Presidência durante a 10ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Registro do bicentenário do Senado Federal e defesa da liberdade de expressão. Crítica à retenção de jornalista português em aeroporto de São Paulo; ao bloqueio de redes sociais e de contas bancárias de cidadãos brasileiros, por motivos político-ideológicos; às declarações do Presidente Lula acerca do Estado de Israel e do seu alinhamento a ditadores; à obrigatoriedade de vacinas contra a Covid para crianças; e ao aumento da percepção da corrupção e da violência no País.

Autor
Eduardo Girão (NOVO - Partido Novo/CE)
Nome completo: Luis Eduardo Grangeiro Girão
Casa
Senado Federal
Tipo
Presidência
Resumo por assunto
Direitos e Garantias:
  • Registro do bicentenário do Senado Federal e defesa da liberdade de expressão. Crítica à retenção de jornalista português em aeroporto de São Paulo; ao bloqueio de redes sociais e de contas bancárias de cidadãos brasileiros, por motivos político-ideológicos; às declarações do Presidente Lula acerca do Estado de Israel e do seu alinhamento a ditadores; à obrigatoriedade de vacinas contra a Covid para crianças; e ao aumento da percepção da corrupção e da violência no País.
Publicação
Publicação no DSF de 02/03/2024 - Página 31
Assunto
Jurídico > Direitos e Garantias
Indexação
  • REGISTRO, BICENTENARIO, CRIAÇÃO, SENADO, DEFESA, LIBERDADE DE EXPRESSÃO, CRITICA, RETENÇÃO, JORNALISTA, PAIS ESTRANGEIRO, PORTUGAL, LOCAL, AEROPORTO, SÃO PAULO (SP), BLOQUEIO, MIDIA SOCIAL, CONTA BANCARIA, PESSOAS, BRASIL, MOTIVO, IDEOLOGIA, DECLARAÇÃO, PRESIDENTE DA REPUBLICA, LUIZ INACIO LULA DA SILVA, REFERENCIA, ESTADO, ISRAEL, PROXIMIDADE, GRUPO, DITADURA, OBRIGAÇÃO, VACINA, NOVO CORONAVIRUS (COVID-19), CRIANÇA, AUMENTO, POSSIBILIDADE, CORRUPÇÃO, VIOLENCIA, PAIS.

    O SR. PRESIDENTE (Eduardo Girão. Bloco Parlamentar Vanguarda/NOVO - CE) – Muito obrigado, Senador Styvenson Valentim, do Podemos, do Rio Grande do Norte.

    Eu quero saudar os brasileiros que aqui estão visitando o Senado Federal, fazendo aqui esta visita cidadã, muito importante essa aproximação de vocês com a Casa revisora da República, no ano dos 200 anos do Senado. Então, eu fico sempre muito feliz com a visita de vocês.

    Como é o nome do nosso guia?

(Manifestação da plateia.)

    O SR. PRESIDENTE (Eduardo Girão. Bloco Parlamentar Vanguarda/NOVO - CE) – Salim?

(Manifestação da plateia.)

    O SR. PRESIDENTE (Eduardo Girão. Bloco Parlamentar Vanguarda/NOVO - CE) – Salim, o Salim aqui, é verdade. Salim, muito obrigado. Parabéns pelo trabalho. A gente sabe da competência, não só a sua, mas como da Vitória, de outros guias aqui, que fazem um trabalho com muito esmero, e estão mostrando o Congresso Nacional para os brasileiros, porque esta Casa é de vocês.

    Então, muito obrigado.

    Qual é o estado de vocês, por curiosidade, pode falar?

(Manifestação da plateia.)

    O SR. PRESIDENTE (Eduardo Girão. Bloco Parlamentar Vanguarda/NOVO - CE) – Maranhão! Maranhão...

(Manifestação da plateia.)

    O SR. PRESIDENTE (Eduardo Girão. Bloco Parlamentar Vanguarda/NOVO - CE) – Portugal... Veio lá de Lisboa?

(Manifestação da plateia.)

    O SR. PRESIDENTE (Eduardo Girão. Bloco Parlamentar Vanguarda/NOVO - CE) – Portugal... Que bom, hein?

(Manifestação da plateia.)

    O SR. PRESIDENTE (Eduardo Girão. Bloco Parlamentar Vanguarda/NOVO - CE) – Piauí, vizinho meu, lá do Ceará. Hã?

(Manifestação da plateia.)

    O SR. PRESIDENTE (Eduardo Girão. Bloco Parlamentar Vanguarda/NOVO - CE) – São Paulo. São Paulo... Que coisa boa. Agora, a comitiva do Maranhão veio forte, não é? Que bom, que bom. Sejam muito bem-vindos aqui.

    Mas vamos partir para o encerramento desta sessão. Uma sessão apenas de discursos, de pronunciamentos, de denúncias, que acontece geralmente às segundas e sextas-feiras.

    E você que quer fazer como esses brasileiros exemplares, que vieram aqui conhecer a história do país, para visitar o Congresso Nacional, basta acessar o site www.congressonacional.leg.br/visite. Você acessa lá e você vai poder agendar a sua visitação, que pode ser realizada em dias úteis, exceto terças e quartas, que são dias em que a gente vota aqui e é uma correria muito grande. Mas também você pode visitar aqui nos finais de semana e feriados, das 9h às 17h. Vão ser muito bem recebidos por todos aqui, como o Salim está fazendo com esse grupo, que está vindo, inclusive, com um cidadão português. Quero manifestar minha solidariedade ao senhor, porque houve um jornalista do seu país que esteve aqui nesta semana, domingo, em São Paulo, e foi barrado no aeroporto, foi detido por horas de interrogações, de perguntas, que não têm nada a ver com democracia.

    Isso nos envergonha como brasileiros. Nós estamos vivendo um momento... Eu estive no seu país no ano passado para denunciar, e vou fazer isso no mundo inteiro, onde eu puder, porque nós estamos vivendo um momento no Brasil de muita sombra, de muita treva contra a liberdade de expressão. Nós estamos vivendo uma ditadura mesmo aqui. Nós temos jornalistas no Brasil asilados no exterior, jornalistas que tiveram as suas redes sociais bloqueadas por ordem judicial, conta bancária – de quem trabalhou a vida inteira – congelada. Não sei se o senhor sabia disso, os brasileiros sabem, pelo menos uma parte deles. E temos jornalistas que estão com passaporte retido pelo Governo brasileiro. Isso é democracia? Isso não é democracia.

    Então, nós estamos tentando lutar aqui pelo Senado, para que o Senado cumpra seu papel. Esse discurso muito emocionante do Senador Styvenson, que entrou comigo aqui em 2019 e fez esse desabafo sobre educação... eu fico pensando – inclusive o Ministro da Educação é do meu estado – se isso que está acontecendo com a educação no Brasil é incompetência apenas ou entra pelo lado da má-fé, da questão de que quem está no poder quer continuar no poder de qualquer maneira, o descaso que se tem com a educação.

    Eu vou dar apenas um exemplo, que chocou o Brasil e ainda choca o cidadão de bem com relação à liberdade. Nós tínhamos um programa até este Governo Lula entrar, que é o Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares pelo Brasil. Um programa de sucesso, em que os brasileiros faziam filas de espera porque queriam colocar seus filhos nesse programa escolar, que dava um resultado fantástico – tem dado, segundo pesquisas, um resultado muito bom – e que tem a ordem e a disciplina atreladas às matérias, com base no MEC, com todo o programa.

    Mas, por uma questão ideológica, repito, por uma questão político-ideológica, esse Governo do Brasil hoje tirou a liberdade de escolha, o direito de escolha de as pessoas colocarem seus filhos nessas escolas: "Não, para eles não pode ordem e disciplina". Achei interessante porque o que foi divulgado em boa parte na mídia – e fica o meu protesto – é que o programa foi descontinuado. Vamos parar com firula, vamos parar com isso. O programa foi acabado. Acabaram com o programa. O Governo Federal acabou com o programa. Não sai mais recurso para esse programa. Abandonou esse programa. E estão aí as tragédias acontecendo em educação nesse país, e a gente está vendo só a ponta do iceberg, infelizmente.

    Mas é o que eu falei há pouco no meu pronunciamento: ou a gente aprende pelo amor – foi vendido que esse Governo seria um Governo de amor – ou a gente aprende pela dor. E o povo brasileiro está sofrendo as consequências de um Governo movido pelo ódio, movido pela revanche, por um espírito de vingança. É isso que a gente vê contra Parlamentares, vingança contra...

    Ao Estado de Israel declarações tenebrosas do nosso Presidente, que envergonha o Brasil, que sempre foi um país de neutralidade nas relações diplomáticas. Esse que está aqui acima de mim – e peço que a câmera mostre, porque dá o nome a este Plenário –, cujo Plenário é em homenagem a ele, é o patrono do Plenário do Senado, Ruy Barbosa – grande diplomata, jornalista, Senador –, sempre construiu, junto com tantos outros que passaram – Oswaldo Aranha –, o Brasil como um país de cultura de paz. Mas esse Governo não quer saber disso, não quer saber de pacificação, e tem tomado medidas muito estranhas, como a gente está relatando aqui, que não se justificam com base no bom-senso.

    E fica um alerta para a população desse aprendizado de dor que o brasileiro está sentindo de um Governo irresponsável, de um Governo que estende tapete vermelho para ditadores, como o Maduro, com quem hoje o Presidente Lula está se encontrando mais uma vez, mas que recebeu aqui, em Brasília, logo no início do seu Governo – um ditador como Maduro, que persegue adversários, que faz seu povo sofrer com fome, fugindo aos milhões para os países, inclusive para o Brasil. E nós temos o dever de acolher esses nossos irmãos sim, como com a Operação Acolhida.

    Mas é nesse Governo que o brasileiro passa a mão na cabeça. É um Governo que passa a mão na cabeça do Daniel Ortega, outro sanguinário, perseguidor de cristãos, que fecha rádios, empresas de comunicação, que não tolera nenhum tipo de crítica. Esse é o alinhamento do Brasil hoje, que recebe duas vezes o Chanceler da Rússia – e tem que receber –, mas não recebe – não usa a mesma medida – o Chanceler, o Presidente da Ucrânia, que quer vir ao Brasil.

    Inclusive, eu entrei com um requerimento, nesta semana, na Comissão de Relações Exteriores para que o Brasil possa pelo menos equilibrar o jogo e receber o Presidente da Ucrânia. Há cinco meses, o chanceler pede para ser recebido pelo Governo brasileiro. Mas não, o Brasil tem lado, o Brasil tem lado, como o Brasil tem lado também na questão do Hamas. Doura a pílula com relação ao Hamas, um grupo terrorista. É muito estranho o que está acontecendo no nosso país. Essa podridão está tudo vindo à tona. Não tem como. Não tem como isso não chegar, porque a verdade toca fundo na alma!

    Então, eu queria aproveitar este momento também para lembrar que já foram gastos mais de R$1 bi – "b", de bola, "i", de índio – do seu dinheiro, brasileiro, brasileira, pagador de imposto, que nos mantém aqui, que paga, só para o Senador Federal, quase R$6 bi – "b", de bola, "i", de índio. Estruturas, estruturas e estruturas da máquina pública, e você não tem o retorno que deveria ter em termos de serviço, de segurança, de saúde, enfim. Mas o Governo Lula já gastou R$1 bi – "b", de bola, "i", de índio – com viagens internacionais, se você envolver ministros, viagens gerais, diárias de hotel de luxo, troca de móveis no Palácio da Alvorada, futilidades. Até avião presidencial, queriam trocar, para ter uma cama maior de casal para Presidente da República. Esse é o Presidente que se dizia o pai dos pobres. Aprenda! Um verdadeiro estelionato eleitoral, alguém que disse que defenderia a vida, em todas as suas fases.

    Está aí o meu discurso de hoje. Se você não assistiu, volte aí, depois. Está no YouTube toda esta sessão de hoje; você volta para ver o que eu falei. Se eu falei alguma coisa equivocada, traga os dados, mas este Governo não quer trazer dados. Nós tivemos uma sessão, aqui no Senado Federal, que eu presidi desta cadeira, na segunda-feira. Assista! Está lá no YouTube da TV Senado. Já tem quase 300 mil pessoas que assistiram pelo YouTube.

    Nós recebemos aqui cientistas, médicos, especialistas de todo o Brasil e do mundo vieram aqui para falar sobre o único país do mundo, que é o Brasil... Por quê? Com que base científica? O único que exige vacinação de covid em crianças, que não são grupos de risco. E não previne, diferentemente de tétano, de rubéola, de tantas outras que tomei e recomendo que se tome, que realmente protegem, essa da covid, além de criança não ser grupo de risco, não protege, mas essa da covid, além de não ser grupo de risco, não protege. E, segundo os cientistas trouxeram aqui, tem efeitos adversos.

    Deixem em paz nossas crianças! Vamos debater cientificamente. Tragam os cientistas. A Ministra da Saúde não se deu ao respeito. Não respeitou o Parlamento e não respeitou você, brasileiro. Não veio aqui e não mandou representante técnico; não mandou ninguém. E fica por isso mesmo.

    Fiz um apelo ao Presidente do Senado, em nome das crianças, da vida das nossas crianças. Por que essa obrigatoriedade, se o mundo todo não obriga? Não tem lógica. Nem a OMS recomenda a obrigatoriedade. Em nenhum lugar do mundo, em 185 países, não existe isso. Só no Brasil. E mais, nós estamos com refugo de estoque – sei lá a quem interessa, quanto está envolvido ou o que está envolvido nisso. Nós estamos com refugo de vacinas proibidas nos Estados Unidos. As nossas crianças são menos importantes que as crianças americanas? Que é isso, Governo brasileiro, que diz olhar para os pobres? Quem tem filho na escola privada, tem outro tipo de situação. Tem flexibilidade, tira da escola, faz...

    Ontem o Vice-Presidente disse que o homeschooling é coisa de racista, mas você pode tirar e levar... Mas e o pobre que não tem jeito, que a criança tem que ir para a escola, que não tem como cuidar, que não tem uma escola privada para colocar, que vai perder o Bolsa Família se não colocar a criança para vacinar, que vai perder a matrícula?

    Que Governo ditador é esse que quer obrigar uma coisa que, em nenhum lugar do mundo, mesmo com um lobby bilionário da indústria farmacêutica, que é um dos lobbies que atua aqui, como o lobby da maconha, como o lobby do jogo de azar, como o lobby do cigarro eletrônico, influente, poderoso... Lobbies poderosos! A indústria farmacêutica é um dos maiores. Mesmo com essa influência global desse lobby, não se conseguiu obrigar, no mundo, porque os cientistas entenderam, quase que um pacto mundial, que o custo-benefício não compensa para a criança, porque a criança não é o foco dessa doença. Cientificamente! Eu não sou cientista, mas os cientistas disseram aqui, não compensa o custo-benefício, porque não é o foco, não traz situações...

    E a gente vê nos números. Eu tomei vacina da covid, mas... Tomei a da rubéola e nunca peguei; tomei de tantas outras, que eu recomendo que se tome... Há décadas, existe a da poliomielite. Nunca tive problema. Tomei. Recomendo. Salva vidas, mas a da covid eu tomei e já peguei covid. Tem Senador aqui que já pegou quatro, cinco, vezes depois de tomar. Deixem as crianças em paz! Quem quiser se vacinar, que se vacine. É liberdade. É isso que os outros Governos estão fazendo.

    Eu peço que você assista o debate científico que tivemos aqui. O Governo, a Ministra da Saúde não deu as caras. E vieram cientistas de fora do país que fizeram questão: "Não, no Brasil está acontecendo alguma coisa estranha; eu vou para lá, para compartilhar o que está acontecendo no mundo!". E o Brasil quer, porque quer isso. É uma desova, é um refugo dos Estados Unidos que é proibido lá. Jogar nas nossas crianças aqui? Não. Esse raciocínio terceiro-mundista para o nosso país? Não, vamos dar o respeito a esta nação. Esta nação merece respeito, a nossa população merece respeito. É essa a luta e o objetivo de jogar luz em momentos de sombras, nos quais o dinheiro parece importar mais do que vidas. A gente precisa colocar luz nisso, debater com serenidade e ter bom senso.

    Eu acredito muito, sabe? Você, que está me ouvindo e assistindo, eu lhe agradeço, porque são sérios esses assuntos que a gente tem trazido desde o início da sessão. O mundo está meio de cabeça para baixo, e o Brasil então... É uma provação muito grande. Então, eu acredito na capacidade de reflexão do ser humano, na capacidade de ter bom senso, de ouvir os dois lados e falar: "Não, espera aí, tem bom senso aqui, vamos ter bom senso; isso está errado!". A gente não pode se calar em situações como essa. Nós estamos aqui pagos, e muito bem pagos, mas muito bem pagos, para estar aqui, para fazer leis, para denunciar o que está errado, para fiscalizar o Executivo! Nós somos pagos por você para isso. É uma das estruturas mais caras que existem de Parlamento; de Justiça, então, nem se fala.

    O que nós estamos vendo no Brasil hoje? Uma injustiça generalizada, aumentando a percepção do Governo em relação à corrupção, vários índices piorando, vários índices você pega todo dia e vê acontecer no Brasil retrocessos que a gente não acreditava que iriam voltar a acontecer, mas nós estamos vendo isso cada vez mais acontecer. A nota do Brasil piora em novo Índice de Liberdade Econômica, isso saiu hoje, é o 124º no Índice de Liberdade Econômica; caindo o Brasil. Semana passada foi a questão da corrupção; a percepção piorando.

    Então, é muito importante que você que ama este país e que porventura... Já que nós somos a maior nação católica do mundo, a maior nação espírita do mundo, quanto aos evangélicos, estamos quase chegando em primeiro. Todo mundo se relaciona bem; é um país fantástico, pela tolerância entre as pessoas. Por mais que a gente tenha uma polarização política, repito aqui o que eu disse antes: nós podemos ser adversários, mas jamais, inimigos. Bom senso, luz, calma! Poxa, será que não tem lógica o que está sendo falado, não tem... Por mais que não concorde com o partido, com a visão política, mas não tem lógica isso, buscando a convergência? Nós temos convergências, a maior parte; podemos discordar, faz parte, mas com respeito, na paz.

    Aí a gente vê uma situação dessa. Eu peço a você que é religioso que ore por esta nação. Independentemente da sua religião, faça prece, ore pelo Brasil, pelas autoridades, todas as autoridades: Vereadores, Prefeitos, Deputados Estaduais, Governadores, Deputados Federais, Senadores, Ministros de Estado, Ministros do Supremo. Oremos pelas autoridades para que elas – eu faço isso todos os dias; minha família se reúne para isso –, para que as autoridades tomem as decisões pelo bem comum.

    Chega de tanta inversão de valores, de prioridades, que a gente viu no discurso do Senador Styvenson aqui, da inversão de prioridades; a Governadora Fátima Bezerra fazendo, lá em Portugal, propaganda do país, e as pessoas, os turistas, sendo esfaqueados na capital, ali na região que eu conheço, a Ponta Negra, ali no cartão postal da cidade! Vamos olhar primeiro para as pessoas para depois ir viajar e passear. Por favor, pega até mal para a imagem do Brasil que sempre nutriu uma imagem fantástica, sempre... Quando você fala em Brasil, as pessoas ainda, no mundo, olham, sorriem, mas o Brasil, com essas posições ultimamente alinhadas com governos ditatoriais... Estão pegando mal declarações antissemitas do Brasil.

    É muito preocupante o que está acontecendo. No meu estado, a violência impera. A minha capital, Fortaleza, é a nona cidade mais violenta do mundo. Facções criminosas mandam e desmandam pela omissão do estado; estado fraco. Agora é o Governador passeando de jatinho para cima e para baixo, gastando com propaganda e publicidade algo que nem São Paulo gasta; um estado como o Ceará gasta, para patrocínio, para publicidade, para propaganda. Foi R$1 bi – "b" de bola, "i" de índio –, 1,1 bilhão gastou no Governo do PT; R$1,1 bilhão. E o povo? E as pessoas? E a saúde, como é que está? Destroçada, as pessoas com meses, anos para fazer uma cirurgia.

    Eu estive na Associação Pestalozzi, conversando com algumas mães; ela me falando a situação lá da nossa capital: são sete meses esperando para marcar com um neurologista, com um filho autista que uma senhora tem. São sete meses! Isso é uma desumanidade muito grande, é uma desumanidade muito grande!

    Eu queria desejar para você, por mais que você esteja também sentindo o que eu estou sentindo, mas desejar muita luz, paz, serenidade.

    Nunca é pela violência! Nunca o caminho deve ser baixando a vibração. Deve ser, muito pelo contrário, tendo fé e esperança.

    Principalmente nós, cristãos, sabemos que quem está no comando é Jesus, desta nação; que, se está acontecendo isso, essa desgraça toda, é porque vem um bem maior. Está aí o bem de aprendizado, de despertar na política dos brasileiros. Eu nunca vi, sinceramente, o brasileiro acompanhar tanto política, estar interessado em política. Isso é ótimo, isso vai dar excelentes frutos. Espero que o quanto antes, mas é o tempo de Deus. O que nós podemos fazer é a nossa parte. E eu acho muito importante.

    Eu quero agradecer à TV Senado, quero agradecer à Agência Senado, à Rádio Senado por levar a equipe exemplar; à Secretaria-Geral da Mesa, sempre de prontidão.

    Quero agradecer aos Senadores da Mesa, porque só se pode abrir sessão agora, na véspera... Na véspera não, no ano do bicentenário, mudou isso na véspera, no ano passado. Sempre pôde qualquer Senador abrir sessão aqui, porque segunda e sexta-feira trabalhamos; mas, ultimamente, tem que ser alguém – por uma resolução da Casa – que seja da Mesa Diretora, e muitas vezes a gente vem fazer denúncias, vem... porque parlar é falar. Você pode até estar chateado porque eu estou falando muito aqui, mas eu estive uma semana atrás aqui e eu não pude falar porque não teve sessão. E eu estava aqui, presente. Não tinha ninguém da Mesa para abrir, e eu tinha, naquele momento, assuntos quentes para tratar, para falar – parlar, Parlamento, falar. É o nosso papel. Um dos nossos papéis aqui é esse; dever, inclusive, quando a gente vê alguma coisa errada, além de oficiar, de entrar com ação, de questionar, pedir informações, o que a gente faz todos os dias. Parlar, para o brasileiro saber o que está acontecendo aqui.

    Isto é um Parlamento, isto é uma Casa. Isto é uma Casa de 200... As pessoas não têm ideia. Só quem vem aqui tem ideia. Não é o físico bonito, essa abóbada aqui, não é isso; é da importância deste Senado Federal para o reequilíbrio entre os Poderes. Para que não haja um Poder preponderante sobre os demais, para que a democracia seja preservada esta Casa precisa estar atuante! Quando a gente chega e não consegue ter uma sessão, é muito ruim isso para todos nós. Perde o Brasil

    Nós estamos nos 200 anos e eu quero mostrar aqui para vocês. Olhem, está aqui. Estão vendo essa logomarca aqui? Bonita, ficou bonita a logomarca do Senado Federal. Eu quero dar o crédito, porque se criou uma coisa realmente... Um "2" e um símbolo do infinito, são os 200 anos que... Olhe a bênção que está. Você imagine a honra e a alegria de poder estar neste exato momento aqui, no Senado Federal, no ano do bicentenário, podendo servir e torcendo para que esta Casa se levante e cumpra seu papel constitucional para o reequilíbrio, para que a gente tenha uma verdadeira harmonia entre os Poderes.

    Esta logomarca foi muito feliz, da equipe da Coordenação de Divulgação da Secretaria de Relações Públicas do Senado. Estão de parabéns os servidores. A todos eu quero cumprimentar na pessoa do Thomas Jefferson Gonçalves, que é o coordenador, e a equipe que criou essa bonita logomarca dos 200 anos do Senado Federal da República, uma Casa respeitada na sua história.

    Vamos pegar o conjunto da obra, a gente não pode analisar uma fotografia do momento. O conjunto da obra é um trabalho fantástico do Senado Federal para o Brasil. É fantástico! Aqui existem museus mostrando isso. Você sai de lá e fica arrepiado com o que você vê, você fica emocionado! Ultimamente, na minha opinião, a gente está apartado da sociedade. A gente precisa se aproximar mais da sociedade, fechar uma aliança com a sociedade brasileira para que possamos buscar a volta da democracia, no Brasil, que foi perdida.

    Eu quero saudar aqui, antes de encerrar a sessão...Está chegando um outro grupo. Já chegaram vários grupos durante esta sessão, que começou às dez e pouco da manhã e já estamos entrando quase uma hora da tarde... E mais um grupo acaba de chegar ao Senado Federal para visitar o Congresso Nacional, eu quero parabenizar esses brasileiros que estão visitando...São brasileiros e parece que não são de uma cidade específica – são de vários estados do Brasil e eu vou tomar a liberdade de perguntar de que estado vocês são. Vocês podem falar?

(Manifestação da plateia.)

    O SR. PRESIDENTE (Eduardo Girão. Bloco Parlamentar Vanguarda/NOVO - CE) – Bahia, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraíba, Maranhão, Acre, Espírito Santo, Santa Catarina, Goiás, Distrito Federal, Rondônia. Olha que bacana! Tem ninguém do Ceará, não? Agora não tem, mas tinha anteriormente aqui. Gente, que bom!

(Manifestação da plateia.)

    O SR. PRESIDENTE (Eduardo Girão. Bloco Parlamentar Vanguarda/NOVO - CE) – Vocês são fonoaudiólogos? Que bacana! Estão visitando a capital federal, conhecendo o Congresso, sejam bem-vindos. Quem é a guia que está com vocês?

(Manifestação da plateia.)

    O SR. PRESIDENTE (Eduardo Girão. Bloco Parlamentar Vanguarda/NOVO - CE) – A guia é a Giovana. Parabéns, Giovana! Repito: essa equipe é superpreparada. Essa equipe de guias do Senado Federal, do Congresso Nacional, faz um trabalho muito importante apresentando as comissões, apresentando os Plenários, o túnel do tempo, os museus.

    É muito importante essa sua aproximação. Nós estamos fazendo 200 anos de Senado neste ano. Esta é uma sessão que não tem votação, uma sessão não deliberativa. É uma sessão de discursos, de denúncias, de pronunciamentos. Alguns colegas já falaram aqui e já usaram a tribuna. Tem essa tribuna do lado direito e a tribuna do lado esquerdo, que não tem nada a ver com ideologia de esquerda e direita, cada um usa onde quer. É um momento histórico do Senado, sejam muito bem-vindos aqui. Inclusive, eu refaço o convite para você que está nos ouvindo e nos assistindo. Se você quiser fazer como esses brasileiros, esses fonoaudiólogos que estão juntos visitando o Congresso Nacional, representado vários estados...

    Fala com o cearense que não veio que eu estou mandando um abraço, porque deve ter, tem cearense em todo lugar.

    Então, para visitar o Congresso Nacional basta acessar o site: www.congressonacional.leg.br/visite.

    A visitação pode ser realizada em dias úteis, exceto terças e quartas porque nós temos aqui uma movimentação grande pelas votações, todas as Comissões funcionando ao mesmo tempo. Assim, é suspenso, nas terças e quartas, mas, nos finais de semana, existe também, e nos feriados, das 9h às 17h. Você pode vir e será recebido por um dos nossos guias do Senado Federal.

    Muito obrigado. Vamos encerrar esta sessão, agradecendo pela audiência de todos vocês, desejando um ótimo final de semana de muita luz, paz, harmonia e serenidade. Este Brasil vai dar certo! Tudo o que está acontecendo não é por acaso, gera um despertar, um aprendizado, com muita paz, mas também firmeza no que a gente acredita. Vamos, de forma cidadã, buscar melhorar o que está aí. Grande abraço. Deus abençoe.

    Declaro a sessão encerrada.

(Levanta-se a sessão às 12 horas e 49 minutos.)


Este texto não substitui o publicado no DSF de 02/03/2024 - Página 31