Discurso durante a 78ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Expectativa quanto à participação do Presidente Lula no fórum da Organização Internacional do Trabalho (OIT), na Suíça, e na reunião do G7, grupo dos países mais industrializados do mundo, na Itália. Destaque para a presidência rotativa do Brasil no G20, enfatizando a relevância global do país. Resposta às críticas sobre os gastos com viagens presidenciais, argumentando que são investimentos com retorno para o Brasil.

Autor
Jorge Kajuru (PSB - Partido Socialista Brasileiro/GO)
Nome completo: Jorge Kajuru Reis da Costa Nasser
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
Assuntos Internacionais, Governo Federal:
  • Expectativa quanto à participação do Presidente Lula no fórum da Organização Internacional do Trabalho (OIT), na Suíça, e na reunião do G7, grupo dos países mais industrializados do mundo, na Itália. Destaque para a presidência rotativa do Brasil no G20, enfatizando a relevância global do país. Resposta às críticas sobre os gastos com viagens presidenciais, argumentando que são investimentos com retorno para o Brasil.
Aparteantes
Eduardo Girão.
Publicação
Publicação no DSF de 13/06/2024 - Página 14
Assuntos
Outros > Assuntos Internacionais
Outros > Atuação do Estado > Governo Federal
Indexação
  • EXPECTATIVA, PARTICIPAÇÃO, PRESIDENTE DA REPUBLICA, LUIZ INACIO LULA DA SILVA, EVENTO, ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO (OIT), PAIS ESTRANGEIRO, SUIÇA, ITALIA, DESTAQUE, PRESIDENCIA, BRASIL, GRUPO, DEFESA, VIAGEM, EXTERIOR.

    O SR. JORGE KAJURU (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSB - GO. Para discursar.) – Voz consagrada da amada Paraíba, Presidente Veneziano Vital do Rêgo, que alegria rever nosso Paim bem, alegre, com saúde. Eu que orei por Nossa Senhora da Aparecida para ele, telefonei, fiz questão de saber e, graças a Deus, estamos tendo o Paim de volta aqui.

    Brasileiras e brasileiros, minhas únicas vossas excelências, o assunto é a viagem que o Presidente Lula inicia hoje à Europa, para discursar em fórum da Organização Internacional do Trabalho, na Suíça, e participar, como convidado, na Itália, da reunião do G7, o grupo dos países mais industrializados do mundo. Trata-se da sexta viagem do Presidente à Europa em seu terceiro mandato, demonstração óbvia de que, após um período como pária internacional, o Brasil retomou o seu papel no cenário mundial e voltou a ser convidado para os enormes e principais eventos globais.

    Em Genebra, amanhã, o Presidente Lula discursará no Fórum Inaugural da Coalizão Global pela Justiça Social, da OIT. A Coalizão foi criada para se buscar, num esforço coletivo, a ampliação de serviços, como acesso aos cuidados de saúde, educação de qualidade e trabalho decente. Melhorar as oportunidades de emprego, nutrição e educação para os trabalhadores e suas famílias é o foco da iniciativa da Organização Internacional do Trabalho, que naturalmente se alinha à luta do atual Governo brasileiro contra a desigualdade social, pressuposto dos regimes democráticos.

    Na busca deste objetivo, um dos pontos a serem definidos e, principalmente, defendidos por Lula é a taxação das enormes fortunas, uma vez que, conforme diversos relatórios especializados, os bilionários do mundo ou não pagam ou contribuem, no máximo, com 0,5% de impostos. Canalhas. Depois da Suíça, o Brasil vai buscar apoio para esta bandeira em Puglia, na Itália, onde acontece a Cúpula do G7, grupo que reúne Estados Unidos, Reino Unido, Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão e União Europeia.

    Abro parênteses para uma informação que considero, Paim e Veneziano, relevante: Luiz Inácio Lula da Silva é o único Presidente brasileiro – engulam ou não – convidado a participar de reuniões do G7, grupo que nasceu em 1975; passou, em 1998, a ser G8, com a entrada da Rússia, que, depois, seria excluída, em 2020, por causa da invasão da Crimeia. Esta é a oitava participação do Presidente Lula como convidado do G7. Já estão agendados encontros bilaterais com o Primeiro-Ministro da Índia e os Presidentes da África do Sul, da França e da União Europeia. Lula também deve se encontrar com o Papa Francisco. Em seu discurso, Lula deve abordar vários temas, entre eles a Presidência rotativa do Brasil no G20, que deve ser encerrada com o encontro de cúpula do grupo, em novembro, no Rio de Janeiro, quando aí os olhos do mundo estarão voltados para o nosso país, pátria amada.

    Muitos criticam viagens presidenciais, esquecendo-se de que elas fazem parte das relações diplomáticas, alicerçam relações entre os países e são essenciais para a promoção de negócios. É também por causa das viagens internacionais do Presidente Lula que o Brasil ocupa, pela primeira vez – engulam ou não –, pela primeira vez, a Presidência rotativa do G20; e passou a Itália e é a oitava maior economia do mundo.

    Com relação ao grupo G20, responde ele por cerca de 85% do PIB mundial e 75% do comércio internacional. Muitos frutos serão colhidos.

    O dinheiro despendido em viagens presidenciais não é só gasto, como alguns dizem, é, sobretudo, investimento, resultando em benefícios para a população brasileira.

    Agradecidíssimo.

    Deus e saúde, alegrias e vitórias, em suas vidas, pátria amada, e, em especial, a esta Casa, cujos funcionários, do grupo Senado, Agência Senado, Rádio Senado, Mesa Diretora, todos merecem o título de orgulho maior deste Senado Federal.

    E, Presidente Veneziano, cabe a mim, mais uma vez, ser bucha de canhão. Isto, Paim, é sempre com o Kajuru.

    Eu quero informar que os garçons, copeiros, aqueles que nos servem nas Comissões parlamentares, mais uma vez, estão com o salário atrasado. Eu tenho o maior respeito pela maior Diretora da história deste Senado Federal, a Dra. Ilana. Da última vez, ela resolveu. Como? O próprio Senado, ao invés de pagar à empresa terceirizada, pagou aos funcionários das Comissões. Então, talvez seja esta a solução novamente, ou rescindir o contrato com essa empresa, que volta a atrasar os salários daqueles que menos ganham neste Senado Federal.

    Aproveitando, rapidamente, Eduardo Girão...

    Girão, está me ouvindo, querido?

    O SR. EDUARDO GIRÃO (Bloco Parlamentar Vanguarda/NOVO - CE. Fora do microfone.) – Estou ouvindo.

    O SR. JORGE KAJURU (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSB - GO) – Só para dizer a você aquilo que eu não pude dizer hoje – porque eu fui ao Dr. Hiran ver o meu olho; eu estava com sangramento novamente, infelizmente –, para ser rápido e objetivo, depois falarei mais: eu não tenho como apoiar o projeto de cassino, de bingo, de jogo do bicho, mesmo que o Governo queira. Eu tenho opinião própria. Eu quase morri em Goiás por causa desse tipo de gente que denunciei. Só estou vivo hoje graças a um homem vivo, que é a maior prova do que aconteceu comigo, que se chama Ronaldo Caiado, Governador do Estado de Goiás e meu irmão pessoal há 35 anos.

    Então, que fique o Brasil ciente do meu voto antecipadamente: contrário. Até no grito eu serei.

    O SR. PRESIDENTE (Veneziano Vital do Rêgo. Bloco Parlamentar Democracia/MDB - PB) – Obrigado, Senador Jorge Kajuru.

    O Sr. Eduardo Girão (Bloco Parlamentar Vanguarda/NOVO - CE. Para apartear.) – Permite-me um aparte, Senador, rapidamente? Dentro do tempo, sem ultrapassar.

    Eu quero lhe agradecer, Senador Jorge Kajuru. Eu sou testemunha da sua coerência. O senhor, desde o primeiro dia, colocou aqui, em vários momentos, em vários momentos, a sua posição contra bingo, cassino e jogo do bicho.

    Eu tenho conversado muito com o Senador Paim e com o Senador Veneziano, que, inclusive, em outro momento, também publicamente, se posicionou contra, porque é o menos favorecido que vai perder. Isso é uma questão de humanidade.

(Soa a campainha.)

    O Sr. Eduardo Girão (Bloco Parlamentar Vanguarda/NOVO - CE) – Você socializa o prejuízo da sociedade para o lucro da banca, para os magnatas, porque esse projeto é um projeto feito para conglomerados internacionais.

    Você sabia, Senador Paim, que são mil bingos – mil bingos! – e mais de 67 cassinos nesse projeto?

    Então, o Brasil já tem problema demais; quem vai perder é o povo; e a gente não pode aceitar, porque não gera emprego, não gera renda, nem gera turismo – a gente já mostrou isso lá.

    Muito obrigado, Sr. Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 13/06/2024 - Página 14