Discurso durante a Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Satisfação com a manifestação de apoio ao ex-Presidente Jair Bolsonaro realizada no último domingo, dia 25 de fevereiro de 2024, na cidade de São Paulo (SP).

Defesa da instalação de CPI para investigar denúncias sobre supostos abusos contra crianças na Ilha de Marajó, no Estado do Pará.

Críticas à obrigatoriedade da vacinação de crianças contra a covid-19, determinada pelo Ministério da Saúde.

Autor
Magno Malta (PL - Partido Liberal/ES)
Nome completo: Magno Pereira Malta
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
Defesa do Estado e das Instituições Democráticas:
  • Satisfação com a manifestação de apoio ao ex-Presidente Jair Bolsonaro realizada no último domingo, dia 25 de fevereiro de 2024, na cidade de São Paulo (SP).
Atuação do Senado Federal, Crianças e Adolescentes:
  • Defesa da instalação de CPI para investigar denúncias sobre supostos abusos contra crianças na Ilha de Marajó, no Estado do Pará.
Crianças e Adolescentes, Saúde Pública:
  • Críticas à obrigatoriedade da vacinação de crianças contra a covid-19, determinada pelo Ministério da Saúde.
Aparteantes
Damares Alves, Eduardo Girão, Rogerio Marinho.
Publicação
Publicação no DSF de 28/02/2024 - Página 66
Assuntos
Soberania, Defesa Nacional e Ordem Pública > Defesa do Estado e das Instituições Democráticas
Outros > Atuação do Estado > Atuação do Senado Federal
Política Social > Proteção Social > Crianças e Adolescentes
Política Social > Saúde > Saúde Pública
Indexação
  • REGISTRO, MANIFESTAÇÃO, DEFESA, DEMOCRACIA, APOIO, EX-PRESIDENTE DA REPUBLICA, JAIR BOLSONARO, SÃO PAULO (SP).
  • DEFESA, INSTALAÇÃO, COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUERITO (CPI), INVESTIGAÇÃO, EXPLORAÇÃO SEXUAL, CRIANÇA, ADOLESCENTE, ILHA DO MARAJO, ESTADO DO PARA (PA).
  • CRITICA, OBRIGATORIEDADE, VACINAÇÃO, CRIANÇA, COMBATE, NOVO CORONAVIRUS (COVID-19), DETERMINAÇÃO, MINISTERIO DA SAUDE (MS).

    O SR. MAGNO MALTA (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - ES. Para discursar.) – Sr. Presidente, Sra. Senadora Damares, Senadores, Deputado Federal Nikolas Ferreira, assistência, aqueles que nos veem pela televisão, aqueles que nos ouvem pela rádio e nos veem também pelas redes sociais desta Casa, eu quero falar sobre três assuntos hoje: vou falar sobre a manifestação agora; no momento seguinte, falarei sobre o Marajó; e concluirei com ambas as falas.

    Sr. Presidente, nós tivemos uma manifestação pacífica, graças a Deus. Deus é bom! Tem gente que não gosta disso, tem raiva quando fala de Deus, quando fala em passividade, democracia, mas uma multidão...

    Eu li todos os discursos já feitos antes que eu chegasse ao Plenário e eu vi Senadores dizendo que tinha 100 mil pessoas. Tinha até uma pesquisa de especialistas da USP que dava 30 mil pessoas. Nossa! Eu estou acostumado com aquela Paulista, a Marcha para Jesus vai fazer 30 anos. Eu tenho 24 marchas nas costas, a maior marcha do mundo, e eu já vi Marcha para Jesus de 3 milhões de pessoas, Senadora Damares. E eu tenho noção – a Paulista com sete quarteirões e as adjacências –, parecia uma lagarta enorme. As pernas ali, todos os quarteirões tomados de cima a baixo, tinha mais de milhão pessoas. Pacífico, sem um cartaz! Homens e mulheres, crianças e adolescentes com o sonho de manter este país em liberdade, de fortalecimento da democracia, em tempos difíceis, em tempo em que o poste está mijando no cachorro.

    Nós vivemos já um regime ditatorial: não há mudança de Presidente, há mudança de regime, e num regime ditatorial a libertinagem tem nome de liberdade. Num regime ditatorial uma manifestação pacífica daquela é chamada de borocoxô, "foi borocoxô, sem graça".

    É claro, só tem graça quando tem ministério queimado, só tem graça quando tem Black Blocs, só tem graça quando se invade o Supremo, só tem graça quando se invade a Câmara dos Deputados. Isso tem graça. Eu me lembro de que, em 2016 ou 2014, quando a manifestação do MST junto com a CUT, aqui em Brasília, botou fogo nos Ministérios, o Governador era Rollenberg, do PSB de Kassab, de Flávio Dino e de tantos outros aqui. Rollenberg agiu como Governador, a polícia agiu.

    Teve um Senador, o Senador Humberto Costa, que foi lá. Quando ele voltou aqui fez um discurso, chateado, porque estava com os olhos lacrimejando por causa do gás de pimenta e tal, culpa do Governador, que reprimiu, porque senão os vândalos, os Black Blocks teriam botado fogo em Brasília!

    Não, aquilo foi só um ato democrático. Ato antidemocrático é rezar um terço! Ato antidemocrático é dizer "eu sou a favor da vida", "eu sou a favor do nascituro", "eu sou contra o aborto", "eu sou contra as drogas", "eu quero um país livre", "eu não morro de amor pelo regime cubano, nem pelo regime venezuelano, nem pelo regime chinês, eu não morro de amor pelo regime russo". Aí você é um fascista, porque quando não se tem argumento se tem uma palavra, e normalmente o esquerdista é assim, quando lhe falta o argumento ele fala: "Você é fascista!". Essa é a grande defesa. Mas para quem segue o decálogo de Lenin é repetir Marx: diga, aponte para eles e diga para eles aquilo que você é.

    Nós temos um Ministro da Suprema Corte agora que diz que segue o que Lenin manda – antes de ser Ministro da Suprema Corte, imagine agora, na Suprema Corte. E no discurso dele, pasme Senador Cleitinho, pasme Senadora Damares, pasme Senador Girão, Deputado Nikolas, Senador Marinho, ele faz um discurso na posse dele e diz que a Suprema Corte é o poder moderador do país.

    Sabe na frente de quem ele falou isso? Na frente do Presidente do Senado. Eu não posso ouvir isso e ficar calado! O Presidente do Senado tinha que ficar em pé e interromper o discurso dele: "O senhor está errado". Tem três Poderes harmônicos entre si, e não um Poder que seja preponderante sobre o outro. Não, não é isso que a Constituição diz. Estava lá o Lira, estava lá o Lula. Isso é peso morto, isso aqui é peso morto. É o dinheiro do contribuinte sendo gasto com essa CCC aqui: casa dos calados coniventes. Que humilhação: 513 Deputados, o seu Presidente ouve isso, e nada fala. Isso nós falamos lá na avenida. O meu discurso foi muito mais citando a Bíblia. Quando a pessoa diz "a Bíblia é um livro velho", eu digo: Deus é novo. O que valeu para aqueles dias vale para hoje. Deus não mudou, nós mudamos. O coração do homem é o mesmo em cada lugar, em cada tempo. O coração do homem não mudou. Deus é o mesmo.

    Por isso comecei o meu discurso dizendo, Senador Marinho: não temais nem mesmo a morte, a não ser que seja a morte espiritual, porque por nada tenho ganho a minha vida, porque para mim viver é Cristo, morrer é lucro. O que eles falaram hoje aqui o profeta Jeremias ouviu. O que eles falaram hoje aqui, atacaram até o Pastor Malafaia, os profetas ouviram: o deboche, a anarquia. Chamaram Jesus de filho de Belzebu. Jesus, filho de Belzebu. Jesus...

    O Pastor Malafaia é um profeta Amós. Profeta foi chamado não para agradar a maioria, profeta foi levantado para falar a verdade. E como um homem que recolhe impostos, como um cidadão, pai de família, e como um homem religioso que é, mas, como cidadão, nunca se calou e verbalizou o tempo inteiro todas as causas em defesa da vida e dos valores.

    Esse país contou com a voz de Malafaia. No dia Nikolas – acho que você estava engatinhando, brincando de bola de gude –, quando um ministro de Dilma, o senhor... Aquele lá que veio pedir perdão, Damares, depois à bancada evangélica... Gilberto Carvalho, num ato falho, lá do Rio Grande do Sul, os repórteres estavam atrás dele, ele não viu, e falou para as abortistas: "Nosso primeiro enfrentamento daqui para a frente é com esses evangélicos de cabeça vazia, comandados por pastores de televisão e de rádio". Lava a tua boca, pilantra!

(Soa a campainha.)

    O SR. MAGNO MALTA (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - ES) – Eu falei isso na tribuna aqui na época e não retiro uma palavra.

    Veja que ele estava plantando algo que estava caminhando, que estava vindo, que estava vindo, que estava vindo. O Pastor Malafaia agora está atacado, vai ser inserido num inquérito que a Polícia Federal está... O que Malafaia falou? Na ordem cronológica das coisas, discurso absolutamente técnico, discurso com provas, não cometeu ilegalidade, falou da violência, da virulência cometida contra o Estado democrático de direito, o avassalamento contra a Constituição, o desrespeito à Carta Magna.

    Nós temos jornalistas presos, contas fechadas. Nós temos jornalistas sem o seu passaporte. Eles estão chorando. Há filhos de jornalistas sendo perseguidos. Eu podia falar o nome de todos eles que estão lá no exterior – o Constantino, o Paulo Figueiredo. Aqui nós temos do Pavinatto até o nosso querido Alexandre Garcia.

    Dias trevosos, Senador Girão, e nós não podemos nos calar! O grande problema de quem conta mentira e trabalha com narrativa, Damares, é ter que olhar nos olhos de quem fala a verdade. Nenhum momento! Mas virou uma especulação, eles agora vão perseguir.

    Sabe qual o nível de preocupação de Malafaia? Zero. É zero. Porque você validar a mentira e a narrativa é a mesma coisa de escarrar na verdade, e eles não vão detê-lo, como não vão me deter. "Ah, mas você tem foro."

(Soa a campainha.)

    O SR. MAGNO MALTA (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - ES) – Que foro? Daniel também tinha, o Daniel Silveira, não existe foro. "Ah, vão deter o Nikolas, vão deter o Cleitinho. O Cleitinho vai...". Não vai!

    Lá na avenida tinha 1 milhão, 1,2 milhão de Cleitinhos, na avenida tinha 1 milhão de Girões, 1 milhão de Damares, tinha 1 milhão de Magnos Maltas, tinha 1 milhão de Marinhos, tinha 1 milhão de Bagattolis.

    Nós não estamos na caminhada porque existe um homem no comando dela. Não! Nós estamos sob o comando de Deus! Deus, Deus, Deus, pátria, família e liberdade! Agora, quem não acredita em Deus, quem não acredita em liberdade, tenta fazer da libertinagem a liberdade.

    Eu vou lhe passar um aparte, mas eu só gostaria de ouvir uma pessoa balizada.

(Procede-se à reprodução de áudio.)

    O SR. MAGNO MALTA (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - ES) – Isso aqui é a mesma pessoa.

(Procede-se à reprodução de áudio.)

    O SR. MAGNO MALTA (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - ES) – "[...] roubar a liberdade de um homem é tirar-lhe a essência de sua humanidade" – disse Alexandre de Moraes.

    Cometi fake news? Eu cometi um crime antidemocrático?

    Ministro, quando o senhor foi sabatinado, o Senador Randolfe, o Senador Lindbergh e tantos outros foram à PGR para impedir que você fosse sabatinado, porque o mínimo que eles falavam de você era que você era advogado do PCC. Agora você diz que vocês são salvadores da pátria? Ministro, me poupe. Ministro, me poupe! Vocês são salvadores da pátria?

    Mas, antes de passar a palavra ao Marinho, eu quero usar a sua analogia.

(Soa a campainha.)

    O SR. MAGNO MALTA (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - ES) – Tem uma palavra sua na internet muito bacana. O senhor disse que o Supremo não baixará a guarda para não parecer com a luta de Popó com o Bambam. Bambam baixou a guarda e apanhou.

    Bom, se o senhor estava se referindo à guarda de Bambam, o senhor estava se referindo a Popó como um grande vencedor. Popó é um tetracampeão do mundo, meu amigo pessoal. Eu estava na luta, Ministro. Eu estava assistindo à luta.

    Então, na sua analogia, Popó é o povo, e Bambam desrespeitou Popó. Popó é o povo! E Bambam tentou macular Popó; e os senhores, que são diferenciados, são Bambam?

    Bambam não estava preparado mesmo. Por isso o despreparo, a verborragia em cima de Popó, porque ele sabia quem ia enfrentar.

(Soa a campainha.)

    O SR. MAGNO MALTA (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - ES) – É por isso que Ulysses, ao levantar a Constituição, disse que era uma Constituição Cidadã. E a frase de Ulysses não morre: só o povo pode ajudar o povo. Então, o povo é Popó e vocês são Bambam.

    Sem querer desrespeitar o Bambam, eu conheço o esporte, conheço o boxe, mas eu sei que, quando o cara fica ali dentro, a adrenalina dele seca, arranca metade do gás do pulmão dele e, quando ele vê, diante de si, quem realmente tem a força, quem realmente tem o poder, realmente ele sai falando qualquer coisa por aí. Foi o que aconteceu.

    A sua analogia não está errada não, Ministro. O povo é o Popó, e você mesmo, na sua analogia, se colocou na condição de Bambam; mas nós não precisamos da sua guarda alta, porque ninguém vai lhe fazer o mal. Como cidadão, o senhor está respeitado por mim; como Ministro, está respeitado por mim...

(Soa a campainha.)

    O SR. MAGNO MALTA (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - ES) – ... jamais vilipendiarei a sua honra ou a sua família; mas não cometo nenhum ato antidemocrático, nem qualquer cidadão que discorde de como V. Exa. pensa e do que V. Exa. faz.

    Senador Marinho.

    O Sr. Rogerio Marinho (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - RN. Para apartear.) – Eminente Senador Magno Malta, Srs. Senadores aqui presentes, nós estamos aqui escutando o discurso de V. Exa., e V. Exa. fala com a alma. V. Exa. tem o entusiasmo de quem, de fato, acredita no que está fazendo, no que está falando, e isso é muito importante, porque nós precisamos ter, neste momento, mais do que nunca, convicção, temperança, fé, resiliência.

    V. Exa. exprime, dentro da sua simplicidade, o sentimento do povo brasileiro – ou de grande parte do povo brasileiro.

    Eu tive a oportunidade de falar mais cedo e dizia, eminente Senador...

(Soa a campainha.)

    O Sr. Rogerio Marinho (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - RN) – ... que nós estamos diante de um momento que nos testa a todos; nos testa, inclusive, em relação às nossas convicções: o que somos, o que queremos e no que acreditamos.

    Há um divisor de águas no país. Foi quebrado o equilíbrio entre os Poderes, isso é claro. Há uma hipertrofia do Poder Judiciário em cima do Legislativo e em cima do Executivo, e isso foi banalizado. Nós estamos assistindo a discursos de ministros que falam sobre implantação de políticas públicas como se Executivo fossem; nós estamos assistindo a intromissões no processo legislativo, e isso é encarado como normal. Em defesa da democracia – ou de uma pretensa democracia –, a democracia vem sendo ultrapassada, atacada, fragilizada...

(Soa a campainha.)

    O Sr. Rogerio Marinho (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - RN) – ... e isso fragiliza a própria segurança que o cidadão brasileiro necessariamente tem que ter, em relação a esse escudo que é a Constituição, que nos protege a todos, que nos dá os direitos individuais indeléveis, personificados pela liberdade, pelo livre-arbítrio, e na hora, eminente Senador, em que nós nos deparamos com esse quadro, nós todos nos debruçamos em uma situação que, ao mesmo tempo que nos desafia, nos traz também a responsabilidade de buscar caminhos dentro da normalidade.

    O que assistimos no domingo foi uma reafirmação de compromisso da nação brasileira com a liberdade, com a democracia. Nós, V. Exa., eu e alguns que aqui estão presentes, o Deputado Nikolas, o Cleitinho, o Girão...

(Soa a campainha.)

    O Sr. Rogerio Marinho (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - RN) – ... estávamos na Avenida Paulista e fomos procurados por brasileiros de todos os recantos do país. O Senador Jaime Bagattoli também. Lá estava o brasileiro do Norte, do Sul, do Nordeste, do Sudeste, que ali foram para dizer: "Eu amo este país. Eu tenho compromisso com os meus filhos, com os meus netos, com a minha história, com a minha cultura, com as minhas convicções".

    E nós, eminente Senador, estamos sendo rotulados por aqueles que hoje assumem o poder como extremistas, porque defendemos a família. Então, aqueles que querem dilapidar o patrimônio que é a família são progressistas?

    Nós somos considerados extremistas porque não queremos a liberação das drogas. Então, aqueles que querem que a droga seja oferecida como um produto qualquer à população brasileira são os progressistas, os iluminados?

(Soa a campainha.)

    O Sr. Rogerio Marinho (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - RN) – Nós somos rotulados como extremistas, eminente Senador, porque defendemos a vida desde a concepção. Então, aqueles que defendem o morticínio de bebês, o aborto, esses são progressistas, são iluminados?

    Nós, eminente Senador, somos desumanizados e rotulados por boa parte daqueles que nos veem como pessoas que não merecem sequer estar sob o manto da Constituição e terem os seus direitos fundamentais respeitados.

    Eu acredito que, mais do que nunca, é necessário que a população brasileira reflita. Nós fomos paras as ruas no domingo, desassombradamente. Nós fomos para as ruas no domingo, respeitando a Constituição, de forma ordeira, pacífica e democrática.

    A esquerda brasileira, que minimiza o que ocorreu no domingo, que é uma celebração da liberdade...

(Soa a campainha.)

    O Sr. Rogerio Marinho (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - RN) – ... precisa, ao invés de ir para a desqualificação, ocupar também as ruas, para defender as bandeiras que são caras à esquerda brasileira.

    Que eles vão para as ruas para dizer que é importante abraçar o ditador do Irã, que é importante justificar as agressões feitas na Nicarágua contra os cristãos, que é importante amparar as agressões contra os direitos humanos e contra a democracia na Venezuela, que é importante que o Brasil reveja os seus conceitos em relação à ética, à moral e aos valores cristãos, na hora em que defende o Presidente da República que Holocausto pode ser relativizado e comparado ao que acontece, hoje, em Gaza, na Palestina.

    Então, eminente Senador, nós estamos diante de uma situação que nos aflige, mas que não nos intimida, porque é necessário, mais do que nunca, coragem para falar a verdade...

(Soa a campainha.)

    O Sr. Rogerio Marinho (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - RN) – E falar a verdade vai inspirar outras pessoas para também irem às ruas dizerem que amam este país e que não vão desistir do Brasil.

    Então, homenageio V. Exa. pela palavra de hoje, me somo à sua indignação e espero que nós possamos, nos próximos meses, voltar às ruas do Brasil para trazermos para o nosso lado aqueles que, verdadeiramente, defendem as cores do nosso país, o verde e o amarelo.

    O Sr. Eduardo Girão (Bloco Parlamentar Vanguarda/NOVO - CE) – Eu queria um aparte, Senador Magno Malta, se possível.

    O SR. MAGNO MALTA (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - ES) – Antes de conceder o aparte, quero registrar a presença do líder Altineu, do nosso partido, Deputado Federal, do Rio de Janeiro, que lá estava se assomando aos milhares de brasileiros, e do nosso Marcos Pollon, também do Mato Grosso do Sul, que lá também estava. Lá também estava o Senador Ciro Nogueira, que está aqui conversando com o Nikolas.

    Nikolas, Ciro, virem-se os dois para cá!

    Lá estava o Nikolas na avenida, e o Ciro também, no domingo, participando dessa manifestação, e os nobres Deputados que lá também estavam, Senador Girão, e eu concedo a V. Exa.

    Era só para fazer o registro, mas, depois do aparte do Girão, vocês podem continuar a reunião, porque aí eu vou descer e vou participar.

    O Sr. Eduardo Girão (Bloco Parlamentar Vanguarda/NOVO - CE. Para apartear.) – Muito obrigado, Senador Magno Malta.

    Eu queria cumprimentá-lo por mais um discurso histórico que o senhor protagoniza aqui no Plenário do Senado Federal, uma Casa tão contestada ultimamente, de forma legítima, pela população brasileira. Nós estamos vivendo os 200 anos do Senado Federal. Olha que honra! Olha que oportunidade que Deus nos deu de estar aqui servindo a nação num momento, Deputado Nikolas, Senador Cleitinho...

(Soa a campainha.)

    O Sr. Eduardo Girão (Bloco Parlamentar Vanguarda/NOVO - CE) – ... Senadora Damares, de escuridão! Eu jamais imaginei estar aqui, no Senado, ainda mais num momento tão importante, em que a Constituição do meu país é vilipendiada dia sim, dia não por aqueles que deveriam ser os primeiros guardiões.

    Eu quero... Eu não estava presente no evento, estava organizando, passei o final de semana em Brasília, vim domingo, inclusive, ao Senado, recebemos uma comitiva de cientistas de fora do Brasil, que, aliás, faz escancarar a cara ditatorial desse Governo que aí está, do Governo Lula, que quer impor, o único país do mundo que quer impor vacinação de covid para criança, quando não é grupo de risco, quando a OMS diz, a OMS diz que não deve ser obrigatória, e nós estamos aqui colocando o nosso povo com refugo...

(Soa a campainha.)

    O Sr. Eduardo Girão (Bloco Parlamentar Vanguarda/NOVO - CE) – ... refugo, Senador Magno Malta, de vacina para as quais os Estados Unidos disseram "aqui, não!" Baniram de lá. Agora, a que interesse isso serve, esses bilhões e bilhões de dólares, e nós estamos aqui para defender as crianças e buscar a verdade.

    Mas eu quero lhe dizer que a manifestação, e eu acompanhei cada passo dela, foi legítima, foi bonita, foi de gente do bem. Eu acho que foi a maior manifestação que aconteceu na história deste país, sem nada quebrado. Esse é o tipo de manifestação que é feita pela direita. Por isso que não adianta querer colocar na conta de ninguém o que aconteceu no dia 8 de janeiro, porque não foram essas pessoas. Teve muita gente que foi maria-vai-com-as-outras...

    O SR. MAGNO MALTA (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - ES) – Ahã.

    O Sr. Eduardo Girão (Bloco Parlamentar Vanguarda/NOVO - CE) – ... e quem quebrou merece ser punido, mas com o rigor da lei, não querendo mandar recado fora da Constituição.

    Nós estamos vivendo um momento – e o Senador Rogerio Marinho foi muito feliz – de resiliência. Todas essas injustiças que estão acontecendo... E eu ainda acredito, tenho muita esperança e otimismo de que este Senado Federal vai se levantar ainda neste seu bicentenário. Nós temos que continuar firmes, que continuar falando, clamando por liberdade, pela defesa da nossa Constituição, defendendo a vida, defendendo a família, mostrando para o mundo o que é que está acontecendo aqui no Brasil. Porque nós tivemos um jornalista português, o Sérgio Tavares, que foi intimidado no Aeroporto de Guarulhos porque veio participar da manifestação e vinha para Brasília, ele vinha ontem participar da nossa audiência...

(Soa a campainha.)

    O Sr. Eduardo Girão (Bloco Parlamentar Vanguarda/NOVO - CE) – ... mas os tempos são tão trevosos no Brasil que ele achou melhor voltar para Portugal. Olha que loucura um país que se diz democrático estar vivendo isso com um jornalista.

    E, o senhor sabe, nós temos o jornalista Paulo Figueiredo, nós temos o jornalista Rodrigo Constantino, nós temos o Allan dos Santos, temos vários outros jornalistas, e até juiz.

    O SR. MAGNO MALTA (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - ES) – Oswaldo Eustáquio.

    O Sr. Eduardo Girão (Bloco Parlamentar Vanguarda/NOVO - CE) – Oswaldo Eustáquio.

    O SR. MAGNO MALTA (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - ES) – As crianças dele agora.

    O Sr. Eduardo Girão (Bloco Parlamentar Vanguarda/NOVO - CE) – A Juíza Ludmila está lá, asilada nos Estados Unidos.

    Então, que a verdade prevaleça, o bem desta nação.

    E você, conte comigo, Senador Magno Malta. Nós estamos aqui para, de uma forma serena, pacífica, respeitosa, como foi a manifestação de domingo e todas as outras, fazer o nosso trabalho pelo bem do Brasil, pelo futuro das próximas gerações.

    Muito obrigado.

(Soa a campainha.)

    O SR. MAGNO MALTA (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - ES) – Obrigado a V. Exa. pelo aparte verdadeiro, e ele será incorporado ao meu discurso.

    Senadora Damares, por uma frase sobre o Marajó cantada por uma menina – aliás, uma canção lindíssima –, os artistas, o povo do Ele Não se levantou, como se estivesse diante de um fato novo, esquecido. Eles esqueceram a Amazônia. Eles não falam mais nisso. Aquele tal de Leonardo DiCaprio lá, aquela menina lá, aquela menina lá que é a maior inteligência do mundo, ela só está depois de Deus, ela sabe tudo o que vai acontecer com o planeta: que vai aquecer, que, se o cara tirar um pé de alface, aí não cresce mais uma árvore e tal... Esses negócios desses ambientalistas, porque dá muito dinheiro essa coisa de ONGs, esses "ecochatos" e tal...

(Soa a campainha.)

    O SR. MAGNO MALTA (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - ES) – Eles esqueceram. Yanomami, Yanomami, Yanomami, Damares culpada e tal. Começou a aparecer a verdade. Eles esqueceram os ianomâmis. Agora é o Marajó.

    Quero dizer uma coisa aos senhores, prestem atenção – e se vocês quiserem saber mais, entrem no meu canal do YouTube. Em 2007 para 2008, quando comecei a CPI da Pedofilia, o Fantástico, daquela... daquela empresa de comunicação, fez uma matéria dizendo: Dom Azcona, o Arcebispo de Marajó, foi ameaçado de morte por ter denunciado o abuso de crianças na ilha do Marajó. As crianças são colocadas num barquinho, muitas vezes pelo próprio pai e a mãe, saem naquela embarcação sozinhas, sobem na maior embarcação, ficam lá 15, 20 minutos, descem com um pacote de sal...

(Soa a campainha.)

    O SR. MAGNO MALTA (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - ES) – Eu fui para lá, claro, fui para lá com o Ministério Público, fui para lá com a Polícia Federal, eu fui para lá com a assessoria da CPI, e o Senador Nery, que era do PSOL, aliás, era do PSOL, mas muito lúcido, que é de lá do Pará. Ele foi comigo, acho que ele é de Cáceres. Nós fomos para lá, encontramos D. Azcona, fiquei na casa paroquial, entre 2007 e 2008. Ouvi o D. Azcona, ouvi famílias, está tudo documentado porque a TV Senado acompanhou, e eu coloquei lá alguma coisa da mídia e vou falar esta semana inteira, em 2007 ou 2008, não me lembro da data muito bem. Mas eu fui lá e prometi a D. Azcona que voltaria.

(Soa a campainha.)

    O SR. MAGNO MALTA (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - ES) – Nós voltamos para Brasília, nos arrumamos com as denúncias, sabíamos quem eram os pedófilos e, com quórum qualificado, como manda uma CPI bem conduzida, eles foram convocados. Nós voltamos ao Marajó e, do Marajó, nós fomos para as oitivas na Assembleia Legislativa, comandada pelo PSDB. Depois o Presidente da Assembleia Legislativa se tornou colega meu aqui, como Senador, ele até perdeu depois, era muito incisivo falando, era o Senador... Ele era muito inimigo da família Barbalho, batia todo dia, a Damares se lembra porque já estava por aqui, mas era um bom colega, ele era o Presidente da Assembleia Legislativa. Só que nós havíamos convocado, entre os abusadores, um Deputado Estadual chamado Luiz Sefer...

(Soa a campainha.)

    O SR. MAGNO MALTA (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - ES) – ... e aí eu comecei a tomar pressão no Senado: "Não, esse negócio do Marajó, isso é muito", "Não, não é falácia não, eu estava lá, fui duas vezes, eu tenho documentado". E eu fui com ele, com a Polícia Federal, com o Ministério Público, ver a embarcação grande passar.

    Por isso, Senadora Damares, entrei com requerimento hoje pedindo ao Presidente Pacheco a liberação do relatório final, que ainda está sob segredo da CPI da Pedofilia, para me liberar o capítulo Marajó, porque, se eles tivessem seguido o que nós dissemos, o que nós propusemos, inclusive colocando câmera nos barcos de passageiros, e que fossem monitorados pelo sistema de monitoramento da polícia, e a Governadora era Ana Júlia Carepa, do PT... E, em todos esses anos de abandono do Marajó, o Pará foi comandado pelo espectro político de esquerda...

(Soa a campainha.)

    O SR. MAGNO MALTA (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - ES) – Eu vou dar nome aqui aos Governadores e aos Prefeitos, inclusive o Prefeito de lá é do PSOL novamente, foi Deputado Federal, vai concorrer à reeleição.

    Um espectro político de esquerda, era Ana Júlia a Governadora, do PT. Negaram os fatos, eu não tinha mandato. Quando então a Ministra Damares fala sobre o Marajó, as providências tomadas no Governo Jair Bolsonaro, que valoriza a vida, que valoriza o nascituro, que valoriza a criança, e isso dói, sofre, angustia porque ninguém quer saber de um desgraçado adulto que tem conjunção carnal com uma criança de apenas cinco anos de idade. Essa mídia desgraçada, a esquerda se levantou em cima de Damares como urubu.

(Soa a campainha.)

    O SR. MAGNO MALTA (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - ES) – E eu estava sem mandato, mas não estava sem voz. Eu estava sem mandato, mas o medo nunca me assaltou. Aliás, Senador Jaime, medo eu conheço de ouvir falar. Nunca fui apresentado a ele.

    E eu fui para a rede social para defender o que dizia a então ministra. Ministra, minha mãe dizia uma coisa muito séria, Dona Dada. O homem do bem tem sempre o segundo momento. Você é jovem, Nikolas. O homem do bem tem sempre o segundo momento. Podem te atacar. Podem te atacar.

    Quando o diabo disse a Deus que Jó não era aquela bola toda que Deus estava falando, Deus disse: "então vai, faz o teste. Na primeira que eu fizer, ele te abandona. Só não toque na alma dele"...

(Soa a campainha.)

    O SR. MAGNO MALTA (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - ES) – ... Deus nunca mudou, Senadora. Pode tocar em mim, mas Deus não vai permitir que vocês toquem na minha alma. Pode tocar em você, mas ninguém vai permitir que toquem na sua alma porque o homem do bem vai ter o segundo momento.

    Eu me lembro que um dia o Bispo Macedo falou uma coisa para mim quando eu o vi pela primeira vez em São Paulo. Ele falou assim, eu tinha acabado de falar. Ele disse: "ah, você tem um grande futuro, que pena que você vai sofrer". Eu sou um homem livre, ele falou sobre ele. E eu falei: "Eu também sou livre". Quem libertou o senhor me libertou também, Senador Cleitinho.

    Não é só o senhor que é livre, eu sou livre. Ele disse: "não, meu filho, é porque de mim já falaram tudo, mas você ainda vai sofrer porque ainda vão falar muito de você". Está ouvindo, Nikolas? Está ouvindo, Cleitinho? Está ouvindo, Damares? Está ouvindo...

(Soa a campainha.)

    O SR. MAGNO MALTA (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - ES) – ... então tem muita coisa de que eu já sou livre. Tem muita coisa de que eu sou livre, porque o homem do bem tem o segundo momento. Este é o segundo momento, Senadora Damares.

    E eu fui para a oitiva, pressionado por Senadores aqui, inocentes, porque o tal Deputado convocado era dono de cinco hospitais, um monte de mandato, um homem poderoso no Pará, em Belém. Você não conhece. Pedófilo é uma sombra, pedófilo é um enigma. É difícil decifrar, mas eu conheço a família tem 20 anos. Não conhece nada.

    Aliás, quem estiver me ouvindo aqui, não deixe seus filhos pequenos dormindo na casa de ninguém porque é vizinho há 20 anos. Ah, porque é a casa do meu cunhado, tem 15 anos que casou com a minha irmã. Não, é a casa do avô. Não! Criança dormindo não brinca. Com criança dormindo, alguém pode querer brincar com ela. Não deixe seus filhos irem para casa de ninguém!

(Soa a campainha.)

    O SR. MAGNO MALTA (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - ES) – E aquele cara foi depor com muita proteção. Com muita proteção, ele foi para o depoimento. Eu perguntava e ele mentia, eu tinha a prova. Eu nunca fiz CPI, ninguém nunca foi convocado para depor em CPI porque a mídia falou. Havia uma investigação da Polícia Federal, tinha laudos dos abusos, das crianças tiradas lá do interior para serem abusadas na capital. E o caso mais grave, a cirurgia no clitóris de uma criança.

    Ele foi inquirido, Senador, da maneira que tinha que ser. Lá estavam promotores, me lembro muito bem dos promotores. Dr. André Ubaldino, a doutora... a Polícia Federal. Esqueci o nome das outras promotoras que lá estavam; o Thiago da SaferNet...

(Soa a campainha.)

    O SR. MAGNO MALTA (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - ES) – ... um time de assessores muito fortes, um juiz corajoso e um Ministério Público de posse do que nós tínhamos de documento, de prova. Sem o Ministério Público nós não andaríamos, sem o juiz nós não andaríamos. Aquele cidadão teve que depor no meio dos colegas.

    E lá tinha uma CPI também, de abuso de crianças, e o Presidente dela, que depois até virou Deputado Federal... esse cidadão foi preso, esse Deputado, Luiz Sefer. Depois eu juntei o nome dele. Assim que terminou a oitiva, eu escrevi o nome dele junto. Juntem o nome dele e vocês vão ver o que é que vai dar.

    E eu pedi para ele ler: "leia seu nome".

    Eu tenho todos os documentos comigo.

(Soa a campainha.)

    O SR. MAGNO MALTA (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - ES) – Aqui eu me exponho mais, porque tudo eu copiei.

    Eu tenho todos os laudos de todos os pedófilos investigados. Eu tenho a investigação da Polícia Federal, desde o Amazonas até o Marajó, os sigilos quebrados pelo trabalho da Luz na Infância 1, que foi feito no Amazonas. E, neste momento, é preciso que, antes que nós instalemos uma CPI – a que eu já dei entrada, Senador Jaime Bagattoli – de abuso de infantes e adolescentes, para que advogados não digam: "não, foi sexo consentido, porque ela já tinha 15 anos". Não. E o sujeito quando mata tem 17 anos e 11 meses, "não, ele ainda é uma criança...

(Soa a campainha.)

    O SR. MAGNO MALTA (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - ES) – ... falta um mês para ele virar homem". Homem que está vestido de criança, que estupra, sequestra e mata. Estupra, sequestra e mata.

    Portanto, eu fui chamado para essa missão. Eu respiro a missão da vida, do nascituro. Eu respiro a defesa das crianças.

    Crianças nasceram para serem amadas e não para serem abusadas. Já na CPI dos maus-tratos, com o então Senador José Medeiros como Relator – que hoje é Deputado Federal, um grande guerreiro –, o Deputado Altineu, Deputado Nikolas, nós fizemos a CPI dos Maus-Tratos e, se eles tivessem feito o que nós propusemos no final do relatório... a Senadora Damares já estava comigo, já estava nessa CPI comigo e já conhecia todos esses fatos.

    E, certamente, Sr. Presidente, há uma razão para viver: as crianças. Há uma razão para lutar: as crianças.

(Soa a campainha.)

    O SR. MAGNO MALTA (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - ES) – Porque nós não queremos vacina de criança de 0 a 5 anos, porque cobaia é rato, cobaia de laboratório é rato, não crianças.

    Eles querem uma geração de adultos deformados, adolescentes deformados, com essa desgraça para pôr dentro do corpo das nossas crianças. Nós vamos lutar até o fim porque, enquanto o mundo já está indenizando quem se vacinou com essa desgraça – eu já cansei de ler aqui a bula –, o Brasil ainda... porque isso é conversa ditatorial, isso é conversa de ditador, isso é conversa de regime ditatorial, regime comunista.

    Nós somos poucos, mas somos muitos. Nós somos de menos, mas somos de mais. Tudo que nós temos, eles não têm. O aviso é que até o diabo está debaixo da autoridade de Deus.

    Eu quero encerrar, mandando um recado ao Pastor Silas Malafaia. Silas, você conhece a Bíblia muito mais que eu. Deus não mudou. Capítulo 5, versos 11 e 12 de Mateus: "Jesus disse, bem-aventurados sois vós. Bem-aventurados sois vós quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa. Vós sois abençoados".

    Obrigado, Sr. Presidente. Obrigado, Brasil.

    A Sra. Damares Alves (Bloco Parlamentar Aliança/REPUBLICANOS - DF) – Senador.

    O SR. MAGNO MALTA (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - ES) – Senadora Damares.

    A Sra. Damares Alves (Bloco Parlamentar Aliança/REPUBLICANOS - DF) – Senador e Presidente, me concedem? Eu prometo que é um minuto. Sei que o tempo dele já se excedeu.

    O SR. MAGNO MALTA (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - ES) – Já?

    A Sra. Damares Alves (Bloco Parlamentar Aliança/REPUBLICANOS - DF. Para apartear.) – Já, alguns minutos.

    Senador, eu só tenho que agradecer as palavras. Eu tenho uma parceria com o senhor de mais de 20 anos. O senhor me conhece.

    Eu não posso falar nada. Inclusive nas minhas redes sociais, eu só estou compartilhando o que está chegando, porque eu respondo a três procedimentos judiciais. Um, pelo Ministério Público, e mais dois, inclusive...

(Soa a campainha.)

    A Sra. Damares Alves (Bloco Parlamentar Aliança/REPUBLICANOS - DF) – ... em instâncias diferentes.

    O SR. MAGNO MALTA (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - ES) – Se V. Exa. me permite, me arrole como testemunha.

    A Sra. Damares Alves (Bloco Parlamentar Aliança/REPUBLICANOS - DF) – Um em que eu tenho que indenizar o povo inclusive em R$5 milhões.

    Mas eu vou dizer o seguinte: eu fui silenciada em 2023. Eu não podia falar, eu não podia dizer nada. Algumas vezes, eu ocupei a tribuna para cobrar as investigações do desaparecimento da menina Elisa, que até hoje ninguém sabe onde está, uma pequena menina. E agora, esse final de semana, a Rede Record trouxe uma reportagem sobre ela.

    Eu fui silenciada. E eu era uma das últimas vozes das crianças do Marajó.

    Mas Deus tem pressa. E Deus levantou uma voz improvável, uma menina lá de Redenção, cantando uma música para o segmento evangélico. Deus tem pressa, Senador.

    Eu vou ter que ficar em silêncio por mais algum tempo, até as ações terminarem. Mas outras vozes se levantaram. Em 1992, nós temos o livro Meninas do Norte...

(Soa a campainha.)

    A Sra. Damares Alves (Bloco Parlamentar Aliança/REPUBLICANOS - DF) – ... que está disponível na internet. Leiam o livro.

    Em 2008, a Comissão da Amazônia, aqui da Câmara dos Deputados, trouxe um relatório, uma publicação, está disponível na internet, em que um único homem tinha uma lista com 100 pessoas que ele mandou para o exterior via aquele tráfico, via a Guiana. Em 2008.

    CPI na Câmara, eventos aqui no Senado – o Congresso falou muito. Por que eu sou a culpada? Eu vou continuar em silêncio, mas Deus tem levantado vozes de todos os lugares. Deus ouviu o clamor das crianças do Marajó e das mães do Marajó.

    E um recado para as mães do Marajó, que amam desesperadamente seus filhos: vocês não estão sozinhas.

    Obrigada, Senador.

    O SR. MAGNO MALTA (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - ES) – Eu agradeço, Senadora Damares. O seu silêncio é um grito altíssimo. O seu silêncio tem uma nota aguda que muitos não suportam ouvir.

(Soa a campainha.)

    O SR. MAGNO MALTA (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - ES) – Ouvidos que não suportam, com medo de estourar o tímpano. O silêncio de um justo vale mais do que o grito de um injusto.

    E certamente nós aqui estamos. E se tiver que morrer pela causa, nós passaremos por esta vida. Um dia morreremos. E não tememos a morte. Mas se tiver que morrer lutando pela causa, lutando pela vida, o legado que vamos deixar para os nossos filhos e netos e as nossas crianças...

    É preciso só que nós tenhamos 30 segundos. Eu decorei muita coisa na escola pública, lá no interior da Bahia. Aprendi o Hino da pátria, o Hino da Bandeira, o Hino das Armas. E uma frase que eu gosto, que eu amo muito, é que, se eu tiver que tombar por esta causa, que Deus me dê a oportunidade de – 30 segundos – morrer dizendo: "Ou ficar a pátria livre, ou morrer pelo Brasil".

    Obrigado, Sr. Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 28/02/2024 - Página 66