Fala da Presidência durante a 45ª Sessão Especial, no Senado Federal

Abertura da Sessão Especial destinada a celebrar o 64º aniversário de Brasília.

Autor
Leila Barros (PDT - Partido Democrático Trabalhista/DF)
Nome completo: Leila Gomes de Barros Rêgo
Casa
Senado Federal
Tipo
Fala da Presidência
Resumo por assunto
Homenagem:
  • Abertura da Sessão Especial destinada a celebrar o 64º aniversário de Brasília.
Publicação
Publicação no DSF de 23/04/2024 - Página 7
Assunto
Honorífico > Homenagem
Matérias referenciadas
Indexação
  • ABERTURA, SESSÃO ESPECIAL, CELEBRAÇÃO, ANIVERSARIO DE FUNDAÇÃO, BRASILIA (DF).

    A SRA. PRESIDENTE (Leila Barros. Bloco Parlamentar Independência/PDT - DF. Fala da Presidência.) – Declaro aberta a sessão.

    Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.

    A presente sessão especial foi convocada em atendimento aos Requerimentos 1.128, de 2023, e 58, de 2024, de minha autoria e dos Senadores Izalci e Damares Alves, aprovados pelo Plenário do Senado Federal.

    A sessão é destinada a celebrar o 64º aniversário de Brasília.

    Convido para compor a mesa os seguintes convidados: Sr. Georges Seigneur, Procurador-Geral do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios; (Palmas.) Senador Valmir Campelo Bezerra, Senador pelo Distrito Federal no período de 1991 a 1997; (Palmas.)

    Sra. Márcia Abrahão Moura, Reitora da Universidade de Brasília, nossa querida UnB; (Palmas.)

    Sr. André Kubitschek, representante do Memorial JK; (Palmas.)

    Sra. Maria de Lourdes Abadia, Deputada Constituinte e ex-Governadora do Distrito Federal. (Palmas.)

    Bom, meus agradecimentos à jovem Amanda Viola, pois seremos hoje recepcionados, neste Plenário, pelo talento dessa jovem brasiliense, da Ceilândia, de 15 anos de idade, estudante de viola caipira, na nossa também querida Escola de Música de Brasília. Sua carreira profissional está apenas começando; porém, seu entusiasmo e dedicação à música vem cativando os mais conservadores a essa nova geração de jovens amantes da boa música raiz.

    À Amanda e seus pais, o Ezequiel e a Vanessa, que a acompanham em todos os eventos, aqui presentes, os nossos agradecimentos.

    Por favor, uma salva de palmas a essa jovem! (Palmas.)

    Obrigada, Amanda, mais uma vez presente conosco aqui.

    Convido a todos para, em posição de respeito, acompanharmos o Hino Nacional, que será interpretado pela cantora Regina Sartori.

(Procede-se à execução do Hino Nacional.) (Palmas.)

    A SRA. PRESIDENTE (Leila Barros. Bloco Parlamentar Independência/PDT - DF. Para discursar - Presidente.) – Bravo! Obrigada, Regina. Nossa, que brinde começarmos a manhã de segunda-feira com o Hino Nacional e com essa voz maravilhosa. Gratidão.

    Sr. Presidente, ilustres convidados que honram esta Casa com suas presenças, brasileiras e brasileiros aqui presentes e que nos acompanham pelas plataformas de comunicação do Senado Federal, senhoras e senhores, no dia 21 de abril de 1960, no Palácio do Planalto, Juscelino Kubitschek conclamou todos os brasileiros a transmitirem a seus filhos a grande obra que se inaugurava no centro do nosso país. E concluiu dizendo, abro aspas: "É sobretudo para eles que se ergue esta cidade síntese, prenúncio de uma revolução fecunda em prosperidade. Eles é que nos hão de julgar amanhã", fecho aspas. Quando esta cidade completa seus 64 anos, certamente podemos responder ao seu fundador: nós, filhos e netos dessa geração que trouxe o Brasil para o Planalto Central, nos orgulhamos imensamente desses pioneiros que conseguiram superar até mesmo os pensamentos mais otimistas à época.

    Brasília não é mais apenas a capital administrativa do nosso país, edificada em meio a uma paisagem bruta e inóspita, embora deslumbrante. Mesmo ainda jovem, aqui temos uma cidade que soube construir sua identidade e ir muito além de sua vocação. Para se ter uma ideia, segundo o Censo de 2022, aqui vivem quase 3 milhões de brasileiras e brasileiros, muito mais do que os 500 mil projetados pelo urbanista Lúcio Costa. Em dez anos, Brasília teve um aumento de quase 10% no número de habitantes, quando a média nacional foi de 6,5%.

    E ser brasiliense, minhas senhoras e meus senhores, é ser filho de nordestinos – que é meu caso específico, pois meus pais vieram do Ceará –, mas também é ser filho de mineiros, de gaúchos, de paraenses, é ser filho de todas as regiões do País. É viver na companhia de estrangeiros de todos os cantos do planeta. É ser, em sua essência, cidadão do Brasil e do mundo.

    Morar em Brasília é visitar diariamente um museu a céu aberto, o maior projeto arquitetônico do Brasil e um dos mais importantes do mundo. Aqui, vários de nossos maiores artistas deixaram suas impressões digitais, como Athos Bulcão, Burle Marx e, é claro, Oscar Niemeyer. É celebrar a materialização de ideias pioneiras, como o Plano Piloto e as suas superquadras, a Universidade de Brasília e a monumental Praça dos Três Poderes.

    Mas não é só isso: não há dúvida de que Brasília também tem cumprido os papéis que lhe foram designados em sua fundação. A nova capital acelerou a ocupação do Centro-Oeste e do Norte do Brasil, assegurando a soberania tão necessária, a soberania brasileira sobre todo o nosso território.

    Brasília também se consolidou como ponte da integração nacional, centralizando vetores logísticos que passaram a conectar todo o país e promovendo o desenvolvimento de regiões até então esquecidas.

    Brasília é a cidade símbolo de nossa democracia: palco de manifestações sociais e sede dos principais eventos políticos de nossa história recente.

    É evidente, contudo, que o crescimento de qualquer cidade traz consigo enormes desafios, como questões de moradia, saneamento, mobilidade, segurança pública, dentre tantos outros. Brasília e Entorno não estão imunes a esses problemas, a esses desafios.

    É por isso que o aniversário da nossa capital é oportunidade de não só celebrar as conquistas dos brasilienses e dos candangos, mas também de trazer luz às mazelas que ainda existem e que precisam ser enfrentadas.

    Há quase 50 anos, em 5 de agosto de 1974, o urbanista Lúcio Costa sentava-se nesta mesma mesa em que estamos agora, para a abertura do primeiro seminário de estudos dos problemas do Distrito Federal. Veio a Brasília pela primeira vez após 14 anos de sua inauguração e encontrou desvirtuamentos do plano original que continuam a ocorrer, com o agravamento de questões que precisam ser enfrentadas, como a expansão desordenada, a má gestão dos recursos hídricos e a falta de planejamento – plano original necessário à manutenção da vocação para a qual Brasília foi idealizada.

    Nossa cidade caminha para a maturidade e queremos que continue a ser motivo de orgulho para todos os brasileiros.

    Não fugiremos de nossa missão e continuaremos a contribuir para que a nossa capital continue a inspirar o Brasil e o mundo!

    Parabéns, Brasília, pelos seus 64 anos! Muito obrigada! (Palmas.)

    Eu gostaria de agradecer a presença das senhoras e dos senhores embaixadores, encarregados de negócios e membros do corpo diplomático dos países da Arábia Saudita, da China, da Costa Rica, da Eslovênia, da Guiné, Irã, Líbano, Liga dos Estados Árabes, Moçambique, Omã, Palestina, Paraguai, República Dominicana, Síria, Trinidad e Tobago, e também da representante do Governo do Estado da Bahia, Sra. Elizabete Costa; do Comandante do Colégio Militar, Sr. Coronel Thales Mota de Alencar; dos Decanos da universidade, nossa UnB, Sra. Denise Imbroisi, Sra. Maria do Socorro Mendes, Sr. Abimael Costa e Sr. Diego do Nascimento; também do Presidente do Conselho de Desenvolvimento Econômico, Sustentável e Estratégico do Distrito Federal, Sr. Weber Magalhães; do Presidente da Academia de Ciências Contábeis do Distrito Federal, Sr. Adriano Marrocos; do Vice-Presidente do Clube dos Pioneiros de Brasília, Sr. Rubens Gallerani.

    Os atletas... Gente, onde tem Leila, tem que ter atleta, vocês sabem disso.

    Então, eu gostaria de cumprimentar e agradecer a presença da equipe infantil do Supervôlei Esporte Clube de Brasília e membros da Associação dos Ferroviários de Ceilândia.

    Temos uma outra galera aí, o pessoal do vôlei também.

    De onde?

(Intervenção fora do microfone.)

    A SRA. PRESIDENTE (Leila Barros. Bloco Parlamentar Independência/PDT - DF) – Não, eles não são os forrozeiros. Eu conheço, eu identifico atleta, gente, pelo amor de Deus. Os forrozeiros estão aqui.

    Sejam bem-vindos.

    Bom, daqui a pouco eu anuncio vocês.

    Gente, muito obrigada pela presença de todos.

    Eu vou passar agora o discurso para o Senador Izalci e, na sequência, para a Senadora Damares, meus companheiros aqui de bancada no Senado Federal. É um prazer estar com eles aqui nesta celebração dos 64 anos da nossa Brasília.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 23/04/2024 - Página 7