, de alta tecnologia e qualidade.

A cotonicultura movimenta cerca de cem milhões de agricultores familiares em mais de 80 países, com destaque para as mulheres. O negócio é estimado anualmente em US$40 bilhões. O comércio se espalha por 150 países.

O algodão promove a sustentabilidade, pois quase nada é desperdiçado: [como já disse aqui] 46% dos resíduos tornam-se ração para os animais; 33% da fibra é usada na indústria têxtil e no vestuário; 27% da casca pode ser usada na produção de combustível, embalagens e fertilizantes; 16% são usados como óleo comestível, enquanto 8% viram celulose.

    O algodão brasileiro ganha destaque por ter responsabilidade ambiental, ter qualidade, atuar no desenvolvimento social das comunidades, não gerar desperdícios e gerar receita para os estados produtores e também para a União.

    O nosso Centro-Oeste – com destaque para o Mato Grosso – é grande produtor de algodão, com 70% da safra. Depois vem a Bahia, e há plantio também, em menor escala, no meu Mato Grosso do Sul e em vários outros estados, como Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul, Maranhão, Piauí, São Paulo, Tocantins, Ceará, Paraíba, Alagoas, Rio Grande do Norte, Paraná e Pernambuco, com propriedades menores.

    Já pude visitar plantações de algodão, e é belíssimo de se ver um campo de pluma branco antes da colheita. O algodão é um produto que muda vidas no Brasil e em todo o mundo.

    Por isso, hoje é dia de parabenizar todos os que pesquisam, cultivam, colhem, vendem e levam até o outro lado do mundo o nosso algodão, sem contar os que atuam nas cadeias de beneficiamento dessa matéria-prima maravilhosa.

    Parabéns a todos e muito obrigado.

    Tereza Cristina. (Palmas.)

    Não posso, evidentemente, deixar de parabenizar e dizer que é um orgulho nacional a Embrapa. Nós temos, na Paraíba, o algodão colorido também, que é muito legal. Participei de vários movimentos artesanais e, também, de desfiles de moda aqui em Brasília com a representação do algodão colorido.

    Então, à Embrapa o nosso respeito e as nossas homenagens a essa grande empresa.

    Nós vamos assistir agora a um vídeo institucional.

(Procede-se à exibição de vídeo.) (Palmas.)

    O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar Democracia/PSDB - DF) – Concedo a palavra agora ao Sr. Marcio Portocarrero, que é o Diretor Executivo da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa).

    Meu querido Senador Heinze, quero registrar a presença do Senador. Na sequência, Senador, passo para V. Exa., após a fala do Sr. Marcio.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 07/10/2023 - Página 7