Discurso durante a Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Comentários acerca da inconsistência da União Europeia em suas políticas ambientais.

Defesa da importância do mapeamento e armazenamento de água para enfrentar crises de seca no Estado do Rio Grande do Sul.

Reflexão sobre a obrigatoriedade de vacinação contra a Covid no Brasil.

Autor
Luis Carlos Heinze (PP - Progressistas/RS)
Nome completo: Luis Carlos Heinze
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
Combate a Epidemias e Pandemias, Desenvolvimento Regional, Meio Ambiente:
  • Comentários acerca da inconsistência da União Europeia em suas políticas ambientais.
Meio Ambiente:
  • Defesa da importância do mapeamento e armazenamento de água para enfrentar crises de seca no Estado do Rio Grande do Sul.
Saúde Pública:
  • Reflexão sobre a obrigatoriedade de vacinação contra a Covid no Brasil.
Publicação
Publicação no DSF de 29/02/2024 - Página 68
Assuntos
Política Social > Saúde > Combate a Epidemias e Pandemias
Economia e Desenvolvimento > Desenvolvimento Regional
Meio Ambiente
Política Social > Saúde > Saúde Pública
Indexação
  • CRITICA, INCOERENCIA, UNIÃO EUROPEIA, IMPOSIÇÃO, BRASIL, EXIGENCIA, RESERVA ECOLOGICA, SIMULTANEIDADE, AUSENCIA, RECIPROCIDADE, NORMAS, AREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL, CONTINENTE, EUROPA.
  • APRESENTAÇÃO, PROJETO, AUTORIA, ORADOR, MAPEAMENTO, ESTOCAGEM, AGUA, IRRIGAÇÃO, ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL (RS), COMBATE, SECA.
  • COMENTARIO, INEXISTENCIA, OBRIGATORIEDADE, ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAUDE (OMS), VACINAÇÃO, CRIANÇA, NOVO CORONAVIRUS (COVID-19).
  • SAUDAÇÃO, TRABALHO, CIENTISTA, MEDICO, ESTUDO, VACINA, NOVO CORONAVIRUS (COVID-19).

    O SR. LUIS CARLOS HEINZE (Bloco Parlamentar Aliança/PP - RS. Para discursar.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Senadores e quem está nos acompanhando através da TV Senado...

    Senador Zequinha Marinho, eu vou complementar o que você está falando.

    Há alguns dias, a Senadora Leila fez um debate sobre a questão do crédito de carbono aqui, e várias ONGs estavam presentes. Eu cobrei deles – do WWF, do Greenpeace e de tantas outras –, quando nós discutimos o Código Florestal, na Câmara e no Senado, há alguns anos, em 2012, quando nós o aprovamos: "Por que vocês não fazem na Europa, nos Estados Unidos, na Ásia, em qualquer lugar, as reservas legais que nós temos aqui?". E V. Exa. fala: na Amazônia, 80%; e, no meu estado, 20%. Ninguém deles tem as APPs que nós temos aqui. Portanto, não cabe a eles nos criticar.

    Agora, um assunto em relação ao qual eu vou concordar com eles, e quero chamar a atenção do nosso Presidente Rodrigo Pacheco, diz respeito ao que está acontecendo na Europa e ao protesto de agricultores.

    Hoje, estão já abatendo o gado. Ao seu lado tem um Senador mato-grossense que é um grande pecuarista.

(Intervenção fora do microfone.)

    O SR. LUIS CARLOS HEINZE (Bloco Parlamentar Aliança/PP - RS) – Ele é pequeno. (Risos.)

    Hoje, lá na Irlanda, já há um plano de abater 200 mil cabeças. Eles têm lá 5 milhões, 6 milhões de cabeças; não é o tamanho do rebanho brasileiro. Assim já está na Holanda, assim já está na Espanha, e assim já está também na Alemanha.

    E dizem – e V. Exa. é criador – que o peido de uma vaca – desculpe! –, as fezes de um boi são responsáveis pelo aquecimento global. Imagina em seu estado, Senador Rodrigo, que hoje é o maior produtor de leite do Brasil, se nós começamos agora a abater o gado leiteiro de Minas Gerais, ou do Mato Grosso, ou do Rio Grande do Sul, de qualquer estado, que são responsáveis pelo aquecimento global. Setenta e três por cento dos gases de efeito estufa vêm da China, dos Estados Unidos e da Europa. Ninguém fala nos bilhões de automóveis, navios, aviões, indústrias, cidades que poluem. Agora vão pegar um boi, uma vaca, "pegar para Cristo". Então, esse é um problema que nós temos que também debater, e por isso quero falar no aquecimento global.

    Eu apresentei agora, Senador Rodrigo Pacheco, no Rio Grande do Sul, ontem, um projeto, que nós começamos em março do ano passado, e quero elogiar aqui o Rogério Porto, que é um cientista, geólogo, economista, que foi três vezes secretário de estado. Ele iniciou um trabalho de mapeamento de água para irrigação em 63 municípios gaúchos das Missões, da região noroeste e também da região do Planalto Médio do Rio Grande do Sul. Nesses 63 municípios, junto com professores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul – o Giasson, o Hasenack e o Alan –, marcaram mais de 9 mil pontos de acumulação de água. São 9 mil pontos – já levantados e enquadrados, 5 mil; e estão fechando os outros 4 mil agora – para irrigar nada mais, nada menos que 3,2 milhões de hectares; passará de 4 milhões.

    Isso quer dizer que tem água suficiente, que sobra no inverno e falta no verão. E esse projeto que nós estamos apresentando nessa região, e vale para todo o Rio Grande do Sul e vale para o Brasil, armazena água que sobra numa estação do ano das chuvas e falta na ocasião do verão. Então, por isso, esse trabalho apresentamos ontem. Coloquei uma emenda parlamentar, para pagar o trabalho desses técnicos, de R$800 mil, que estão já desde abril do ano passado trabalhando e estão concluindo agora. E teremos a primeira reunião para apresentar aos Prefeitos, aos secretários municipais de agricultura, aos técnicos da Emater, aos técnicos privados do escritório de planejamento, aos técnicos das cooperativas, cerealistas, revendas, técnicos das empresas de leite, suína e de frango integradas e também os sindicatos rurais e os sindicatos dos trabalhadores rurais. Esse grande mutirão para começar nessa região do estado uma proposta.

    Nós perdemos – digo para quem nos acompanha... Agora, nos últimos anos, em quatro anos, em três secas, mais de R$100 bilhões foram perdidos pelos agricultores, pelo estado, pelos municípios, e também a população pagou mais caro pelo alimento que nós produzimos, porque faltou alimento e faltou água. E aqui a gente mostra que tem condições de armazenar água na estação das cheias e usar na estação da seca. Então, esse é um projeto viável que apresentamos, e vamos continuar trabalhando esse ponto e ver se a gente consegue fazer também em todo o Estado do Rio Grande do Sul. E é um exemplo para que no Brasil possa ser feito o que nós começamos lá no Rio Grande do Sul.

    Só dando um complemento com relação ao assunto das vacinas falado antes, Sr. Presidente, peguei dados da OMS: nenhum país – nenhum país – do mundo obriga compulsoriamente a vacina. Nenhum país obriga. Alguns recomendam, e outros não recomendam. Alguns recomendam; obrigar é apenas o Brasil.

    E vou passar a V. Exa. uma nota técnica da Secretaria de Vigilância em Saúde, que não tem o despacho e o o.k. da Ministra da Saúde. O meu gabinete está estudando esse assunto, junto com o gabinete do Senador Girão, para que nós possamos ter elementos sobre esse assunto. Isso é muito importante para que nós possamos fazer isso sobre a vacina.

    E, com relação ao assassinato de reputações, que eu debati no tempo da CPI do Covid, Flávio Cadegiani é um médico, um jovem médico, cientista brasileiro, que deve ter em torno de 20 pesquisas. Uma das mais importantes, Senador Rodrigo Pacheco, chama-se proxalutamida. Essa medicação não teve patrocinada a sua pesquisa pela big pharma. Esse jovem cientista brasileiro fez a pesquisa no Rio Grande do Sul, em Gramado e Porto Alegre, fez em Chapecó, fez em Campinas, fez em Brasília e adentrou o Amazonas. A pesquisa hoje... E ele foi homenageado recentemente – aqui, criminalizado.

    Agora, no início de fevereiro, ele, que se dedicou tanto à luta do covid e que foi injustiçado por alguns, em face da politização dessa doença e das formas de prevenção e tratamento, mereceu atenção especial em recente conferência educacional médica realizada pela FLCCC, em Phoenix, Arizona, Estados Unidos. Em 2 de fevereiro de 2024, foi premiado naquele país em razão da excelência das suas pesquisas.

    O Dr. Paul Marik e o Dr. Pierre Kory deram os prêmios de excelência inaugurais da organização para algumas pessoas: Dra. Suzanne Gazda (Cientista Clínica Excepcional, americana); Mary Beth Pfeiffer (Prêmio Liberdade – Jornalismo Investigativo); Dr. Elizabeth Mumper (Conquista Vitalícia); e Dr. Flávio Cadegiani (Contribuições para a Excelência em Pesquisa).

    Cada um desses indivíduos fez contribuições incríveis para a medicina e a liberdade médica, não apenas desde o início da pandemia do covid, mas por muitos anos antes. O Dr. Flávio realizou um dos maiores ensaios clínicos e estudos observacionais na era do covid, incluindo estudos que analisam a eficácia da ivermectina como profilaxia e tratamento. Ele é responsável pela primeira hipótese que explica o grande número de casos de miocardite pós-vacinas e mortes súbitas, particularmente entre homens jovens e atletas.

    Ele também realizou um estudo para ver se a proxalutamida, um antagonista do receptor de andrógenos, poderia ser um tratamento eficaz para homens com covid-19 em um ambiente ambulatorial.

    Por causa de seu compromisso com o método científico e suas muitas contribuições para o corpo de evidências, o Dr. Cadegiani foi uma escolha natural para o prêmio FLCCC de Contribuição para a Excelência em Pesquisa. Ter sido escolhido para o prêmio de Excelência em Pesquisa entre tantos cientistas do mundo inteiro é, sem dúvida, um motivo de muito orgulho para nós brasileiros.

    Portanto, Presidente, apenas fazendo o registro de que esse moço foi criminalizado.

(Soa a campainha.)

    O SR. LUIS CARLOS HEINZE (Bloco Parlamentar Aliança/PP - RS) – É um médico endocrinologista brasileiro, aqui de Brasília, que tem esse nível de excelência e agora tem esse reconhecimento lá em Phoenix, Arizona, Estados Unidos.

    Muito obrigado, Sr. Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 29/02/2024 - Página 68