Discurso durante a Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Registro da realização de Sessão de Debates Temáticos no Senado Federal, em 27 de fevereiro de 2024, sobre a obrigatoriedade da vacinação contra Covid-19 em crianças, em virtude da inclusão da vacina no Programa Nacional de Imunização (PNI).

Autor
Eduardo Girão (NOVO - Partido Novo/CE)
Nome completo: Luis Eduardo Grangeiro Girão
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
Crianças e Adolescentes, Saúde Pública:
  • Registro da realização de Sessão de Debates Temáticos no Senado Federal, em 27 de fevereiro de 2024, sobre a obrigatoriedade da vacinação contra Covid-19 em crianças, em virtude da inclusão da vacina no Programa Nacional de Imunização (PNI).
Publicação
Publicação no DSF de 28/02/2024 - Página 27
Assuntos
Política Social > Proteção Social > Crianças e Adolescentes
Política Social > Saúde > Saúde Pública
Indexação
  • REGISTRO, SESSÃO DE DEBATES TEMATICOS, SENADO, OBRIGATORIEDADE, VACINAÇÃO, NOVO CORONAVIRUS (COVID-19), CRIANÇA, PROGRAMA NACIONAL DE IMUNIZAÇÕES (PNI), RISCO DE VIDA, MORTALIDADE INFANTIL, COMENTARIO, AUSENCIA, COMPARECIMENTO, MINISTRO DE ESTADO, MINISTERIO DA SAUDE (MS), NISIA TRINDADE, EXPOSIÇÃO, RECOMENDAÇÃO, ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAUDE (OMS).

    O SR. EDUARDO GIRÃO (Bloco Parlamentar Vanguarda/NOVO - CE. Para discursar.) – Paz e bem, Presidente Veneziano Vital do Rêgo.

    Sras. Senadoras, Srs. Senadores, funcionários desta Casa, assessores e os brasileiros que nos acompanham nesta tarde de terça-feira, dia 27 de fevereiro, pelo trabalho sempre muito honrado da TV Senado, da Rádio Senado e da Agência Senado.

    Sr. Presidente, eu trago aqui um relato bem breve, Senador Oriovisto e Senador Plínio Valério, do que nós vivenciamos ontem aqui, neste Senado Federal, durante oito horas. Nós realizamos uma sessão histórica de debates, juntamente com o Senador Luis Carlos Heinze e a Senadora Damares, com abordagem eminentemente técnica sobre a controvertida decisão do Ministério da Saúde de incluir no Plano Nacional de Imunizações a obrigatoriedade da vacinação em crianças com menos de seis anos de idade para covid-19.

    Eu quero deixar registrado que a Ministra da Saúde do Brasil, que foi uma das primeiras convidadas, não compareceu nem enviou sequer um representante. Por que o medo do debate? Ouvimos médicos aqui, durante oito horas, cientistas, pesquisadores, setores da sociedade brasileira, todos os especialistas com currículo robusto nacional e internacional – porque estiveram aqui participantes do mundo inteiro. Eles apresentaram estudos sobre essa população que tem baixíssimo risco para covid-19 até os dez anos de idade. Estamos falando de bebê, Senador Oriovisto.

    Em nenhum outro lugar do mundo, é obrigado vacina para bebê – só no nosso Brasil, não sei se o senhor tem essa informação. Até a OMS não recomenda vacina para criança, mas o Brasil quer porque quer vacinar de qualquer maneira. Não dá para entender. É, no mínimo, estranho.

    Nós tivemos as presenças aqui dos Drs. Peter McCullough, Jessica Rose Morley, Chris Flowers, James Thorp, Geert Vanden Bossche, Pierre Kory, Andrea Stramezzi – que, inclusive, tinha sido convidado para um debate, no Senado americano, no mesmo dia, e nós fizemos um apelo a ele sobre a gravidade do Brasil, porque lá eles já descartaram essa questão de vacinação em bebê, e ele veio para o Brasil, optou por vir participar desse debate, devido à emergência. Todos esses cientistas e médicos são reconhecidos, internacionalmente, como autoridades em suas especialidades.

    Também recebemos doutores brasileiros: Francisco Cardoso, Caio Roberto Salvino, Roberto Zeballos e Estevam Rivello Alves, que fizeram exposições com precisão de dados e fatos.

    Por isso, recomendo a todos os meus irmãos e irmãs Senadores da República que possam assistir, dada a importância das informações que aqui foram disponibilizadas, essas quase oito horas de sessão. Assistiram conosco, ao vivo, em torno de 7 mil pessoas, no Brasil, que permaneceram durante todo esse tempo. No canal do YouTube da TV Senado, já são mais de 200 mil visualizações que nós tivemos, devido ao interesse da sociedade civil pelo tema. O fato é que algumas informações foram de grande impacto e vão requerer de todos nós os devidos encaminhamentos.

    O Dr. Peter McCullough disse que a vacina contra a covid-19 expõe as crianças à proteína spike, que causa problemas cardíacos, problemas cerebrais e aos órgãos vitais do corpo, e o corpo não consegue se livrar dessa proteína, que se torna uma substância tóxica que se acumula no corpo humano. Ele destacou problemas cardiovasculares, cardíacos, miocardite, problemas de arritmia, abnormalidades, infartos e, inclusive, também problemas neurológicos, com crianças tendo infarto – olhem que loucura! –, cegueira, perda de audição, entre outros, e também problemas imunológicos com inflamações multissistêmicas que afetam, praticamente, todos os órgãos do corpo, olhos, fígado, ligamentos e coração.

    Duas declarações chocantes vieram do Dr. Francisco Cardoso. Primeiro, que a própria Organização Mundial de Saúde não recomenda – repito – a vacinação obrigatória contra covid-19 em menores de cinco anos, e que o Brasil é o único país do mundo que quer impor essa medida. A segunda declaração que foi gravíssima é que, em setembro de 2023, o FDA americano vetou o uso de todas as vacinas da Pfizer que não fossem a Ômicron XBB.1.5, por serem obsoletas. Ou seja, o Brasil virou refugo, agora, de produtos banidos nos Estados Unidos? É isso o que o povo brasileiro merece?

    A vacina que pretendem aplicar – acreditem se quiser – nas crianças brasileiras é, justamente, a Pfizer Whuan, de 2019, que é a mais obsoleta de todas! O Estados Unidos não dá mais! Está proibido, mas, no Brasil, talvez, para o estoque ser aproveitado, querem fazer. Não sei a quem isso interessa! Não sei a quem isso interessa, mas à saúde e à vida das crianças, definitivamente, não é!

    Já o Dr. Andrea Stramezzi disse que as crianças ricas não terão problemas para ir às escolas privadas, pagar taxas, multas ou ter acesso a médico, mas milhões de crianças pobres estarão totalmente vulneráveis a essa obrigatoriedade, Senador Oriovisto, porque estão sendo ameaçadas de tirar o Bolsa Família se não vacinar, se não matricular as crianças na escola. Isto é uma afronta à liberdade, isto é uma afronta ao direito constitucional à educação.

    O Dr. Pierre Kory indagou: "Por que as pessoas mais jovens, em idade de trabalho, têm falecido em uma proporção nunca vista, historicamente falando?". Uma possibilidade, segundo ele disse, é que – abro aspas – "vocês agora estão falando de exigir vacinas em todas essas crianças, o que é um erro catastrófico".

    O Dr. Cassio Jose Micelli Guimarães lembrou que Portugal foi um dos países vacinados contra a covid e é um dos que têm mais mortalidade pela covid. E sobre os compostos disse: "São três compostos da vacina Pfizer: um é conhecido como potencial carcinogênico, outro nunca foi usado para pesquisa e outro foi acrescentado recentemente, para diminuir o risco de miocardites e pericardites". E mais: a formulação da bula da Pfizer "mudou 23 vezes até hoje".

    Já o Dr. Chris Flowers, que é radiologista no Reino Unido, Senador Plínio Valério, que agora preside esta sessão, liderou um grupo de 3,5 mil médicos voluntários em uma força-tarefa responsável pela análise de mais de 450 mil páginas de documentos referentes ao processo de aprovação da vacina Pfizer e disse que o FDA, que é o Food and Drug Administration, órgão equivalente à nossa Anvisa aqui, no Brasil, queria 75 anos de sigilo sobre esses documentos, o que foi derrubado na Justiça.

(Soa a campainha.)

    O SR. EDUARDO GIRÃO (Bloco Parlamentar Vanguarda/NOVO - CE) – O relatório de análise desses documentos produzidos pelo grupo foi publicado no livro Pfizer Documents Analysis Reports, coordenado pela jornalista Naomi Wolf. Ele diz que as vacinas foram baseadas em uma evidência equivocada; elas não foram baseadas na evidência original, que pode até comprovar a eficiência nos adultos, mas não pode comprovar absolutamente nada sobre as crianças.

    O Dr. Geert Vanden Bossche disse aqui, no Senado Federal brasileiro, que a vacinação das crianças tem comprometido o processo de aprendizado do próprio sistema imunológico nato de distinguir a ele mesmo as células alteradas, o que vai não apenas levar ao aumento de doenças autoimunes e cancerígenas nessas crianças, mas vai comprometer também o processo geral de treinamento imunológico, não apenas de vírus respiratórios, mas também de outros vírus e daqueles que têm sido atenuados e são parte das vacinas essenciais da infância, como sarampo, rubéola, catapora, e isso aqui ninguém está discutindo. Ninguém está discutindo com relação a essas vacinas, que são dadas há décadas. Eu tomei todas. Eu, inclusive, tomei a da Pfizer agora na pandemia, duas doses. Mas as crianças não são grupo de risco. Ninguém pode obrigar. Aí é que está o detalhe. Elas não têm o direito de escolha. Não funciona, absolutamente, e a documentação robusta foi demonstrada para os Senadores da República do Brasil; é algo que o mundo todo já entendeu: não compensa o custo-benefício.

    Enfim, Sr. Presidente, a sessão durou mais de oito horas, Senador, meu querido amigo, Jaime Bagattoli, com robustos dados, que nos levam ao dever de agir em consonância com o bem e a verdade. Daí que fomos já numa reunião, formamos um grupo de trabalho, cuja liderança vai ser de um médico, o Deputado Dr. Ovando, da Câmara dos Deputados, para promover os encaminhamentos pertinentes, tendo em vista a proteção das nossas crianças. Já estamos acionando a Advocacia do Senado. Vamos precisar que o Presidente desta Casa, Senador Rodrigo Pacheco, politicamente, usando a sua autoridade, entre em contato com o Governo Federal imediatamente. Nós vamos com medida legislativa também; mas a questão é tão emergencial, tão absurda, que nós vamos apelar ao Presidente Rodrigo Pacheco, em nome da vida das nossas crianças, em nome da ciência, que se pare, que se suspenda imediatamente...

(Soa a campainha.)

    O SR. EDUARDO GIRÃO (Bloco Parlamentar Vanguarda/NOVO - CE) – ... essa vacinação no Brasil, que é o único país do mundo que está exigindo isso, e não é correto.

    Para me encaminhar para o final, Sr. Presidente – já agradecendo ao senhor e aos demais colegas a tolerância –, eu só quero fazer aqui uma ressalva, o que colocou o Dr. Francisco Cardoso. A nota técnica que trata da incorporação da vacina da covid-19 no Programa Nacional de Imunizações é apenas uma nota técnica e não pode ser usada para obrigar crianças a tomar uma vacina de método mRNA, que ainda não possui todos os testes de segurança a médio e longo prazo, além dos efeitos colaterais já documentados. Os debatedores foram unânimes – eu repito, unânimes – em criticar autoridades que defendem a imposição da vacina, tendo em vista os seus riscos. Estamos falando aqui de criança...

(Soa a campainha.)

    O SR. EDUARDO GIRÃO (Bloco Parlamentar Vanguarda/NOVO - CE) – ... que todo mundo sabe que não é o foco dessa pandemia.

    Reforço aqui o que foi escrito por Hipócrates, séculos atrás, que precisa ser relembrado sempre, o juramento de Hipócrates: defender a vida... Eu não vou ler; está aqui, mas eu já extrapolei o tempo. Mas é hora de colocarmos a mão na nossa consciência. Eu sei que o poderio dos laboratórios, os grupos de interesse são muito grandes – são bilhões de dólares que rolam através do lobby –, mas, para defender as crianças, nós vamos até as últimas consequências, porque não tem nenhum respaldo na ciência para obrigar vacinação.

    Deus abençoe.

    Muito obrigado, Sr. Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 28/02/2024 - Página 27