Discurso durante a 172ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Registro do Dia Mundial do Diabetes, celebrado em 14 de novembro. Destaque para as conquistas do mandato de S. Exa. referentes ao atendimento às pessoas com diabetes.

Autor
Jorge Kajuru (PSB - Partido Socialista Brasileiro/GO)
Nome completo: Jorge Kajuru Reis da Costa Nasser
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
Homenagem, Saúde:
  • Registro do Dia Mundial do Diabetes, celebrado em 14 de novembro. Destaque para as conquistas do mandato de S. Exa. referentes ao atendimento às pessoas com diabetes.
Publicação
Publicação no DSF de 15/11/2023 - Página 16
Assuntos
Honorífico > Homenagem
Política Social > Saúde
Indexação
  • REGISTRO, DIA INTERNACIONAL, PESSOAS, DIABETES, ENFASE, ATUAÇÃO PARLAMENTAR, ORADOR, ATENDIMENTO, PORTADOR, DOENÇA, CRIAÇÃO, CENTRO, APOIO, UTILIZAÇÃO GRATUITA.

    O SR. JORGE KAJURU (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSB - GO. Para discursar.) – Primeiro, Deus e saúde a todos e todas aqui no Plenário, em especial à pátria amada, voz respeitadíssima da amada Roraima, Senador Chico Rodrigues.

    Brasileiros e brasileiras, minhas únicas vossas excelências, hoje é um dia muito especial para mim: é, rigorosamente, o Dia Mundial do Diabetes, uma data instituída, em 1991, pela Federação Internacional de Diabetes e pela Organização Mundial da Saúde. A OMS ainda assinaria, em 2006, uma resolução reconhecendo o diabetes como doença crônica e lançaria, em 2021, o Pacto Global contra a Diabetes, com o objetivo de garantir às pessoas diagnosticadas com a doença o acesso equitativo a tratamentos de qualidade.

    A escolha do 14 de novembro como Dia Mundial do Diabetes é uma homenagem à ciência, sempre necessária em tempos de negacionismos. É a data de aniversário do médico canadense Frederick Banting, que, em 1921, junto com Charles Best, descobriu a insulina em experimentos no laboratório do Professor de Fisiologia John Macleod. Um ano depois, Frederick Banting aplicou a primeira injeção de insulina em um paciente diabético e, em 1923, viria a ganhar o Prêmio Nobel de Medicina.

    O Dia Mundial do Diabetes existe para alertar sobre uma doença que não tem cura.

    Aqui, estão dois companheiros valiosos, na honradez e em todos os detalhes, que são diabéticos: os Senadores Paulo Paim e Confúcio Moura. Paim, Presidente Chico, achava, na época, sabe o quê? Que ele era pré-diabético. Sabiam, companheiros e companheiras da mesa, que não existe pré-diabético? Isso é igual a chamá-la, Fernanda, de ligeiramente grávida. Então, ou você é diabético ou não é. E tem milhões de brasileiros que não levam a doença a sério, porque acham que são pré – isso é preocupante.

    Ela é uma doença que ocorre quando há excesso de açúcar no sangue por duas razões: as células do pâncreas não produzem insulina suficiente, ou o organismo não consegue fazer uso correto do hormônio produzido pelo pâncreas.

    Antes da descoberta da insulina, que facilita a metabolização da glicose, a sobrevida de pacientes diagnosticados com diabetes era muito pequena. Felizmente, não é o quadro atual, embora haja preocupação, em todo o mundo, com o número crescente de casos.

    O Brasil é, gente – pasmem –, o quarto país do mundo com diabéticos, atrás apenas de China, Índia e Estados Unidos. Estamos próximos de 25 milhões de brasileiros que têm a doença, que causa problemas cardíacos, acidente vascular cerebral, cegueira – o meu caso, só tenho 8% de visão –, falha dos rins e até amputação das pernas.

    Em 2023, o tema do Dia Mundial do Diabetes é "Educar para Proteger o Futuro". Alertas, campanhas de informação, fóruns médicos são essenciais no combate ao diabetes – essa praga silenciosa –, porque a maioria dos casos da doença é adquirida, ou seja, pode ser evitada.

    Para tanto, os especialistas recomendam evitar o sobrepeso, ter uma alimentação saudável, praticar exercícios físicos, manter a regularidade do sono, ficar longe do cigarro e do álcool, ir ao médico periodicamente e ficar atento ao nível de glicose no sangue, como é o caso do nosso Presidente do Senado e do Congresso Nacional, meu amigo irmão, Senador Rodrigo Pacheco. Tem dia em que ele chega a 220. O Zé daqui da Mesa sabe que ele mede aqui mesmo, no braço, todo dia, o seu diabetes com o telefone celular.

    Aos doentes resta o caminho do controle, com o uso de medicamentos e aplicação de insulina nos casos mais graves. Julgo também que é essencial, e esta é a minha bandeira, a criação de centros especializados.

    Desculpem-me, mas eu tenho a honra de dizer que, na história política do Brasil, eu fui o primeiro Parlamentar brasileiro a criar centros de diabéticos com atendimento 100% gratuito, desde a unha encravada até as cirurgias bariátricas e diabéticas. Eu criei e banco, com minhas emendas, recursos, três centros de diabéticos em Goiás, completos. Já fizeram mais de 8 mil cirurgias, atenderam a mais de 20 mil diabéticos. O Senador Confúcio Moura, que viveu em Goiânia, conhece um deles, lá em Goiânia, na Anhanguera com a Alameda das Rosas, e é um orgulho para mim, porque eu era Vereador em Goiânia quando batalhei pela implantação do primeiro Centro Estadual de Atenção ao Diabetes do Brasil, que virou referência no atendimento multidisciplinar pelo Sistema Único de Saúde.

    O paciente é assistido por médico, nutricionista – inclusive, a área de nutrição leva o nome de minha mãe, que faleceu por diabetes –, fisioterapeuta, psicólogo, etc., de forma a ter conhecimento pleno do estágio da doença e suas consequências.

    Hoje, o centro de diabéticos de Goiânia, por decisão de meu irmão Ronaldo Caiado, leva o nome de minha mãe, D. Zezé Kajuru. O centro de Goiânia começou a dar frutos logo que tomei posse como Senador, em 2019, no Governo Bolsonaro, e aqui sou justo. Batalhei por recursos que viabilizaram a criação de mais duas unidades, em Rio Verde e Valparaíso, uma estrutura que já possibilitou, em quatro anos, tudo que eu acabei de falar em cirurgias e em atendimentos.

    Agora, estou lutando para inaugurar mais cinco unidades no ano que vem, cobrindo todo o Estado de Goiás com centros especializados completos de atendimento aos diabéticos.

    Fico mais feliz ainda, senhoras e senhores, por saber que o idealizado para o meu Estado de Goiás, centro de diabéticos, cada dia mais, aqui, nesta Casa, tende a ser replicado 100% igual em outras unidades da Federação. Já me manifestaram tal intenção e estão fazendo o mesmo os amigos Senadores Rodrigo Pacheco, Romário, Eduardo Girão, Styvenson Valentim e Astronauta Marcos Pontes, em São Paulo.

    Quanto mais estrutura para enfrentar o diabetes, melhor. Diante da celeridade com que a doença vem grassando, além de celebrar o dia mundial, em 14 de novembro, é preciso criar condições para que, em todos os dias, seja possível esclarecer sobre como evitá-la e prestar a devida assistência aos diabéticos.

    Agradecidíssimo. Ótima semana, com Deus e saúde, aos funcionários desta Casa, maior patrimônio do Senado Federal, e a todos os presentes no Plenário, Presidente e amigo pessoal Chico Rodrigues.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 15/11/2023 - Página 16