Discussão durante a 195ª Sessão Deliberativa Extraordinária, no Senado Federal

Discussão sobre a Medida Provisória (MPV) n° 1185, de 2023 (Crédito fiscal de subvenção para investimento), que "Dispõe sobre o crédito fiscal decorrente de subvenção para a implantação ou a expansão de empreendimento econômico".

Autor
Tereza Cristina (PP - Progressistas/MS)
Nome completo: Tereza Cristina Correa da Costa Dias
Casa
Senado Federal
Tipo
Discussão
Resumo por assunto
Tributos:
  • Discussão sobre a Medida Provisória (MPV) n° 1185, de 2023 (Crédito fiscal de subvenção para investimento), que "Dispõe sobre o crédito fiscal decorrente de subvenção para a implantação ou a expansão de empreendimento econômico".
Publicação
Publicação no DSF de 20/12/2023 - Página 47
Assunto
Economia e Desenvolvimento > Tributos
Matérias referenciadas
Indexação
  • DISCUSSÃO, MEDIDA PROVISORIA (MPV), POSSIBILIDADE, APURAÇÃO, CREDITO FISCAL, PESSOA JURIDICA, TRIBUTAÇÃO, LUCRO REAL, RECEBIMENTO, SUBVENÇÃO, UNIÃO FEDERAL, ESTADOS, DISTRITO FEDERAL (DF), MUNICIPIOS, IMPLANTAÇÃO, EXPANSÃO, EMPREENDIMENTO, DEFINIÇÃO, REQUISITOS, HABILITAÇÃO, BENEFICIARIO, CRITERIOS, CALCULO, UTILIZAÇÃO, COMPENSAÇÃO, DEBITOS, TRIBUTOS, SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL, RESSARCIMENTO, DINHEIRO, COMPETENCIA.

    A SRA. TEREZA CRISTINA (Bloco Parlamentar Aliança/PP - MS. Para discutir.) – Sr. Presidente, Sras. Senadoras, Srs. Senadores, eu quero aqui fazer uma parte da minha fala sobre o que o Senador Izalci acabou de colocar.

    Uma medida provisória tão importante, que traz a falta de previsibilidade, traz a insegurança jurídica para o setor produtivo, que é o setor que gera emprego e renda neste país, ser discutida de afogadilho, sem discussões ouvindo todas as partes, e uma proposta que não apenas retroage na cobrança das subvenções tributárias estaduais, mas também amplia consideravelmente o poder da Receita Federal do Brasil, em um contexto de um Governo que só quer arrecadar, sem o devido equilíbrio na diminuição dos gastos públicos e no controle fiscal.

    Se nós tivéssemos a contrapartida de dizer: não, queremos reduzir gastos, vamos gastar com equilíbrio. Mas a gente não vê isso, muito pelo contrário, na hora que aperta, vem uma medida provisória para arrecadar mais e tirar daqueles que geram emprego e renda e que estão extremamente preocupados, por todo o Brasil. Eu, desde ontem, recebo ligações não só do meu estado, mas de outros estados brasileiros, de empresários muito preocupados em parar os investimentos, em diminuir investimentos e alguns pensando até em fechar as suas indústrias.

    A aprovação de medidas que retroagem a cobrança de impostos representa uma quebra de confiança, de previsibilidade para os empresários, essenciais para o planejamento e investimento de longo prazo. Quando é que o Brasil vai dar essa segurança ao setor produtivo? Imaginem o impacto sobre as empresas que, de boa-fé, seguiram as leis vigentes, planejaram os seus gastos e, agora, são confrontadas com uma carga tributária retroativa – e nós estamos falando de retroatividade – afetando as suas finanças de maneira drástica.

    É crucial reconhecer que, de um ambiente de negócio saudável, depende o equilíbrio entre a arrecadação de impostos e a sustentabilidade das empresas. Políticas tributárias e fiscais devem promover a competitividade, a inovação e o crescimento, estimulando a geração de emprego e o progresso econômico.

    Quando eu ouço aqui alguns Senadores da base do Governo dizendo que a Bolsa subiu, que o dólar caiu, com certeza, mas graças à inflação que foi contida pelo Banco Central, que desde o início, com mão firme e forte, vem controlando, fazendo a política monetária correta. E também pela sorte de que o mundo, hoje, melhorou. Todo mundo esperava recessão no mundo, esperava juros mais altos, e a economia mundial vem se recuperando. Isso reflete de maneira direta também na nossa economia, que é globalizada.

    Portanto, é essencial que busquemos um equilíbrio entre a necessidade de arrecadação fiscal e o estímulo ao desenvolvimento empresarial, garantindo um ambiente propício para os negócios e contribuindo para a construção de um Brasil com uma economia sólida e sustentável.

    É isso, Sr. Presidente. O PP quer encaminhar contra essa medida provisória.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 20/12/2023 - Página 47