Presidência durante a 193ª Sessão Especial, no Senado Federal

Encerramento da Sessão Especial destinada a celebrar os 90 anos de regulamentação do exercício profissional da atividade de Médico veterinário e os 55 anos de criação do Sistema Conselhos Federal e Regionais de Medicina Veterinária e a eleição da primeira mulher para presidir o CFMV.

Autor
Wellington Fagundes (PL - Partido Liberal/MT)
Nome completo: Wellington Antonio Fagundes
Casa
Senado Federal
Tipo
Presidência
Resumo por assunto
Homenagem:
  • Encerramento da Sessão Especial destinada a celebrar os 90 anos de regulamentação do exercício profissional da atividade de Médico veterinário e os 55 anos de criação do Sistema Conselhos Federal e Regionais de Medicina Veterinária e a eleição da primeira mulher para presidir o CFMV.
Publicação
Publicação no DSF de 16/12/2023 - Página 27
Assunto
Honorífico > Homenagem
Matérias referenciadas
Indexação
  • ENCERRAMENTO, REQUERIMENTO, REALIZAÇÃO, SESSÃO ESPECIAL, CELEBRAÇÃO, ANIVERSARIO, REGULAMENTAÇÃO, EXERCICIO PROFISSIONAL, VETERINARIO, CRIAÇÃO, SISTEMA, CONSELHO DE MEDICINA VETERINARIA, ELEIÇÃO, MULHER, PRESIDENCIA.

    O SR. PRESIDENTE (Wellington Fagundes. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - MT) – Caminhamos para o final desta solenidade, que, como eu disse na abertura, é muito importante para mim.

    Quero dizer, Dr. Francisco, que esta Casa é nossa, esta Casa é de todos nós. Jamais poderíamos apagar as luzes deste evento sem ouvir realmente a sua história, que, quero registrar aqui, é uma história digna de livro e, principalmente, do reconhecimento de todos nós, como disse aqui a Dra. Ana Elisa, pelo belo trabalho, pelo reconhecimento do Tribunal de Contas da União na prestação correta das contas do Conselho Federal de Medicina Veterinária e Zootecnia. Portanto, a sua história é brilhante. Mais uma vez, aqui lhe agradecemos em nome de todos.

    Nessa tarde, a medicina veterinária e a zootecnia brasileira viveram importantes momentos. E todos nós, aqui presentes, pudemos celebrar e, claro, também nos emocionar. Vimos aqui colegas médicos-veterinários e zootecnistas serem homenageados pelas importantes contribuições à sociedade brasileira e às suas respectivas áreas de atuação. Um reconhecimento do Sistema Conselho Federal e Conselhos Regionais de Medicina Veterinária e Zootecnia. Mesmo sabendo que, na lei, a zootecnia não está presente na nominação do conselho, quero aqui tomar a liberdade, Dra. Ana Elisa, para incluí-la também neste momento, que ainda é de celebração pelo conselho, que é das duas profissões. Aos colegas que foram consagrados, também quero parabenizá-los e agradecê-los por este empenho e pela dedicação à medicina veterinária, à zootecnia e à nação brasileira.

    Dr. Francisco, quantas vezes nos encontramos nesta Casa? Quantas audiências tivemos juntos? Eu sou testemunha do seu empenho e também da sua dedicação, não só na valorização do ensino, mas também na proibição mais do que justa do ensino à distância da Medicina Veterinária – e aqui a indignação também do Dr. Milton com excesso de cursos e às vezes sem uma fiscalização eficiente do MEC. Mas também quero registrar aqui que, em todas as pautas de interesse da medicina veterinária e da zootecnia, aqui estivemos discutindo e procurando defendê-las.

    O senhor foi um grande Presidente para o Conselho Federal de Medicina Veterinária e deixa um valoroso legado. Senhoras e senhores, nesta tarde-noite nós vimos a história acontecer diante dos nossos olhos: o Conselho Federal de Medicina Veterinária tem 55 anos, e em metade desse período ele teve o mesmo Presidente e praticamente a mesma gestão.

    Que o diga aqui o Dr. Josélio Moura, quantas audiências nós tivemos lá no Ministério do Trabalho para mudar, inclusive, a legislação? Mas isso tudo mudou em 2017, principalmente com a eleição do Dr. Francisco Calvalcanti, que, após duas décadas bem-sucedidas, dessas gestões se despede aqui... Eu falei duas décadas, também não tanto, não é? (Risos.)

    E ele aqui se despede da Presidência do Conselho Federal de Medicina Veterinária e passa o bastão para a Dra. Ana Elisa. E vejam só, mais uma vez repito: será a primeira mulher a presidir o Conselho Federal de Medicina Veterinária. Portanto, as nossas homenagens a todas as mulheres valorosas da medicina veterinária e da zootecnia do Brasil. (Palmas.)

    E eu o faço aqui também na pessoa da minha colega de turma Cleusa Alves Theodoro, Professora da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, titular, que foi a minha secretária de comissão de formatura, eficiente secretária, e amiga da Dra. Ana Elisa quando estudou na Bahia e trabalharam juntos.

    Quero também aqui registrar o agradecimento aos meus professores da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, na pessoa do competente Prof. Dr. Cícero Lacerda Faria. Ele é uma pessoa extremamente rígida, exigente, mas que, com certeza, nessa exigência, forjou a formação de grandes profissionais do curso de Medicina Veterinária da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul.

    Com isso, Dra. Ana Elisa, quero dizer aqui que a senhora é uma colega médica-veterinária, amiga e profissional ilibada e competentíssima. E registro aqui que ela tem o pioneirismo e a vanguarda marcados em sua história – história de luta. E esses dois substantivos podem facilmente transformar-se em seu sobrenome, Dra. Ana Elisa. Registro aqui, mais uma vez, que foi a primeira mulher a presidir a Sociedade de Medicina Veterinária da Bahia e também a primeira a presidir o nosso Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado da Bahia, por três mandatos. Até tentaram pará-la, interrompendo o primeiro mandato; mas ela é uma baiana arretada e não se deu por vencida. Saiu forçada e voltou aclamada para exercer dois brilhantes mandatos no Conselho Regional de Medicina Veterinária da Bahia, trabalhando pela medicina veterinária e pela zootecnia em seu estado e contribuindo para as discussões nacionais. Foi esse trabalho que fez os olhos do Dr. Francisco brilharem. Então, ele a convidou para compor a sua chapa como Vice-Presidente em 2020. E ela, pioneira mais uma vez, foi também a primeira mulher a ocupar um cargo na Diretoria do Conselho Federal de Medicina Veterinária.

    Agora vocês entenderam por que ela foi bem escolhida pelos colegas para presidir o órgão máximo da nossa profissão?

    Dr. Francisco, o senhor disse que era uma honra e uma satisfação entregar a Presidência do Conselho Federal de Medicina Veterinária à Dra. Ana Elisa. E eu concordo com o senhor e vou além: o senhor não poderia ter deixado o Conselho Federal de Medicina Veterinária em melhor mão.

    Dra. Ana, parabéns! E conte conosco nessa jornada de estar à frente do conselho e, principalmente, na responsabilidade de procurar na nossa profissão também e propiciar à nossa profissão a tão sonhada paridade. Como minha esposa sempre fala, se as mulheres não forçarem a barra e nós também não procurarmos meios de fazer com que as mulheres tenham mais oportunidades, ainda demorará 200 anos para que as mulheres com a mesma capacidade, mesma jornada de trabalho, mesma formação possam ganhar o reconhecimento e o salário igual ao dos homens.

    Por isso, inclusive, eu apresentei aqui também um projeto de lei para que 30% das vagas do Parlamento brasileiro, Câmara de Vereadores, Assembleia Legislativa e Congresso Nacional fossem das mulheres – não de candidatas, mas as vagas! Mas acho que ainda é pouco. Nós temos que forçar para que 50% sejam das mulheres, como paridade.

    Então, é uma luta que temos que enfrentar. A veterinária é tida como uma profissão machista, mas agora V. Sa. tem aí a responsabilidade de dizer que não é mais.

    Por isso, colegas – eu quero aqui também me referir a todos os Senadores e Senadoras, muitos estão aqui assistindo também virtualmente –, esta Casa se sente honrada em ter promovido esta sessão, em ter homenageado tanto os médicos-veterinários e zootecnistas. Mais uma vez eu quero aqui agradecer a todos os companheiros do Senado, a todos os Senadores e Senadoras, em nome do nosso Presidente Rodrigo Pacheco e de toda a Mesa Diretora. E agradeço também aqui a toda a assessoria, brilhante, com competentes profissionais que nos ajudam no dia a dia e que me ajudaram a desenvolver aqui esta sessão.

    E eu quero também agradecer aqui à minha assessoria pessoal, na pessoa do Fernando Damasceno e também do Eurípedes Alencar de Souza. O Fernando Damasceno hoje é o líder da minha equipe. Eu sou também Líder aqui no Senado da República do Bloco Vanguarda, que é a junção do PL e do Novo. O Fernando Damasceno, então, é quem coordena a minha equipe lá no Bloco Vanguarda. E também quero aqui agradecer a toda a minha equipe, mais uma vez, na pessoa do Eurípedes Alencar de Souza, como chefe de meu gabinete e da minha equipe, tanto aqui em Brasília como no Estado de Mato Grosso.

    Por isso, eu quero aqui registrar ter visto começar um novo e excepcional capítulo na história do Conselho Federal de Medicina Veterinária, essa autarquia que é um braço do Estado e uma protetora da nossa sociedade a orientar, supervisionar e disciplinar as atividades relacionadas à profissão de médico-veterinário e também zootecnista em todo o território nacional. Por isso, Dra. Ana Elisa, as portas desta Casa seguem abertas e estou à disposição para ajudar o Conselho Federal de Medicina Veterinária e de zootecnistas em todo o sistema para fortalecer a medicina veterinária e zootecnia brasileira a se manterem no caminho do progresso e do desenvolvimento.

    Todos os países que a gente percorre, todas as reuniões em que se fala, internacionalmente, a palavra de ordem é: segurança alimentar. E, portanto, todos nós temos uma responsabilidade muito grande de produzir alimento de qualidade para alimentar a cesta básica de todos nós, brasileiros, e ainda alimentar grande parte do mundo. O Brasil é um país vocacionado para a agropecuária. E com isso, com certeza o conselho tem a responsabilidade exatamente de cobrar das autoridades, de se manifestar perante todos os Poderes para que a nossa profissão, cada dia mais, não só seja relevante, mas reconhecida na sua importância no nosso país.

    Com isso, eu quero aqui... Antes de encerrar, nós vamos ter aqui a oportunidade de tirar as fotografias. Convido inicialmente toda a Diretoria do Conselho para tirar as fotos e depois, claro, estará aqui aberta para que todos possam também estar conosco aqui à frente.

    Então, nada mais havendo a tratar, dou por encerrada esta sessão, com muito orgulho e felicidade, agradecendo a Deus pela oportunidade de todos nós estarmos aqui e também pela minha trajetória política, de estar por seis mandatos como Deputado Federal, portanto, 24 anos lá na Casa verde, e por ter sido reeleito, por mais um mandato, como Senador da República – lá se vão 33 anos. E tenho mais 7 anos aí, Dr. Milton, de mandato.

    Mas quero agradecer e pedir a Deus que me dê a oportunidade da sua longevidade. Não conseguirei ter a sua sabedoria, a sua sapiência.

    O SR. MILTON THIAGO DE MELLO – É por antiguidade.

    O SR. PRESIDENTE (Wellington Fagundes. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - MT) – Mas, com certeza, o senhor é um espelho e um exemplo de vida para todos nós.

    Muito obrigado.

    Está encerrada a sessão. (Palmas.)

(Levanta-se a sessão às 17 horas e 25 minutos.)


Este texto não substitui o publicado no DSF de 16/12/2023 - Página 27