Pela ordem durante a Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Exposição da necessidade de que o Ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, venha até a Comissão de Relações Exterior e ao Plenário do Senado Federal para discutir a política externa brasileira.

Autor
Rogerio Marinho (PL - Partido Liberal/RN)
Nome completo: Rogério Simonetti Marinho
Casa
Senado Federal
Tipo
Pela ordem
Resumo por assunto
Conflito Bélico, Relações Internacionais:
  • Exposição da necessidade de que o Ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, venha até a Comissão de Relações Exterior e ao Plenário do Senado Federal para discutir a política externa brasileira.
Publicação
Publicação no DSF de 21/02/2024 - Página 51
Assuntos
Outros > Conflito Bélico
Soberania, Defesa Nacional e Ordem Pública > Relações Internacionais
Indexação
  • DEFESA, PRESENÇA, MINISTRO, ITAMARATI (MRE), MAURO VIEIRA, ESCLARECIMENTOS, POLITICA EXTERNA, MORTE, POLITICO, PAIS ESTRANGEIRO, RUSSIA, CONFLITO, GUERRA, FAIXA DE GAZA, ISRAEL, PALESTINA, HAMAS.

    O SR. ROGERIO MARINHO (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - RN. Pela ordem.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Senadores, quero primeiro dizer a V. Exa. que é importante o pronunciamento que V. Exa. faz, propondo pacificação, moderação, que se olhe com equilíbrio um conflito que certamente choca o mundo todo, não só pelo que ocorreu inicialmente, que foi o bárbaro crime perpetrado contra civis, mas também pela guerra que se estabeleceu de forma subsequente pela retaliação que está sendo colocada pelo Estado de Israel. Pode-se discutir aqui a questão de proporção – qual seria a proporção de um povo que foi agredido, com as suas mulheres estupradas, as suas crianças assassinadas. Então, isso é realmente uma questão extremamente delicada que suscita as paixões, até pelas posições políticas que cada um de nós pode ter.

    Uma preocupação que eu tenho, Excelência, e aí quero louvar o fato e até a coragem de se trazer à baila neste momento... Nós temos uma Comissão de Relações Exteriores, e acho que seria muito importante que o Sr. Chanceler, o Sr. Mauro, viesse ou à Comissão ou até ao Plenário discutir de que forma a nossa política externa está sendo efetivamente colocada em prática. E nos chama atenção, Sr. Presidente, o fato de que o Presidente da República não denunciou ainda que um opositor importante na Rússia foi assassinado, e nós não estamos vendo nenhuma manifestação por parte do Governo do PT. Nós não estamos vendo a manifestação do Presidente da República e do seu Chanceler em relação à supressão do processo democrático na Venezuela. Nós não estamos vendo, Sr. Presidente – e é uma preocupação de todos nós brasileiros que temos os mesmos princípios morais e éticos –, uma preocupação do Governo brasileiro com o que está acontecendo na Nicarágua, quando dezenas de países de todo o mundo se insurgiram contra a perseguição a cristãos. Então, esse silêncio, essa relativização de um processo certamente nos incomoda tanto como essa comparação infame que foi feita.

    Espero que esta Casa tenha a moderação, a tranquilidade de se debruçar sobre esse tema, até pela responsabilidade que V. Exa. em tão boa hora nos traz, entendendo e respeitando as dificuldades de cada um de nós, com a visão de mundo que cada um de nós tem, mas não ficando calados. Então, quero dizer a V. Exa. que comungo dessa preocupação.

    Não estou entrando aqui no mérito de quem tem ou não tem razão, agora me parece, Sr. Presidente, que comparar o que acontece nessa retaliação ou nessa resposta que está sendo dada pelo Estado de Israel ao Holocausto é uma comparação que nos coloca num patamar realmente muito complicado em relação à comunidade internacional.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 21/02/2024 - Página 51