Presidência durante a 90ª Sessão Especial, no Senado Federal

Encerramento da Sessão Especial destinada a comemorar o Dia da Polícia Militar do Distrito Federal.

Autor
Izalci Lucas (PL - Partido Liberal/DF)
Nome completo: Izalci Lucas Ferreira
Casa
Senado Federal
Tipo
Presidência
Resumo por assunto
Homenagem, Segurança Pública:
  • Encerramento da Sessão Especial destinada a comemorar o Dia da Polícia Militar do Distrito Federal.
Publicação
Publicação no DSF de 29/06/2024 - Página 21
Assuntos
Honorífico > Homenagem
Soberania, Defesa Nacional e Ordem Pública > Defesa do Estado e das Instituições Democráticas > Segurança Pública
Matérias referenciadas
Indexação
  • ENCERRAMENTO, SESSÃO ESPECIAL, CELEBRAÇÃO, ANIVERSARIO DE FUNDAÇÃO, POLICIA MILITAR, DISTRITO FEDERAL (DF).

    O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - DF) – Eu convido todos agora a acompanharem o Hino da Polícia Militar.

(Procede-se à execução do Hino da Polícia Militar.) (Palmas.)

    O SR. PRESIDENTE (Izalci Lucas. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - DF) – O Hino da Polícia Militar é muito bonito. Faltaram assovios aí. Eu já estava pronto aqui para assoviar.

    Olha, é uma honra muito grande participar desta sessão solene, uma sessão que vai realmente ficar nos Anais desta Casa, porque vocês, de fato, merecem todo o nosso carinho, o nosso respeito.

    Sempre tivemos a melhor polícia militar do Brasil – sempre! Em algum tempo, tivemos o melhor salário. Hoje, nós continuamos com a melhor polícia, mas não com o melhor salário, que por sinal está muito defasado. Muitos estados já conseguiram ultrapassar a nossa remuneração aqui. Então, a gente tem essa luta diária. Como a Comandante falou, realmente estamos aguardando a questão da reestruturação para que a gente possa fazer jus a tudo isso que nós estamos aqui fazendo. Todo mundo gosta de homenagem, gosta de diploma, mas, acima disso, de respeito e de condições de trabalho.

    Quero aqui também aproveitar o nosso querido Georges, para a gente parabenizá-lo pela parceria.

    Eu lembro que a gente precisa ter instituições fortes realmente, independentes, dentro dos limites constitucionais.

    Eu lembro que, aqui, nesta Casa, a gente decide muita coisa, e nem todo mundo conhece o mundo real. Às vezes, as pessoas decidem, e não sabem o que acontece na ponta. Eu aprendi aqui, desde quando Deputado, que nada de nós sem nós. Então, não tem sentido nenhum a gente tomar uma série de decisões sem ouvir realmente quem está lá na ponta.

    E eu me lembro, na posse lá dos jovens do Ministério Público – eram 19 jovens do Ministério Público: acho que 2 de Brasília e 17 de fora –, de que as pessoas acham que Brasília é aqui, a Esplanada. Eu falei: "Dr. Georges, pega um ônibus, leva essa meninada lá para a Estrutural, para a Santa Luzia, para o Pôr do Sol, para o Sol Nascente, para conhecer o mundo real, porque Brasília não é a Esplanada dos Ministérios".

    E é por isso que a gente vê essas dificuldades todas, enxugando o gelo em muitas situações. A gente precisa realmente conversar um pouco mais com as instituições para mostrar realmente que o mundo real é diferente.

    A gente está acompanhando aí, por exemplo, essa decisão agora da Supremo com relação às drogas. Eu fui conversar com os policiais militares e também com a polícia civil para ver o mundo real, como é que acontece isso. Antes de vir para cá, estava, inclusive, discutindo isso. Hoje, como é que se faz? Leva? Solta? Fica-se enxugando o gelo? E a gente não resolve isso.

    Então, eu quero parabenizá-los todos, porque, realmente, não é fácil você fazer o seu trabalho sabendo que, muitas vezes, o bandido sai antes da delegacia do que vocês. Vocês ficam lá preenchendo a burocracia toda, e o cara já foi embora há muito tempo. Daqui a pouco... E agora ainda querem tirar as armas dos policiais, sabendo que, daqui a pouco, vocês estão frente a frente com os bandidos.

    Eu estive agora, quarta-feira, com a Damares. Fomos lá no CIR – vocês sabem onde fica o CIR, onde tem ex-policiais e idosos –, fomos visitar o Silvinei, que foi o Diretor-Geral da Polícia Rodoviária Federal, uma pessoa de um currículo maravilhoso, invejável, trabalhador, foi campeão mundial em termos de apreensão de drogas no Brasil. Não tem nada, não vi nada, em toda a documentação, não vi nada, absolutamente nada, nem dos TREs do Brasil todo, alguma indicação de que ele teria feito alguma coisa que impedisse alguém de votar. Está há 11 meses preso. E aí, para minha surpresa, quando eu visitei as celas, estava lá quem? Um ex-policial que matou Marielle, no mesmo ambiente. Então, a gente precisa entender um pouco mais sobre o mundo real; não dá para brincar com essas coisas.

    Então, vocês merecem todo o nosso carinho, nosso respeito, porque não dá para brincar com bandidos, com traficantes, etc., que estão ocupando os espaços aí.

    Mas eu quero aqui, de coração, agradecer a presença de todos vocês. A Polícia Militar do DF nos orgulha muito, essa ação que vocês fizeram. Eu estive no Rio Grande do Sul, em Canoas, na parte baixa de Canoas, e vi lá realmente o estrago nas portas de todas as casas – perderam tudo – e o sinal da água nos telhados das casas. Visitamos alguns acolhimentos, inclusive a Pata Molhada – serão 3 mil cachorros que foram recolhidos. Isso nos alerta para cuidar do preventivo.

    Em Brasília, parece que está tudo tranquilo, mas nós temos regiões aqui onde, numa eventual chuva mais forte, se corre o risco de ter também situações como acontece em outros lugares. Então, a gente precisa trabalhar o preventivo.

    Mas eu quero aqui, Comandante, agradecer a presença da senhora e dizer que a gente tem muito orgulho da Polícia Militar do DF. Todos nós.

    Bem, cumprida, então, essa finalidade da sessão especial do Senado Federal, eu agradeço a todos que honraram com a sua presença, todos que estão nos assistindo também, e declaro encerrada esta sessão.

    Muito obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 29/06/2024 - Página 21