Comunicação inadiável durante a Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Destaque para a pesquisa da Genial Quaest, divulgada no dia 28 de fevereiro de 2024, que aponta que a maior parte dos brasileiros apoiam as investigações contra o ex-Presidente Jair Bolsonaro.

Autor
Humberto Costa (PT - Partido dos Trabalhadores/PE)
Nome completo: Humberto Sérgio Costa Lima
Casa
Senado Federal
Tipo
Comunicação inadiável
Resumo por assunto
Agentes Políticos:
  • Destaque para a pesquisa da Genial Quaest, divulgada no dia 28 de fevereiro de 2024, que aponta que a maior parte dos brasileiros apoiam as investigações contra o ex-Presidente Jair Bolsonaro.
Publicação
Publicação no DSF de 29/02/2024 - Página 23
Assunto
Administração Pública > Agentes Públicos > Agentes Políticos
Indexação
  • COMENTARIO, PESQUISA, OPINIÃO, MAIORIA, POPULAÇÃO, BRASIL, APOIO, IMPUTAÇÃO, JAIR BOLSONARO, EX-PRESIDENTE DA REPUBLICA, RESPONSABILIDADE, ATO, DEPREDAÇÃO, CONGRESSO NACIONAL.

    O SR. HUMBERTO COSTA (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - PE. Para comunicação inadiável.) – Sr. Presidente, Sras. Senadoras, Srs. Senadores, telespectadores da TV Senado, ouvintes que nos acompanham pela Rádio Senado, internautas que nos seguem pelas redes sociais, eu, hoje, novamente, vou falar sobre o tema que abordei ontem, porque as minhas redes sociais ficaram em uma situação de efervescência depois do meu pronunciamento. De um lado, obviamente, uma maioria esmagadora considerando a minha posição como correta, e, do outro lado, os integrantes da extrema-direita que são acostumados a entrar nas redes sociais e atacar, agredir. E eu, diante disso, acho importante reafirmar o que falei. Eu entendo que o Brasil está muito atento a essas movimentações de golpistas que agora querem ficar impunes, apesar dos crimes que cometeram.

    Hoje, o instituto de pesquisa Genial/Quaest mostrou que a maioria dos brasileiros tomou conhecimento daquelas manifestações do domingo passado em favor da anistia para os golpistas. Mesmo considerada grande, a pesquisa mostra que Bolsonaro, que foi mentor do golpe e articulador do ato, não conseguiu falar nem convencer para além da sua própria bolha. A avaliação de que ele saiu dali mais forte é, majoritariamente, do seu próprio eleitorado. Fora desse eleitorado, ninguém se convenceu de que aquilo o fortaleceu. Aliás, a maioria dos brasileiros, especialmente entre 52% dos seus apoiadores, está certa de que tentativas de ameaçar instituições por meio desses expedientes intimidatórios não vão dar em nada. Há a certeza, para a maior parte das pessoas, de que as investigações não serão paralisadas por bravatas, maledicências ou malafaias. E 53% também não enxergam Bolsonaro como vítima de qualquer perseguição, o que denota o entendimento dos brasileiros de que ele está tão somente respondendo por eventuais crimes que cometeu de acordo com a estrita realidade dos fatos e na forma da lei. Esta é também a razão pela qual a maior parte dos entrevistados acredita que Bolsonaro participou, sim, de um plano de golpe de Estado e metade defende a decisão da Justiça de torná-lo inelegível, bem como a posição de que é absolutamente justo que ele seja preso se forem comprovados os crimes que praticou.

    Em suma, a tentativa de encurralar as instituições de Estado mostrou-se um tiro no pé. Bolsonaro não convenceu ninguém. Aliás, convenceu somente e mais ainda a Polícia Federal de que é culpado em razão das novas provas que produziu contra si próprio.

    A pesquisa deixa muito claro que a maioria dos brasileiros o responsabiliza pela tentativa de golpe, não vê a existência de qualquer perseguição...

(Soa a campainha.)

    O SR. HUMBERTO COSTA (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - PE) – ... defende a sua inelegibilidade e acredita que ele deve ser julgado pelos crimes de que é acusado. A resposta da população é bem clara ao vergonhoso pedido de perdão a criminosos que Bolsonaro e apoiadores defendem em favor de si mesmos. É uma medida que não passará, e os brasileiros estão dizendo isso em alto e bom som. Não haverá impunidade.

    Muito obrigado, Sr. Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 29/02/2024 - Página 23