Pronunciamento de Izalci Lucas em 19/06/2024
Discurso durante a 84ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal
Críticas ao Governo Lula pela edição da Medida Provisória no. 1232/2024, que dispõe sobre medidas para garantir o atendimento do serviço público de energia elétrica ao consumidor amazonense e promove o retorno à sustentabilidade do contrato de concessão para distribuição de energia elétrica do Estado do Amazonas.
- Autor
- Izalci Lucas (PL - Partido Liberal/DF)
- Nome completo: Izalci Lucas Ferreira
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discurso
- Resumo por assunto
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Energia:
- Críticas ao Governo Lula pela edição da Medida Provisória no. 1232/2024, que dispõe sobre medidas para garantir o atendimento do serviço público de energia elétrica ao consumidor amazonense e promove o retorno à sustentabilidade do contrato de concessão para distribuição de energia elétrica do Estado do Amazonas.
- Publicação
- Publicação no DSF de 20/06/2024 - Página 38
- Assunto
- Infraestrutura > Minas e Energia > Energia
- Indexação
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- CRITICA, EDIÇÃO, MEDIDA PROVISORIA (MPV), PRESIDENTE DA REPUBLICA, LUIZ INACIO LULA DA SILVA, AUMENTO, TAXA, ESPECIFICAÇÃO, ENERGIA ELETRICA, REGIÃO NORTE, OBJETIVO, FAVORECIMENTO PESSOAL, JOESLEY BATISTA, WESLEY BATISTA, PROPRIETARIO, EMPRESA, ENERGIA, ESTADO DO AMAZONAS (AM).
O SR. IZALCI LUCAS (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - DF. Para discursar.) – Sr. Presidente, Sras. Senadoras e Srs. Senadores, hoje eu vou falar aqui de mais uma farra deste Governo que aí está. É sobre a farra energética.
Sras. Senadoras e Srs. Senadores, a pergunta é: do que estamos falando e como explicar essa farra? Apenas para esclarecer, é você, cidadão, cidadã, que dará imensos lucros, com seu suor, aos irmãos Batista, à JBS, aqueles investigados aqui no Brasil pela Lava Jato e em outros países por suas falcatruas. Eles serão os donos da energia no grande Norte do nosso Brasil, de acordo com a medida provisória enviada por Lula ao Congresso Nacional que é a MP 1.232, que já está aqui, no Congresso.
Para aqueles que não sabem, o Governo manda uma medida provisória, e ela vale a partir do momento em que ele a manda, do momento em que sai no Diário Oficial a edição da medida. Entretanto, o Congresso tem até 120 dias para apreciar e votar. Caso o Congresso não apoie, a MP deixa de valer. O grande problema é que, ao lançar a MP (medida provisória), ela já está valendo com tudo que a ela diz respeito. Portanto, mesmo que ela não seja aprovada pelo Congresso, antes dessa aprovação, ela estará em vigor, e todas as tarifas serão cobradas.
A sua energia e aumentos na sua tarifa pelos próximos 15 anos irão para a conta da JBS, para os irmãos Batista, os amigos de Lula.
Colegas e Senadores aqui presentes, os irmãos da JBS disseram, sabiam e afirmaram que aqui iriam prosperar – nunca tiveram dúvidas disso –, mas, em outros países, nem podem entrar. Disseram isso o tempo todo, já sabiam que as nossas urnas perfeitas iriam ser o que precisavam.
Antes disso: brasileiros de todo o país sabem bem o que significa a palavra "farra", todos sabem que é quando você gasta tudo que tem e até o que não tem. Quando não sobra, arrepende-se, e, na maioria das vezes, quando consegue, trata de novamente recomeçar. Esse é um problema seu e só você pode resolver. Entretanto, este não é o problema do Governo Federal. Ao Governo Federal não se dá o direito da farra, porque o dinheiro não é dele, mesmo porque não é ele que paga as contas de cada um dos brasileiros. Cabe ao cidadão e à sua família se manterem com suas contas de luz, energia e alimentação.
Se você que está me ouvindo e assistindo não sabe disso, é bom saber que é você quem paga tudo, inclusive a minha fala neste instante. Ainda bem que esta fala pode chegar para você, independentemente do Governo que aí está e sem que possam ainda nos calar.
Esse é o problema do Governo brasileiro sob Lula e Janja da Silva, que querem dividir com todos os brasileiros suas farras diárias, mesmo sabendo dos impostos escorchantes que pagamos todos os dias ao sair de casa e ao comprar os alimentos para a família. Hoje, depois das redes sociais, todos sabemos o quanto pagamos para sustentar o Governo, o Judiciário, suas viagens e as festinhas e celebrações.
Hoje, aqui nesta Casa de Leis, que tem a obrigação de ser maior do que está sendo, venho dizer-lhes sobre decisões que hoje chocam a população.
E aí vamos tratar da energia, de que todos nós precisamos. Vamos tratar daqueles que vendiam carne para vender energia. Vamos tratar da JBS, dos irmãos Batista. Lembram? Eu me lembro muito bem, participei de todas as CPIs, aqui no Congresso, inclusive a CPI da JBS. São aqueles que estavam em todos os inquéritos policiais por corrupção aqui no país, e em outros países, como nos Estados Unidos, por exemplo, mas eram parceiros de Lula e Dilma. E aí hoje temos um novo capítulo que se desenrola, estrelando ninguém menos do que os ilustres irmãos Batista e o Governo do PT, o Lula 3.
Senhoras e senhores, isso não é o pior, é algo até mais gritante. Por isso, quero aqui dividir com vocês, caros colegas, e com o povo brasileiro esse absurdo. A política brasileira do momento é mais cruel do que tudo que pudemos imaginar. Vale, senhoras e senhores, aquele que é o bandido.
Mas, vamos lá, para dar a informação: a transação, avaliada em R$4,7 bilhões, parecia inicialmente uma jogada comum no complexo tabuleiro do setor energético, mas, em um giro inesperado, o Governo Lula editou uma medida provisória que, coincidentemente, beneficia diretamente a Âmbar. E de quem é a Âmbar? Dos irmãos Batista da JBS. Quem poderia prever que eles iriam voltar? Pelo poder dos amigos do amigo do meu pai, aí estão.
Então, embora eu não possa falar tudo aqui, pelo tempo de que disponho, no meu site, os nossos brasileiros e as nossas brasileiras poderão ver toda essa maracutaia, cujos beneficiados são aqueles que foram condenados, descondenados e hoje estão repetindo os crimes mais uma vez. Os irmãos Batista adquiriram essa Âmbar. Eu vi agora a reportagem em que o ministro disse que foi coincidência. Dois dias depois da aquisição, veio uma medida provisória salvando o setor energético, no sentido de injetar recursos, na ordem de R$4,7 bilhões, para a empresa que hoje, coincidentemente, pertence aos irmãos Batista.
Então, Presidente, falei ontem aqui sobre a questão do INSS, em que também, numa semana, mudaram todo o planejamento para cobrir R$12,7 bilhões com relação à projeção do INSS para atender a interesses políticos. Falei aqui, na semana passada, sobre a questão do arroz. Eu, que estive em Porto Alegre na semana passada, na segunda-feira, em uma reunião com a indústria do Rio Grande do Sul, soube – e me comprovaram – que 86% da colheita do arroz do Rio Grande do Sul já tinha sido feita, e o Governo fez uma licitação de R$7 bilhões de compra de arroz da China, da Tailândia, da Ásia. E quem ganhou a licitação? Uma empresa, por exemplo, do Amapá que era um boteco, a Queijo Minas. Um boteco de uma empresa que tinha um capital de R$80 mil...
(Soa a campainha.)
O SR. IZALCI LUCAS (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - DF) – ... ganha uma licitação de R$376 milhões; uma outra de R$730 milhões. Aí cancelaram o edital, porque hoje tem rede social e todo mundo sabe de tudo – cancelaram. Fui verificar: em dezembro, foi adquirido milho, por R$1,7 bilhão. Quem ganhou a licitação do milho? Uma locadora de automóvel foi que ganhou a licitação da compra do milho.
Então, eu, que participei de todas as CPIs, na Câmara e no Senado – participei da CPI da Petrobras, da JBS, dos Fundos de Pensão, da Lei Rouanet, do Carf, e em todas elas fiz um relatório independente –, vejo novamente aqui os mesmos procedimentos, os mesmos atores cometendo...
(Interrupção do som.)
O SR. IZALCI LUCAS (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - DF. Fora do microfone.) – ... os mesmos problemas. Então...
(Soa a campainha.)
O SR. IZALCI LUCAS (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - DF) – ... como diz o nosso querido Senador Marcos Rogério: "Olha aí, Brasil!", acompanhe o que está acontecendo. Graças às redes sociais, Sr. Presidente, a população acompanha passo a passo. E eu espero que, na regulamentação da inteligência artificial, o TSE não interfira, no sentido de censurar a fala daqueles que ainda acreditam, realmente, que este país ainda pode melhorar.
Era isso, Sr. Presidente. Muito obrigado.