Pela ordem durante a Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Defesa da vacinação infantil contra a Covid-19.

Autor
Alessandro Vieira (MDB - Movimento Democrático Brasileiro/SE)
Nome completo: Alessandro Vieira
Casa
Senado Federal
Tipo
Pela ordem
Resumo por assunto
Combate a Epidemias e Pandemias, Saúde Pública:
  • Defesa da vacinação infantil contra a Covid-19.
Publicação
Publicação no DSF de 29/02/2024 - Página 56
Assuntos
Política Social > Saúde > Combate a Epidemias e Pandemias
Política Social > Saúde > Saúde Pública
Indexação
  • DEFESA, VACINAÇÃO, CRIANÇA, NOVO CORONAVIRUS (COVID-19).

    O SR. ALESSANDRO VIEIRA (Bloco Parlamentar Democracia/MDB - SE. Pela ordem.) – Obrigado, Sr. Presidente.

    Muito brevemente quero me somar à sua colocação de confiança nas autoridades de saúde e de sugerir às pessoas que acompanham, que são muitas pessoas que acompanham... Este espaço é um espaço de credibilidade. A fala aqui tem que ser de alta responsabilidade, porque ecoa na sociedade.

    Então, eu sugeri que as pessoas busquem as publicações do Ministério da Saúde. Eu posso sugerir uma recente, do dia 26 de janeiro, que traz os dados todos referentes à vacinação e à necessidade de vacinação de crianças e que informa, claramente, que é falsa a informação de que o Brasil é o único país que vacina crianças contra a covid. E ela traz mais um dado bastante consistente: a taxa de letalidade da covid para crianças e adolescentes, no ano de 2023, é de 6,8. Então, alguém, a qualquer pretexto, achar que não há custo-benefício que justifique preservar as nossas crianças e os nossos adolescentes de uma doença com taxa de letalidade de 6,8 me parece absurdo.

    O fato é, Sr. Presidente, que nós temos um movimento global antivacinas, mais um movimento global motivado e impulsionado por profunda ignorância. E o que nós todos aqui temos que ter como responsabilidade... O senhor lembrou muito bem: o Brasil perdeu mais de 700 mil pessoas – mais de 700 mil pessoas! E a intervenção da vacina teve efeitos claríssimos.

    Os países continuam recomendando a vacinação, cada um dentro da sua formatação de calendário local. A União Europeia continua recomendando a vacinação. A formatação brasileira, o calendário de vacinação brasileiro, é um calendário bem-sucedido historicamente, justamente porque cria marcadores e compulsoriedade em algumas questões.

    E é muito importante que a gente tenha neste espaço, sempre, a preocupação com a forma como vai ser utilizada a nossa fala.

    É evidente: nós estamos tratando de uma doença que tem quatro anos, talvez cinco anos de notificação; ainda teremos muita informação com relação a ela, mas uma incontestável é de que o cenário global mudou, absolutamente, com a existência da vacina.

    E quem está falando aqui é um cara que esteve internado por 11 dias no mesmo período, na mesma semana em que perdemos um colega, que foi o Major Olimpio. Então, a cada vez que eu vejo a desinformação chegando pelas pernas de uma boa-fé, de uma ilusão, de uma bolha de desinformação, eu me sinto obrigado a fazer uma manifestação pública de desagravo para a boa ciência, para os técnicos do Ministério da Saúde, para o trabalho que foi feito aqui e fora do Brasil em benefício da saúde pública.

    Então, eu me somo aos registros que V. Exa. fez, com respeito a opiniões diversas, mas opiniões, graças a Deus, não podem nortear a saúde pública. O que a deve nortear são os estudos.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 29/02/2024 - Página 56