Discurso durante a 66ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Em fase de revisão e indexação
Autor
Eduardo Girão (NOVO - Partido Novo/CE)
Nome completo: Luis Eduardo Grangeiro Girão
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso

    O SR. EDUARDO GIRÃO (Bloco Parlamentar Vanguarda/NOVO - CE. Para discursar.) – Paz e bem, meu querido irmão, Senador Chico Rodrigues, do Estado de Roraima!

    Em primeiro lugar, muito obrigado por o senhor ter feito questão de vir abrir esta sessão de debates, de discursos, de pronunciamentos, porque, muitas vezes, é o que sobra para a oposição neste país: é o parlar.

    Quero cumprimentar os funcionários desta Casa, assessores, as brasileiras e os brasileiros que estão nos assistindo aí pelo competente e atencioso trabalho da equipe da TV Senado, da Rádio Senado e da Agência Senado. Também quero cumprimentar aqui, nas galerias, os nossos visitantes, que vêm conhecer um pouco da história da Casa Revisora da República, do Congresso Nacional, conhecendo nossos museus.

    Já fica o convite para você que está nos assistindo, nos ouvindo: quando vier a Brasília, é muito importante esse contato com os Parlamentares, muito importante, porque a gente vive um tanto quanto numa bolha, numa ilha da fantasia aqui. E esse contato com as pessoas a quem a gente deve servir – e não sermos servidos por elas – é muito importante para que a gente tenha um choque de realidade.

    Sr. Presidente, muitas pessoas me perguntam... Esta é uma semana emblemática para o Brasil pelo que aconteceu, mais uma vez, com o protagonista. O protagonista do país, há muitos anos, é o Supremo Tribunal Federal; é o que manda e desmanda neste país, faz e desfaz; é o único supremo tribunal do mundo que está na mídia o tempo todo, que está dando opinião política, que faz declarações políticas. Parecem verdadeiros nomes do Executivo. E as pessoas me perguntam, lá na minha terra, no meu abençoado Ceará: "Rapaz, você não cansa de dar murro em ponta de faca, não? Como é que você aguenta aquilo ali, rapaz?". É um sistema bruto, um jogo pesado, com lobby e tudo, projetos de interesse da sociedade, para dar voz à sociedade, a qual, muitas vezes, na maioria das vezes, a gente não vê por aqui; são interesses menores para perpetuação no poder. É cheio de mordomias, é cheio de regalia, e a população ralando, acordando de madrugada, pegando ônibus lotado, pagando cada vez mais imposto; é o brasileiro sendo censurado, e a gente não vê uma reação à altura de quem são os representantes do povo; é jornalista indo embora do país; é empreendedor fechando, porque tem ideias políticas diferentes, e existe uma caçada, hoje, aos conservadores, a quem é de direita; é um Governo Lula aliado com Ministros do Supremo Tribunal Federal, política e ideologicamente, e ninguém faz nada. E as pessoas ficam me perguntando: "Como é que tu aguentas isso?". Eu digo: "É missão de vida". Política tem que ser missão de vida, e não meio de vida. Política é chamado. E eu faço a minha parte, tento tocar o coração dos colegas. E conseguimos muitas vitórias; poucas em relação ao que este Brasil merece, mas conseguimos tocar as mentes e corações. Mas é só na fé e na esperança que a gente vai transformar.

    E onde reside o meu otimismo? Reside justamente em você, brasileira e brasileiro. Até porque, se a uma hora dessas estão assistindo à TV Senado, são pessoas muito especiais, que estão aí nos rincões do Brasil, nas cidades, no interior. A Rádio Senado e a TV Senado têm muita capilaridade, e eu quero parabenizar você que está nos assistindo. E eu sei que tem gente que fica reproduzindo isso aqui, fica colocando, cortando. Eu quero parabenizar você, sabe por quê? Porque vocês estão levantando os gigantes.

    Hoje, o brasileiro não sabe o nome de cinco jogadores da seleção brasileira. Eu mesmo sou desportista – fui Presidente do Fortaleza Esporte Clube – e não sei. Mas, nas praças, nos mercados, nas ruas – e eu frequento, converso com as pessoas de direita e de esquerda, quem é contra o Governo, quem é a favor do Governo, gosto de conversar –, as pessoas sabem o nome de pelo menos cinco Ministros do Supremo e não sabem o nome de jogadores da seleção brasileira. Vai ter Olimpíada agora, e pouca gente está com isso no radar. O Brasil está preocupado com o que estão fazendo dele os poderosos, que é destruindo esta nação, que é tentando calar, intimidar, perseguir quem não pensa como esse sistema carcomido.

    Eu vou gritar. Eu não cedo a esse sistema. Eu não vim para cá pela confiança dos meus conterrâneos – por um milagre foi a minha eleição... E eu quero, primeiro, botar a cabeça no travesseiro e estar em paz com a minha consciência, com Deus e com quem acreditou em mim.

    Sei das minhas inúmeras limitações e imperfeições – muitas, não são poucas –, mas eu estou dando o meu melhor no limite das minhas forças. Quem acompanha meu mandato sabe: nunca faltei um dia; sempre presente nas votações. Eu levo a sério aqui este trabalho aqui.

    E, Presidente, esta semana foi muito emblemática, porque nós tivemos mais inversão de prioridades da nossa Corte – de prioridades, não; de valores –, soltando, livrando, o que é um tapa na cara da sociedade, pessoas com problema de corrupção, lavagem de dinheiro. É um malabarismo que se faz para beneficiar essas pessoas e empresas corruptas, que a Lava Jato, que fez há pouco tempo dez anos, colocou atrás das grades: políticos poderosos, empresários poderosos. Porque a Justiça foi e vai voltar a ser, em nome de Jesus, para todos nesta nação. Mas vai depender de você, brasileira, e de você, brasileiro, continuar gostando de política e escolhendo melhor seus representantes, acompanhando o que eles estão fazendo aqui.

    E, olha, nada é por acaso: o sistema colocou a votação no mesmo dia. Vocês acham que é coincidência? No mesmo dia a votação do Zé Dirceu, da questão do Marcelo Odebrecht, e do nosso colega Sergio Moro. No mesmo dia! É como se quisesse mandar a mensagem seguinte: tudo é um balaio só.

    E aí vem aquele verniz de que o TSE liberou o Sergio Moro, absolveu-o... Vamos parar com isso; a gente está vendo o que o TSE está fazendo. Não vamos dar um verniz de que está... Fez mais do que a sua obrigação agora, cumprir a lei, depois de tantas atrocidades! Durante a campanha presidencial, todo mundo viu a parcialidade: calava um candidato e deixava o outro falar. Calava um candidato com verdades que ele disse, históricas, e que depois se cumpriram. Lula: a favor de aborto, amigo de ditador – e não se podia dizer isso na campanha. Está aí, tudo, e sempre foi assim! Aí, agora, o TSE vê que não tem prova, que não tem cabimento cassar o mandato popular dado pelo povo do Paraná, e vem gente aplaudir. Fez mais do que a sua obrigação! Eu discordo de aplauso dizendo que é um tribunal independente, que a Justiça, o Judiciário brasileiro é independente. Fazer elogios, eu não faço. Eu não estou aqui para fazer política – esse tipo de política, não; isso é politicagem. Até porque tribunal não tinha que ter política, e ele se move pela política.

    Por que não fizeram a mesma coisa...? Justo o que fizeram com o Senador Sergio Moro, que está prestando um grande serviço à nação – quem acompanha o mandato dele sabe – nas Comissões, no Plenário, em oposição a esse Governo, mas por que não fizeram a mesma coisa com o Deltan Dallagnol? Por que cassaram, à velocidade da luz, o mandato de um Deputado Federal eleito com quase 400 mil votos? Por que não fizeram isso com a Juíza Selma Arruda, cassada aqui, logo quando eu entrei? Será que é porque ela assinou a CPI da Lava Toga? Porque ela defendia impeachment de Ministro do Supremo? Não se rendeu ao sistema, assim como Deltan! É isso?

    A história vai dizer. Eu vou passar. A vida é breve. Num piscar de olhos... Nós estamos aqui de passagem, para aprendermos a amar, a perdoar, a ajudar as pessoas. E eu vejo este trabalho aqui como... A minha missão no Senado, para mim, é ajudar as pessoas, com a minha voz, com tudo que eu recebi de educação, de oportunidades na vida, e devolver isso, aqui, para a justiça, para todos, pela verdade, por pautas em defesa do que acreditam os brasileiros. E eu acredito em defesa da família, defesa da vida, que o Supremo, vez por outra, dia sim, dia não, quer destruir, usurpando o nosso Poder aqui, invadindo a competência desta Casa, do Congresso Nacional, para liberar aborto, liberar droga, linguagem neutra... Tudo que não presta; tudo que não tem base científica! Pura ideologia, zero ciência, fazer graça!

    E aí a gente não pode... Aplaudir o quê? Fizeram o seu dever com relação ao Sergio Moro.

    Agora, o Dirceu e o Marcelo Odebrecht... é brincadeira! E tantos outros condenados aí por esquema, todo mundo livre, curtindo suas mansões, passando na cara, rindo na cara do brasileiro, o crime reagindo e compensando e valendo a pena, mas nós somos passageiros na Terra, a história vai mostrar.

    Eu convoco as pessoas de bem a refletirem, a refletirem, Sr. Presidente, a se mobilizarem de forma ordeira, pacífica, respeitosa, como tem que ser. Escrever no grupo de WhatsApp do seu condomínio. Não tenham medo, não, porque agora o mundo está vendo que no Brasil não tem democracia, o mundo está vendo.

    Talvez seja por isso, Sr. Presidente, que agora o TSE está cumprindo... Será? Cumprindo a lei? Porque a Constituição era rasgada, por isso que eu não elogio, não elogio. Tem que cumprir a Constituição, que não respeitam com o inquérito de fim do mundo, que não passa pela PGR, que vai colocando gente com espada na cabeça dos brasileiros.

    Até hoje, tem empreendedor que gera emprego neste Brasil, que em todo lugar do mundo é para ter o maior respeito, é para incentivar, e o cara está com as redes sociais bloqueadas.

    Eu não canso de dizer, continuam jornalistas do Brasil exilados, com decisão judicial de conta bancária bloqueada, congelada, com rede social derrubada por decisão judicial e também passaporte retido.

    Tem até magistrada fora do Brasil, porque aqui foi caçada. Quem não se dobra ao sistema – a esse sistema – não se sustenta. Por isso que querem calar você, brasileira, brasileiro, nesses PLs de censura, que vêm fatiados. E eles tentam de todas as maneiras.

    Querem dizer... E eu chamo a atenção para vocês, com relação ao veto que nós vamos ter na próxima terça-feira, dia 28. Prestem atenção, urgente: tem vetos lá que são cinco anos de cadeia para quem espalhar fake news. E o que é fake news? Quem é que vai dizer o que é fake news? É o Governo? Esse Governo aí, um Governo de fake news? Governo de vingança, de revanche? Governo irresponsável, que está quebrando este país?

    Vai ter veto – anotem isso, espalhem enquanto vocês têm rede social! –, veto que vai praticamente algemar a polícia em manifestações em que ela não pode agir. "Manifestações pacíficas"... Como assim? Vai pacificamente, invade a fazenda de um e é manifestação pacífica, a polícia não pode agir. É isso que está no veto. Nós precisamos manter esse veto. Cobre o seu Deputado, o seu Senador de forma ordeira, pacífica, respeitosa. Repito sempre: a violência nunca é caminho, nunca!

    O que aconteceu aqui nesta Casa, no Palácio do Planalto sobre violência de uma minoria... Tem que ser punida essa minoria, eu sempre disse isso, não compactuo com violência. Agora, dizer que foi tentativa de golpe de Estado?! Vamos parar de brincadeira! Num domingo, as pessoas com bandeira, sem nenhuma arma, sem qualquer liderança, grupo disperso... botar 17 anos?! Ontem mesmo, pegaram um senhor de idade. O que está acontecendo de injustiça neste país não é brincadeira, Sr. Presidente.

    E aí eu tenho que lembrar Martin Luther King, em momentos de sombras nos Estados Unidos, em momentos de trevas nos direitos civis, totalmente vilipendiados, que dizia o seguinte: "Uma injustiça em algum lugar é uma ameaça à justiça em todo lugar". É isso que a gente está vendo no Brasil, o desrespeito à Constituição.

    Essas pessoas do dia 8 de janeiro não eram nem para estarem sendo julgadas no STF, elas não têm foro privilegiado, esse famigerado foro privilegiado, que nós temos. Eu entrei com um projeto, com uma PEC para que cada Parlamentar tenha a liberdade de não ter, já que a Câmara não vota, porque, justiça seja feita, o Senado já votou pelo fim do foro privilegiado. Está há seis anos na Câmara dos Deputados, que não vota.

    Cobre do Presidente Arthur Lira, cobre dos Deputados Federais para votarem, assim como o fim das decisões monocráticas, em que o Senado já fez a sua parte. Repito, justiça seja feita. Eu critico muito o Senado, a Casa de que eu faço parte. Critico, a verdade tem que ser dita, até para procurarmos melhorar juntos. Eu faço parte com muita honra desta Casa, mas critico, não posso ficar calado com coisas erradas que eu vejo, mas o Senado acertou nessa questão da PEC do fim das decisões monocráticas, a PEC 8. Está lá na Câmara desde o ano passado, parada. Olha o jogo de poder...

(Soa a campainha.)

    O SR. EDUARDO GIRÃO (Bloco Parlamentar Vanguarda/NOVO - CE) – ... dos donos do poder, que se combinam.

    Em eleições de Presidente de Casa, na própria mídia deu: Ministro do Supremo ligando para os Parlamentares para pedir voto no candidato tal, no candidato Y. É uma interferência, é uma politicagem sem fim, vergonhosa! Por isso que tem 60 pedidos de impeachment aqui.

    Agora, não acontece nada, Sr. Presidente, porque não é deliberado, não são analisados esses pedidos de impeachment. É a única coisa que falta o Senado fazer para ele se levantar nos seus 200 anos ainda. E eu espero – porque água mole em pedra dura tanto bate até que fura – que o Senado um dia tome vergonha, tome juízo e olhe no olho do cidadão; que esta Casa tenha respeito ao cidadão brasileiro...

(Soa a campainha.)

    O SR. EDUARDO GIRÃO (Bloco Parlamentar Vanguarda/NOVO - CE) – ... e cumpra seu dever de investigar abusos de Ministro do Supremo. São 60 pedidos de impeachment engavetados. Até quando? Até quando? Vai esperar darem cem? Está se acumulando. A sociedade já está entendendo, tanto é que a aprovação do Supremo Tribunal Federal é lá embaixo, cada vez mais baixo. E o Senado vai junto, se afundando, porque é omisso.

    Vamos continuar, gente. Água mole em pedra dura tanto bate até que fura. O bem vai prevalecer, a justiça vai prevalecer e esse país vai estar no topo um dia como ele merece estar. O Brasil tem tudo, Presidente. O senhor sabe disso, o senhor fala sempre aqui desta tribuna.

(Soa a campainha.)

    O SR. EDUARDO GIRÃO (Bloco Parlamentar Vanguarda/NOVO - CE) – O Brasil tem água para dar e vender no mundo, o Brasil tem empreendedores criativos, de vanguarda, o Brasil tem um povo trabalhador. Somos a maior nação católica do mundo, a maior nação espírita do mundo, a segunda evangélica, quase chegando na primeira, e todo mundo se dá bem. Está faltando apenas escolhermos melhor os nossos representantes e nos manifestarmos mais.

    Ainda bem que o brasileiro está voltando para a rua. Não tenham medo. Agora o mundo está olhando para cá, pois é uma ditadura que existe aqui, a da toga. E aí os poderosos começaram a nos olhar. Eu fui ao Congresso americano, Sr. Presidente, e denunciei, falei com Deputados e com Senadores lá, fui à OEA. Eu participei, nessa semana, de uma reunião da Comissão Interamericana de Direitos Humanos. Já fui a alguns continentes sem pagar um centavo, sem um centavo do dinheiro de vocês, do bolso. Mas têm que se aproveitar todas as oportunidades para dizer o que está acontecendo no Brasil. Sabe por quê? Repito: a gente vai embora rápido. A vida é assim ó, passagem. Teve uma Deputada Federal que faleceu agora, tentando engravidar, a Deputada Amália Barros. Meus sentimentos à família, ao seu esposo Tiago, jovem, muito jovem, 40 anos, primeira legislatura. Ela chegou aqui aprovando um monte de projeto e faleceu rápido. A gente, ninguém sabe... Nossa vida pertence a Deus. Mas o que a gente veio fazer aqui na Terra? O que a gente veio fazer?

    Senador, o senhor está sendo muito benevolente. Eu prometo que nesses últimos dois minutos eu termino. O senhor está sendo muito benevolente. Muito obrigado. É porque é um desabafo que eu estou fazendo aqui.

    Mas, Senador Chico Rodrigues, nós somos muito privilegiados. O senhor já parou para pensar nisso? São duzentos e quantos milhões de brasileiros? São 211 milhões? São 215 milhões de brasileiros. Sabe quantos Senadores têm no Brasil? Oitenta e um. São 215 milhões, e nós somos 81 privilegiados de estarmos aqui podendo defender o que é correto, podendo defender o povo, num país rico como o nosso, que aguenta tanto solavanco, tanta corrupção. A história está aí: petrolão, mensalão.

    Você imagina esse país com ética, como é que seria, gente? Não tinha gente passando necessidade nenhuma. Não era para ter, não era para ter desempregado.

(Soa a campainha.)

    O SR. EDUARDO GIRÃO (Bloco Parlamentar Vanguarda/NOVO - CE) – Esse país era para estar na liderança do mundo. É isso que a gente merece! E a gente vai chegar.

    Então, para finalizar, como eu prometi...

    Não me dê mais tempo, Presidente, senão eu vou continuar. Eu vi que você me deu mais um minuto, e eu lhe peço até que deixe, porque eu vou encerrar.

    Você, que é religioso, de qualquer religião, seja católica, espírita, evangélica, religião afrodescendente, enfim, continue orando por este país.

    A guerra aqui não é guerra entre os homens; longe disso. Aliás, eu e minha família oramos por todas as autoridades, todas: ministros do Supremo, ministros do Governo, Presidente da República. Temos que continuar orando, sabe para quê? Para que Deus toque o coração, a mente, para que as autoridades e todos nós ajamos pelo bem comum...

(Soa a campainha.)

    O SR. EDUARDO GIRÃO (Bloco Parlamentar Vanguarda/NOVO - CE) – ... tomemos as decisões pelo bem comum. É possível, sim, eu já vi.

    Ontem, eu fiz um discurso aqui sobre a questão dos presídios, as pessoas que cometeram barbaridades, se transformaram, se converteram e hoje são pastores, ajudam milhares de pessoas. Por que um político não pode depois dizer: "Poxa vida, que oportunidade eu estou perdendo; como é que eu vou prestar conta a Deus, depois do que eu fiz?" É missão política.

    Então, vamos continuar orando pelas autoridades, orando por este país, para que a gente saia desse lamaçal em que nós estamos, de inversão de valores e de prioridades.

    Muito obrigado, Sr. Presidente.

    Que Deus abençoe a nossa nação!

    Trouxe um discurso pronto aqui para ler, mas não consegui hoje. Vou deixar para fazer segunda-feira.

    Deus abençoe todos!

    Muito obrigado.

    O SR. PRESIDENTE (Chico Rodrigues. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSB - RR) – Senador Eduardo Girão, V. Exa. tem todo o direito de se manifestar e à prorrogação do tempo, exatamente porque a população brasileira quer ouvir todos os segmentos da vida política nacional. E V. Exa., com o seu preparo, com o seu conhecimento, com a sua indignação, obviamente, se manifesta, e sua voz vai ecoar em vários segmentos da sociedade. Portanto, não acredito que possa se falar em excessos, muito pelo contrário. Aqui é a manifestação de um Parlamentar que representa uma parcela expressiva da sociedade brasileira e, além do mais, também tem o direito de emitir seu juízo de valor sobre os temas que achar mais convenientes. Portanto, como assíduo aqui nesta tribuna e nesta Casa, é um dos poucos políticos nesta legislatura que mantém a sua frequência praticamente em 100%, até por, na verdade, uma conscientização pessoal e um compromisso pessoal com seu mandato, com seu povo, com sua gente. Enfim, eu quero dizer que V. Exa. está hoje inspirado dentro da linha do que defende. Sua voz deve estar ecoando por todos os rincões deste país.

    O SR. EDUARDO GIRÃO (Bloco Parlamentar Vanguarda/NOVO - CE. Fora do microfone.) – Obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 25/05/2024 - Página 7