Pela ordem durante a 172ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Defesa do homem público Flávio Dino, ex-Governador do Estado do Maranhão e Ministro de Estado da Justiça, em razão de críticas recebidas por S. Exa.

Autor
Jorge Kajuru (PSB - Partido Socialista Brasileiro/GO)
Nome completo: Jorge Kajuru Reis da Costa Nasser
Casa
Senado Federal
Tipo
Pela ordem
Resumo por assunto
Atividade Política:
  • Defesa do homem público Flávio Dino, ex-Governador do Estado do Maranhão e Ministro de Estado da Justiça, em razão de críticas recebidas por S. Exa.
Publicação
Publicação no DSF de 15/11/2023 - Página 24
Assunto
Outros > Atividade Política
Indexação
  • DEFESA, PERSONAGEM ILUSTRE, FLAVIO DINO, EX-GOVERNADOR, ESTADO DO MARANHÃO (MA), MINISTRO DE ESTADO, MINISTERIO DA JUSTIÇA (MJ), MOTIVO, RECEBIMENTO, CRITICA.

    O SR. JORGE KAJURU (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSB - GO. Pela ordem.) – Para discordar de um companheiro meu aqui, especialmente quando é um amigo, eu jamais vou desqualificá-lo, apenas vou apresentar a minha versão, o que eu penso.

    Respeito a opinião de opositores ao Governo Lula. Eles sabem da forma como eu conduzo a relação. Sou justo. Na CPMI de 8 de janeiro, por exemplo, não concordei com classificar o ex-Presidente Jair Bolsonaro como autor intelectual daquele golpe de 8 de janeiro, assim como jamais o Presidente Lula pode ser responsável, e sim aqueles que bancaram os cafajestes que quebraram os três Poderes aqui de Brasília; eles, sim, merecem cadeia. Também, no Governo Lula, fui o único a não concordar em quebrar silêncio – na verdade, as palavras que se diz são: sigilo bancário – da ex-Primeira-Dama Michelle Bolsonaro. Então, aqui ninguém pode discutir a minha forma, Presidente Chico Rodrigues, de saber tratar as divergências com educação.

    Agora, é algo que não dá para aceitar mais essa mania que existe aqui, no Senado Federal, onde eu vivo – eu não posso falar da Câmara –, de se culpar um homem público da envergadura moral, da história como juiz irretocável de 12 anos, nunca uma ação contra ele na sua vida no Maranhão como Governador de Estado por dois mandatos, esse homem público raro chamado Flávio Dino. A sua honra é irretocável, a oposição queira ou não. O brasileiro que não reconhecer isso, desculpe-me, ou ele sofre de ignorância, embora a ignorância seja a maior multinacional deste mundo, infelizmente, ou é uma questão pessoal, e eu não lido de forma pessoal com as coisas.

    O que aconteceu nessa audiência lá na Secretaria Nacional do Ministério da Justiça, gente, é uma questão de ser justo – é óbvio demais –: a canalha, esposa de um traficante, se incluiu na lista da audiência. Ela não estava no pedido de audiência, não tinha o nome dela, porque, se tivesse o nome dela, evidentemente que o secretário iria ver quem era e não iria recebê-la, porque ela queria o quê? Ela queria grana, queria propina – uma ONG fantasma.

    Então, nisso a Oposição tem toda a razão de criticar. Agora, culpar o ministro, que nem tinha conhecimento dessa audiência, e que, imediatamente, mudou, porque, a partir de agora, em 48h terá que se avisar quem é, tudo direitinho, para evitar esse tipo de pegadinha. Como disse um jornalista responsável da revista Veja, essas pegadinhas voltarão a acontecer exatamente porque querem atacar a honra de um homem como Flávio Dino, pela preocupação de ele, amanhã, ser um homem forte até presidencialmente falando, ou porque querem vê-lo no Supremo Tribunal Federal, querem tirá-lo do Ministério da Justiça.

    Então, vamos ser justos apenas. Que culpa tem se uma mulher, repito, canalha, que tinha que estar na cadeia, a esposa desse traficante, como é que ela se incluiu na audiência? E a ex-Deputada Estadual do PSOL do Rio de Janeiro, que foi para mim a maior irresponsável, ao ver na antessala essa senhora, deveria falar: "a senhora não vai fazer parte da reunião. A senhora vai manchar a nossa reunião, porque nós sabemos qual é o intuito da sua pessoa aqui, da sua presença aqui; quais são os seus desejos sórdidos de participar dessa reunião".

    Então, era só isso que eu queria falar, com todo respeito. Aceito divergência, mas só não posso aceitar injustiça, especialmente com um homem das qualidades de Flávio Dino.

    Muito obrigado, Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 15/11/2023 - Página 24