Discurso durante a 149ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Apresentação do Requerimento no. 896/2023, de autoria de S. Exa., de voto de solidariedade ao Estado de Israel e de repúdio aos ataques recentes do grupo palestino Hamas.

Autor
Magno Malta (PL - Partido Liberal/ES)
Nome completo: Magno Pereira Malta
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
Assuntos Internacionais:
  • Apresentação do Requerimento no. 896/2023, de autoria de S. Exa., de voto de solidariedade ao Estado de Israel e de repúdio aos ataques recentes do grupo palestino Hamas.
Publicação
Publicação no DSF de 11/10/2023 - Página 41
Assunto
Outros > Assuntos Internacionais
Indexação
  • APRESENTAÇÃO, REQUERIMENTO, SOLIDARIEDADE, POVO, PAIS ESTRANGEIRO, ISRAEL, REPUDIO, GRUPO TERRORISTA, PALESTINA.
  • AGRADECIMENTO, JACQUES WAGNER, SENADOR, CONCESSÃO, TELEFONE CELULAR, FACILITAÇÃO, COMUNICAÇÃO DE MENSAGENS, PASTOR, BRASILEIROS, LOCALIZAÇÃO, PAIS ESTRANGEIRO, ISRAEL, OPORTUNIDADE, OCORRENCIA, GUERRA, ATUAÇÃO, GRUPO TERRORISTA, PALESTINA.

    O SR. MAGNO MALTA (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - ES. Para discursar.) – Sr. Presidente, Srs. Senadores, Sras. Senadoras, eu apresentei a esta Mesa, Sr. Presidente, o Requerimento nº 896. Este requerimento é de solidariedade ao povo judeu, a Israel, bem como um voto de repúdio ao grupo terrorista Hamas.

    Está subscrito, Senador Jayme, por diversos Senadores, e agradeço aqui uma das últimas assinaturas importantes, a do Senador Veneziano, no requerimento de nossa solidariedade ao povo de Israel.

    Começo meu pronunciamento fazendo justiça, porque, durante todo o dia de sábado e também no domingo, eu falei com o Senador Jaques Wagner, que é judeu – não sei se lá ainda há parentes consanguíneos ou descendentes –, mas ele me atendeu o tempo inteiro e me autorizou a colocar seu telefone pessoal na minha...

    O Senador Jaques Wagner está conversando sozinho ali... Eu espero que não seja nenhum problema que ele esteja passando, mas acho que ele está com o fone, falando com alguém no telefone.

    Aí, você vê a pessoa conversando sozinha e você pensa que endoidou, mas não é não. (Pausa.)

    O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Pacheco. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSD - MG) – Com a palavra, Senador Magno Malta.

(Intervenção fora do microfone.)

    O SR. MAGNO MALTA (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - ES) – É com V. Exa. Tire esse negócio do ouvido aí.

    O SR. JAQUES WAGNER (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - BA) – Senador Magno, perdoe-me. É a tecnologia. Eu estava falando no telefone via bluetooth.

    Desculpe. Eu estava conversando com o Senador Styvenson.

    O SR. MAGNO MALTA (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - ES) – Eu estava dizendo, antes de entrar no corpo do meu pronunciamento, que, durante sábado e domingo, eu falei diversas vezes com V. Exa. – inclusive, V. Exa. entrou em reuniões falando comigo e falou comigo de dentro das reuniões – da minha preocupação com os brasileiros que lá estavam, com os pastores, líderes, padres, guias e pessoas da América Latina que se juntaram ao grupo de brasileiros. E, durante todo o tempo, para fazer justiça, V. Exa., que é judeu – não tão somente por isso, mas para fazer justiça –, atendeu e me autorizou a colocar o seu telefone pessoal numa postagem minha na internet – e com o seu e-mail – antes de me passar as informações ao final da reunião, para que eu pudesse transmitir aos líderes que lá estavam. A princípio, ao Apóstolo Renê Terra Nova, ao Pastor Valadão e aos pastores que lá estavam preocupados com as suas caravanas, aos padres, pastores e judeus brasileiros, cristãos brasileiros, dado o nosso amor a Israel – muitas caravanas e muita gente.

    E, ao cabo disso, V. Exa. me deu todos os números, todas as informações, que eu pude fazer através de uma live, para que pudesse proteger os nossos irmãos brasileiros que lá estavam.

    Seria leviano da minha parte tão somente falar aquilo que eu vou falar aqui agora do Hamas e falar daquilo que sinto – e o Brasil e o mundo – desse ataque nefasto, imoral e criminoso, se não fizesse essa ressalva a priori, dizendo que, em nenhum momento, no sábado, durante todo o dia, e domingo... Eu falei com V. Exa. durante toda essa organização, para que a Força Aérea pudesse disponibilizar as aeronaves que foram a Israel, e um grupo já estava pronto ontem à noite, para ser embarcado nessas primeiras 200 vagas que foram abertas.

    Agradeço a V. Exa. por ter rapidamente me atendido, por ter falado comigo, porque uma coisa é você falar uma vez e não falar duas, três, quatro, cinco, seis, e V. Exa. me autorizou que colocasse ali o seu telefone e o seu e-mail, e eu sou muito grato por isso e faço isso em nome dos meus irmãos, faço isso em nome do seu povo, do seu povo, a quem amo.

    Sou por gravidade judeu, descendente dos judeus etíopes. Aqui tem V. Exa. e o Senador Davi Alcolumbre, que são sanguíneos, são judeus sanguíneos de verdade, de uma árvore genealógica muito próxima, muitos têm parentes lá, e a nossa querida Dra. Ilana, Diretora desta Casa, que tem toda a família lá. Parece que só ela e muito pouca gente aqui, toda a família da nossa Diretora-Geral vive em Israel, são judeus, judias, e estão sofrendo esse cerco indecente, criminoso, imoral, imposto pelo Hamas.

    Obrigado ao nobre Líder Jaques Wagner.

    Sr. Presidente, o mundo viu estarrecido o que é ser terrorista, Senadora Damares. Velhos, idosos, mulheres estupradas, órfãos, crianças sequestradas, colocadas em gaiolas, Senador Jayme, como animais de circo, animais de zoológico e sendo zombadas, anarquizadas dentro da Palestina e anarquizadas por líderes políticos aqui no Brasil.

    E hoje pela manhã, Senadora Damares, nós, que estamos nessa luta contra o aborto e em favor da vida, recebemos a triste notícia de que essas crianças aqui, Sr. Presidente, foram degoladas pelo Hamas! Degoladas! Não só são crianças; são filhas nossas! São netas nossas!

    E veja esse cerco ideológico no mundo, quando o líder maior do MST aqui dá uma entrevista e diz: "Parabenizo o Hamas por ser um grupo de resistência, tão somente um grupo de resistência!".

    Terroristas covardes!

    Quando recebem o apoio do Hezbollah, da Jihad Islâmica, que começam a atacar Israel ao mesmo tempo, como ocorreu em 1948, quando um brasileiro chamado Oswaldo Aranha ergue o braço, dá um voto de minerva, e nós, brasileiros, tivemos a honra de criar o Estado judeu, uma ilha de odiados que não quer odiar ninguém.

    O mundo árabe cerca Israel. Israel quer paz, e eles não querem paz. Eles não querem alargar o território palestino; eles querem aniquilar os judeus. Eles querem aniquilar toda e qualquer pessoa que diz amar Israel.

    Nós, cristãos, somos o novo Israel. A Bíblia é nossa regra de fé e prática e diz que nós somos enxertados em Cristo. Nós somos o novo Israel. Assim como com o primeiro Adão entrou o pecado no mundo, diz a Bíblia, a salvação entrou pelo segundo Adão, ou seja, Cristo Jesus.

    Alguém tem ódio de Israel? Brigue com Deus. É a nação que Deus escolheu para si. Alguém odeia Israel? Odeia Deus. É a nação que Deus escolheu para si.

    Não sei porque isto: aquela mulher nua, Senador Randolfe, com o corpo quebrado, jogada dentro de uma caminhonete, esfolada, depauperada, é uma alemã.

(Soa a campainha.)

    O SR. MAGNO MALTA (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - ES) – Quero ver o que os alemães vão fazer agora, Senador Mourão, porque os alemães...

    Quem já foi a Israel e conhece o Museu do Holocausto, os campos de Auschwitz, o que Hitler fez para acabar com esse povo, mas não conseguiu.

    Na Guerra de 1948, Israel toma a Península do Sinai e, em um gesto de paz com o Egito, devolveu, Senadora Damares, o único lugar que tinha petróleo, que é a Península do Sinal. Israel poderia não devolver, porque só ali tem petróleo. Mas devolveu para querer a paz.

    Esses três brasileiros, senhores líderes políticos...

    Eu li anteontem, Senador Pacheco, uma declaração do ministro – não sei se é ministro...

(Interrupção do som.)

(Soa a campainha.)

    O SR. MAGNO MALTA (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - ES) – Ele foi Ministro de Lula de Relações Exteriores, Celso Amorim, esse calça frouxa... Calça frouxa!

    Quando o índio da Bolívia invadiu as instalações da Petrobras, ele deu uma entrevista, como Ministro das Relações Exteriores, dizendo que ele tinha direito de fazer isto, de tomar as instalações da Petrobras, Senadora, porque era um direito da Bolívia. Como, se as instalações foram feitas com o suor do povo brasileiro? E ele deu uma declaração agora, dizendo que o Hamas fez isso porque é um povo oprimido, oprimido por Israel. É uma declaração de Celso Amorim, essa figura, esse bajulador!

(Soa a campainha.)

    O SR. MAGNO MALTA (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - ES) – Matar crianças...

    Celso Amorim, são brasileiros; Esther Dweck, são brasileiros. Dois ministros do Governo Lula... Aliás, todos se solidarizando com o Hamas, que é um grupo de resistência. Eles não são terroristas. Terroristas somos nós. Terrorista é a irmã Ilda. Terroristas são brasileiros. Aliás, não tem nada...

    Esta criança aqui tem um ano a menos do que a minha neta mais nova. Alguns dos senhores têm neto? Algum dos senhores tem filho?

    Sr. Presidente, o senhor tem dois filhos pequenos. Como é que a gente fica calado? Pode ter medo deles?

    Senador Randolfe, olha a declaração do Celso Amorim. Eu respondo por mim, e V. Exa., por V. Exa.

(Soa a campainha.)

    O SR. MAGNO MALTA (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - ES) – O Stédile, nem se diga. O terror imposto pelo MST àqueles que geram 25% da balança comercial deste país, que é o agronegócio.... E não são chamados de terroristas.

    Terrorista é quem entrou aqui e quebrou uma cadeira dessas, quem entrou aqui e quebrou um vidro. Se tivesse arrancado todas as cadeiras, ainda não teria nível de terrorismo. Mas esta nação, a Suprema Corte inocentou um terrorista chamado Cesare Battisti, que queima gente, crianças como essas aqui, Deputado Evair, vivas, dentro de casa, e saiu daqui como um homem inocente e de bem. Cumpre uma prisão perpétua e declarou que é terrorista e que matou essas crianças. Agora, não... Está aqui.

    O Exército brasileiro e a Polícia Federal deveriam ir para Israel mostrar como eles fizeram dia 8 e janeiro, quando prenderam 1.500 "terroristas" – entre aspas – sem dar um tiro sequer.

    Vá, Exército!

    Eu recebi, na porta do meu gabinete, agora, dois representantes da Marinha. Foram me convidar para uma solenidade para me dar uma comenda. Eu falei: Eu não recebo. Eu não quero a comenda. Tire meu nome da lista. Tire meu nome!

    Quem dá comenda para marginal que esconde dólar na cueca não tem autoridade nenhuma.

    Hoje, 40 bebês encontrados assassinados, 40 bebês encontrados assassinados e decapitados no massacre do Hamas no kibutz israelense IDF.

(Soa a campainha.)

    O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Pacheco. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSD - MG) – Para concluir, Senador.

    O SR. MAGNO MALTA (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - ES) – Os brasileiros Ranani Glazer, 23 anos... Ranani tinha prestado serviço militar em Israel e vivia em Tel Aviv com amigos, onde trabalhava como entregador.

    Bruna Valeanu, 24 anos. Vivia em Israel havia oito anos e estudava comunicação e marketing.

    Karla Stelzer, 41 anos, a brasileira que nasceu no Rio de Janeiro e tem cidadania israelense, mora no país com o filho, de 19 anos – o jovem faz parte do exército local.

    Celeste Fishbein, 18 anos, babá.

    Todas mortas, Senadores. Cadê as feministas? "Mexeu com uma, mexeu com todas". São brasileiras! Elas estão caladas. Mas elas vão vir para a CPMI, e lá...

(Interrupção do som.)

    O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Pacheco. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSD - MG) – Senador Magno Malta, para concluir.

    O SR. MAGNO MALTA (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - ES) – Para concluir, Sr. Presidente, a minha moção está no Senado para ser enviada às autoridades.

    Sr. Presidente, eu queria fazer um pedido a V. Exa. antes de encerrar: que V. Exa., além dessa moção, fizesse uma moção específica às famílias dessas brasileiras e do brasileiro morto, em nome do Senado, não em meu nome, em nome de todos nós – a não ser que os senhores não concordem, as senhoras –, mas do punho de V. Exa., Senador Pacheco. O senhor está sentado na cadeira mais importante do país. A Constituição diz "três Poderes", mas o que mais tem poder é o seu, é o Senado, é a cadeira que Deus lhe deu para sentar.

    Presidente, levante-se!

    A Bíblia diz que nós não devemos nos conformar com esse mundo e a indignação dos justos. Revele a indignação...

(Interrupção do som.)

(Soa a campainha.)

    O SR. MAGNO MALTA (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - ES) – ... dos 81 Senadores. (Fora do microfone.)

    Alguns não são... Alguns gostam; alguns aplaudem; alguns se calam nesse momento, porque acham que o Hamas está certo.

    Eu não quero nem tocar na posição de cada um; quero tocar na minha.

    Sei que V. Exa. é conservador, cristão. V. Exa. é cristão, tem filho pequeno. E, por isso, Senador Pacheco, eu lhe peço, em nome daqueles que acreditam na vida, em nome dessas mulheres que foram mortas e estupradas de forma covarde, que V. Exa. faça, de uma forma muito específica, à família delas, esse voto meu de repúdio ao Hamas, esse voto meu de apoiamento e de solidariedade ao nosso povo querido de Israel.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 11/10/2023 - Página 41